ficou bobo...e curto, mas eu até que gostei.

espero que vocês tambem gostem


Viam-se duas formas andando com seus sobretudos pretos com nuvens vermelhas, um loiro que reclamava de calor, sede, fome ou qualquer outra coisa, e um ruivo que evitava falar qualquer palavra a mais do que o necessário, já estava cansado do garoto, sempre barulhento e tão irritante.

Tinham acabado de sair de uma missão relativamente complicada, Deidara estava ferido, mas nada preocupante.

Logo entraram numa floresta um tanto densa, sentaram-se não que Sasori precisasse descansar, mas Deidara estava exausto. Ele descansou um pouco, levantou-se e saiu andando.

-Deidara, aonde você vai?

-estou com sede e preciso de um banho un- respondeu seco, até perceber uma kunai que vinha em sua direção e desviar dela.

-perguntei aonde você vai, não o que vai fazer, deveria ter mais respeito,não acha?

-vou buscar um pouco de água, e tomar um banho, no rio aqui perto un. Feliz agora?

-melhor assim...vá logo...

O garoto saiu em busca da água, "danna, por que tem que ser sempre assim afinal?" estava um pouco chateado com as atitudes do mestre de marionetes, sempre tentava agrada-lo mas sempre isso, afinal, eram colegas de equipe, a vida deles estava nas mãos um do outro a toda hora, deveriam ser íntimos.

A ultima palavra atordoou um pouco o loiro, que sabia que era exatamente isso que queria de seu danna, intimidade. "mas que droga Sasori, só você que não percebe" respirou fundo "ou finge não perceber"

Chegou no rio, banhou-se, pegou um pouco d'água e ficou um pouco sentado, sentiu a cabeça doer, logo sua vista embaçou, e em seguida já estava desmaiado.

Sasori já estava cansado de esperar por Deidara, naquele caso não era nem por estar esperando, afinal, não o esperava para nada, passariam a noite ali com o loiro perto ou não, mas estava com uma sensação ruim, o garoto não costumava demorar tanto, sabia que ele gostava de estar perto de si, e por isso não costumava ficar enrolando, foi até o rio onde achou o corpo de Deidara no chão, achou primeiramente que ele poderia ter sido atacado, mas reparou que não tinha sangue nem sinais de luta no lugar

Examinou-o

Estava envenenado, deveria ter sido da ultima luta, e ele com seu jeito detraído nem percebeu que a arma que o tinha ferido, continha veneno.

Sasori desesperou-se, ao constatar que o veneno era forte, e já agia a algum tempo.

"Maldito moleque orgulhoso, deve ter percebido mas não disse nada"

Correu com ele até onde estavam suas coisas e desenvolveu um antídoto sem muita dificuldade, agora teria que esperar.

Deidara teve febres e algumas convulsões durantes as seguintes nove horas, Sasori não chorava pois seu corpo não permitia, mas era tomado por uma angustia terrível durante aquele tempo.

dizem que é preciso as piores situações para se assumir as coisas que você não quer aceitar em si mesmo, talvez aquilo fosse verdade, e o mestre de marionetes estava sentindo na pele, sua mente estava parada no dia em que recebeu a noticia de que seus pais haviam morrido, lembrou-se daquela sensação tão vazia, que fazia até as coisas mais importantes perderem completamente o valor, estava sentindo aquilo de novo, mas dessa vez pelo parceiro que passava mal logo na sua frente, sem que ele pudesse fazer mais nada a noite foi passando, depois as convulsões pararam, e em seguida foi a vez da febre baixar, mas ainda não estava aliviado, e sabia que só estaria quando Deidara voltasse a reclamar de fome, sono, sede, e a falar feito um débil.

Demorou pouco até que o loiro abrisse os olhos, sentindo uma enorme dor de cabeça, Sasori sorriu por alguns momentos e logo voltou para aquela não-expressão de sempre.

-Danna, o que aconteceu?

-você foi envenenado, dormiu por umas doze horas.

-você cuidou de mim?-os olhos do loiro brilharam por alguns segundos

-"imagine Deidara, o médico acabou de sair"sim.

-ah, obrigada!

-por nada...você sabia que tinha sido envenenado?

-sim mas, achei que não ia me afetar tanto!

-você tem noção do quanto eu fiquei preocupado? Você deveria ter falado antes seu idiota!

-me desculpe! Mas...você disse que ficou preocupado, por que? Se eu morresse você só teria que arranjar outro parceiro e...

-idiota - gritou – eu não quero outra pessoa, eu quero que seja você, eu te amo, porra!- parou para refletir no que tinha acabado de falar, não tinha sequer certeza se amava ou não, e se perguntava por que tinha falado aquilo, mas nesse momento não importava, seu companheiro estava vivo e era isso que valia.

-Danna?

-fala...

-eu também te amo - sorriu abraçando o amigo e selando os lábios.


feliz páscoa!

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