Capítulo VIII


Harry viu Hermione prender a respiração assustada, o pânico dela era palpável. Ela fechou os olhos e virou o rosto tentando esconder suas emoções, que estavam expostas em seus olhos como roupas em uma vitrine. Ela o empurrou pelos ombros, tentando fazer com que ele saísse de cima dela, mas o esforço foi em vão. Ele não iria a lugar algum. Pelo menos não até que tivesse a certeza de que ela sabia o quanto significava para ele.

Prendendo os braços dela acima de suas cabeças, ele enlaçou seus dedos aos dela, ficando no controle da situação. Mesmo assim, Hermione se recusava a encará-lo, então ele aproveitou aqueles gloriosos segundos para observá-la. Os cachos castanhos jogados displicentemente no travesseiro, a pele ruborizada de excitação, os lábios rosados e inchados dos beijos dele. Mesmo sem maquiagem, ela era incrivelmente linda, tão pura e honesta, por dentro e por fora. Tudo o que Harry precisava e queria na vida dele.

"Você prometeu ficar com a venda." Ela sussurrou.

Ela soou tão traída, que ele se encheu de culpa. Mas não de arrependimento. Aquele era um obstáculo que eles deveriam transpor juntos. Se ele pretendia ter alguma chance de um futuro com ela, a confiança dela era imperativa.

"Se isso é tudo o que eu vou ter de você, então me deixe te olhar quando você chegar ao orgasmo dessa vez." Ele impulsionou o corpo contra o dela, a penetrando um pouco de cada vez. "Deixa eu ter essa lembrança de você, pelo menos."

Com uma estocada rápida, ele a penetrou por complete e ela gemeu, aceitando ele de bom grado. Ele deixou a escolha de olhar para ele totalmente nas mãos dela, e com cada movimento do corpo dele contra o dela, sentia Hermione se entregar cada vez mais. Logo os músculos foram se retesando enquanto um outro tipo de tensão recaia sobre o corpo da mulher, ele sentiu as batidas do coração dela acelerarem, a sentiu derreter sob ele...

Devagar, Hermione foi virando o rosto. Devagar, seus olhos se abriram, e enquanto as lágrimas que lá brilhavam, apertava o peito do moreno, também o oferecia uma grande certeza. Não haveria lágrimas se ela fosse indiferente a ele.

Os olhares se fixaram enquanto ele a penetrava novamente, indo mais fundo, com mais pressão, tentando fazer com que os corpos se friccionassem ao máximo para que o prazer fosse ainda maior. Ele observou cada expressão dela, cada reação, e quando finalmente o prazer a alcançou, ela não segurou nenhuma emoção. Apertou as mãos dele e arqueou as costas, tentando se pressionar mais ainda contra ele, enquanto seus lábios liberavam o nome dele em um sussurro. Harry, assistindo a tudo isso, não conseguiu se segurar por muito tempo.

Quando os tremores passaram, ele saiu de cima dela, dando espaço, resistindo à imensa vontade de puxá-la contra ele e a impedir de sair correndo dali. Ela não saiu correndo da cama e ele tomou aquilo como um sinal positivo.

Erguendo-se em um cotovelo ao lado dela, o moreno puxou o lençol para cobrir os seios desnudos de Hermione e com a mão, tirou algumas mexas que estavam sobre o rosto macio. A luz da manhã entrava no quarto, fazendo a pele dela brilhar. Fazendo a vulnerabilidade nos olhos dela mais proeminentes. "No que você está pensando?"

Ela respirou fundo e soltou o ar lentamente, seu olhar nunca fugindo o dele. "No quanto eu estou com medo."

Aquela não era a resposta que ele estava esperando. Ele franziu o cenho. "De mim?" ele perguntou com cautela.

Ela mordeu o lábio inferior e demorou alguns segundos para admitir, "De como você me faz sentir."

Ela estava sendo sincera com ele e com ela mesma, aquilo era um começo. "E como eu faço você se sentir?"

Hermione tracejou o rosto dele com os dedos num toque leve. "Adorada e querida."

"Deixa eu ver se entendi direito," ele disse com um sorriso maroto nos lábios. "Você está com medo por que eu faço você se sentir adorada e querida?"

"Sim." Ela virou o rosto, mas não antes que Harry pudesse ver o rubor que tingiu as faces dela. "Eu sei que soa tolo para você, mas ninguém nunca me sentir dessa forma antes. Eu nunca deixei ninguém chegar perto o bastante."

Ela estava deixando ele se aproximar? Uma onda de esperança se espalhou pelo corpo de Harry. Com o dedo indicador, o moreno a segurou pelo queixo e trouxe o olhar dela para ele novamente. "Da forma como eu vejo as coisas, querida, você tem duas opções. Você pode sair daqui e transformar essa noite maravilhosa em um simples caso, ou pode me dar uma chance. Uma chance a nós dois. De qualquer forma, eu aceitarei sua decisão." O peito dele se apertou enquanto esperava pela decisão dela.

"Eu não quero desistir do meu trabalho." Milhões de dúvidas surgiram na face dela. "Meus desejos, meus objetivos. Eu trabalhei duro pra desistir do que eu consegui até aqui."

Agora que ele sabia os maiores medos de Hermione, ele se sentiu melhor preparado para lidar com essa conversa. "Ninguém nunca falou que você deveria desistir de tudo, Hermione. Eu nunca fui do tipo 'macho' que faz milhões de demandas. Uma das coisas que eu amo em você, é a sua determinação e anseio pelo sucesso, sua independência. São qualidades admiráveis, e eu sei que com o tempo, você vai usá-las para fazer com que a nossa relação também dê certo."

"Eu estou disposta a tentar. Não consigo me imaginar saindo daqui sem olhar para trás."

"A gente pode levar essa relação devagar e com calma. Um dia de cada vez," ele a reafirmou.

Ele tocou o nariz dela com o indicador, o coração do moreno quase explodindo de tanto amor e afeição que ele tinha pela bela mulher a frente dele. "Eu te amo, Hermione."

Hermione arregalou os olhos, a expressão assustada e frágil ao mesmo tempo. Desacreditada. "Você me ama?"

Harry se perguntou se alguém já havia dito aquelas palavras para ela antes. "Sim, eu amo você." A voz dele soou clara e segura. "Isso vai ser um problema?" Porque ele planejava dizer aquilo a ela com certa freqüência.

"Não, nem um pouco." A voz dela estava rouca, enquanto mais lágrimas chegavam aos olhos castanhos, mas dessa vez eram lágrimas de felicidade. "Como eu tive tanta sorte com você?"

Ele sorriu para ela. "Nunca duvide de que eu sou o sortudo aqui."

Hermione riu. O som parecendo uma melodia doce aos ouvidos do moreno. "Eu também amo você, Harry Potter."

Ele não teve que pedir para ela reafirmar, a emoção brilhava nos olhos dela para quem quisesse ver. E era tudo o que ele precisava saber – que ela era dele, agora e sempre.

Finite Encantatem

(ou algo parecido)


N.A.: Humm... eu esqueci de dizer que esse seria o último, certo? (...) SURPRESA!!! Foi o último. *sorriso amarelo* Ainda temos um epílogo pela frente. O ponto principal aqui é que eu consegui postar apenas 5 dias depois da última atualização, isso é uma coisa maravilhosa, não? Uma pena que o epílogo não venha com tanta rapidez... ele vai ser por completo, total, de minha autoria, sem nenhuma influência do livro no qual eu estava me baseando. Devido as provas que estão pra começar e os trabalhos e seminários que eu vou ter q apresentar esse mês, o processo de fabricação dele vai ser lento... mas tenham esperanças, um dia ele chega!! :)

N.A².: Obrigada a tooooooooooooodo mundo que comentou!! Não existe coisa melhor do que passar tempo escrevendo alguma coisa e depois saber que alguém parou pra ler. Espero que ninguém me abandone se eu demorar muito. Outras fics viram, nem que sejam apenas traduções, mas eu ainda estarei por aqui.

N.A³.: e o obrigada maaais especial de todos é a dona senhora tia Luma!! A qual essa fic foi dedicada e betou esse capítulo logo que eu acabei de escrevê-lo. Beeeijo enorme, amo vc

Dito isso, me retiro e deixo vcs finalmente livres para clicarem aqui em baixo e escreverem uma review fresquinha pra eu ler mais tarde! Hasta!