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Donzela Feroz

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Capítulo 24

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Sango se levantou rapidamente procurando sua arma. Mirok lhe lançou um vestido.

— Mirok du Hashi! — disse uma voz. — Está aí delinqüente?

Sango franziu o cenho. Era a voz inconfundível de Kagome e soava furiosa.

— Delinqüente? — Mirok murmurou, subiu as calças. Ele piscou o olho para Sango.

— Selvagem. Covarde! — Kagome gritou. — Se puser uma mão em cima da minha irmã, juro-te, pondo como testemunha a Deus...

A voz mais calma de InuYasha se uniu a de Kagome na porta.

— Não a vai machucar, meu amor.

— Oh, sim? — Ela replicou. — Bem, ele a engravidou ou não? — Ela golpeou mais forte a porta. — Ela é uma moça inocente.

Sango tragou em seco. Aparentemente havia muito que Kagome não sabia dela.

— Se lhe tocar um cabelo da cabeça, porco sátiro...

Mirok colocou a camisa.

— Não tem por que preocupar-se. — ele respondeu. — Lhe diga, Inuyasha. Não tem por que preocupar-se.

— Viu? — InuYasha disse. — Não tem por que preocupar-se. Agora penso que é melhor deixá-los...

— Não vou até vê-la ouviu, bastardo? — Golpeou novamente. — Abre a porta.

Sango amaldiçoou entre dentes, lutando para colocar o vestido. Brigou freneticamente com suas saias, tratando de dar uma aparência de ordem.

— Ordeno-lhe isso! — Kagome ordenou. — Abre esta porta agora!

Mirok levantou uma sobrancelha, silenciosamente pedindo permissão a Sango para deixar que entrassem. Deus, ela pensou, ele é tão bonito. Suas calças estavam enrugadas e os laços de sua camisa sem atar. Seu cabelo, penteados rapidamente com seus dedos, estava desordenado, e seus olhos não deixavam dúvidas do que tinham estado fazendo. Ainda assim, Sango não podia esconder-se de sua irmã para sempre. Especialmente agora que tinha intenção de casar-se com o normando.

Ela inspirou profundamente e assentiu.

— Maldito tenente! Abre a...

Mirok abriu a porta tão rapidamente que Kagome quase caiu.

— Kagome — Sango disse suavemente, como se falasse do clima.

O rosto de Kagome estava tenso pela preocupação. Empurrou Mirok para um lado e foi para Sango.

— Está bem? O te há ... — Em seguida viu o estado do vestido de Sango, e a fúria estalou. Ela girou para Mirok, que estava saudando Inuyasha. — Você!

Mirok por reflexo cobriu o nariz. InuYasha ficou entre eles.

— Kagome, não há necessidade ...

— Casará-te com ela imediatamente. — Kagome decretou . — Compreende?

Sango saltou.

— Não pode me obrigar a casar!

Kagome falou sobre seu ombro.

— Posso e o farei. É o melhor, Sango. Não te deixarei criar um bastardo.

Sango estava ultrajada. Parecia que sua irmã não tinha perdido sua natureza imperativa depois de tudo.

— E se escolho criar um bastardo?

— Não seja tola.

— Não me chame de tola.

— Está sendo tola.

— Não o sou.

— Só quero o melhor para você, Sango.

— Não é necessário que o faça. — Ela plantou suas mãos em seus quadris. — E por certo não necessito que me escolha um marido. Especialmente depois que você roubou o marido de Rin.

Kagome ofegou, em seguida estreitou seus olhos.

— Foi para seu próprio bem, e sabe. Você e eu o combinamos. Tínhamos que fazer algo para salvá-la da dor de...

InuYasha esclareceu sua garganta. Sem dúvida seu orgulho estava ainda ferido pelo fato que as irmãs brigaram para ver quem faria o sacrifício de casar-se com ele.

— Helena. — Ele disse — Seja razoável. Verdadeiramente é a melhor solução. Não pode criar um bebê sozinha. Não pode...

Mirok se endireitou e cravou seu dedo no peito de InuYasha.

— Ela pode fazer o que quiser!

— Oh, sim, Mirok! — Kagome replicou. — Deus não permita que tenhas que carregar uma esposa! Melhor te deitar com quanta donzela te cruze o caminho, pulverizando sua semente por aí!

Mirok a olhou incrédulo.

— Eu disse isso?

InuYasha estreitou seus olhos.

— Casasse-te com ela.

— Não lhe dê ordens! — Sango gritou. — É nosso bebê, e nós decidiremos o que fazer.

— Não está pensando claramente, Sango. — Kagome disse. — Sua condição te tem feito irracional.

Sua fúria deixou Sango muda. Mirok apertou sua mandíbula.

— Não a chame de irracional! Ela é uma mulher inteligente.

Kagome arqueou as sobrancelhas e disse com ironia.

— Então por que se deitou com você?

Sango tinha vontades de esbofetear a sua irmã, mas por uma vez, não deixou que seus impulsos a sobrepujassem.

— Kagome! — InuYasha a desafiou. — É suficiente.

Sango apertou seus dentes.

— Vê? — disse a Mirok. — Vê como dá ordens a ela?

Mirok sacudiu a cabeça.

— Horrível.

— Exatamente. — Ela concordou.

— Eu nunca faria algo assim. — Ele disse.

— É o que pensei.

— E a boca suja dela. — Mirok adicionou. — Você não usaria esses insultos.

— Não. — Ela admitiu. — Provavelmente responderia com minha espada.

— E eu te apoiaria, meu amor.

— Como sempre.

Eles se deram à mão e encararam InuYasha e Kagome, que estavam paralisados, em silêncio. InuYasha foi o primeiro a romper o silêncio.

— Disse-te que deveríamos tê-los deixado sozinhos. — Ele murmurou sacudindo a cabeça.

Kagome suspirou desgostada.

— Ao menos decidiram casar-se, isso já é algo.

— Oh, sim.

— Então tudo isto foi para nada?

— Oh, não. Penso que será uma anedota divertida de contar.

A história foi contada uma e outra vez na festa de casamento, até Myoga criou uma canção com essa anedota. Sango pensava que Kagome não merecia nada menos. No grande salão de Higurashi ressonava a música, e nas mesas havia uma ampla gama de pratos escoceses e normandos.

Agora Kagome sabia o nome da maioria das pessoas de Taysho sentada ao redor dela. E tinha começado a pensar neles como habitantes de Higurashi. Portanto, o único estranho era Sir Sesshoumaru de Izuma, o bonito nobre de quem se afirmava que estava enfeitiçado por Rin.

Sango sorriu ao vê-lo entrar em conversa com sua irmã menor. Rin podia parecer doce, tímida, e suave, mas era uma moça ardilosa. De fato, Sango suspeitava que em suas veias corria o sangue de uma verdadeira guerreira, só que ela não o admitia. Sir Sesshoumaru poderia enfrentar uma batalha antes do que esperava.

No que dizia respeito à Sango e Mirok, sabia que com paciência e amor, eles resolveriam suas diferenças, e que ambos emergiriam vitoriosos.

Enquanto terminava a terceira estrofe da canção de Myoga, Sango de repente sentiu os dedos de Mirok ousadamente sobre sua perna. Conteve seu fôlego enquanto eles iam inexoravelmente para o meio de suas coxas. Ela ficou rígida, perguntando-se se alguém se daria conta. Suas bochechas se acaloraram, e um secreto sorriso começou a curvar-se em seus lábios.

Ela deslizou sua mão para debaixo da mesa e as meteu entre suas coxas para executar sua vingança, corajosamente lhe agarrou o membro. Um forte suspiro foi a doce recompensa.

Quando Mirok se recuperou do choque, e se forçou a acalmar-se.

— Meu amor, está cansada? Quer te retirar à habitação ?

— Sim. — Ela disse, pressionando seus dedos contra suas têmporas. — Acredito que o bebê me está tirando a força esta noite.

Esse discurso não enganava a ninguém. As risadas e as brincadeiras começaram escutar-se. Um grupo de cavalheiros embriagados os seguiu, mas desceram rapidamente quando Mirok lhes deu uma portada na cara.

Uma vez dentro, Sango descobriu que Kagome tinha levado a cabo sua vingança com a canção de Myoga. Era sutil, mas uma vingança afinal. A cama matrimonial tinha sido preparada, não com lençóis de linho, mas com brilhantes lençóis de seda. Vela que desprediam aroma de jasmim em todo o quarto. E um dos cães do castelo jogado pateticamente ao lado da cama, sem dúvida mortificado pelo fato de que ao redor de seu pescoço lhe tinham preso uma bolsinha com espécies de aroma muito forte.

Mirok sacudiu a cabeça divertido, em seguida se agachou para acariciar ao cão, enquanto Sango levantou a nota deixada sobre a cama.

— Sango. — leu em voz alta — Espero que aprenda os costumes de seu marido normando e que te incline ante seus desejos. Kagome.

Mirok sorriu, passando sua mão sobre a cama.

— Seda? Penso que vou me acostumar a isto.

Ela lançou a nota para um lado e lhe deu sorriso pícaro.

— Estou pensando de que maneira poderia me inclinar ante você.

— Sim? — Ele grunhiu sua aprovação.

— Tire o cão. — Lhe pediu.

Mirok voltou em um segundo.

— Agora. Onde estávamos?

Ela sorriu.

— Estava-me inclinado a sua vontade

Ele sorriu maliciosamente em resposta e se aproximou.

— Sua vontade, é fazê-lo agora?

— Mm.

— É essa sua vontade, minha lady? — Ele a aproximou para beijá-la suavemente na boca.

— Sim. — Ela suspirou contra seus lábios.

Ele desatou os laços de seu vestido e sob a camisa para descobrir um seio. Ela fechou os olhos e apanhou seu lábio entre seus dentes, esperando a delícia de seu contato.

Mas nunca chegou. Em vez disso ele grunhiu.

— Ah, Maldição.

Ouviu-se algo ou alguém arranhando a porta. Ela tentou ignorá-lo. Depois de tudo, ninguém interromperia um casal de recém casados em sua noite de núpcias. Ela enterrou seu rosto contra o pescoço de Mirok, enchendo-o de beijos.

Scratch, scratch, scratch.

Ela suspirou contra seu ouvido, esperando afogar esse som. Mas Mirok também o tinha ouvido.

— Agora o que foi? — Ele murmurou entre dentes, exasperado.

Os arranhões se fizeram mais persistentes, e desta vez estava acompanhado de um choramingo. Os lábios de Sango tremiam de irritação.

— É o cão.

— Demônios! O que quer agora? — foi abrir a porta. — O que quer?

O cão o olhou com culpa, e Sango não pôde evitar rir da visão cômica.

— Oh, Mirok, esse animal está sofrendo com a maldita vingança de minha irmã.

Mirok extraiu sua adaga e cortou a bolsinha de especiarias ao redor do pescoço do cão. O cão sacudiu a cauda e feliz saiu a trote. Mirok guardou sua faca e fechou a porta uma vez mais.

— Agora. Isso é tudo?

Sango revisou o quarto.

— Ainda estão os lençóis de seda.

— Esses? — Ele riu como um sátiro. — Esses podem ficar.

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Fim

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Notinha da não autora:

Pois é, donzelas, chegamos a mais um fim. Garanto a vocês que se achar a continuação também a passarei para o mundo de Inuyasha. Bjos e a te a próxima.