Every You & Every Me

Título: Every you & Every Me
Autora: Rebeca Maria
Categoria: spoilers até a 3ª temporada e alusão da 4ª.
Advertências: Futuro smut, Angst.
Classificação: M/MA - Nc17
Capítulos: Este é o primeiro
Completa: Não
Sinopse: "É sempre tudo sobre você e tudo sobre mim, Temperance! Sempre. Eu quero fazer com que seja tudo sobre nós!"


Every You & Every Me
T. Brennan & S. Booth
Bones FanFiction
Por Rebeca Maria

Capítulo UM

"… Keithy continuou olhando para o Agente Andy Lister. E por um instante ponderou o que faria a seguir. Haveria algo a ser feito? Haveria algo a ser dito? Aquilo já não era o suficiente?
Ele lançou um olhar para ela e virou-se, levando a mão à maçaneta da porta, abrindo-a. E num impulso incontrolável, ela ergueu a mão e segurou o braço dele, fazendo-o encará-la.

"Eu amo você." – ela disse, e Andy soube imediatamente como fora difícil para ela admitir aquilo.

Fim

"Então...?"
"Bones, isso está..." – ele suspirou – "...incrível!"
"Sério? Digo, eu tenho que revisar algumas partes antes de mandar para a editora, mas..."
"Eu falo sério. Esse final. Wow. Eu digo, se Keith Reichs falasse isso pra mim eu... wow... Bones."
"Mas e o..."
"O título também, Bones. E a história. 'The Prayer of the Bones' é provavelmente o melhor livro que você escreveu até hoje."
"Você realmente leu os outros?"
"Bom, eu tive que ler 'Bred in the Bone' antes de te conhecer para tentar te conhecer. Assim que Cullen me colocou como o Agente para trabalhar com o Jeffersonian, eu precisei saber melhor quem ia ser minha parceira. Então eu li o seu livro. Dizem que dá pra um conhecer melhor uma pessoa depois que lemos algo escrito por ela." – Brennan sorriu – "'Bones Free' eu não só li como investiguei. Ele se tornou meu livro de cabeceira, por mais de uma razão." – e dessa vez, foi Booth quem sorriu – "E bem, você me deixou ler este aqui primeiro." – ele orgulhou-se.
"Depois de você ter insistido muito."
"Bem, valeu à pena."

Booth colocou o script de "The Prayer of The Bones" de um lado e olhou para Bones. Ela parecia melhor do que da última vez que a vira, mas ainda assim, seu rosto ainda estava cansado.

"Você...uhm..." – ele começou.
"Não, Booth. Pela milésima vez, eu não vou voltar para o Jeffersonian." – ela levantou-se do sofá e dirigiu-se para a cozinha – "Você aceita algo para beber?" – ela mudou de assunto, e pareceu formal demais por um instante. Booth limitou-se a um aceno negativo de cabeça.

Ela desapareceu na cozinha e Booth olhou ao redor. Suspirou, cansado e parecendo derrotado. Ele vinha tentando há quatro meses fazê-la voltar para o Jeffersonian. E ela se recusava.
Ele olhou de um lado. O script do novo livro dela permanecia no local onde ele havia deixado. E do lado dele ele percebeu um amontoado de papéis que lhe chamou a atenção. O primeiro dizia, em letras quase gritantes:

"Instituto Médico Legal
Ilma. Dra. Brennan,

É com prazer que viemos oferecer-lhe a vaga de chefe-geral do setor de Antropologia do nosso instituto. Aguardamos resposta."

E quase instintivamente, Booth apanhou os papéis, e passou os olhos rapidamente. Todos tinham a mesma informação. Proposta de emprego. Em diversos lugares dos EUA. A última folha, no entanto, fez seu coração falhar uma batida. Além da proposta de emprego, havia uma resposta. Com a letra dela.

"Centro de Antropologia Criminal de Montreal

É com grande prazer que aceito me juntar à equipe de Montreal. Posso começar o mais rápido possível."

A resposta era clara e direta. O lugar era Montreal. Canadá. Há milhares de quilômetros dali. Dele.

"Booth..." – a voz dela vacilou. Ele olhou para ela, ressentido.
"Você vai para o Canadá?" – a pergunta era clara e direta. Ela desviou o olhar do dele.
"Booth, eu..."
"Você vai, não é?" – ela não reagiu quando ele se levantou e chegou tão rápido e tão perto dela. Brennan podia sentir a respiração dele e olhar dele tão intenso. Dessa vez um também um olhar tão triste – "Você pretendia me contar?"
"Não é como se eu tivesse morrido e não tivesse te contado, Booth. Não faça um grande drama por isso." – ela disse e deu dois passos para trás. Ele riu, de um jeito irônico que ele raramente ria. Principalmente para ela.
"Ok, eu já entendi. Isso é uma vingança, não é? Sweets não te contou que eu não tinha morrido, você não me conta que vai mudar sua vida inteira. Ou então..."
"Não é isso, Booth."
"Se não é isso, então é o que aconteceu há quatro meses, não é? Zack foi fraco, uma pessoa louca usou a lógica para colocá-lo numa trama de merda. Zack foi embora e agora você está sendo fraca."
"Não é..." – ela parou antes de completar a frase.

Sim, era um pouco das duas coisas. Ela apenas não queria admitir.

"Você está sendo fraca, Temperance. E por mais que você diga que esse é o seu jeito de lidar com a situação, ainda assim você estará sendo fraca. Não é a mulher que eu conheci há três anos, não parece ser."

Ele se afastou, colocou os papéis sobre a mesa e retirou um envelope meio amassado do bolso.

"Quando eu vim aqui hoje, foi para te entregar isso. O Bureau está me mandando para a Inglaterra para investigar um caso de assassinato serial que já ocorreu aqui nos Estados Unidos há muitos anos, e agora está ocorrendo um parecido lá. Cullen me indicou como o Agente responsável e me deu a chance de escolher um parceiro. E eu pensei em você." – ele deixou o envelope junto com as propostas sobre a mesa. Deu mais alguns passos para trás e abriu a porta de saída – "Parabéns pelo livro, Bones. Ele é fantástico." – então ele saiu e fechou a porta.

Ela apanhou o envelope e abriu. Nele havia uma carta com o logo do FBI, chamando-a diretamente para se juntar a Booth nesse caso. E uma passagem para a Inglaterra a ser confirmada para dali a dois dias.

"Agente Especial Seeley Booth e Dra. Temperance Brennan"

Ela leu a primeira linha da folha. E então dobrou e colocou novamente no envelope, junto com a passagem, e deixou sobre a mesa.

Sim, ela estava sendo fraca. Às vezes ela queria ser fraca.

x.x.x