Beije-me por James Potter
Não deixem de ler Beije-me por Lily Evans. São os mesmos fatos, com o ponto de vista da Lily! Por que toda história tem dois lados.
Disclaimer: Nops. Nada aqui é meu. Snif, snif. Só os personagens fofos e legais que eu inventei são meus. Mas eles não aparecem muito, não. Não que eu não goste deles, eles são fofos e legais como eu já disse, mas, sei lá.
Segundo Capítulo – A descoberta
"Aluado, tinha alguém chorando?" perguntei.
Eu fico preocupado, sabe, Mérlin me perdoe, mas o Remo é um lobisomem e eu não sei o que ele poderia fazer se sentisse ameaçado. Pára James. Você não deveria estar pensando isso do seu melhor amigo.
"Não." Disse ele com uma sobrancelha levantada. Típico de que estava mentindo. Ele sempre levanta a sobrancelha quando está mentindo. É como quando eu fico levantando a minha narina esquerda quando estou mentindo – todo mundo percebe.
"Tá" fingi concordar. Bom, se ele não queria falar quem sou eu de ficar pressionado. Agora, ele tinha que me contar se fosse um único ser: "Era a Lily?"
"Não, não era a Lily."
Ele disse isso muito sério. Sério demais, devo acrescentar. Se for a Lily ou não, eu nunca ficarei sabendo, o que é uma tristeza já que eu estou morrendo de curiosidade. Será que era alguma garota do quinto ano? Tem tantas garotas lindas no quinto ano... Poderia tirar proveito disso. Elas ficariam com medo do Aluado, por que ele é um lobisomem horrendo e carnívoro e todas correriam para os braços do papai aqui, James Potter!
"O que é isso Pontas! Colocando as garotas na frente dos amigos? Não! Os amigos e depois as garotas."
Voz bondosa chata. Eu queria que você não existisse.
"Então você prefere colocar as garotas que você troca toda a semana na frente dos seus amigos?"
"E se for? Vai fazer alguma coisa?"
"Não. O problema é todo seu".
"Hahá! Aí que você se engana. O problema é todo nosso. Somos a mesma pessoa."
"Eu não quero ser você. Você é tudo aqui que a Lily fala."
"Deixa eu te dar uma noticia: você sou eu! E lá vem você colocando a Lily no meio da conversa de novo... Eu fico impaciente com isso, você sabe."
"Pontas!" chamou Sirius. "Acorda! No que você estava pensando?"
"Nada, nada."
"Uh... Você sabe que às vezes fica muito estranho, não sabe?" Sirius fez questão de me lembrar.
"Vai catar espuma Almofada" falei impaciente.
"Se já acabaram com a briguinha de casal, gostaria de me despedir já que tenho que ir à enfermaria com motivo de estar me transformando em um ser sanguinário essa noite."
"Sem drama Aluado."
"O que?" Defendeu-se. "Você sabe que é assim mesmo."
"Há anos você convive com isso. Vai conviver a sua vida toda. Acostume-se. E você não é um ser sanguinário. Estamos aqui Remo. Somos seus amigos." Dei uma piscadela pra ele.
Garotas perdoem-me. Eu prefiro meus amigos. Lembrei de perguntar uma coisa importante: "Ei Aluado, a menina que você viu lá em cima te viu também?"
Ele esperou um pouco – suspeito – e respondeu: "Ah... Acho que não."
Sei.
Se a menina em questão tiver mesmo visto o Remo isso será um problema. Imagina se ela resolve contar pra McGonagall? Ou pior, para as pessoas? Nossa, eu nem sei o que eu posso fazer. Eu já disse, amigos antes de garotas, como está no dicionário.
Nossa, essa foi boa James!
"Aposto que você vai guardar isso pra usar com alguma garota."
"Voz do bem, como eu posso usar isso com uma menina? Eu estou dizendo que prefiro os meus amigos a ela."
"Ah, é mesmo."
"James, acorda!", Almofadinhas me chamou para a realidade de novo. "Você tá estranho hoje".
"Cala a boca Almofada", respondi irritado. Estranho é ele com essa cara de cachorro.
"Ei, vocês dois," chamou Remo. "Eu tenho que ir para a enfermaria agora! Se vocês pudessem parar com essa briguinha de casal, eu ficaria eternamente grato."
Como eu sou estúpido. Estava pensando na Lily esse tempo todo e meu amigo do coração, Reminho, está necessitando a minha ajuda nesse assunto super importante pra ele, que é a passagem de homem para lobisomem.
Eu vou me oferecer para ir com ele na enfermaria, já perdi a primeira aula de qualquer jeito...
"Eu vou com você Remo," Sirius foi mais rápido que eu. "Pontas, cadê a sua Capa?"
Eu sempre empresto minha Capa da Invisibilidade pro Remo ir para a Enfermaria nesses dias complicados. Não é fácil dar de cara com um quase-lobisomem nas escadas de Hogwarts, como aconteceu comigo há sete anos. Vou te contar, levei o maior susto da minha vida. Aliás, foi por isso que nós todos somos amigos hoje. Talvez esse problema do Aluado tenha servido para alguma coisa.
"Vou pegar, só um minuto."
Enquanto eu entrava no Dormitório Masculino, eu pensei vi minhas penas e meus pergaminhos, ambos limpos. Droga. A próxima aula era da McGonagall e eu não tinha feito meu trabalho final sobre "A Difícil Arte da Transfiguração em uma Situação de Perigo." Se eu não entregasse o trabalho eu reprovaria na matéria dela. Não por nota, claro, por que eu sou um gênio em Transfiguração, mas vocês não sabem como Minerva McGonagall pode ser vingativa falando mal de você para um professor de uma matéria que você não é assim tão bom, como Poções.
Tenho mesmo que fazer esse dever. Juntei toda a minha coragem e falei pros meninos assim que cheguei ao Salão Comunal:
"Aqui." E entreguei a Capa. Continuei: "Sabe o que é pessoal? Acho que vou ficar aqui mesmo... Tenho uns deveres de casa pra fazer, ontem o treino de Quadribol foi até tarde e eu não consegui fazer."
Os dois me olharam com um cara de espanto e depois caíram na gargalhada.
"Hahaha James você tá preocupado com os deveres?"
"Conta outra vai! HAHAHA Minha barriga! Não consigo agüentar!"
"Já pensou Almofadinhas, o Pontas chegando à sala da McGonagall e dizendo: 'Aqui Professora querida, o meu magnífico dever!'", gargalhou Remo.
"Ela vai querer beijar o Pontas, pelo menos uma vez em sete anos ele fez o dever dela. HAHAHA!", retrucou Sirius.
Eca! Beijar a McGonagall? Que nojento! Nunca! Por que eles não calam a boca?
"EI! Querem parar com isso?", gritei muito irritado e os dois pararam.
"Credo Pontas... a gente só tava brincando...", falou Sirius com a sua maior cara de cachorro abandonado na mudança. "Vamos Aluado, tá na hora."
E foram.
Nesse exato momento uma menininha do primeiro ano saiu correndo do Dormitório dela para a porta do Salão Comunal. Então foi ela que viu o Remo! Coitadinha, ela deve ter ficado com muito medo. Acho que ela não vai falar nada, mas preciso ter certeza.
"Oi!" Chamei a garotinha, que olhou para trás e corou. Sou muito bom mesmo, atraio até menininhas do Primeiro Ano! Agora que estava olhando pra ela com mais atenção pude ver feições parecidas com quem conhecia bem. Ela era irmã da Sophie Clacher, uma ex-namorada. Sabia até seu nome: Dora.
A Sophie tinha sido um caso sério meu, nós namoramos durante dois anos, entre o terceiro e quarto ano. No quinto ano eu simplesmente não queria mais e terminei com ela. Foi a partir daí que eu comecei meus casinhos aqui, casinhos lá... Eu tinha conhecido a mãe e o pai dela, assim como a família inteira. Aposto que pensaram que nós nos casaríamos. Às vezes nós ainda conversamos.
"Dora! Você se lembra de mim?" me aproximei mais e ela estava morrendo de vergonha. "Sou eu, James! Eu namorei a sua irmã mais velha a Sophie. Eu fui à sua casa em Derbyshire no verão."
"Eu sei quem é você. O que quer?" Disse ela com simplicidade.
"Não conta pra ninguém o que você viu, jura pra mim?" Até parecia que ela não sabia do que eu estava falando, mas finalmente falou:
"Tá certo." E foi embora.
'Agora eu só preciso enrolar e em cinco minutos o trabalho fica pronto...' pensei. Peguei minhas coisas e formulava o que escreveria quando vi a silhueta e uma garota ruiva descendo as escadas. 'Lily!', pensei. Quase tinha esquecido! Precisava falar urgentemente com ela!
Antes que ela me visse, puxei-a pelo colarinho para a borda da escada.
"Ai! Quem é o ser que está me puxando?" Ela tentou se soltar, mas relaxou quando me viu. "Ah, é você"
Estava na hora de falar. Reuni toda a minha maldade na voz e sussurrei pra ela, de uma forma ameaçadora.
"Você não vai contar para ninguém o que viu Lily."
Estranho. Lily me olhou de uma forma entediada e respondeu: "Não vou contar."
"Ótimo." Falei na mesma voz do começo da conversa. Que bom que ela sabia que não poderia falar pra ninguém. "Se eu souber que você contou para alguém que eu entrei no Dormitório Feminino você pode se considerar uma ruiva morta."
Eu não queria ser chato com ela, mas a minha permanência em Hogwarts estava na mão daquela ruivinha que não era exatamente minha fã.
"Dormitório Feminino? Potter, do que você está falando?"
Como assim do que eu estou falando?
"Do que você está falando?"
"Perguntei primeiro." Ela cruzou os braços e tentou se soltar. Desista Lily, daqui você não sai. Se é assim que você quer, assim será. Nunca pensei que a Lily era tão lenta assim ao ponto de não saber do que estávamos conversando.
"Você não vai contar para alguém que eu pedi para sair com a Alice Greewspeak e que eu fiz isso entrando no dormitório feminino."
Se descobrissem... Eu não quero nem pensar no que será desse corpitcho esculpido pelo Quadribol.
- Lista de coisas que acontecerá se a Lily contar pra alguém que eu entrei no Dormitório Feminino e eu ser expulso por isso -
1º - Os meus amigos vão em matar primeiro do que qualquer pessoa.
2º - O Dumbledore vai me matar depois. Talvez A McGonagall, mas graças à Mérlin ela vai estar ocupada depois agradecendo a Lily por ter me dedurado e livrado essa escola de pessoas como eu.
3º - Logo depois vem meus pais que irão com certeza me matar mais uma vez.
4º - Meu próximo futuro como Auror também será morto. Quem quer ser protegido por alguém que nem conseguiu completar Hopgwarts?
Ótimo. Serei morto três vezes seguidas de uma forma não prazerosa e ficarei desempregado pro resto da vida, comento batatinha frita no sofá.
Opa, a Lily tá falando alguma coisa.
"Qual foi a última garota com que você saiu, Potter?"
Meu Mérlin. A Lily, a ruiva indomável, quer saber alguma coisa da minha vida? O que está acontecendo?
"O que isso tem a ver?" Mérlin, ela realmente quer saber. A soltei involuntariamente.
"Eu quero saber qual é o nome da última garota que você convidou para sair."
Mas ela sabia disso. Era sobre isso que estávamos conversando há uns cinco minutos.
"Alice Greewspeak?" tentei, inseguro. Era muito obvio que essa era a resposta, tão obvio que talvez a resposta não fosse essa.
Ela revirou os olhos, impacientemente, e falou: "Não, Potter. Antes dela."
Hum... Isso é difícil. Antes da Alice... Foi a Karina? Ou foi a Becky? Talvez a Claire... Mas espera.
PÁRA TUDO.
Por que Lily quer saber disso? Mérlin! Será que ela está com ciúmes? Ciúmes de mim?
E foi a partir desse momento que eu senti uma coisa inexplicável. Uma coisa que nunca tinha sentido antes. Uma coisa maravilhosa. Senti meus pés saírem do chão, borboletas se alojaram no meu estômago e tudo perdeu a cor na sala menos ela. Ela estava ali, resplandecente com seus cabelos ruivos presos em um rabo mal feito e seus olhos verdes da cor de esmeraldas, lindos como eu nunca tinha reparado antes, me encarando bem nos olhos. Ela tinha quase a minha altura, era bem alta para uma mulher, mas mesmo assim graciosa, elegante. Mais do que qualquer garota.
Nunca tinha reparado direito como ela morde o lábrio inferior quando está com raiva ou como seus cabelos se enrolam na ponta ou como suas bochechas ficam vermelhas quando eu a olho bem nos olhos, assim, como eu estou fazendo agora. A sensação é ótima.
De repente eu percebi por que terminei com a Sophie no quinto ano, por que eu continuo pedindo pra sair com a Lily, mesmo ela negando todas as vezes. Não é por que eu não gosto de perder. Bom, talvez eu não goste mesmo. Mas não era por isso que eu estava a olhando naquele momento. Eu finalmente descobri. Eu absurdamente, simplesmente e incontrolavelmente a amava. Amava sem parar, para sempre. Eu era dela, de corpo e alma.
Então o que eu iria fazer não me pareceu assim fora de propósito.
Seus lábios se encontraram com os meus de uma forma engraçada. Ela com certeza não esperava por isso, mas gostou. Foi a melhor sensação que eu jamais sentira. Era muito bom pra ser verdade.
Plaft.
"JAMES POTTER! QUEM VOCÊ PENSA QUE É?" ela gritou a plenos pulmões.
Eu nem sabia o que estava fazendo. Parecia que tinha saído de uma transe tremenda e não queria acordar. Passei os dedos na marca que os dedos dela tinham feito na minha bochecha – que dedos lindos! – e falei: "James Potter, ué, você até disse."
Plaft.
Acordei com esses segundo tapa. "Ai!" Disse sem entender direito. "Outro Lily? Por que dois tapas?"
"Um pelo seu atrevimento e outro pela sua cara-de-pau! Seu idiota! Você quer saber de uma coisa? EU NUNCA VOU SAIR COM VOCÊ SEU ARROGANTE, METIDO, IDIOTA, VOCÊ ME DÁ NAUSEAS!"
"Calma Lily, um elogio de cada vez."
Eu não gosto quando ela fala essas coisas. Eu não dou náuseas! Eu sou um garanhão!
"Você não vai ficar com a Alice." Disse ela vermelha de raiva. Era tão divertido vê-la irritada! Não pude deixar barato pelos "elogios" feitos por ela a minha pessoa.
"Ah é? Ataque de ciúmes, Lilyzinha?"
O que vem a seguir é mais do que surreal. A Lily ergueu os braços e começou a dar soquinhos no meu peito! Era tão estranho que eu não fiz nada, fiquei parado, admirando a proximidade com que nós nos encontrávamos. Gritando (claro), ela completou: "Lilizinha é o seu..."
Infelizmente, pra interromper esse momento adorável, Sirius chegou da Enfermaria e disse com sua voz de cachorro:
"Opa, opa! Estou vendo o encontro de um casal que se ama aqui?"
A Lily se separou imediatamente de mim e olhou pro Almofadas com raiva:
"Sirius Black se você repetir isso mais uma vez, declare-se morto por uma Monitora!"
Caramba! Ela acabou de erguer a varinha! Ela estava realmente chamando o Sirius pra um duelo ou só ameaçando? Essa ruiva é doida!
"Pontas faz alguma coisa!", me suplicou Sirius.
Não deu tempo. Ela ergueu a varinha pra mim e depois pra ele e depois pra mim de novo.
"Sirius eu juro que se tentar alguma coisa vai sobrar pra você!" esbravejou.
"Por que você o chama pelo primeiro nome e eu pelo último?" Eu perguntei. Mas é verdade. Isso não é justo. Eu gosto do me primeiro nome.
"Por que nós não somos íntimos e não quero vir a ser!" Ela respondeu brava.
"Ah Lily, se me permite" disse, levantando o braço pra cima, "Se você não chamar aquilo que nós fizemos de íntimo, eu não sei o que mais é."
"Não! Pontas, não acredito que você conseguiu! Você beijou a Evans!" Sirius olhou pra mim alegre. Então ele sabia antes de mim que eu gostava mesmo da Lily!
"Eu sei Almofadinhas! Não é demais?" Sorri de volta.
"Claro, uau! Espera só até o Remo saber disso!"
"Isso não sairá dessa sala, entenderam?"
"Lily Evans, você quer sair comigo?" Eu perguntei, já que essa era a única coisa obvia a se fazer e para o Remo saber.
"NÃO!"
"Se você aceitar sair comigo, eu posso falar para as pessoas que eu te beijei e você não teria vergonha disso, por que, na prática, estamos saindo juntos." Expliquei a ela meu raciocínio. "O que acha? Quer estragar a sua reputação de Monitora certinha ou sair comigo?"
"Potter" ela começou, andando e gesticulando pela sala, ainda com a varinha apontada para mim e para o Sirius, "se você falar para alguém – a mesma coisa para você Sr. Black – que me beijou, eu conto para todos desse castelo que você trai as garotas com quem fica. O que acha? Quer estragar a sua reputação de gostosão e não pegar ninguém pelo resto de sua vida ou esquecer esse beijo?"
Bom, isso parece razoável. Olhei pro Sirius, que assentiu e depois para mim e para a minha varinha. Medo. Soltei um simples: "Tá."
"Ótimo. Entendeu Sirius?"
"Claro Lily. Claro como água."
"Ótimo."
E saiu do dormitório levando as coisas dela junto. Ela era inacreditável.
"Suponho que agora você admite que gosta dela né, Potter?" Brincou Sirius.
"Ah... Acho que sim Almofadinhas..." E sentei sorrindo na poltrona confortável do Salão Comunal olhando para a lareira ligada. Tinha perdido a aula de Transfiguração, mas não me importava mais.