Conveniência

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Capítulo 9 – Diga uma data, papai

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"Was a time when I wasn't sure, but you set my mind at ease.
There is no doubt, you're in my heart now"

"Houve um tempo que eu não tinha certeza, mas você acalmou minha mente. Não há dúvida, você está em meu coração agora"

(Guns N' Roses – Patience)

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Shino abriu os olhos lentamente. Seu pescoço parecia estar sendo perfurado por pequenos canivetes e ele fez força para esticar os músculos. Ao se movimentar notou o corpo de Kiba esparramado sobre o seu, dormindo pesadamente. Suspirou. Olhou em volta e percebeu os raios solares invadirem a sala. Suas roupas se misturavam no chão.

- Droga!

Suas mãos rápidas empurraram o corpo do Inuzuka para o lado e moveram-se com rapidez na direção das roupas de baixo que estavam estendidas sobre a mesa no centro da sala.

- Acorda, Kiba! Já amanheceu! A que horas a Hana vai chegar? KIBA!

- Hmmm? – os olhos estreitos do moreno lutaram contra o sol por um tempo e depois pousaram cobiçosos sobre o peito ainda nu de Shino. Riu e analisou a porta. – Ela já chegou.

- O QUÊ? E nós aqui, assim? Você só pode estar brincando.

- Não, não estou – ele apontou o casaco que cobria parte do canto do sofá. – É dela. Provavelmente chegou antes de o sol nascer. – espreguiçou-se com um gemido e sorriu ao verificar a tensão no rosto do outro. – Relaxa. Ela não vai nos matar, vai?

- Consigo pensar em opções um pouco piores – vestia as roupas com toda a pressa que seu corpo permitia. – Não é agradável saber que ela nos viu assim, pelados no chão da sala. Não te incomoda?

- Nem um pouco. Eu não sabia que você era tão cheio de pudor. Tente ficar tranqüilo. Eu estaria tenso se ela tivesse jogado um vaso de água na nossa cabeça e mandando a gente ir fazer safadezas longe de casa – ele não conseguiu conter a gargalhada ao olhar de Shino.

- Você é insano. É melhor eu ir embora agora.

- Por que não fica e toma café? – Kiba tomou posse do short e o vestiu rapidamente.

- Claro! Vai ser realmente interessante tomar café com vocês dois! – Shino não poupou ironia no comentário e arrancou novas gargalhadas de Kiba. – Perdão, mas estou constrangido demais para conseguir passar mais tempo na sua companhia por enquanto.

- Não parecia constrangido durante a noite.

Antes que Shino pensasse em uma nova ironia, Hana irrompeu na sala trazendo dois copos em uma bandeja. Ela sorria animada para os dois e buscou caminho entre peças de roupas que ainda jaziam pelo chão.

- Achei que estariam com fome. Preparei uma vitamina agora a pouco e pensei em vocês para experimentá-la. Bom dia, Shino-san!

O Aburame estava muito tenso para responder. Kiba deu um sorriso torto e tentou motivá-lo a pegar um copo, mas o rosto do rapaz mostrava-se rígido e indecifrável naquele instante.

- Não pretendo perguntar nada, Shino-san – disse Hana, entregando-lhe o copo em mãos. – Vocês não devem explicações a mim sobre suas vidas. A propósito, já vou sair e deixá-los em paz. Preciso entregar o relatório da missão à Hokage-sama. Portanto, comam alguma coisa e, Kiba, não deixa a casa nessa bagunça. Vemo-nos outra hora então, Shino-san!

A mulher abandonou a bandeja sobre a mesa logo depois de Shino esticar o braço e puxar uma blusa de lá. Kiba riu baixinho e acompanhou os passos da irmã até ela sair da casa e passar a chave na porta. O Aburame demorou muito até conseguir formular alguma palavra, fitando intensamente o olhar selvagem de Kiba sobre ele.

- Isso realmente...

- Depois ela vai me puxar para um canto e falar um monte de baboseiras – bufou Kiba, andando a passos caninos na direção de sua presa. – Mas agora que estamos sozinhos... o que acha de comer alguma coisa?

Shino engoliu em seco. Ouvir Kiba dizer aquelas palavras enquanto caminhava como um predador na sua direção era extremamente comprometedor. A ambigüidade daquele momento mexeu com sua imaginação e foi impossível impedir seu corpo de reagir. Preparou-se para remover de novo as peças de roupa, mas o Inuzuka não esperou por isso antes de atirá-lo no chão e banha-lo de beijos e mordidas divertidas.

Era um selvagem, pensou Shino, um selvagem deliciosamente louco.

--x--

Gaara se espreguiçou e massageou o próprio ombro, deixando de lado por um tempo os papéis que analisava espalhados pela mesa da sala em que se encontrava agora. Sentada a avaliá-lo, estava Temari, concentrada nos fios ruivos do cabelo dele e lembrando de uma aposta idiota que fizera. Naquele instante, Ino bebia um copo d'água em frente a amiga, com um sorriso torto tentando enlouquecê-la.

- Gaara, - começou Ino, sem desgrudar os olhos de Temari. – que tal irmos juntos ao encerramento do Festival hoje?

- Não, obrigado. Já fomos um dia desses – disse imediatamente, sem desviar a atenção dos papéis que voltara a ler. – Vá com o Kankurou.

- Não seja estúpido, chamei você! – seus orbes azuis queimavam de irritação. – A propósito, Temari, você não foi nenhuma noite?

- Fui ontem... mas na verdade estou bem desmotivada – ela mostrou-se bem feliz pelo assunto não ser o puxão de cabelo que deveria dar no irmão.

- Eu tinha quase certeza de que o Shikamaru ia levar você ontem... ele não te convidou?

- Shikamaru? Você é louca? – Temari riu como se estivesse olhando para um espantalho falante. – Ele me dá nos nervos. E, além do mais, ontem ele estava com uma mocinha lá... Qual o nome dela, Gaara?

- Como é que eu vou saber? – disse ele com indiferença. – Só falei com ela por dois minutos, e só falamos sobre códigos. Não perguntei o nome dela.

- Vocês foram juntos ao Festival ontem? Não acredito! – Ino parecia estar se queimando com a água. – Foram juntos?

- O Gaara não foi exatamente ao festival. Foi mais uma obrigação social. Eu até o ouvi reclamar por não ter alguém tagarelando para lhe distrair.

- Temari, você ainda não disse o que quer aqui – interpolou Gaara, bruscamente.

Antes que a loira respondesse, Kankurou entrou de repente na sala com um sorriso afetado no rosto, buscando de imediato algum apoio na expressão sempre indiferente do irmão.

- O Naruto está aí fora e diz que não sai antes de falar com você, Gaara.

- GAARA! – a voz estridente do loiro invadiu a sala. Ofegante, ele correu na direção do ruivo e o puxou para um abraço exageradamente forte que fez com que o Kazekage arregalasse os olhos e puxasse ar com muito esforço para tentar sobreviver àquilo.

- O que é isso assim de repente? – indagou Gaara, notando-se preso no abraço do outro. – Naruto?

- Eu queria agradecer por ontem, é claro! – manteve as mãos presas aos ombros do ruivo e o encarou com um intenso sorriso brincando nos lábios. – Você foi maravilhoso!

Temari não segurou uma gargalhada. Ino fez força para não cuspir o restante da água que bebia. Kankurou suspirou preguiçosamente e coçou a cabeça, sem querer pensar muito sobre o que acabara de ouvir.

- Hei, se vocês dois não explicarem essa cena, juro que vou ficar bem confusa! – comentou Temari, entre risos.

- Essa sua irmã é um absurdo, Gaara! – comentou, tentando parecer indiferente. – Bom, na verdade era só isso. E também quero agradecer por ter... bom... aquilo sobre a Tsunade-baa-chan... você entende, não é?

- Sou apenas eu, ou quanto mais eles conversam mais suspeitos eles parecem? – disse Temari, rindo amistosamente.

- Tudo bem, Naruto. Para pagar o favor, leve a senhorita Yamanaka ao festival hoje à noite.

Ino esbravejou.

- Pareço um balão de festa para você emprestar aos seus amigos quando quiser?

Naruto riu e correu para o lado da loira, abraçando-a pelos ombros e puxando-a para perto, sem perder o autêntico sorriso que lhe iluminava a face. Temari e Kankurou se entreolharam e sorriram.

- Hei, Ino, aposto que vai ser divertido, não acha? Hoje é o encerramento! Imagine só! Todas aquelas danças e o parque e as barracas! Ow... aposto que vai ser inesquecível! Eu vou te levar até o topo da roda gigante e vamos atirar pipoca na cabeça das pessoas!

- Eu não estou mesmo ouvindo isso, estou? Naruto quer, por favor, me soltar? – olhou incrédula para Gaara que permanecia alheio às idéias do loiro. – Muito bem, Temari, acho que o Gaara precisa de uns puxões de cabelo, não?

Temari arregalou os olhos, sentiu que o ruivo a fuzilava mentalmente e tentou tomar alguma atitude rápida.

- O Naruto vai comigo ao festival hoje, – disse conclusivamente. Naruto a fitou intensamente, incerto sobre o que acabara de ouvir. Temari piscou e voltou-se para o irmão. – lamento, mas você vai mesmo precisar levar a Ino, Gaara.

- Eu vou com você? – repetiu Naruto, olhando de uma garota à outra, como se fosse um cardápio lotado de pratos exóticos. – Bom, eu sempre gostei de mulheres mandonas. Mas ficar dividido entre elas é bem assustador.

- Pare de falar asneiras – reclamou Ino, que dava tapinhas gentis nas costas dele, empurrando-o sinuosamente para Temari. – E cuida bem dele, Temari. Não quero o Naruto com olho roxo pelas ruas de Konoha amanhã.

Naruto riu timidamente, buscando desesperado por sinais de brincadeira naquele comentário. Depois notou que Ino o fitava de forma expressiva e ainda tinha uma das mãos em suas costas. Os olhos dela falaram alto, chamavam-no para segui-la. A loira deu as costas e o pegou pela mão, saíram de imediato da sala, deixando uma nítida surpresa desenhada nos rostos dos irmãos da areia.

- Temari, que idéia é essa de ir com o Naruto? – perguntou Kankurou, caminhando na direção dela.

- O que tem demais? Vai ser divertido – sorriu, olhando a porta pela qual vira os dois ninjas de Konoha passarem.

Gaara não disse nada. Já estava conformado com a idéia de mais uma noite na companhia barulhenta da Yamanaka. Suspirou e voltou resignado para seus papéis, ignorando a saída repentina dos dois loiros e a conversa vazia que se iniciava entre os irmãos.

Lá fora, ainda tonto de surpresa e encarando os vivos orbes azuis da loira, Naruto procurava alguma explicação cabível para aquela atitude repentina. Ela ainda segurava sua mão com força e foi impossível se desvencilhar disso.

O rosto branco e tenso da kunoichi ganhava expressões rígidas à medida que organizava as palavras mentalmente. Suspirou demoradamente e apertou os dedos dele entre os seus.

- Ouça, Naruto, se você gosta da Hinata, não fique contando coisas que não deveriam ser contadas em público e não seja imbecil a ponto de deixá-la ainda mais triste.

- Ino... – seu rosto se contorcia de confusão. – do que está falando?

- Sobre Neji e ela. Mesmo que você tenha falado certas coisas com a intenção de ajudar... bom... talvez não devesse. Escolheu uma péssima hora para jogar algumas informações pra cima dela.

- Ela falou com você sobre aquilo?

- É – disse, revirando os olhos. – O que eu quero dizer é que se você gosta dela... devia ser mais exato na hora de dizer certas coisas. Não devia se apegar aos erros do Neji, mas sim mostrar pra ela o que realmente sente e...

- A Hinata é só uma boa pessoa que eu admiro – interrompeu-a ele. – Neji falou algumas besteiras quando estávamos lá nas ruínas do Templo Uchiha. Falou sobre traição e coisas nas quais não devia nem pensar em dizer. Então passou pela minha cabeça que alguém com aquele falso moralismo não merece alguém como a Hinata. Mas isso não quer dizer que eu... eu não estou apaixonado por ela, oras!

- Sei... então você é mesmo só um tagarela enxerido, como eu pensei – suspirou longamente, fitando os olhos tensos dele. – Certo, Naruto. Assim que possível converse com o Neji. E isso é uma ordem! – o rapaz arqueou as sobrancelhas ao ouvir essa última parte. – E, por favor, seja esperto o suficiente para descobrir se ele realmente gosta da Hinata ou se esse namoro não passa mesmo de uma mera conveniência política.

- Conveniência política? Acha que o Neji não gosta...

- Não acho nada. Mas converse com ele. Acertem seus ponteiros, está bom?

- Ino, você esteve com a Tenten naquela manhã...

- Mas não fui eu que empurrei o Neji pela janela, garanto. Certo, divirta-se com a Temari hoje à noite. Agora venha cá, seu grande idiota! – Ino deu um forte abraço no loiro e findou o contato com um puxão de orelha no mesmo. Deu uma piscadela e tocou o rosto levemente corado do rapaz. – Você é um cara legal, Naruto, e sei que a Sakura ainda vai notar isso. – e voltou a sorrir.

- A Sakura-chan? – ele sorriu, ainda tentando conter o rubor. – Ah, não, Ino! A Sakura-chan e eu nunca vamos... não, não... esqueça isso! Somos quase irmãos... Sabe, de uns tempos pra cá... Mas vem cá, - aproximou o rosto o suficiente para fofocar e cochichou no ouvido da loira. – Acha que a Temari ia gostar de ir à Roda Gigante?

- Ah, meu Deus... homens! – soltou um muxoxo e fez um beicinho, em seguida sorriu e cochichou igualmente. – Claro que vai, Naruto. Aproveite e dê um beijão nela, daqueles de tirar o fôlego. Seria ótimo.

- Quê? Está... Ela por acaso falou alguma coisa?

Ino gargalhou ao notar que o rosto do amigo ganhava tons rubros exagerados. Caminhou de volta para a sala e o deixou recuperando um pouco da cor branca que poderia estar perdida em sua pele.

--x--

As semanas foram passando devagar.

Neji tinha permanecido mudo por quase todo o tempo, limitando-se a falar sobre detalhes da missão que corria bem até ali, e por vezes ainda aceitava uma conversa com Lee, com a condição de que ela não debandasse para o assunto casamento, Hinata ou Tenten.

Nos últimos dias antes de voltar para Konoha, o Hyuuga mostrou-se mais receptivo, surpreendendo a Lee quando certa noite perguntou-lhe sobre seus sentimentos e sobre quando ele decidiria se declarar a Tenten. Tal mudança de humor era certamente por causa do retorno ao lar, e a ansiedade de poder novamente ver Hinata, embora o próprio Neji se recusasse a admitir isso.

- Tenten continua estranha desde o dia que saímos em missão, Neji. Sabe, não é todo dia que uma garota lhe dá uma bofetada daquelas e vai embora sem mais nem menos!

- Eu também não entendi o motivo da Hinata para fazer aquilo.

- Ah, por favor, Neji! Até os canários que passavam ali por perto entenderam! Ciúmes! É óbvio.

- A Hinata-sama, com ciúmes de mim? Isso não tem cabimento.

- Como não? – com um sorriso, o moreno aproximou o rosto do ombro do amigo e cochichou. – Estão noivos, não estão?

- Lee... a Hinata-sama...

- Pare de dizer "Hinata-sama, Hinata-sama", caramba! Penso que ela deixou bem claro que estava com ciúmes naquele dia. Acha que eu daria um soco em você à toa? Não, mas se eu soubesse que você foi cafajeste a ponto de se engraçar para a Tenten de novo, eu não ia medir forças!

- E mesmo assim continua feito um idiota babando enquanto ela finge que não percebe. Vamos dormir, Lee. Amanhã chegamos a Konoha, finalmente.

- Finge?

- Sua percepção é quase tão veloz quanto uma tartaruga paraplégica, Lee.

O moreno lançou um olhar curioso à amiga que naquele momento organizava alguns pergaminhos dentro da bolsa. Por um instante, ela o fitou, esboçou um sorriso e voltou a atenção para seus pertences. Lee sorriu e entregou-se ao sono.

--x--

Hinata olhou as mesmas colchas de cama pela oitava vez e Hanabi fez uma careta nada agradável. Os olhos da Hyuuga mais velha estavam presos numa imagem, bordada a mão em um dos tecidos, e seus dedos acarinhavam a linha como se fosse a própria demarcação de seu destino.

- Muito sem vida, não acha? – comentou Hanabi, puxando para si a colcha. – O que acha de procurar alguma coisa mais colorida?

- É um enxoval para casamento, Hanabi, não decoração carnavalesca – disse Konohamaru, que observava de braços cruzados as duas irmãs.

- Cale a boca seu estúpido! Como se você soubesse alguma coisa sobre casamentos! E desde quando você está aqui?

- Chegou há uns cinco minutos, Hanabi – respondeu Hinata, devolvendo a colcha à vendedora. – Você estava distraída com esses tecidos e acabou nem notando.

- Só vim até aqui por que vou sair em missão, então pensei que você fosse gostar de ir tomar um sorvete antes de eu ir. O que me diz, Hanabi-chan?

- Digo que seu juízo escorreu pelo ralo na última vez que tomou banho!

- Hanabi, você pode ir com o Konohamaru-kun. Eu termino sozinha de escolher essas coisas. Não se preocupe.

- Tem certeza?

Hinata limitou-se a fazer que sim com a cabeça e logo a irmã estava se saindo da loja ao lado de Konohamaru. Ainda com o olhar distante, a Hyuuga lançou mão de algumas fronhas e bufou, procurou nas prateleiras por algum sinal das tais cores que Hanabi sugerira. Viu dezenas de peças em verdes, amarelos, laranjas e azuis intensos. Sorriu sem muita vontade e chegou a conclusão de que Konohamaru poderia estar certo sobre as decorações carnavalescas.

Em uma estante um pouco distante ela se encantou imediatamente por alguns lençóis em uma cintilante cor perolada. Caminhou a passos rápidos até eles e os acariciou com a palma da mão.

- Isso é seda? – disse.

- Sim! Temos outras peças em seda nessa mesma cor. Quer dar uma olhada?

- Sim. Todas que você tiver.

A vendedora saiu satisfeita em busca de várias peças naquele estilo. Lençóis, cortinas, alguma toalhas de veludo com aquele tom cinzento e macio que escorregava como água pelas mãos frias de Hinata, e outras peças faziam montes de pano sobre o extenso balcão para que ela os analisasse.

As horas passaram depressa e quando finalmente várias sacolas se amontoavam ao seu redor, Hinata sorriu e entregou a quantia em dinheiro descrita pela moça atrás do balcão. Com seu amistoso olhar de comerciante, a jovem apontou alguns rapazes que organizavam outros tecidos de tons escuros no fundo da loja e entre risos anunciou:

- Podemos entregar na sua casa, se quiser. O custo-entrega é baixo e o serviço é garantido!

- Claro. Eu adoraria – confirmou, forçando um sorriso.

Já estava anoitecendo quando Hinata desceu por uma das ruas vazias da vila e seguiu na direção de casa. A vendedora garantiu que entregaria tudo em menos de uma hora, o que significava exatamente cinco minutos depois de sua chegada em casa se continuasse com aqueles passos tétricos.

Durante o percurso, sua mente vagou por dias passados em que Neji e ela se abraçavam abaixo de chuva, envolvidos por um calor interno que lhes consumia a razão. Apertou os olhos, talvez não fosse mais chover tão cedo e assim como o inverno que ia embora, iam-se também seus desejos de que tudo aquilo não passasse de um pesadelo muito longo do qual ela própria se recusava a acordar.

De repente pensou que, se acordasse, tanto o beijo quanto a frieza de Neji se tornariam parte de uma ilusão pesarosa e estranha. Não tinha certeza se queria que tudo fosse parte do surreal intento de seus pesadelos, nem tampouco se aquilo de fato poderia ser classificado como pesadelo. Os lábios dele se encaixavam tão bem nos seus...

Já na porta de casa, envolvida por seus devaneios, a kunoichi reconheceu a silhueta parada ao lado do seu pai no alpendre. Os longos cabelos dele esvoaçavam com o vento e as roupas brancas de linho colavam-se ao corpo a cada novo suspiro dos céus. Hinata sentiu que seu estômago parecia ter sido acertado por vários pontapés num instante e seus passos se tornaram pesados. A pulsação na aorta parecia estar prestes a explodir seu pescoço então, respirando fundo, ela caminhou até eles.

- Hinata, estávamos falando de você – disse Hiashi, enquanto Neji se virava para observá-la.

- É o único assunto em comum que têm hoje em dia, não é? – alfinetou, num sorriso tímido. – Como vai, Neji-kun?

- Bem, e você?

Ela balançou a cabeça em retorno, desviando dos olhos dele o mais rápido que pôde. Procurou o rosto do pai e o presenteou com seu silêncio. Hiashi arqueou as sobrancelhas e os convidou a sentarem nos bancos externos da casa.

- A missão foi proveitosa, Neji?

- Sim. Tudo saiu muito bem. E por aqui?

- Hinata não teve missão alguma – afirmou, oferecendo a ela um olhar reprovador. – Não sei se por falta delas ou por omissão da própria.

- Creio que teve seus motivos – arriscou Neji, fitando-a.

- Sim, eu tive. Tenho que cuidar dos interesses do Clã – afirmou com firmeza, tomando olhares surpresos de ambos os homens. – Ah, vejam só! Frutos do meu trabalho.

Da rua se aproximava uma bem equipada charrete com dois rapazes altos. Cada um deles se equipou de duas ou três sacolas e as levaram a presença dos Hyuuga. Hinata assentiu com um sorriso meigo e eles terminaram de descarregar o veículo o mais rápido que puderam. Agradeceram com um aceno e logo sumiram pela rua novamente, tão rápido quanto chegaram.

Lado a lado, Neji e Hiashi se entreolharam, atônitos, e seus rostos interrogativos assim permaneceram por um tempo até que a jovem pôs-se de pé, pegou duas sacolas e os mirou com determinação. Engoliu em seco e por fim disse:

- Diga uma data para o casamento, papai. Já tenho quase tudo pronto. Agora se me permitem, vou levar essas sacolas e organizar tudo lá no quarto...

- Deixe essas sacolas aí mesmo, Hinata – ordenou Hiashi em seu tom mais autoritário. – E queira explicar, por favor.

- É o meu enxoval – apertou com força os dedos nas alças das sacolas e suspirou, buscando ar. – Pensei que seria um bom momento para comprar já que Neji esteve fora em missão.

O silêncio deu espaço para que a noite sussurrasse para eles. Um vento frio sibilou em seus ouvidos e Neji abriu a boca para falar, mas não disse nada. Hiashi franziu a testa, passando os olhos por todas as sacolas. Por fim deu de ombros e caminhou na direção da porta.

- Deixe essas coisas aqui, vou chamar alguém que leve a seu quarto. Penso que duas semanas tenham criado algum assunto que queiram compartilhar. Fiquem a vontade.

Hinata depositou as sacolas no chão e sentou mais uma vez ao lado do noivo. Prendeu os lábios com os dentes e soltou o ar dos pulmões. Neji a olhava de esguelha, ainda procurando algum sentindo naquela exagerada quantidade de sacolas.

- Comprou isso tudo hoje?

- Não exatamente. Comprei muito durante alguns dias e deixei lá na loja até que todas as encomendas chegassem e eu pudesse trazer tudo duma vez só.

- E o que tem aí?

- Você sabia que meu pai está montando uma casa para nós dois? – disse, ignorando a pergunta.

- Sim, ele comentou comigo.

- Ele disse que tem três quartos. Para que vamos precisar de três quartos?

- Talvez ele queira netos.

- Ele espera que tenhamos filhos? – Hinata riu, surpresa.

- Vamos nos casar, não é?

- Você quer ter filhos? – o riso deu lugar a um intenso rubor nas maçãs do rosto.

- Se eu vou me casar.

- Q-quer ter filhos c-comigo? – gaguejou.

- Você quer?

- Não me responda com outra pergunta!

- Há um mês eu não queria casar, Hinata-sama.

- E agora quer?

- Quais das perguntas eu devo responder primeiro?

Ela suspirou. Fitou o céu por algum tempo e cruzou os dedos sobre os joelhos. Baixou a cabeça e engoliu em seco. O hálito da noite penetrava entre seus cabelos e arrepiava-lhe a nuca. As árvores se agitavam na frente da casa, as folhas cochichando segredos a espreita, desenhando imagens desconexas com as sombras do chão.

Neji movimentou-se no banco e se aproximou da garota, seu braço moveu-se para rodeá-la num meio abraço e ela sentiu sua pulsação retomar aquele ritmo alucinado e incontrolável. Por um momento imaginou que ele estava ouvindo as batidas do seu coração.

Quando os longos dedos se fecharam contra seu braço ela se encolheu. Suas pestanas se apertavam e seus lábios tentavam filtrar palavras que insistiam em engasgar e se perder no vácuo de alguns pensamentos supérfluos.

- Por que está fazendo isso? – perguntou finalmente num fio de voz.

- Por que eu gosto de você.

- Desde quando?

- Não faço idéia.

Os lábios quentes de Neji tocaram o rosto frio de Hinata causando-lhe uma fraca sensação de choque térmico. As mãos dela tremulavam tanto quanto as borboletas que se agitavam no estômago. Já ia virar o rosto para oferecer a boca, quando a porta se abriu e Neji imediatamente ficou de pé.

- Hinata-sama, seu pai falou sobre umas sacolas e... Oh, perdão! Eu atrapalho?

- Não, as sacolas são essas, me ajude a levar lá no meu quarto, sim?

Os olhares se cruzaram por um instante e, em menos de dez segundos depois, Neji ficou sozinho com sua inquietude.

--x--

- E ele te beijou?

- Não.

- Por que não?

- Por que... eu não sei, Ino-chan! Talvez não fosse adequado ou...

Ino arqueou a sobrancelha e bateu com o cotovelo nas costelas de Hanabi que parecia entretida com os tecidos cor-de-pérola que banhavam a cama da irmã.

- O que você acha, Hanabi?

- Que se fosse eu no lugar da Hinata, teria jogando ele no chão e o devorado.

A loira soltou uma alta gargalhada.

- Sabe Hinata, acho que te falta um pouco de Hanabi no sangue.

- Ou sobra Hiashi – remendou Hanabi. – Acho que é mais fácil um leão cantar ópera do que meu pai demonstrar algum sentimento. É o mesmo com a nee-chan.

- Vocês exageram – exclamou Hinata, sentando na beira da cama e alisando um dos tecidos com a ponta dos dedos. – Esquecem que eu e o Neji-kun não vamos nos casar por amor ou algo do tipo.

- E você esquece que está caidinha por ele – alfinetou a outra Hyuuga, piscando o olho. – Tendo um homem como o Neji por noivo, eu juro que não ficaria pensando em "amor ou algo do tipo". E me casaria de bom grado com ele, se quer saber.

- Sim, eu já sei disso. E já lhe disse também que não estou casando por querer.

- Ah, Hinata! – foi a vez de Ino falar. – Eu até posso acreditar que há uns dois meses você estava apavorada com isso e com a idéia de ter o Neji dormindo na mesma cama. Agora as coisas mudaram! Aposto minhas duas pernas que você está louca para tê-lo na sua cama. E bem acordado, diga-se de passagem!

- Ino! Não fale dessas coisas assim quando a Hanabi...

- Licença, nee-san, mas convenhamos, eu tremo menos com esse assunto do que você. E, sinceramente, concordo com a Ino.

- Vocês são duas carniceiras – murmurou.

- Agora, mudando de assunto... – Ino estreitou os olhos e rolou felinamente pela cama. – Ainda não conversaram sobre o que aconteceu naquela manhã que ele saiu em missão?

Hanabi deixou de lado a seda e deitou-se de bruços ao lado de Ino, mantendo os cotovelos como apoio para o peito e as mãos no queixo, pronta para ouvir atentamente o que a irmã teria a dizer.

- Não. Não falamos sobre isso. Até por que eu não saberia como iniciar esse assunto.

- Que tal com "Oi Neji, esmurrei sua amiguinha por que eu estava caidinha de ciúmes"?

- Isso é sério, Hanabi! Eu não devia ter agido por impulso.

- Impulso? – Ino fez uma cara de deboche. – Eu passei uma noite ouvindo você chorar, Hinata. Uma noite é suficiente para curar a ansiedade da raiva e a necessidade do impulso. De manhã você estava bem consciente e se deu uma bela tapa na cara da Tenten é por que certamente estava pronta para defender seu homem.

- Não se refira a ele como 'meu homem'. E só fiquei daquele jeito por que... não foi agradável t-ter que ouvir do Na-naruto-kun e...

- Não me venha com essa agora! Você precisa admitir que está apaixonada, nee-san. Segundo o que você nos contou, até o Neji-nii, que é um iceberg, admitiu estar perdido de amor!

- Ele só disse que gosta de mim.

- O que, vindo dele, já é algo grande como o monumento dos Hokage!

- Exatamente – Ino suspirou e escorregou da cama para o chão. – Antes o Gaara dissesse ao menos algo desse tipo.

- Vocês têm uma forte tendência ao masoquismo, é sério – disse Hanabi. – Tantos homens manipuláveis por aí, e vocês vão atrás desses sádicos frios com altos índices de mente perturbada no currículo.

- Konohamaru parece mesmo uma ótima escolha – zombou Ino, sarcástica, sendo acompanhada pelo riso de Hinata.

- Qual é o problema de vocês?

Entre risos, ouviram bater na porta. A dona do quarto adiantou-se para atender. Uma das empregadas da casa a esperava lá com um fraco sorriso.

- Neji-san está lá embaixo a sua espera, Hinata-sama. Ele disse que tem novidades.

- Novidades?

As três garotas se entreolharam. Hanabi saltou de cima da cama e puxou Ino pela mão, enquanto Hinata caminhava apressada na direção da sala sendo seguida por elas.

- Espero que seja alguma boa novidade – cochichou Hanabi. – Não costumo me esconder atrás da porta por qualquer besteira!

Hinata o encarou finalmente, ele não estava sorrindo.

Por trás da porta, Ino e Hanabi se apertavam para tentar ouvir. No entanto, num momento de distração, a Hyuuga mais nova apenas conseguiu ver quando a irmã caiu sobre uma cadeira, pálida. Neji estava ajoelhado ao seu lado, segurando sua mão. Não conseguira ouvir coisa alguma.

- Ino? Você ouviu o que ele disse?

- Sim. Venha, Hanabi. Melhor não ouvirmos essa conversa.

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N/A: Oi. Essa escritora que aqui vos fala tem o enorme prazer sádico em dizer que vocês sofrerão com este suspense ridículo até o fim de vossas vidas. Pois não continuarei essa fic.

BRIMKS/ RERE NENVOU; mentire gemt; vou continuas –s/ q-

Que ridícula. u.ú MÃS, como eu ia dizendo. Dou-lhes este suspense tosco e espero que esperem pelo capítulo que virá daqui um século. Talvez menos... não tenho lá muita certeza. Mas quem se importa? /eunaum.

Beijos pra torcida;

E quem lê e não mandar review vai ter seus órgãos internos devorados por uma comichão.

Pós-créditos

Estavam Lee e Tenten devaneando sobre quais seriam as melhores formas de matar uma pessoa fria e sem sentimentos que não soubesse como amar alguém.

"Ah Lee, acho que morte acidental seria uma boa."

"Tenho minhas dúvidas. Câncer sim, seria uma boa."

"Não podemos provocar um câncer em alguém, Lee. Se for algo que possa ser provocado, então... Lobotomia, talvez."

"Algo mais doloroso, Tenten. Dar de comida aos leões, quem sabe."

"Servir de alvo para um atirador de facas."

"Só se o atirador fosse cego."

"Arrancar o couro e fazê-lo engolir?"

"Cortar as partes dele com um papel!"

"Credo."

"Você não gostou?"

"Você faria isso?"

"Não em mim! O que você acha de furar os olhos dele com agulha?"

"Botar pimenta na boca dele e amordaçar."

"Esfregar sal nos olhos dele!"

"Grampear os dedos dele na mesa!"

"Enfiar pregos nos ouvidos dele e bater com um objeto metálico!"

"Costurar as pernas uma na outra com linha de seda."

"Jogar ácido dentro das calças dele."

"Por que você tem essa fixação em castrar o coitado?"

"Por que se o homem não sabe amar, não deveria possuir tal ferramenta."

"Lembrarei disso."

"Vamos pedir opinião ao Neji. Hei Neji..."

Lee dá uma tapinha no ombro do amigo que caminhava na beira do penhasco com a ingênua intenção de fugir daquela conversa. Mas a força da tapinha de Lee foi tamanha, que de repente Neji caiu do penhasco e desceu rolando a pancadas violentas sobre as pedras, batendo cabeça, pernas e costelas contra os pedregulhos pontiagudos, provavelmente quebrou todos os ossos na queda e, ao chegar lá embaixo, foi empalado por um cacto. Os pássaros que faziam ninho por ali se irritaram e puseram-se a furar-lhe os olhos. A grande aglomeração de aves junto do peso de Neji fez com que o cacto quebrasse e ele caísse no chão. Por ali andava uma manada de javalis famintos que correram até lá e devorou a carne do rapaz enquanto ele gritava que não conseguia ativar seu Byakugan. Ele morreu alguns minutos depois dos javalis devorarem seus rins.

"Uau! E então Lee, você ainda tem dúvidas de que morte acidental é a melhor forma?"

"Nenhuma."

"Hum... você avisa a família?"

"Beleza."

"Tá."

"Quer um sorvete?"

"Demorou!"

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N/A²: UHAAUHAHUAUHAHUAUHHUAAHUAHUAHUAUHAHUAHUUHAUHAUHA

Isso não é relevante, eu não matei o Neji e vocês terão um capítulo 10, prometo! Mas eu precisava mesmo escrever esse pós-crédito para aliviar meu ódio contido e o Neji pareceu sedutor pro papel de defunto. Juro que isso é mesmo irrelevante. MAS EU RI OK/ E quem não riu... bom, oi Pedro de Lara!

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REVIEWS

FranHyuuga, demorei um século pra voltar, não? Mas e daí? Estou aqui, voltei para ficar! \o/ Ah, Neji também terá seus momentos de bad-boy com a Hinata, me aguarde. Acho que Naruto não pegará Hinata... acho... tenho planos mirabolantes para ele. Beijos.

Anne, pai s2, então! Shino e Kiba nem se dignaram a aparecer nesse capítulo, mas preciso dar espaço para esse povo todo ou ficarei doida de pessoas me xingando por incompetência –q. Hinata mongol é horrível! Aquela gagueira dela me irrita profundamente! Vontade de fazê-la engolir a própria língua comofas/. Gosto da Tenten, cara... as pessoas terão de gostar dela também! Ò.Ó Bom, mas isso é coisa para capítulos vindouros. XD E se o diabo me chamar de mãe, você será o avô dele. Pense nisso.

Dan, sim, o Neji ficará com o Lee. A Tenten vai engravidar do Neji e a Hinata- também grávida-, ao descobrir, a atira de um penhasco de onde ela cairá ao som da música "Imortal" de Sandy & Jr., e fica louca depois ao descobrir que Tenten era sua irmã. Vai parar num sanatório, será molestada sexualmente pelo Orochimaru e se apaixonará pelo Juugo com quem passeará pelos jardins de lá. Quando seu filho nascer, uma enfermeira suspeita levará o filho dela e o colocará na roda dos enjeitados. Ela fugirá com a ajuda de Juugo, reencontrará Neji e descobrirá que Lee fugiu com uma grande quantia de diamantes para as ilhas Fiji, para onde juntos seguirão em busca do gatuno. Lá Neji perdoará Lee, Hinata encontrará seu filho sendo criado por uma índia e sendo amamentado por um camelo, roubará a criança e voltará com Juugo para Konoha. Lá eles se casarão e serão felizes para sempre. –qtau/ amo s2

E o momento Dan/PP não será o único dessa fic, fica a dica. 8D

Maria Lua, a Ino é maravilhosa! Ela ainda participará muito da vida da Hinata, pode ter certeza. Shino e Kiba também, claro. São os melhores amigos dela. XD

Stra. Nati, ainda viva? Espero que sim! Obrigada pelo elogio! E aguardo sua volta para ler mais essa coisa que eu pari. –q Beijão.

BelaRaven, valeu! Hinata wins! \o/ Ela e Neji ainda terão seus arranca-rabos, pode ter certeza!

Saory2000, Sasuke e Sakura não me passam pela traquéia. Espero que ambos morram soterrados pelos bolos de lama da Testuda. Obrigada, fico feliz em saber que você gosta da fic! Volte sempre –q, beijos s2

Hajime Kirane-chan, já mexi meus pausinhos. Gaara e Sakura não, não gosto dela. De jeito nenhum. Matsuri que queime no deserto até secar. Mas já defini o destino do Naruto e do Gaara. Não, eles não ficar juntos. Se bem que... Who knows? 8D Beijos!

Nacilme, pois é... demorei duas vidas humanas pra postar o capítulo nove né? Mas isso é normal na existência de uma pobre criatura sem tempo para viver como eu. Mas cá estou eu! Obrigada pelos elogios, mesmo! Neji é um pobre apaixonado, fazer o quê? XD Beijos.

Aymee-chan, eu também me aproximo da morte ao escrever um yaoi, sério! Hemorragia nasal incontida e desregrada! Que bom que você gosta dessa fic! Ah, e SasuNaru never! Neji e Lee não vai dar né... Neji tem que ser macho nessa fic "/ sahueiosahuehosiaue; -qtau Beijoo

LuhHyuuga, eletrizante vai ser daqui pra frente. Hora de passar o tempo, casar logo, incendiar os lençóis... jesãs! Ahsiuehsauheoiasue

RayY-chan, o destino do Naruto promete surpresas, imagino eu. But... Who cares? Vamos a passos lentos que tenho certeza que a tua mãe ele não vai pegar... but... Who knows? Uhahuahua; Neji e Lee tinham que se pegar, cara... Mas tudo bem, isso passa. Eu acho.

Mirela, obrigada! Também acho que Neji e Hinata têm futuro juntos! E tomara que tenham! Esperar pra ver né? Demorei muito pra trazer esse capítulo, mas ele está aqui! Essa fic sobreviverá por tempos e tempos! Meus filhos lerão essa fic! –q vou ali.

Takiko-san, meus pós-créditos são horrendos. Hoje eu matei o Neji e ainda estou chocada. Uauahuahua, mas deixa, um dia eu sei que melhoro. Hohoho.

Mirela, de novo? –q Acho eu que enviei um texto do tamanho da bíblia pra você por e-mail respondendo seus dois últimos reviews né? Espero não ter te assustado, falei horrores. XDD Beijo.