Olá humanos.

Vocês devem estranhar eu começar assim não é? Pois bem, meu mundo é estranho, seu mundo é estranho, nosso mundo é estranho. Você está prezo em um mundo paralelo e vicioso no qual não se pode sair.

Quem sou eu? Hum... Tenho vários nomes, só que ninguém sabe ao certo que sou de verdade.

O que sou? Garanto a você uma coisa: Não sou humana. Eu acho que já fui um dia, não tenho certeza, nada no mundo é certo.

Minha missão vai muito além de que você pode imaginar.

Sou alguém que você vai conhecer um dia. De verdade, pode acreditar.

Onde estou? Em uma biblioteca cheia de peças de minha coleção.

O que coleciono? Livros. Não livros comuns, aos poucos saberão do que eles têm e tão incomum.

Estou sentada em uma imensa cadeira, lendo mais um deles.

Eu te conheço mesmo você nunca tenha me visto. Sei da sua vida. Dos seus segredos mais secretos e de seus pesadelos mais profanos. Mais eu não vou contar para ninguém.

Agora, perante você, contarei uma história diferente. Contarei parte da minha história.

Por enquanto, me chamem de meu codinome: Enma.

- • -

O trem apitava na estação, mais gente chegando e mais gente saindo. A vida se repete na estação. Todo dia essa monotonia. Todos com aquelas roupas chiques e malas com peças caras vindo e um lado a outro, ou pessoas paupérrimas sem dinheiro para comprar um doce vem com sua família para tentar recomeçar ou terminar o que já foi feito. Sou sutil e passo despercebida por todos, minha capa totalmente preta que cobre meu rosto e arrasta no chão esvoaça suas barras a cada passada que eu dava. O objeto em minhas mãos e guardado com todo carinho e acalentado em meus braços como uma pérola rara. Entrego o bilhete ao senhor que vigia a entrada e saída do trem. Ele olha por cima do meu ombro como se procura alguma coisa.

- A senhorita não tem bagagem? - Perguntou-me arqueando uma sobrancelha.

- Não. - respondo monossilabamente. Mesmo estranhando, ele me concede a passagem e eu entro no vagão.

Passo por entre as pessoas que conversam e se mechem freneticamente, como se não estivessem lá. Não ouço o que elas falam e também não me importo com isso. Sentei na última cadeira perto da janela e meu rosto oculto pelas sobras de minha roupa observa os seres mais extraordinários que já tive o desprazer de conhecer: os seres humanos. Eles se importam com coisas tão supérfluas que não tenho vontade de aprender mais nada o que eu queria ver. O trem apita pela última vez, um moço lá na frente grita para que todos devam subir, mais uma vez. O trem está andando. Aperto mais o objeto em minhas mãos contra meu peito e sinto o balanço da locomotiva. Por entre o barulho do trem e dos humanos, consigo ouvir um grande alvoroço na estação.

- Tem um cadáver aqui! - Gritavam alguns, mulheres tapavam os olhos das crianças para que não vissem tamanha atrocidade. Alguns chegaram a desmaiar com o cheiro pútrido do recém cadáver aberto na estação.

Aqueles que estavam no trem e perceberem o que ouve, logo contavam uns para os outros, causando transtorno. Mais eu estava alheia a tudo e a todos. Não ouvia nada e não via ninguém a minha frente. Observo o objeto em meus braços e um sorriso demoníaco surge em meus lábios.

Um livro.

Uma história.

Uma vida.

Uma morte.

Ela...

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Yo minna!

Aqui está eu e mais uma das minhas abominações de fic's :D não pretendo fazer casais aqui, só terror e suspense mesmo. /o/

Esse foi só um pequeno prólogo, pretendo fazer capítulos maiores n.n

Quem é "Enma"?

Descubram :B Esse é meu desafio. Uma coisa eu garanto: Vocês iram se surpreender. \o\

Amo vocês ;D