Nikké – Não se preocupe eles vão superar. Rsrsr
Andarilho – Atena não pode sair revivendo todo mundo, mas não se preocupe logo os dois vão arrumar companhias.
Aredhel – Finais felizes se aproximam com direito a casamentos e algo a mais. Kamus e Aiolos serão muito bem consolados. E Shakinha terá uma surpresinha...
Flor – Não haverá mais retaliações, elas merecem um descanso e a Anne... bem ela ta de olho nele... quem sabe rola algo...
Margarida – Muitas surpresas! Aiolos não ficará desamparado e digamos que o santuário vai ser premiado com mais dois novos moradores.
Danda – Final feliz para todas!
Kitana – Infelizmente nem todos terão final feliz, mas fazer o que? Eles vão ficar com saudades delas, mas quando elas voltarem... só será alegria e choro de criança...
Tenshi – Até que poderia ressuscitá-las, mas eu vou deixar os dois viúvos hahahaha! Pelo menos por enquanto...
Capitulo 40: Recomeço
Uma semana havia se passado, por decisão de ambas as partes, as noticias seriam reduzidas. Depois de uma manha de treino encontravam-se no templo de Atena. A conversa era mínima, pois o clima ainda estava pesado. Tinha acabado de completar sete dias da morte de Alais e Alexia e Kamus e Aiolos estavam sensíveis.
A porta dourada abriu de repente. Um homem trajando uma bermuda florida e camisa da mesma estampa, entrava tocando alegremente um instrumento de percussão.
- Alô minha gente! – disse em alto e bom som. – "O
meu valor me faz brilhar,
Iluminar o meu estado de amor,
Comunidade impõe respeito, Bate no peito eu sou Beija-Flor.."
(n/a: tema da Beija-Flor, campeã do Rio em 2008) – Aldebaran
cantava enquanto tocava e sambava.
Os dourados sorriram.
- Atena que saudades! – abraçou a deusa. – Mu. – carregou o ariano. – Miro. – abraçou-o. – você tinha que ter ido comigo, tantas mulheres... cada uma mais linda que a outra.
- Como foi as férias?
- Maravilhosas! No próximo carnaval você vai comigo, vamos nos esbaldar. Vou te ensinar a tocar o tamborim. Shura, Kanon e MM vamos montar uma bateria para nós.
O taurino os fitou, estavam com expressões tristes.
- Por que essas caras de velório? É um novo deus atacando o santuário? – fitou Kamus e Aiolos. – o que houve?
- Não Aldebaran. – Atena sorriu. – não estamos sendo invadidos. O que aconteceu foi...
A deusa narrou todos os acontecimentos a ele que ouvia tudo perplexo.
- Isso tudo aconteceu aqui?
- Sim, meu amigo. – disse Mu.
- Eu sinto muito, Kamus e Aiolos e eu entrando aqui, fazendo barulho...
- Está tudo bem Aldebaran. – disse Aiolos. – fico feliz que suas férias tenham sido ótimas.
- E onde elas estão?
- Na clinica.
... Três meses depois...
Três meses se passaram desde então. A saudade era dolorosa, mas a esperança que elas ficariam bem os acalentavam.
Atena em seu escritório recebia a visita da secretária de Klaus.
- Como vai Anne?
- Bem Saori.
- Tem noticias?
- Sim, infelizmente algumas não muito boas. – perdeu o sorriso.
- Aconteceu algo?
- Aconteceu.
- Vou chamá-los.
Em pouco tempo todos estavam no escritório. A austríaca olhou discretamente para o aquariano.
- "Está sofrendo." – pensou.
- Anne, esse é Aldebaran.
Cumprimentaram-se.
- Tem noticias delas? – indagou Aioria afobado.
- Sim, é melhor sentarem.
Olharam-se entre si, a julgar pela expressão dela, as noticias...
- Birget, Angelina e Chiara estão respondendo bem ao tratamento. Elas tem se esforçado e creio que saíram recuperadas.
Miro, Saga e Mu respiravam aliviados.
- Elas estão bem mesmo?
- Sim, Miro. Linna e Ingrid têm sido importantíssimas, são elas que estão segurando a barra de todas.
Dohko e Shura sorriram.
- E a Camila? – Shion estava preocupado. – desculpe interrompe-la, mas ela...
- Tudo bem Shion. – Anne sorriu. – os primeiros dias foram difíceis, ela chorava toda hora e tiveram muitas vezes que lhe aplicar calmantes, mas agora ela está totalmente recuperada e está auxiliando as outras. Não se preocupe ela está muito bem.
- Que alivio.
- Ela estava com problemas? – Dohko indagou.
- Ficou com trauma, ver Alais morrer a deixou em choque, por isso fiz questão que ela fosse com as outras, ela precisava de um tratamento psicológico.
- Hikari também está bem. Está praticamente curada.
MM sorriu.
- Agora...
- Elas estão com problemas, não é? – disse Shaka.
- Problemas? O que a Íris tem? – Aioria apavorou.
- Íris está com um problema de saúde. Ela está com cirrose hepática e precisara de um transplante de fígado.
- Transplante? É tão grave assim? Ela corre risco?
- Toda cirurgia é delicada, mas ela é forte.
O leão levantou saindo do recinto, Aiolos foi atrás dele.
- A próxima é Gabrielle.
Afrodite nem piscava.
- Gabrielle tem um problema respiratório muito sério, ela esta respondendo bem ao tratamento contra as drogas, mas os remédios estão atacando seu organismo. Parte da ultima semana precisou de aparelhos para respirar.
- É tão grave assim? – o pisciano estava arrasado.
- Infelizmente, mas tenha esperança que ela irá se recuperar.
- Eu tenho. – tentou sorrir. – eu tenho.
Ficaram tristes por ele, principalmente Kamus. Não queria que o amigo passasse pelo o que ele estava passando.
- Gabrielle vai se recuperar Dite. – disse.
- Obrigado Kamus.
Anne o fitou, ele parecia ser uma pessoa forte e o admirou pelas palavras ditas.
- Continue senhorita Anne. – a fitou, era a primeira vez que a "viu" de verdade. Anne tinha cabelos curtos ruivos e os olhos extremamente azuis.
- Sim... A próxima é Hathor.
Kanon ficou com o coração suspenso.
- Ela está grávida.
Nenhum barulho foi ouvido. O geminiano olhava estático para a austríaca.
- O que foi que disse?
- Hathor está grávida.
Olharam imediatamente para o dragão marinho que estava pálido.
- Gra-vida?! – gaguejou.
- Sim. Pelos exames parece que é de três meses.
- Vai ser papai. – Deba brincou.
Kanon o fitou atordoado. Papai?
- Mas...
- Será feito o exame de DNA para comprovar a paternidade.
- Exame? – Saga estranhou. – para que?
- Pelo tempo, ela engravidou estando aqui no santuário, e como todos sabem, ela saia a noite.
Foi como um banho de agua fria. Kanon estava até simpatizando com a idéia, mas ao se lembrar desse detalhe... o filho poderia ser de qualquer um.
- Não é só ele que terá que fazer o exame. Shaka também.
O virginiano quase caiu da cadeira.
- Co-mo?? O que disse senhorita? – estava branco com os olhos arregalados.
- Farah está grávida.
Shaka não conseguia formular frase alguma. Os demais o olhavam chocados. Shaka sempre fora todo pudico.
- Quem diria o Shaka... – Deba sorriu. – passou na frente de todos. Com essa cara de santo.
O virginiano foi do branco ao escarlate em segundos.
- E se ficou vermelho... – gargalhou. – tem culpa no cartório.
Shaka ficou ainda mais vermelho se isso era possível.
- Tem certeza disso senhorita Anne? – Atena estava tão chocada quanto os demais.
- Sim. Ela tem o mesmo tempo que Hathor, portanto... mas não se preocupem quando as crianças nascerem o exame será providenciado.
- Duas crianças... quem diria... do Kanon não me surpreendeu, mas do Shaka... – disse Shura. – que coisa, hein?
- Mas sinto informá-lo de um fato. – Anne o interrompeu. – ao contrario de Hathor que goza de uma boa saúde, Farah...
- O que tem ela?
- Está muito doente. Os longos anos exposta ao ópio comprometeram sua saúde. Ela esta debilitada e com problemas cardíacos. A gravidez só piorou o quadro.
- Ela corre risco?
- Corre Shaka. Ela pode não agüentar. Há sempre esperanças, mas deve está precavido. Ela pode sobreviver e a criança não. Ou só a criança, ou nenhum dos dois. Se a criança nascer ela terá seqüelas por causa da droga.
O virginiano afundou na cadeira, nem se importava se a criança era dele ou não, mas não queria perder sua afegã. Ela era tudo para ele.
- Vamos rezar para que tudo acabe bem. – Anne sorriu. – tenho fé que todas se recuperaram.
X.x.X.x.X.x.X
Aioria tinha ido para o pátio da estatua.
- Aioria!
- Eu posso perdê-la, irmão. Não vou suportar se ela morrer. – segurou as lagrimas, mas não por muito tempo.
- Tenha fé Aioria. – colocou as mãos no ombro dele. – ela vai sarar.
- Mas...
- Acredite que ela vai se recuperar. Eu acredito.
- Ela e você são tudo o que eu tenho, não vou agüentar...
- Você sempre teve esperanças, não desanime agora. – o abraçou, tudo que não queria é que o irmão experimentasse a dor que ele sentia. – vai dá tudo certo.
X.x.X.x.X.x.X
Tempo depois retiraram-se cada para seu templo.
-- Peixes--
Afrodite estava trancado em seu jardim, sabia que algo acontecia a Gabe devido algumas rosas estarem negras nos últimos dias, mas não imaginava que fosse tão grave. Estava com medo, muito medo de perdê-la.
--Aquário--
Kamus estava em sua biblioteca, ela estava totalmente restaurada e já contava com alguns volumes. Lia um livro sentado confortavelmente em sua poltrona também restaurada. Pensava nos companheiros e na dor que eles experimentavam. Tentava passar-lhe palavras de incentivo, mas por dentro estava destruído. Alais fazia muito falta, mais do que ele imaginava. Dizia odiar seus piecings, mas sentia saudades deles. Era uma dor que talvez não teria fim.
--Sagitário--
Depois de deixar o irmão na quinta casa, Aiolos recolheu a sua, apesar de não gostar de ficar lá, a presença de Alexia ainda era muito viva e as lagrimas vinham facilmente.
Embora ter completado três meses, parecia que os fatos tinham ocorrido no dia anterior. E a dor era a mesma. Toda vez que via algo que a lembrava sentia seu coração sangrar. Tinha certeza, nunca mais seria o mesmo.
-- Virgem--
Shaka tentava meditar nas salas gêmeas, mas seus pensamentos estavam voltados para Farah.
- "O que fará?" – era a voz. - A respeito do que? "Do filho que ela espera, vai assumi-lo"? – ficou em silencio. – "O que vai fazer Shaka?" Deveria saber a resposta. Eu a amo independente de quem seja o pai. "Inclusive se o pai for aquele homem que você espancou na porta da boate?" A criança não tem culpa. Vou assumi-la... isso se eles se salvarem... – derramou uma lagrima. – não posso perdê-la...
--Leão--
Mesmo com as palavras de incentivo do irmão, Aioria estava temeroso. Se algo acontecesse a Íris não iria suportar.
--Gêmeos--
Kanon estava sentando na porta do terceiro templo.
- O almoço está pronto. – Saga aproximou.
- Não tenho fome. – respondeu sem olhá-lo.
- O que vai fazer a respeito? – sentou ao lado dele. – e se não for seu?
- Eu não importo. O importante é que ela esteja bem.
- Vai assumi-lo? – ficou surpreso, ele não era dado a responsabilidades.
- Será um Myles como nós. – o olhou. – seremos uma família.
...Seis meses depois da partida para a clinica...
Era noite. A dor consumia-o, para tentar aplacá-la resolveu dá um passeio pela cidade, só assim a sensação de perda iria embora. Andava tranquilamente pelas ruas de Athenas quando foi parado.
- Tem fogo? – alguém o perguntou, usava uma boina que tampava parte de seu rosto.
- Não fumo.
- Droga...
A pessoa ensaiou alguns passos, mas devido ao seu estado tropeçou, se Aiolos não a segurasse ia ao chão.
- Você está bem?
- Me solta. – a boina caiu.
- Você...
Era uma mulher. Deveria ter no maximo 20 anos, tinha os cabelos curtos e negros e os olhos cor de âmbar, mas o que chamou a atenção do sagitariano foi as pupilas dilatadas.
- Está drogada... – tinha a sensação que estava vendo a alemã.
- Quem é você? – o empurrou. – é da policia?
- Não. Se droga não é?
- Não é da sua conta! Me deixe em paz!
- Deixe-me ajudá-la. – disse, sem entender o porque.
Ela o olhou intrigada para depois começar a rir.
- Ajudar? Não seja idiota! Nem me conhece! Cai fora cara, eu não preciso de sua ajuda.
- Era o que Alexia dizia... – murmurou entristecido.
A garota o fitou.
- Está bem?
- Estou... deixe-me ajudá-la.
- Eu não preciso de ajuda. – o estomago roncou.
- Te dou comida.
Pensou em rejeitar, mas estava com fome e logo o efeito da droga ia passar já que consumira nem ¼ de cocaína.
- Não é da policia?
- Não. – sorriu. – venha, vamos para minha casa.
- Não sou prostituta!
- Nem pensei nisso. Não vou te fazer mal. Venha.
Tempos depois estavam na porta de Sagitário.
- Mora aqui? – exclamou espantada.
- Sim, entre.
A garota ficou surpresa.
- Que mansão...
- Vou para cozinha, na segunda porta a direita é o banheiro, ao lado é um quarto onde encontrará roupas limpas.
- Me enganou... – recuou.
- Já olhou para suas roupas? Estão sujas.
Se fitou, ele tinha razão.
- Te espero na cozinha.
Ainda meio receosa obedeceu. Tomou um longo banho indo em seguida para o quarto. Seguindo as instruções abriu o guarda roupa.
- Uau... que roupas lindas... "será que são da esposa dele?" Mas se fosse ele não me traria aqui... de quem será?
Pegou uma calça e uma blusa que caíram perfeitamente e seguindo o cheiro da comida chegou a cozinha.
- Ficou certinho. – disse ao vê-la.
- De quem são?
- Alexia. Ela era vaidosa.
- Era?
- Sim, morreu há seis meses.
- Eu sinto muito.
- Tudo bem. Sente-se.
A serviu. Ela o olhava intrigada, porque estava ajudando-a.
- Qual é o seu nome?
- Aiolos e o seu?
- Christine.
- Bonito nome. Olha, não sei cozinhar muito bem, mas acho que dá para descer.
Ela não disse nada e num instante tinha limpado o prato.
- Viu, estava com fome.
- O que quer de mim?
- Já disse te ajudar.
- Por quê?
- Me diga, a quanto tempo usa drogas?
- Não uso.
- Sei muito bem identificar isso. Não precisa mentir.
- Como sabe?
- Alexia. Me diga?
- Seis meses. – respondeu seco. – mas uso só cocaína e sei muito bem a hora de parar. Não precisa me dá sermão.
- E seus pais?
- Não tenho pais, sou criada por uns tios distantes.
Ficaram em silencio. Christine o olhava discretamente. Ele não parecia ser uma pessoa ruim e parecia disposto a ajudá-la, alem do mais estava curiosa a respeito da tal Alexia, ela deveria ser bem intima a ele.
- Aiolos...
- Sim?
- Quem era Alexia?
- Minha esposa. Nós não chegamos a nos casar, mas éramos isso. Ela tinha problemas com as drogas e por causa disso acabou sendo morta.
- Morta?
- Foi assassinada na minha frente.
- Eu sinto muito... não queria...
- Está tudo bem. Hoje em dia estou mais conformado.
- É por isso que quer me ajudar?
- Sim, não quero que mais que alguém morra por causa das drogas.
- Agradeço sua boa vontade, mas não preciso de sua ajuda. – levantou. – sinto muito por sua esposa, mas isso não acontecerá comigo. Eu sei até onde devo ir. – foi saindo.
- Está jogando sua vida pela janela Christine. É isso mesmo que quer? Tem uma vida toda pela frente, não a desperdice, não faça alguém sofrer.
- Não tenho ninguém.
- Seus pais onde quer que eles estejam, estão olhando por você.
Ela parou. Tinha entrado nisso por influencia de amigas, não queria se drogar, mas foi obrigada e agora seis meses depois, não tinha um dia que não passava sem a droga. Conhecia vários casos de pessoas que foram destruídas, mas apesar do pouco tempo de uso não tinha forças para parar sozinha.
- Em que vai me ajudar?
- A se curar. Vai para uma clinica e quando sair terá uma nova vida. Deixe-me ajudá-la.
- Sou obrigada ou posso pensar?
- Claro que pode pensar. Se quiser fique aqui hoje, não tem problema.
- Prefiro ir para casa. Se eu aceitar estarei aqui cedo senão... adeus.
Saiu.
Ficou sozinho. Não tinha certeza se ela aceitaria, alias nem sabia por que tinha trazido uma estranha para casa. Ou sabia? Queria fazer por alguém tudo o que não tinha feito por Alexia.
A manha estava quente naquele dia, Atena recebendo a informação que Anne estava a caminho chamou por seus cavaleiros. Todos estavam reunidos na sala do trono com exceção de Aiolos.
- Ele nunca se atrasa. – disse Aioria fitando a porta.
- Já deve está vindo.
A verdade é que tinha esperado todos subirem para ir a primeira casa. Tinha esperança que Christine aparecesse. Foi com um grande sorriso que a viu chegando.
- Bom dia...
- Bom dia Christine. Que bom que veio.
- Pensei no que tinha me dito. – abaixou o rosto. – nem dormir a noite. Acho que devo tentar.
- Está fazendo a escolha certa. Venha. A moça que irá levá-la chegou.
- Tem certeza disso? Não me conhece...
- Tenho. – colocou as mãos no ombro dela. – vamos.
No templo...
Alguns andavam de um lado para o outro, a simples menção que Anne viria os deixava apreensivos.
- Bom dia senhores. – a austríaca apareceu na companhia da deusa.
- A Íris? Como ela está? Me fala?
- Aioria fique calmo. – pediu Atena.
- Mas eu preciso saber.
- Não precisou do transplante. Ela conseguiu se recuperar e está ótima.
- Sério?
- Sim Aioria. Ela está bem. Assim como Birget, Camila, Chiara, Hathor e o bebê, Linna, Ingrid e Angelina. Estão todas bem.
- E Gabrielle?
- Apresentou uma sensível melhora Afrodite, mas seu estado ainda é delicado.
O virginiano temia perguntar e obter uma resposta negativa.
- Farah...
- O estado dela é preocupante, a criança está desenvolvendo, mas ainda é cedo para dizer se ela vai se salvar. As chances de morte ainda são grandes Shaka. Desculpe por não da-lo noticias melhores.
Ele não disse nada, afastando. Isso só poderia ser castigo. Castigo por tudo o que tinha feito a ela.
Alguns dias se passaram desde então, a rotina aos poucos voltava ao normal.
Atena estava trancada em seu escritório, com os olhos vermelhos e o olhar fixo no telefone que tinha acabado de usar.
- Céus...
Elevou o cosmo pedindo a presença do pisciano em seu templo. Afrodite estava em seu jardim fitando suas rosas, nas ultimas horas elas estavam murchando.
MM estava vendo o filme "Bonnie e Clyde" quando levantou de repente. Sem mais demora dirigiu-se para o décimo segundo templo.
Encontrou com o amigo no jardim.
- Oi Dite.
- Oi...
- Você está bem? – tinha notado o cosmo dele muito triste e resolveu conferir.
- Está... – respondeu de maneira evasiva. – Atena está me chamando, pode ir comigo? Não quero ir sozinho.
- Claro. – sorriu. – vamos.
Subiram silenciosos, no escritório acomodaram-se num sofá em frente a mesa.
Atena não sabia por onde começar e Afrodite temia perguntar.
- O que foi Atena? – indagou MM percebendo o constrangimento dela.
- Afrodite... Anne me ligou... e...e... eu sinto muito. – abaixou a cabeça. - Foi essa madrugada. Ela não resistiu.
- O que houve? – a voz quase não saia.
- Teve uma parada cardíaca, os médicos tentaram mas... eu sinto muito.
O cavaleiro levantou de uma vez.
- É mentira, não é? Ela não está morta, não é Atena? Gabrielle não morreu.
A deusa abaixou o rosto.
Uma a uma as lagrimas foram descendo, totalmente destruído deixou-se cair de joelhos iniciando um choro compulsivo. MM o fitava, conhecia esse mundo e as conseqüências que ele trazia, mas era injusto. Era injusto uma vida ir daquela maneira. Entendia o sofrimento dele pois também perdera alguém precioso.
O canceriano ajoelhou ao lado do amigo e o abraçou.
- ... era a minha linda, ela prometeu que voltaria, prometeu...
- Ela está num lugar melhor, acredite.
Afrodite chorou. Nem quando perdera seus pais experimentou uma dor tão profunda.
Atena o olhava penalizada
Houve uma batida na porta, em seguida Shion entrou. Olhou para os três estranhando, mas logo compreendeu o que se passava. Ficou abalado, mais uma tinha ido?
Com o olhar, a deusa pediu que ele fosse avisar aos outros o ocorrido.
Quando souberam ficaram sensibilizados, Kamus e Aiolos imediatamente tiveram com ele, enfrentaram dor semelhante e nessa hora precisava de todo o apoio possível.
... mas se vidas iam, outras chegam...
... Hathor deu a luz a uma menina e Farah... o parto foi complicado e depois do nascimento tanto ela quanto o filho ficaram por uma semana no CTI. A saúde dos dois ainda era delicada, mas a vontade de viver era mais. Foram feitos os exames que deram positivos a favor dos dourados.
Um ano depois da partida...
A manha estava mais bonita naquele dia. Uma brisa suave soprava aliviando o calor.
No salão os quatorze dourados ajoelharam diante da deusa. Atena em seu trono olhava distraída.
- Mandou nos chamar Atena?
Ela não respondeu.
- Atena?
- O que...? - ela os olhou.
- Mandou nos chamar?
- Sim... - disse só isso, estava com os pensamentos voltados para um ano atrás. Tudo começara naquele salão e hoje essa história chegava ao fim, alguns episódios foram infelizes, mas no final o bem venceu. – o santuário vai receber novos moradores. Treze no total.
- São aspirantes? – indagou Aiolos.
- Não. – sorriu. – são pessoas comuns. Tomaram conta deles. Entrem por favor.
Um a um foram entrando, a principio os dourados nem lhes deram atenção, pensando em ser tratar de outras pessoas, mas...
- Não é possível... – murmurou MM.
- Que dia é hoje?? – Kanon ficou espantado.
Formaram uma fila a frente de Atena. A deusa levantou de seu trono e parou ao lado delas.
- Sejam bem vindas.
Silencio. Atena olhava para elas e para eles.
O silencio mantinha-se até que alguém resolveu quebrá-lo.
- Bom dia, até que não mudaram em nada. - disse uma garota de cabelos negros e mechas prateadas.
- Meninas, acho que não conhecem apenas aquele ali. – apontou para o taurino. – ele é o Aldebaran.
Acenaram e novo silencio.
- Será que vou ter que apresentá-los?
Logo sorrisos eram vistos.
- Birget... – murmurou o ariano.
A garota caminhou até ele, estava bem diferente de quando se viram pela primeira vez. Os cabelos estavam mais curtos, na altura dos ombros, o rosto um pouco pálido, mas não menos belo.
- Oi... – parou na frente dele.
O ariano não disse nada apenas a abraçou com força.
Camila caminhou até o mestre. Ele estava sem palavras, só agora percebera o tanto que sentira falta da sua pequena. Num gesto que não conduzia a ele a beijou com volúpia.
Chiara caminhou timidamente para perto de Saga, este trazia um sorriso nos lábios.
- Oi Saga.
- Oi...
Ele a abraçou.
- Senti sua falta.
- Eu também. – aconchegou nos braços deles, a italiana estava com os cabelos acima dos ombros e encaracolados o que realçava os olhos cinzentos.
Hathor com uma criança nos braços parou na frente do outro geminiano.
- Lá vem a rainha de Sabá... – sorriu. - ... trazendo a minha princesa.
Hat não estava muito diferente desde a primeira vez, apenas não tinha mais a mecha vermelho-sangue.
- Quer pegar?
Meio sem jeito, Kanon pegou a criança nos braços. Tinha ficado imaginando como seria essa cena, mas percebeu que a alegria era maior. Desde que se tornou cavaleiro jamais pensou que carregaria um filho nos braços. Retirou de forma terna o rosto da filha.
- Ela é linda... tem o seus olhos. Qual o nome?
- Sarah.
- Lindo.
A pequena Sarah tinha os cabelos azuis do mesmo tom dos de Kanon, os olhos eram claros como os de Hat e a pele ligeiramente rosada.
- Minha filha... – os olhos marejaram para em seguida derramar algumas lagrimas. – minha menina... – olhou para Hat que também chorava.
No recinto todos estavam emocionados.
- Oi. – Hikari aproximou do canceriano.
- Ola. – ele sorriu. – como está?
- Bem. – ela o abraçou. – senti sua falta.
- Bem vinda senhora Romanelli.
- Tenho uma novidade.
- O que? – ficou apreensivo.
- Me lembrei de tudo, lembrei do meu passado. – sorria contente.
- Teremos muito o que conversar. – a aconchegou nos braços.
- Aioria!! – Íris pulou em cima do leonino.
- Que saudades, princesa. – a abraçou bem forte. - Como foi?
- Senti muita falta da nossa casa.
- Só da casa?
- De você também. – o beijou.
Linna aproximou do libriano que a olhava sorrindo.
- Oi Dohko.
Ele a abraçou bem forte.
- Está linda.
Os cabelos dela tinham crescido um pouco chegando aos ombros.
- Senti sua falta, muita.
- Eu também.
Kamus, Aiolos e Afrodite os olhava sorrindo, queriam ter tido a mesma sorte, mas estavam felizes pelos amigos. Lay que estava nos braços do libriano se soltou indo na direção de Afrodite. Ela trazia algo nas mãos.
- Oi Gustavv.
- Como vai Lay?
- Bem. Isso é para você. – lhe ofereceu uma rosa. – Gabrielle pediu que ficasse com isso, para que se lembrasse dela.
Afrodite pegou a flor entre as mãos, não queria chorar, mas as lagrimas vieram.
- Tinha dado a ela...
- Ela está em paz agora. – disse limpando o rosto.
- Eu sei. Obrigado.
Miro nem esperou que Angelina aproximasse, a puxou beijando-lhe com ardência.
- Miro... estamos em publico.
- Estava com muita saudade. – a fitou. – está linda.
Os cabelos negros estavam mais curtos.
- Estou curada Miro.
- A minha proposta ainda está de pé.
Os dois sorriram.
Ingrid parou na frente de Shura.
- Olá.
- Estou muito feliz em vê-la. – acariciou-lhe o rosto.
- Eu também. – o abraçou.
Ainda um pouco receosa, Christine aproximou de Aiolos.
- Oi. – cumprimentou timidamente.
- Que bom que está de volta e vitoriosa.
- Graças a você.
- Bem vinda.
Sem que ela esperasse a abraçou.
Farah ficara por ultimo, estava temerosa. Abaixou o rosto olhando o filho que trazia nos braços.
- Farah.
Escutando a voz ergueu o rosto. Shaka a fitava com um sorriso nos lábios. Encheendo-se de coragem caminhou até ele parando a certa distancia.
- Oi.
- Oi. – respondeu fitando-a. Ela estava linda. Os cabelos estavam curtos na altura dos ombros, a franja que escondia o olho esquerdo estava mais curta revelando os olhos extremamente verdes. – posso pegar?
Hesitou, estava com um pouco de medo. Conhecia um pouco da personalidade dele e quando ele soubesse talvez não quisesse a ela e o filho.
- Qual o nome que escolheu?
- Sadiki... – murmurou.
- Bonito nome.
- Shaka... é... – desviou o olhar.
- Deixe-me vê-lo.
Ela não negou, era melhor que ele descobrisse rápido. Shaka pegou o menino nos braços, retirando a manta que cobria seu rosto.
- Os cabelos.
A criança tinha os cabelos tão negros quanto de Farah. Sadiki que parecia dormir acordou abrindo os olhos, enquanto Farah fechava os dela apenas esperando a reação.
- Azuis... claros...
Eram claros como os dele, Shaka sorriu, mas logo notou o que deixava a afegã temerosa.
- Cego... – murmurou.
- Eu sinto muito... – pediu num sussurro enquanto as lagrimas caiam. – isso é conseqüência dos meus atos... – a gravidez tinha sido muito difícil e o medico a alertou que talvez o filho tivesse alguma seqüela devido o uso das drogas. – sei que não sirvo para nada...
Shaka fitou o filho para depois olhá-la. Surpreendendo colou sua testa a dela, com Sadiki no meio.
- Que felicidade maior Buda pode me oferecer, ao me dá a chance de viver com a mulher que eu amo e ter um filho perfeito com ela? – sua voz saiu doce.
Farah derramou mais algumas lagrimas.
Afrodite que acompanhava tudo aproximou do trio fitando o garoto.
- Nem precisava de DNA, é a cara do Shaka! Até o nariz empenado ele herdou!
Começaram a rir.
Atena os olhava sorrindo, há um ano atrás quando havia tomado a decisão, tinha medo de como as coisas aconteceriam, hoje, vendo todos felizes, suspirou aliviada.. tudo havia dado certo.
Meses depois...
Birget passou por muitas provações ao longo dos meses, mas com a ajuda do ariano superou-a todas. Totalmente recuperada, ajudava-o no conserto das armaduras, e a noite... o ariano mostrava que de santo, não tinha nada.
Aldebaran tinha voltado ao Brasil mais duas vezes, sendo que na ultima voltara acompanhado, Clarice, era seu nome.
Saga e Chiara viviam de maneira harmônica na terceira casa ao contrario do outro casal que vivia em pé de guerra. A única que saia ilesa era Sarah que logo aprendera a falar e sendo "Sabá" uma de suas palavras favoritas.
Hikari e MM viajaram para Itália logo em seguida, resolvera visitar o pai e ver como os negócios estavam. A "Costa Nostra" tinha perdido sua força e o pai do canceriano limitava-se apenas a administrar os negócios da família. Hikari ajudava nos negócios "lícitos" enquanto Giovanni estava encarregado dos "ilícitos."
Aioria e Íris assim que tudo acabou tiraram "férias" de quinze dias no hotel Hilton de Athenas. O leonino tinha achado o maximo e já programado de voltar. Em seguida viajaram para a Finlândia, onde a garota reencontrou a família. Foi um encontro emocionante com direito a pedido de perdão e lagrimas. Aioria estava apreensivo quanto a aceitação dos pais dela, mas quando eles o conheceram caiu em sua graças.
Em virgem seguia um impasse, de um lado Farah querendo que o filho seguisse a religião mulçumana, do outro Shaka querendo que ele seguisse os preceitos budistas e o garoto não se interessando por coisa alguma. O fato de ser cego não atrapalhava em nada quando fazia suas artimanhas deixando os pais doidos. Parecia que ele "herdara" do pai a capacidade de ver as coisas mesmo com os olhos vendados. Os demais dourados diziam que ele seria o próximo cavaleiro de virgem.
Linna e Dohko fizeram uma longa viagem para China e quando voltaram apresentaram a novidade para todos. A espanhola estava grávida e de gêmeos. O libriano era pura satisfação e mal podia esperar para ser chamado de pai.
Angelina passou por crises, devidamente superadas. Com o encorajamento de Miro voltou para a faculdade. Sentindo-se mais segura foi para a Itália a procura da mãe. Quando as duas se encontraram, nada foi dito, apenas lagrimas de felicidade.
Aiolos ainda sentia muita a falta de Alexia. Ainda pegava-se a noite, chorando por ela.
A amizade entre ele Christine ficara forte. A garota totalmente recuperada voltara aos estudos e trabalhava. Sempre que podia ia visitá-lo e os dois passavam horas conversando...
Shura e Ingrid tinham ido para a Lituânia. Com a ajuda da fundação, os pais dela compraram uma pequena venda iniciando o próprio negocio. Aléxis começara um tratamento para deixar as drogas e ajudava o pai. A família Lakauskas estava muito feliz, pois sua filha comunicara o casamento em breve.
Kamus passava horas na sua biblioteca. A presença de Alais era constante e mesmo com o passar dos meses sentia a perda. Usava a aliança que tinha feito, num gesto de amor.
Ele e Anne se tornaram bons amigos. A austríaca sempre o visitava e ele quando tinha algum assunto da fundação para resolver na Áustria a visitava.
Shion e Camila eram um capitulo a parte, literalmente era entre tapas e beijos. Quando não passavam horas discutindo passava as mesmas horas se amando. A garota tinha entrando para a faculdade de musica especializando-se em piano.
As brigas diminuíram quando descobriram que ela estava grávida.
Afrodite seguia com a vida, ainda sofria pela perda de Gabe, mas tentava reagir.
As tardinhas gostava de passear por uma praça de Athenas. Sentava sempre no mesmo banco fitando as rosas do jardim.
- Uma rosa pelo seu sorriso.
Ergueu o rosto, deparando com uma jovem que lhe ofertava uma rosa branca.
- Obrigado. – a pegou dando um meio sorriso.
- Tristeza não combina com seu rosto. – sorriu. - Adeus.
A garota saiu sobre o olhar atento dele.
... "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."...
Chico Xavier
FIM
Mais uma fic chega ao fim.. ufa...
Quero agradecer a todos que acompanharam a história desde seu inicio, pedir desculpas pela demora, pelos erros de português e por alguma coisa que eu tenha feito.
Confesso que foi difícil, afinal eram 13 meninas com 13 dourados, muitos personagens, mas foi uma delicia escrever. Espero que tenha agradado as meninas que mandaram as fichas e correspondido as suas expectativas.
Muito obrigada! Arigatô Gozaimasu!
Com o fim dela, minhas outras fics serão retomadas. "Jornada para o Passado" "Reencontro com o Passado".
Então, mais uma vez obrigada!
Krika Haruno
13/10/08