Naruto Fanfiction

Gênero: Romance & Amizade (SasuSaku)/Família/Fluffy/Humor/UA

Sinopse: Ele sabia o que queria para o seu futuro, sempre soube. E, definitivamente, Haruno Sakura estava em seus planos.

Disclaimer: Naruto não me pertence. (E nem queria mesmo! Mas aceito um Sasuke-kun de presente! –dá uma piscadinha para o Kishimoto-)

Dedicada à: Bah Black, pelo apoio e carinho por minhas histórias, e por seu aniversário que passou! Arigatou, Bah-chan, e feliz aniversário (atrasado)! Espero que todos os seus desejos se realizem! ;D

Obs. 1: História reeditada em outubro de 2010.

Obs. 2: Esta é uma história em universo alternativo (UA, para os não familiarizados), portanto não tem nenhuma relação com ninjas, mortes, lutas, conspirações, etc.


Marry me!

Capítulo 1


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She said, I was seven and you were nine

I looked at you like the stars that shined

In the sky, the pretty lights

Taylor Swift – Mary's Song (Oh My My My)

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Tókio, Japão. Uma das cinco cidades mais ricas do mundo e o principal centro financeiro, político e educacional do país. Neste cenário, como em qualquer outra sociedade capitalista, há aqueles que se destacam - seja nos negócios, seja na mídia. Estas pessoas pertencem a um seleto grupo, a elite, conhecida como a alta sociedade.

Dentre as diversas famílias da alta sociedade de Tókio, capital do império japonês, algumas merecem um destaque especial: os Uzumakis, uma família com forte tradição na política, sendo atualmente representada por Uzumaki Minato no governo de Tókio; os Hyuugas, família aristocrata bem sucedida no ramo imobiliário; os Senjus, outra família de longa tradição política, mas que recentemente ganhava destaque na sociedade pelo talento de uma de suas principais herdeiras no campo da medicina; e os Uchihas, conhecidos pelo sucesso de suas empresas de tecnologia.

Em maior destaque, a família Uchiha tem por marca a sua forte determinação, uma ambição quase sem limites e a trajetória de sucesso, tanto nos negócios quanto em qualquer outro âmbito. Essas características já faziam parte de seus genes e de sua história. São gênios natos. Devido a isso, acabavam facilmente sendo taxados como indivíduos frios, arrogantes e sem coração - o que não era de todo verdade.

(...)

Certo, talvez fossem realmente um pouco frios, e bastante arrogantes, mas eles definitivamente possuíam um coração.

E Uchiha Sasuke, o xodó e caçula da família, era a mais pura prova disso.

.:oOo:.

O mais jovem herdeiro das empresas Uchiha, Sasuke, sempre fora bastante seguro de si desde tenra idade, e sabia perfeitamente o que queria para o seu futuro. Enquanto outras crianças sequer imaginavam o que isso significava, ele já tinha todas as suas metas traçadas. Seria um grande empresário, assim como o seu pai. Faria com que todos se orgulhassem de si - se tornaria o melhor de sua área, teria o seu próprio dinheiro, a sua própria casa, o seu próprio carro... E uma linda esposa para todos invejarem.

— Sakura, casa comigo.

...Esposa esta que já havia sido devidamente escolhida.

A mencionada, Haruno Sakura, fitou-o inocentemente com seus grandes e brilhantes olhos verdes - confusa e levemente curiosa diante de tal proposta.

— Eh?

— Seja a minha esposa. — reiterou o mais novo dos Uchihas, sem ao menos demonstrar o menor sinal de nervosismo, enquanto a encarava firmemente com seus profundos orbes negros. Claro que, sendo um Uchiha, não poderia demonstrar nervosismo diante de qualquer situação, inclusive aquela na qual se encontrava.

A Haruno, possivelmente futura senhora Uchiha, piscou algumas vezes, ainda encarando-o com o olhar curioso. Certamente não esperava ser pedida em casamento em circunstâncias tão... peculiares.

— Mas, Sasuke-kun... Não acha que ainda é muito cedo?

— Não. — respondeu com indiferença; parecia bem confiante de si mesmo. Mas sua expressão se transformou em uma levemente aborrecida. — Por quê?

— Hum... — ponderou. — Talvez porque acabamos de nos conhecer?

Certo, talvez devêssemos introduzir a palavra "precipitado" ao seu vocabulário.

— ...Ou porque só temos sete anos?

Definitivamente, Uchiha Sasuke era uma criança bastante precoce.

Mas o pequeno Uchiha não desistiria de seus objetivos assim tão facilmente. Afinal, teimosia, digo, determinação era uma das fortes características dos Uchihas.

— Não acho. Eu gosto de você, e sei que você também gosta de mim. Okaa-san (1) disse que é assim que os casamentos acontecem, então não tem nada de errado em nos casarmos. E não é pra ser agora; eu tenho que ficar maior que a Okaa-san primeiro. — Diante do olhar questionador da Haruno, explicou: — Foi o que ela me disse quando perguntei quando eu poderia me casar. Enquanto isso, podemos ser no... no... — franziu levemente o cenho, tentando recordar a estranha palavra que sua Okaa-san havia mencionado.

— ...Noivos? — ajudou a rosada, com um sorriso doce no rosto.

— Isso! — sorriu agradecido. Esse era um dos motivos pelos quais escolhera Sakura: ela era bastante inteligente, e sabia tantas palavras complicadas que ele demorara dias para decorar... Era uma pessoa digna do sobrenome Uchiha, e tinha certeza que seu Otou-san (2) a aprovaria.

A menina corou de leve com aquele sorriso, mas então se lembrou de algo que ele dissera, e perguntou timidamente:

— Você... gosta de mim?

— Hai (3). — Agora era a vez do garoto de fitá-la curioso. — Por que eu não gostaria?

— Ah, bem... É que eu tenho essa testa enorme... — comentou um tanto triste, desviando o olhar e passando os dedos de leve no local mencionado. Em seguida, pegou uma mecha de seu cabelo naturalmente rosado e acrescentou, com lágrimas brilhando nos olhos claros: — E as outras meninas acham que sou um monstro por causa da cor do meu cabelo... Dizem que não sou normal...

Durante o pouco tempo em que se conheciam, Sasuke percebera muitas qualidades em Sakura que o cativaram de imediato. Seu cabelo exótico, seu sorriso doce e seu jeitinho meigo eram algumas delas. Mas o que mais lhe chamou a atenção desde o primeiro instante em que a avistara, sentada sozinha no banco de pedra daquele parque, foram os seus belos olhos claros. Eram tão puros e cheios de vida, tão diferentes dos intimidadores negros de sua família, ou dos misteriosos lilases dos Hyuugas... Ou de qualquer outro que ele já tenha visto. E vê-los assim, sem aquele brilho especial que sempre irradiavam, não lhe agradou em nada.

O pequeno Uchiha, então, acercou-se mais à Haruno, chamando a atenção desta para si.

— Não acho que a sua testa é grande... — sorriu. — E gosto da cor do seu cabelo. — completou, pegando uma mecha dos cabelos da pequena e brincando com ela. — Parece uma princesa daquelas histórias bobas que a Okaa-san conta antes de dormir. — sua expressão então se agravou. — Essas meninas que disseram isso de você é que são os monstros.

A dona dos orbes esmeralda corou mais um pouco, e sorriu, mas não pôde evitar a pergunta curiosa de escapar:

— Mas, por que você me escolheu? — observou pelo canto dos olhos algumas meninas a vários metros de distância, que o fitavam com olhares apaixonados e pareciam ignorar a sua existência. — Têm tantas outras meninas que gostam de você também...

Ao ouvir isso, Sasuke soltou as mechas rosadas da menina e bufou, cruzando os braços e fazendo um bico adorável.

— Humph! Eu não gosto delas, são muito irritantes! E chatas! E feias! E irritantes!

Elas deveriam ser bastante irritantes para o pequeno ter enfatizado tanto essa palavra... Mas era assim mesmo que ele se sentia quando elas estavam por perto: extremamente irritado. Com seus gritos histéricos, suas vozes agudas que soavam um tanto melosas demais, seus "Sasuke-kun isso, Sasuke-kun aquilo", e suas mãos que teimavam em querer puxá-lo, apertá-lo, abraçá-lo... Apenas a lembrança delas já o deixava aborrecido.

Apesar da irritação do Uchiha, a pequena Haruno não pôde deixar de notar algo em sua afirmação. "Então ele me acha bonita?", sorriu docemente. Mas seu sorriso desapareceu ao ver o olhar ferido do menino.

— Por que você não quer se casar comigo? — sua expressão então se tornou sombria. — Você gosta de outro?

Sakura continuou fitando-o com seu olhar que demonstrava espanto e curiosidade. Aquilo que ela captara em seus olhos era...?

— Então é isso? Quem é ele? Diga agora! Eu vou provar pra você que sou muito melhor que qualquer outro garoto! — bufou, com uma expressão bastante ameaçadora (ou o mais próximo disso que uma criança de sete anos conseguia ser), enquanto imaginava seu inimigo sendo esmagado por ele.

Mas tal expressão apenas causou riso na pequena ao seu lado. Ele encarou-a emburrado e questionou:

— ...Do que você está rindo?

Seu riso só aumentou ao ver o bico – inconsciente, é claro – que ele fazia. Sasuke, por sua vez, odiava ser o motivo de riso dos outros, principalmente quando essa pessoa era sua futura noiva, mas não pôde deixar de notar o quanto gostava de ouvir sua doce gargalhada.

A menina tentou se controlar, percebendo que estava ferindo os sentimentos de seu amigo, e sorriu-lhe docemente.

— Gomen nee (4), Sasuke-kun... Mas é que você fica tão fofo enciumado.

O moreno corou com o comentário, mas tentou disfarçar inutilmente.

— Eu não estou com ciúmes! E não sou "fofo"! — defendeu-se, virando o rosto para o outro lado. Sakura apenas alargou seu sorriso.

— Okay! Se você diz...

Passaram-se então alguns minutos de total silêncio entre eles - apenas o som de outras crianças brincando ao redor podia ser escutado. Sasuke, não agüentando mais aquilo, voltou a encarar a menina com um olhar determinado.

— Se você não gosta de outro garoto, então por que não quer se casar comigo?

Sakura, que observava distraidamente os pássaros do local a brincar, voltou sua atenção ao herdeiro Uchiha. Piscou algumas vezes e sorriu.

— Mas eu nunca disse que não queria me casar com você.

Demorou uns dois segundos para a informação ser processada no cérebro do pequeno prodígio, mas logo ele abriu um enorme sorriso, bastante satisfeito, e pegou a mão de sua "noiva".

— Então você aceita se casar comigo?

— Hai! — afirmou, balançando a cabeça positivamente. — Mas só se você me prometer que vai estar sempre ao meu lado, e que nunca vai me magoar!

— Eu prometo! — levantou a mão com a palma aberta voltada para frente, em sinal de juramento. Assistir a todos aqueles filmes sobre julgamentos que seu irmão adorava estavam o afetando por demasiado. — Então está decidido! Agora você é minha noiva e eu não quero nenhum outro garoto perto de você!

— Tem certeza de que você não é ciumento? — provocou a menina, sorrindo.

— Hn. Só estou cuidando do que é meu. — respondeu, brindando-a com o famoso sorriso Uchiha – cheio de confiança em si.

Era um fato inegável: Uchiha Sasuke era uma criança muito precoce.

Mas seu sorriso logo se dissipou ao lembrar-se de algo, sendo substituído por uma expressão um tanto acanhada.

— Sakura...

A garota apenas fitou-o, estranhada pela expressão subitamente tímida que o agora noivo adotara repentinamente. Este, entendendo o silêncio da menina como um incentivo para que continuasse, prosseguiu:

— Já que agora somos noivos, temos que selar nosso compromisso… — declarou, corando um pouco ao encarar o olhar curioso da rosada.

— Okay... Mas, como? — perguntou inocentemente.

Sasuke apenas enrubesceu ainda mais e abaixou o olhar para o chão. Relembrou o que sua mãe lhe dissera quando questionada sobre aquele tipo de pacto ("É uma forma dos casais, como seu pai e eu, relembrarem o seu acordo de se amarem para sempre."). Respirou fundo e voltou a encarar as lindas esmeraldas da pequena.

— Feche os olhos.

A Haruno, ainda sem entender, fez como o ordenado, apenas aguardando ansiosa pelo que seu noivo estivesse planejando. Sentiu a respiração de Sasuke em sua face, e logo depois uma pequena pressão em seus lábios. Corou ao perceber do que se tratava, já havia visto seus pais fazerem o mesmo inúmeras vezes, e não pôde evitar a felicidade lhe invadir ao sentir o calor dos lábios do Uchiha sobre os seus. O encontro de lábios em si não era nada, mas havia uma estranha sensação de felicidade com aquele toque. Talvez fosse a tal mágica do amor que sua mãe lhe contara.

Permaneceram assim, apenas nesse toque inocente de lábios por alguns segundos, e se separaram lentamente, aproveitando a sensação de proximidade por mais algum tempo.

Era o seu primeiro beijo.

Ambos, mesmo sem saber explicar como, ou o porquê, sentiram como se um elo muito forte tivesse se formado ali, naquele momento.

A pequena Sakura abriu seus olhos para deparar-se com os profundos orbes ônix do moreno a encarando carinhosamente. Sorriu-lhe e puxou-o pela mão, levando-o consigo para perto das árvores de cerejeira.

.:oOo:.

Horas mais tarde, Itachi – o irmão mais velho de Sasuke – apareceu para buscá-lo, encontrando-o a brincar com uma menininha de cabelos rosados e olhos verde-esmeralda. A cena em si era uma graça, mas surpreendeu-o pelo fato de Sasuke – que sempre reclamava do quão irritante eram as meninas – parecer estar bastante confortável e feliz na companhia dessa garotinha.

Viu seu irmãozinho se despedir da pequena com um sorriso e um beijo no rosto, dizendo algo que seus ouvidos não puderam captar devido à distância. Quando Sasuke já se encontrava ao seu lado, perguntou de modo provocativo, querendo embaraçar o mais novo:

— Se despedindo da namoradinha, Sasuke?

Este apenas cruzou os braços e bufou indignado:

— Ela não é minha namorada! — e logo mudou a expressão de seu rosto para um sorriso sincero. — Sakura é minha noiva! — defendeu-se, deixando o mais velho de boca aberta.

Definitivamente, Sasuke era um prodígio.

Até mesmo no amor.


To be continued.


Minidicionário:

(1) Okaa-san: "Mãe", "Mamãe". Suas variáveis são: "Okaa-chan", "Kaa-san", "Kaa-chan", "Kaa-sama".

(2) Otou-san: "Pai", "Papai". Suas variáveis são: "Otou-chan", "Tou-san", "Tou-chan" e "Otou-sama".

(3) Hai: "Sim", "Okay"; sinal de afirmação.

(4) Gomen: "Desculpa", "Desculpe-me". "Gomennasai" é a forma mais culta da palavra. Com o "nee", neste caso se traduziria como "Me desculpa, tá bom?".


Backstage:


Mye-chan: E então, o que acharam? Eu sinceramente adorei! Esta idéia bobinha surgiu enquanto eu lia uma fic super "fofástica" com Sasuke e Sakura pequeninos, chamada "I Avenge You", da Miyako-hime. E, sejamos sinceros, o Sasuke-kun quando pequeno era uma fofura, não acham? ;)

Sasuke: Hn. Eu não era "fofo". Uchihas não se associam a essa palavra. ù.u

Mye-chan: Ah, Sasuke-kun... Você pode negar o quanto quiser, mas você era fofo sim! — aperta a bochecha do Uchiha.

Sasuke: Hn. ù.u — tenta morder a mão da autora.

Mye-chan: Enfim, eu sabia que o Sasuke-kun era um prodígio e que sempre fora muito precoce, mas... Não sabia que chegava a esse ponto. u.ù

Sasuke sorri arrogante.

Mye-chan: Ai, ai... Era tão fofo quando pequeno… Por que será que as crianças têm que crescer? e.e

Sasuke: Hn. ¬¬

Mye-chan: Aliás, cadê a sua noivinha? n.n

O comentário faz a expressão do Uchiha suavizar-se, e esquecer-se completamente do que fora comentado anteriormente.

Sasuke: Ela estava aqui até agora pouco... — comenta, procurando pela Haruno.

Eles ouvem um barulho vindo de outra sala e resolvem ver do que se tratava. Encontram Sakura com os olhos brilhantes fitando a televisão, na qual apareciam duas pequenas criaturas, sendo uma delas ela mesma e a outra o pequeno Uchiha:

Chibi Sasuke: Sakura, casa comigo.

Sakura: Nyaaa, o Sasuke-kun é tão fofo! — abraça um boneco de pelúcia do Uchiha com força.

Chibi Sakura: Eh?

Chibi Sasuke: Seja a minha esposa.

Sakura: Sim, sim, sim! Eu aceito!

Sasuke observava a Haruno inexpressivamente; havia se esquecido completamente que Sakura já fora (e pelo visto continuava sendo) uma fangirl sua. Não conseguia entender como ela, tendo o original a seu dispor, perdia seu tempo vendo àquele vídeo... Balançando a cabeça negativamente, afastou esses pensamentos e virou-se para o lado onde se encontrava a autora. E, para sua surpresa, não a encontrou ali.

Tendo uma vaga suspeita de onde ela estaria, voltou seu olhar para a posição de outrora, encontrando-a ao lado da Haruno, em frente ao televisor.

Mye-chan: Nyaa, muito fofo! — olhinhos brilhando.

Gota enorme em Sasuke. Então se volta para a câmera com uma expressão levemente irritada.

Sasuke: Bem, como a autora encontra-se neste momento "muito ocupada", vou encerrar por ela. u.u Até a próxima.

Transmissão encerrada.