Capítulo 1 – O convite

Capítulo 1 – O convite

-Near...

-Mello...

Os dois se entreolharam. Havia um mês que Mello havia viajado e desde então não se falavam. Near o olhara com um tanto de desgosto.

-Mello... O que faz aqui?

-Near...

-...

-...

-Seu idiota! Porque não me ligou?

-Porque VOCÊ não me ligou?

-... Eu pensei... Que você não queria mais saber de mim...

-Ah Near... Você sabe que eu... Eu... – Mello ainda sentia dificuldades para dizer o que sentia pelo outro, sentia-se com vergonha como na primeira vez em que revelara seus sentimentos – Que eu gosto de você...

-Eu também gosto de você Mello, por isso que fiquei com medo... Onde esteve?

-Em uma viagem de negócios com meu sócio. – Disse tentando abstrair o impacto da palavra "sócio" em Near.

-Você quer dizer seu amigo ruivo, Matt? – Demonstrou uma pitada de inveja, desviando o olhar com uma cara emburrada.

-Near, só porque ele é meu amigo de infância - Near agora fizera uma cara mais emburrada – você não tem nada a temer, afinal, ele esta com Gevanni não é? E eu quero você, e mais ninguém. – Caminhou em direção a Near que hesitara o abraço do loiro, mas não resistiu e logo correspondeu ao ato de carinho.

-Near, você sabe que eu estava morrendo de saudades...

-E é claro que eu também Mello... Ficará comigo nesse recesso?

-Pelo resto da vida, na próxima viagem eu te arrasto junto.

Mello selou seus lábios com vontade, Near deu passagem e logo o loiro já reinava a boca do menor. O albino acompanhou o beijo, havia um mês que esperava pelo seu reencontro, sabia que Mello ficaria seco por mais se ele o beijasse daquela forma, porque esse sempre foi o cumulo para que o loiro perdesse a cabeça e liberasse seu lado sádico. Near acertara e logo Mello já estava empurrando o outro contra o sofá que se encontrava um pouco atrás do outro. Mello deitou-se em cima de Near no sofá e continuaram os beijos e amassos. Mello sabia que Near o tinha beijado daquela forma para provocá-lo e odiava isso, mas ele se sentia culpado por não ter ligado e continuou sem reclamar ou bufar. Começou a abrir a camisa e viu um sorrisinho no rosto do pequeno. Era só para Mello que ele dava esse sorriso. Melhor, para quem ele demonstrava alguma expressão. Mello terminava de abrir a camisa do menor, ao mesmo tempo em que este abria o zíper de sua blusa. Beijou novamente Near, parando para dar uma mordiscada no lábio inferior do mesmo.Mas...O telefone tocou.

-Merda de telefone...

-Deixe-me apenas ver quem...– Não deixou de estampar em seu rosto uma expressão de surpresa, quando estava com Mello, não ligava em mostrar suas emoções, não tinha nada a escondê-lo. - Meu... Pai?

-O sogrão? O que ele quer? Desliga essa merda, eu sou mais importante. – Mas antes que ele terminasse a frase Near atendera.

-Alô?

-Nate? É você?

-Pai, eu já te pedi para chamar-me de Near.

- Continua com essa bobagem de detetive, filhão? Oras, tudo bem, como vai ai Near?

-...

-Ah, desculpa filhão, mas eu sempre depositei esperanças que meu primogênito seguisse a carreira do pai como treinador do time de futebol...

No momento via-se uma gota bem grande em cima de Near. Ele jogador de futebol? Treinador? Mal se agüentava em pé depois de uma caminhada, imagina ficar correndo, suando e tendo que comer barrinhas de cereais? Mello que escutava tudo pelo outro lado do telefone desabou a rir.

-Pai, eu estou um tanto ocupado com um cliente, será que poderia ser direto?

-Bem, desculpe filho, espero que esteja tudo bem ai, aqui estamos todos com saudades, porque não passa esse recesso conosco?
-Er, pai eu já tenho um compromisso com uma pessoa... – Olhou para Mello como se pedisse ajuda. Queria muito passar aquele tempo com Mello e sabia que o loiro não iria gostar nada da idéia de passar o recesso sozinho e seria capaz dele ir visitar seu amigo ruivo o que para Near era algo inaceitável.

-Nyyyaaaaaaaa!! Near-chan ta namorandoooo!! Oi irmãozinho!! – Disse uma vozinha esganiçada de menina.

-Eu não acredito que ele desencalhou! – Uma voz surpresa e masculina falou.

-O que...? Vocês dois podem largando essa extensão!

-Tchau – Disseram as duas vozes em uni som.

- Near...é verdade?

Como que era que eles tinham acertado Near não sabia, mas era melhor não esconder esse fato. Mello poderia ter um ataque de fúria se ele contasse, mas teria um maior ainda se ele não contasse e fosse viajar sem ele.

-Bem, er, eu estou namorando...

-Então é verdade que meu Nerito esta namorando? – Falou radiante uma voz de mulher adulta.

-Mãe?

-Negisa, querida...

-Nerito, que tal trazer a sua namorada para conhecer sua família?

Near colocou forte a mão no telefone tentando abafar o "NÃO!" gritado por Mello quando falou:

-Sério, mãe? Mas não da, tenho muitas coisas para fazer aqui e vejo que Mello ficaria um tanto tímida.

-Ah querido, você já tem idade suficiente para um compromisso, você não acha maldade eu não conhecê-la?

-Então está decidido! Se você não vem, nós vamos!

Mello gritou outro "NÃO!" mais alto e mais desesperado.

-Já que vocês fazem questão, então nós vamos para ai.Estaremos indo amanhã.

"O QUE!?" Mello estava ficando desesperadamente irado. Iria matar Near, faze-lo sofrer por isso. O albino se despediu e desligou o telefone.

-NEAR!

-Vamos viajar.

-Você enlouqueceu? A falta de beijos meus no seu sangue te fez mal ou é por uns amassos repentinos depois de um mês sem nenhum?

-Melhor começarmos a fazer as malas.

-O que você acha que seus pais vão dizer de mim?! NEAR!

-Sei que você pode ser gentil e educado quando quer, Mello.

-Near. – Respirou fundo, estava chocado com a atitude do baixinho calculista, parecia que desta vez, ele é quem havia agido sem pensar – Eu sou homem, não sei se você percebeu isso. O que seu pai vai dizer de mim?

Mello não costumava ligar para o fato de ambos serem homens, mas eram momentos como esses em que ele se odiava por ter nascido assim. Seria tão fácil se ele fosse uma garota, nesse momento eles estariam arrumando suas malas felizes e perguntando a Near se deveria ir com o vestidinho rosa ou com a saia azul bebê ou se seria grosseiro usar um de decote. Eles poderiam namorar em paz, sem preconceito, nem pessoas apontando como se fossem aliens, poderiam se casar e ter filhos. Mas isso não era possível. Teriam de suportar todo tipo de obstáculos e esse seria seu primeiro grande desafio: causar uma boa impressão (ou no mínimo a menos chocante o possível) nos pais de Near. E se algo ruim acontecesse, e a família de Near não o considerasse parte dela? Aconteceria como em Romeu e Julieta? Seriam separados pelos pais...? Estava com medo, demorara tantos anos para perceber que amava aquele albino, esperara tanto tempo para uma chance de se declarar, demorara tanto para conseguir dizer "eu te amo" a Near sem gaguejar, a agora tudo seria em vão?

-Não importa o que eles disserem isso é fato eu te amo, não ligo e você também não deve ligar para o que eles acharem. – Aquelas doces palavras o aliviaram um pouco, mas não fez sumir a pressão que sentia.

-Mas é que eu... – "queria ser aceito por sua família" pensou, porém não conclui sua frase. Seria meloso demais e a última coisa que queria era Near preocupado com ele. – Eu devo levar flores para sua mãe? – Disse tentando disfarçar.

-Isso se meu pai não lhe der flores, querida... – Deu uma risadinha sentando-se novamente no sofá.

-Engraçadinho... – Disse se ajeitando no sofá e pegando um chocolate na mesinha de centro. Abriu o pacote e mordeu um pedaço.

-Mas Mello... – Falou em voz baixa, em seguida mordendo inocentemente a barra de chocolate – Nós não terminamos o que começamos...

-Saiba Near, que irei gastar toda minha insanidade em você...

-Foi o que disse na nossa primeira vez, mas você foi tão cuidadoso...

E isso foi o bastante para Mello, pegou um pedaço de chocolate, espremeu-o em suas mãos, deixando-as enlambuzadas e passando-as por todo o corpo do rapaz enquanto o beijava ferozmente. Deixaram de lado apenas neste momento, o que viria acontecer no dia seguinte...

x.x.x.x.x.x

Oi pessoas! o/

Gostaram da fic?-

Sem noção, é umas das minhas fics preferidas (tenho 11 em produção em casa xD)

Sim cara, eu não completo nenhuma, por isso nunca posto nada aqui n.n

Agradecimentos especiais: A Raayy e Janao por terem lido minha fic e quase me matado or suspense ou coisas o tipo -foge- A Ráh e a Cyberele por lerem durante a aula (que é o horário de euzinha escrever fics) e pelo pessoal do encontro lolitoso de ontem que me deu ânimo para postar aqui.

MEREÇO REVIEWS?-

To ficando traumatizada, não tenho mais que 5 reviews em uma única fic x.x Escrevo tão mau assim?.'

Bem, tomara que gostem e, NÃO eu não vou escrever o lemon :D

o/