Bem... Aqui estou eu de novo com outra fic nova... Eu sei que é muita irresponsabilidade de minha parte, mas é um caso a parte... Essa fic é especial para minha grande amiga Na-san. Te adoro!!
Como sabem... Naruto não me pertence, senão o Gaara já estaria com o Lee desde o começo da série... E digo o mesmo do Kakashi com o Iruka... n.n'
Então... Ler no jutsu!!
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Pedaços do passado
Os raios solares invadiam radiantes todos lugares possíveis da agitada cidade de Tókio, acariciando suavemente o rosto de um garoto que dormia sem se dar conta de todos problemas que espreitavam sua família, como espectros a espera da chance perfeita de atacar e levar todas possibilidades de ser feliz daquelas pessoas.
- E-eu já disse! Eu vou pagar! – exclamou uma voz masculina temerosa, enquanto segurava com certa dificuldade o telefone.
- E então querido?... – perguntou uma mulher ao lado do homem que acabava de desligar o aparelho, encerrando a ligação.
- Ele quer o dinheiro... – disse passando as mãos pelos fios negros de seu cabelo, apertando os olhos e jogando-se de qualquer forma sobre o sofá.
- Mas já? Ele disse que teríamos mais uma semana! – falou a mulher exasperada, olhando incrédula para seu marido.
- Mas ele disse que não pode mais esperar... Já nos deu muito prazo...
- Mas c-como?... Nós não temos como pagar!
O homem suspirou.
- Temos que dar um jeito...
- Que jeito!? Assaltar um banco? – perguntou irônica, elevando consideravelmente o tom da voz.
- Fala baixo! – gritou o outro, olhando preocupado para uma das portas do corredor – Fica calma... Tem que ter um jeito...
- Calma!? Como você me pede pra ficar calma? Aquele homem é um louco! Ele faz tudo por dinheiro... Pode até matar nosso filho!
- Para com isso! – falou irritado o homem – Eu já disse que vou dar um jeito!
- A é? E qual?
- Não sei... Preciso pensar... – falou afundando mais um pouco no sofá, preparando-se para sumir por entre seus pensamentos, quando um pequeno ruído se fez presente.
- Mamãe?... Papai?... – indagou uma criança que saia sonolenta de seu quarto arrastando um bichinho de pelúcia, não devia passar de seis anos.
- Ah! – assustou-se a mulher – Lee-chan! Por que acordou tão cedo? – perguntou se aproximando do menino, pegando-o no colo e depositando um pequeno beijo na pálida bochecha.
- Mamãe... Você estava gritando?
- E-eu?... – gaguejou, lançando um olhar interrogativo ao marido, que apenas balançou negativamente a cabeça – C-claro que não!
- Hum... E por que o papai ta com essa cara?
- Err... Lee-chan... Vai lá pra cozinha, por favor?... E-eu já vou lá preparar o café da manhã... – falou temerosa a mãe do menino, colocando-o no chão.
- Ta bom! – disse sorrindo docemente e correndo para o outro cômodo.
- Nós não podemos deixar ele saber disso... – sussurrou o homem encarando sua esposa.
- É claro que não podemos! Ele é só uma criança...
- Melhor você ir até ele... Eu vou pensar em alguma coisa... – disse soltando um longo suspiro, fechando novamente os olhos.
- Ok... – concordou a outra, andando a passos arrastados em direção à cozinha – Lee, o que você quer pra comer? – perguntou forçando um sorriso, acariciando os negros cabelos de seu filho.
O menino fez uma pose pensativa enquanto olhava distraidamente para o teto.
- Eu quero bolo de chocolate! – exclamou sorrindo.
- Doce de manhã?
- Uhum!
- Mas... – tentou argumentar a mulher, quando se lembrou da situação em que se encontravam resolveu atender o pedido do menino – Ok! – falou começando a reunir todos os ingredientes para preparar o bolo.
Algo dentro de si dizia que esse seria o último dia em que veria seu tão amado filho...
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A tarde passou rapidamente, dando lugar à fria noite.
O céu não apresentava seu lindo manto de estrelas, era apenas uma imensidão escura e gélida, onde nem a lua se atrevia a aparecer, temerosa de presenciar o ato macabro que seria realizado naquele dia.
- Ele chegou! – exclamou o homem de madeixas escuras, fechando rapidamente as cortinas da janela por onde esteve espiando a antes deserta rua.
- Era hoje que ele vinha!? – perguntou exasperada a mulher.
- E-eu não sei! Ele não falou nada pelo telefone!... – falou o outro a bordo de um colapso.
- E agora!?
- Eu não sei!! – gritou olhando atemorizado para a porta.
- Lee... – balbuciou a mulher – Meu filho... – sussurrou começando a correr em direção a um dos quartos da casa, fechando e trancando-se no cômodo junto ao menino.
- Mamãe? – indagou um pouco assustado o garoto, sentindo sua genitora abraçá-lo com muita força – O que foi?...
- Shh... Ta tudo bem... – murmurou a mulher apertando mais ainda o outro contra seu peito – Vai ficar tudo bem...
- O que foi mamãe? – perguntou devolvendo o abraço, e recebendo o silêncio como resposta resolveu se calar também, apenas desfrutando do calor proveniente de sua mãe.
Foi quando escutou o barulho da porta sendo derrubada.
- S-senhor Kakashi... – a voz temerosa de seu pai se fez presente, e sentindo como sua mãe derrubava várias lágrimas, agarrou-se com mais força a ela, apurando os ouvidos para saber o que se passava na sala.
- Bela noite não? – indagou uma voz desconhecida, em um tom brincalhão.
- S-sim...
- Ora, ora... Por que está com tanto medo?
- N-nada...
- Hmm... – o homem desconhecido deu uma pausa – Bonita casa a sua...
- O-obrigada...
- Não vai me oferecer um chá? Ou quem sabe um café... – perguntou o outro, se deslocando para mais perto da onde se encontrava o menino e sua mãe.
- E-eu não sabia que o senhor viria...
- Eu não preciso marcar hora, ou preciso?...
- N-não...
- Mas diga-me senhor Rock... Onde estão sua tão adorável esposa e seu gentil filho?
- S-senhor Kakashi... Podemos conversar? – indagou o pai de Lee.
Um longo silêncio se instalou na casa, o qual foi quebrado pelo visitante.
- Claro!
Aproveitando o momento em que seu marido e o outro saíram de perto do cômodo onde se encontrava, a mulher encarou os olhos negros de seu filho.
- Lee... Me escute bem... Nós estamos em um jogo, ok?
- Um jogo?
- É, e a primeira regra é não falar alto...
- Ta – sussurrou o garoto.
- Agora nós precisamos sair de casa... – falou se levantando cuidadosamente, abrindo lentamente a janela do quarto onde estava.
- E por que? – murmurou o menino.
- Se não sairmos... Não ganharemos o prêmio... – disse tentando abrir o objeto, o qual havia emperrado.
- Prêmio?
-... É... – concordou puxando o vidro, que não se moveu um centímetro – Me ajuda aqui Lee...
- Uhum...
- A segunda regra... É abrir essa janela sem fazer barulho... – falou a mulher em tom baixo, forçando cada vez com mais força o objeto, quando ouviu o som alto de um tiro – AH! – gritou assustada abraçando com força seu filho.
- Mamãe, você quebrou a primeira regra...
- V-vamos sair daqui! – falou exercendo todo sua força contra a janela, fazendo-a abrir o suficiente para poder observar o cenário que se apresentava ao redor de sua casa.
Vários homens vestidos de negro estavam parados em seu jardim, cada um portava uma metralhadora em mãos e outros tipos de armas de fogo presas à cintura. Com certeza trabalhavam para Kakashi...
- O-ok... Vamos nos esconder... – disse a mulher tremendo, agarrando seu filho, mas antes que pudesse abrir a porta, a mesma foi derrubada bruscamente por um sujeito encapuzado, e logo o quarto se encheu de pessoas trajando negro.
- Boa noite, senhora Rock... – e novamente aquela voz irônica soou.
- Hatake Kakashi... – murmurou a outra.
- Há quanto tempo, não?
- O-o que você quer? – perguntou abraçando com mais força Lee, que se apegava às roupas de sua mãe.
- O que eu quero? – murmurou, inspecionando o cômodo com o olhar, até se encontrar com os chorosos olhos negros do menino, e sorrindo maldosamente, comentou com voz perigosamente baixa – Belo filho o seu...
- Fica longe dele!! – gritou, tentando esconder o garoto com seu próprio corpo, em uma tentativa de protegê-lo.
- Calma senhora Rock... Se você e seu marido tivessem me pagado, nada disso estaria acontecendo... – e dizendo isso Kakashi estalou os dedos, fazendo com que alguns homens se aproximassem rapidamente da mulher, agarrando seus braços e suspendendo-a no ar, deixando o pequeno menino desprotegido, que a essa altura deixava que várias lágrimas rolassem por suas bochechas em direção ao solo, enquanto tentava desesperadamente alcançar sua mãe.
- O que fazemos com o moleque? – perguntou um dos homens encapuzados ao seu chefe.
- Deixe-o ai... Nós vamos conversar...
- Não toca nele!! – berrou a mulher, tentando se livrar do agarre – Eu juro que se você tocar em um fio de cabelo dele... EU TE MATO!!
- Pelo que eu saiba... Mortos não se movem... – comentou Kakashi quando ela passava ao seu lado na porta – E se eu fosse você... Me despediria melhor do meu filho...
- N-não... – sussurrou, sentindo como toda extensão de seu ser se congelava.
- Última chance... – cantarolou o outro.
- L-lee... Não se preocupe ta?... Vai ficar tudo bem... No final sempre fica tudo bem... – falou para seu filho, forçando um sorriso, enquanto seu rosto era invadido por várias lágrimas – Lembre-se... Eu te amo! – e vendo o sinal que o chefe de todos os presentes acabava de fazer, desesperou-se – A mamãe te ama! Não esquece! Eu te amo! – sentiu que os homens a levavam em direção ao corredor, e a cada grito que dava, seu pequeno menino se encontrava mais distante, seu instinto no final estava certo... Essa seria a última vez em que veria seu filho – Lee... – sussurrou, entregando-se aos frios braços da morte.
O garoto chorava, olhando aterrorizado para o homem de madeixas prateadas.
- Qual o seu nome? – perguntou interessado Kakashi.
- L-lee... – murmurou enxugando algumas lágrimas que logo seriam substituídas por outras.
- Belo nome... – comentou sorrindo – Quantos anos você tem?
- S-seis...
- Hmm...
- C-cadê a minha mãe?... – indagou encarando o outro.
- Sabe... A sua mãe e seu pai pegaram uma coisa minha emprestada... – falou andando lentamente até o menino – Uma coisa que eu gosto muito mesmo...
- S-sério?...
- Sério... E eles não devolveram... – disse se ajoelhando em frente ao garoto – Você não acha feio pegar uma coisa emprestada e não devolver?
- Uhum... – concordou levemente, secando suas lágrimas nas compridas mangas de seu pijama.
- Você não quer me ajudar a recuperar o que eles pegaram? – indagou Kakashi, sorrindo maldosamente.
- T-ta bom... – disse em tom baixo Lee.
- Ótimo! – exclamou o homem se levantando – Então vamos! – falou andando em direção a porta.
- E a minha mãe? – perguntou o menino preocupado.
- Não se preocupe... Ela está de férias...
- Mesmo?
- Sim...
- Que bom! Ela disse que precisava de férias mesmo... – disse contente, começando a seguir Kakashi.
- Férias exclusivas no inferno... – sussurrou antes de sair pela porta.
O pequeno Rock o acompanhou, mal sabendo que acabava de se lançar por vontade própria no poço escuro e gélido que seria sua vida a partir daquele momento... Mas no final tudo sempre ficava bem... Não é?...
Acabou... (não diga n.n) Espero que vocês tenham gostado desse inicio... E como deu pra ver, vai ser algo meio trágico... Bom... Perdoem qualquer erro de português ou algo do tipo... A preguiça me atacou novamente...
Pra quem lê minhas outras fics, eu juro que vou atualizá-las logo... Só preciso organizar as idéias... n.n
Tchau no jutsu!!