Capítulo 9: No fim...
Eu
acabei de chegar em casa, quero dizer, hoje eu voltei pra casa. As
aulas acabaram. Eu sei que faz meses que eu não escrevo, já
que não tinha vontade de encher páginas com
lamentações. Não, eu enchi os ouvidos das minhas
amigas, principalmente a Carol, coitada.
Mas
agora eu tenho um forte (FORTÍSSIMO) motivo para
escrever.
Logo
depois de eu ter resolvido o lance da Poção do Amor, o
Draco começou a ficar com a Pansy Parkinson. Eu fiquei péssima
ao vê-los juntos. Chora muito e sofria muito. Enquanto dormia
pouco e comia pouco. Mas a relação deles não
durou muito tempo. Eles ficaram juntos 1 semana, até que um
dia eu vi a Parkinson conversando com outra garota da Sonserina,
enquanto chorava de se acabar. Ela disse que do nada o Draco tinha
terminado com ela e sem dar nenhuma explicação, apenas
dizendo que tinha enjoado. Eu fiquei radiante de felicidade com isso,
mas foi apenas até o dia seguinte. Por quê? Porque eu
descobri que a nova ficante do Draco era a Lilá Brown. Daí
novamente eu fiquei mal até mais ou menos uma semana depois,
quando eles se separaram. Motivo pra ficar feliz? NÃO! Depois
da Lilá vieram as gêmeas Patil, Ana Abbot, umas
sonserinas que eu não sei o nome e algumas garotas do meu ano.
Mas o pior de tudo foi ver ele a Agatha se beijando. Eu fiquei com
tanta raiva!!! Ela me disse que ele tinha agarrado ela de repente,
bem na hora em que eu estava vindo. Mas por que ele faria isso?!?
Prazer em me ver sofrer?!? Eu continuo tratando o Malfoy de maneira
fria, mas os meus olhos traem as minhas falsas palavras secas. A
minha boca pode dizer milhares de vezes que eu o odeio, mas os meus
olhos dizem que o amo. Eu sou perdidamente apaixonada por aquele
idiota, mas esse amor só me faz sofrer...Bem, melhor parar com
as lamentações...De qualquer forma, eu fiquei mais de 1
mês sem falar com a Agatha. Olha, a minha vida estava péssima
e o meu irmão ainda pegava no meu pé pelo meu aspecto
cansado. O Harry perguntava freqüentemente o que tinha de errado
comigo e eu dizia que era apenas stress, pela pressão de jogar
a final de quadribol contra a Sonserina (o que em parte era verdade).
A Mione ficava dizendo que eu tinha que estudar e isso me ajudaria a
não pensar tanto no Draco. De fato eu enterrei a cara nos
livros, mas quanto a não pensar nele...
A
Sonserina ganhou a partida, mas nós ganhamos a Copa. O Draco
pegou o pomo, por pouco. Eu nunca tinha visto ele voar tão
bem, parecia que queria provar algo a si mesmo ou se mostrar pra
alguém. Ele podia querer provar que era capaz de vencer o
Harry, mas quanto ao fato de se mostrar pra alguém...Eu odiei
o que aconteceu na hora em que ele pousou! Uma garota da Corvinal
(ridícula na minha opinião!!!!!) foi parabenizá-lo
e foi uma parabenização BEM calorosa...Eu nem esperei o
resto da equipe (que comemorava gritando "A Copa é dos
Leões!!!" ou algo do tipo) e eu fui sozinha para o castelo,
puta da vida, já que mais uma vez aquele cachorro me fazia
chorar.
Em
meio a todo esse inferno pessoal, eu fiquei mais do que satisfeita
com o dia em que voltaria para casa. Eu estava no Expresso de
Hogwarts, patrulhando os vagões (tarefa que os Monitores
tinham que fazer), quando senti alguém tocar o meu ombro.
Virei-me e para a minha ENORME, GRANDÍSSIMA e outros
superlativos...Ok, eu estava MUITÍSSIMO surpresa. ERA O DRACO!
Eu escondi a minha alegria em vê-lo e a minha surpresa,
esperando comentários maldosos da parte dele, como ele sempre
fazia. Mas ele apenas me encarou com uma expressão no mínimo
curiosa:
-O
que você quer, Malfoy? –eu indaguei e como se lembrasse do
que tinha vindo fazer, ele me puxou pra dentro de uma cabine vazia,
trancando a porta e fechando a cortininha –Resolveu me jogar pela
janela, Malfoy?
-Não,
Weasley, eu não vou te jogar pela janela, apesar de não
me parecer uma má idéia. Você me irrita,
garota!
Então
o Draco tirou uns papéis do bolso e colocou-os de má
vontade na minha mão:
-Eu
reconheço como minha letra, mas como posso ter escrito isso?
–ele perguntou, sério.
Eram
as cartas que ele me mandava. Mas como foram parar nas mãos
dele?
-A
sua coruja me mandava. –eu disse –Mas Omo conseguiu essas cartas?
Eu guardava no meu malão.
-Pergunte
para a sua amiga, a Cronwell. Foi ela que me entregou. Faz meses. Ela
marcou um encontro anônimo e levou essas cartas. Disse que eu
pensasse no mal que estava te fazendo ao desprezá-la e
tratá-la mal. Mas é impossível eu ter escrito
essas coisas, ainda mais pra você! Foi o que pensei, mas ontem
eu estava arrumando o meu malão e encontrei alguns rascunhos
que batiam com algumas das coisas escritas nessas cartas. Mas eu não
me lembro de nada! Você e a sua amiguinha não estão
tentando me sacanear, estão?
Então
fez sentido pra mim aquela vez em que a Carol estava mexendo no meu
malão. Não era o meu perfume que ela queria e sim as
cartas que o Draco tinha me mandado. Bem, que eu não conseguia
mais achá-las de jeito nenhum...Então foi isso, a culpa
foi da Carol.
-Eu
não ia brincar com uma coisa dessas!
-Por
que você guardou, Weasley? –ele perguntou e eu não
respondi.
Aí
o que aconteceu a seguir foi repentino e pareceu irreal. O Draco me
puxou bruscamente contra ele. Eu levei um susto.
"Ai
meu Deus! Será que ele vai me bater?" eu pensei.
Por
um instante eu vi raiva e incredulidade naqueles lagos cinzas, então
ele buscou a minha boca com a dele. Eu entreabri os lábios,
deixando claro que ele podia aprofundar o beijo e eu não iria
estapeá-lo. Foi um beijo nostálgico. Como eu senti
falta daquele beijo! Era intenso e ávido. Eu não queria
que aquele momento acabasse. Então depois de um tempo ele me
soltou:
-Por
que guardou? E por que eu não lembro de nada? Eu não
costumo beijar uma garota assim pela primeira vez. Era como eu
soubesse o que fazer, como já tivesse te beijado antes por
várias vezes desse jeito. Como pode?
-Guardei
porque te amo. Você não lembra, porque você tomou
o antídoto da Poção do Amor que eu tinha feito e
tinha saído errada. Não era pra você ter se
apaixonado por mim. Depois que você tomou o antídoto,
esqueceu de tudo o que se passou entre nós e passou a me
tratar como um lixo. Você voltou a me desprezar. Por que é
que me beijou?
-Eu
fiquei pensando nessas cartas por meses. Fiquei pensando em você,
se beijá-la seria tão bom quanto estava escrito nas
cartas. Tentei afastar esses pensamentos ficando com outras, mas não
deu certo. E outra coisa que me deixava confuso é como você
me olhava, com tristeza...
-Você
tem idéia do quanto eu chorei nesses meses, vendo você
com outras? Eu queria te odiar, Malfoy! Eu juro que queria, mas eu
não consigo...
Ele
me beijou novamente. Eu estava com um pouco de raiva por ter lembrado
que ele ficava desfilando aos beijos com...Aff, eu fiquei meio fula
mesmo, por isso me debati e tentei empurrá-lo, mas não
funcionou. Era o que eu tinha sonhado por meses, estar nos braços
dele, então parei de lutar.
O
Draco me colocou contra o vidro da janela:
-Eu
sou sua escolha para essa semana? –perguntei, séria.
Eu
odiava a idéia de ser apenas mais uma e achava que ele ia
responder que eu era mesmo, mas eu tinha que perguntar. Eu não
queria me iludir mais, eu não queria continuar
sofrendo...
-Não
mesmo. Acho que não enjoaria de te beijar nem em 1 mês.
–ele respondeu.
-Mas
eu te amo, Draco. Você só vai me fazer sofrer mais desse
jeito. Gostar de me beijar não é o suficiente.
-Me
dá um tempo, Virginia. Até alguns minutos eu pensava te
odiar. Eu preciso de tempo. Não gostaria de tentar.
-Não
sei. –eu respondi e era verdade, eu não sabia mesmo se valia
a pena arriscar.
-Será
que isso vai te fazer mudar de idéia? –ele perguntou e me
beijou novamente.
Eu
me aconcheguei nos braços dele e me deixei levar. Estar com
ele era um sonho do qual eu não pretendia despertar, mas a
minha obrigação como Monitora, me chamava:
-Draco...A
gente devia estar patrulhando os vagões.
-Eu
sei. Mas o que você prefere fazer?
"Ficar
com você, é claro." Eu pensei o beijei.
Eu
juro que nem percebi a hora em que ele sentou-se no banco e me fez
sentar no colo dele. Então passou a beijar o meu pescoço.
Eu fechei os olhos e passava as mãos pelos cabelos dele,
apertando mais forte ocasionalmente, quando eu me sentia arrepiada.
Eu adoro os cabelos do Draco! Tão macios e finos, sempre com
cheiro de shampoo. Isso sem mencionar o cheiro entorpecente do
perfume dele. Acho que a minha mente ficou ausente durante um bom
tempo. Apenas quando eu senti as mãos dele passeando pelas
minhas pernas, foi que acordei e isso porque eu me arrepiei toda,
como se uma corrente elétrica estivesse passando pelo meu
corpo:
-Draco,
pára. –eu pedi e ele parou.
Houve
um silêncio constrangedor. Eu finalmente percebi que a minha
capa e a minha camisa estavam abertas. O meu coração
batia acelerado e a minha respiração estava meio
irregular. O meu sutiã rosa estava à mostra,
rapidamente eu me pus a fechar a camisa. Por último, eu
percebi estar sentada no colo dele, numa posição das
mais estimulantes (e também constrangedoras). As minhas pernas
estavam abertas com as dele entre as minhas. Eu saí do colo do
Draco e me sentei ao lado dele, extremamente vermelha e com a cabeça
baixa:
-E
essa é a hora em que eu quebro o silêncio constrangedor
e me desculpo por ser levado pelos meus hormônios e que talvez
eu leve um tapa. –ele disse, como estivesse entediado –Desculpa,
Virginia por ter te deixado assim, tão envergonhada.
-Você
pode me chamar de Gina, Draco? –eu perguntei, sem o encarar –Claro,
se você quiser me chamar assim. Eu não vou te dar um
tapa, mas acho que você foi rápido demais. Eu não
quero que seja assim, nem nos veremos mais daqui pra frente.
Ele
tirou o anel que usava e que só agora eu tinha percebido que
ele usava. Puxa, eu sou mesmo muito desligada.
-Esse
anel é herança da minha família e vale uma
fortuna. Era do meu pai, quando eu atingi a maioridade, ele me deu. A
minha mãe também tinha um e o meu pai não sabe
que ela me deu. O que era dela está guardado no meu quarto. Se
nós dois usarmos, poderemos nos ver. –e colocou no meu dedo
médio, já que era o único em que não
ficava folgado.
-Como
funciona? –eu quis saber.
-Se
você girar o anel meia volta no sentido horário, a pedra
do anel que eu estarei usando brilhará e eu saberei que você
está me chamando. Então eu poderei aparatar no local em
que você está me chamando. Você sabe
aparatar?
-Sei,
mas não pude fazer o teste. Faço 17 em 11 de agosto.
-Tudo
bem, então só você poderá me chamar. Quer
dizer, você quer me ver? Quer tentar um relacionamento? Eu não
posso prometer que vou me apaixonar por você, mas eu gostaria
de continuar te vendo, Gina. O que me diz disso?
Eu
sorri. E não sorria daquele jeito há muito tempo. Como
algum dia eu vou poder agradecer a Carol pelo que ela fez por mim?!?
Se ela não tivesse pegado as cartas do meu malão e
entregado pra ele...isso não estaria acontecendo. Tá
certo que ela mentiu pra mim, mas eu entendo que foi por uma boa
causa!
-Claro
que eu quero, Draco...É tão difícil acreditar
que isso esteja acontecendo...
-Eu
sei que parece loucura, mas pelo que eu senti enquanto te beijava,
vale essa loucura.
Aí
ele me abraçou e eu me senti protegida e realizada. Depois nos
beijamos longamente. Então eu deitei a minha cabeça no
ombro do Draco e ele passou um braço em volta do meu ombro.
Ficamos assim e conversamos um pouco. Eu acabei adormecendo (também,
do jeito que eu não tenho tido insônia à noite) e
acordei com a voz da Carol em chamando:
-Carol.
–eu disse ao abrir os olhos e olhei em volta da cabine, estávamos
sozinhas –Eu tive um sonho maravilhoso.
-Isso
tem a ver com o fato do Malfoy ter acabado de sair dessa cabine?
-Não
foi um sonho? –eu perguntei, esperançosa.
-Não,
Gina. Ele disse que não queria te acordar...
Eu
abracei a Carol tão forte que acho que quase quebrei os ossos
dela:
-Obrigada,
Carol! Obrigada, obrigada... –eu não parava de repetir.
-de
nada. Mas se você me matar sufocada, não terá
mais a quem agradecer. Vai ficar dizendo "Desculpa, Carol!
Desculpa, desculpa..." pro meu túmulo.
Eu
a soltei:
-A
exagerada de sempre. –eu disse.
-Olha
quem fala...Ei, veja o papel que caiu no chão.
Eu
peguei e li em voz alta:
-Gina,
eu não tive coragem de acordá-la. Para nos vermos é
só você querer e espero que seja em breve. Beijos,
Draco. –e sorri em seguida.
-Que
bonitinho! –a Carol falou, sorrindo –Parece que vocês
finalmente vão ficar juntos. Tudo muito lindo, mas se você
não percebeu, o trem já parou. Temos que descer, é
por isso que vim te procurar.
Nós
saímos do trem e nos despedimos. Eu procurei pela estação,
mas o Draco não estava lá, devia já ter ido
embora.
Ao
chegar na Toca eu tinha resolvido testar o lance do anel, mas resolvi
esperar até anoitecer. O tempo parecia não querer
passar. Quando deu 7h, eu não agüentei mais. Subi para o
meu quarto e tranquei a porta. Girei o anel, como ele tinha me
orientado e esperei na janela, olhando o quintal. Após uns
segundos, eu ouvi uma voz atrás de mim:
-O
que tanto olha lá embaixo, Gina?
Eu
me virei com tanta pressa que bati a cabeça na janela e
cambaleei (como eu sou TAPADA!):
-Ai,
estou vendo estrelas. –eu comentei..
-Percebi
que é uma noite estrelada.
-Eu
estou me referindo a batida.
-Você
está bem?
-eu
vou ficar. –murmurei.
A
única luz no meu quarto era a que vinha da lua. Eu fiquei
admirando o Draco. Ele vestia uma calça jeans e uma camiseta
escura. Os olhos dele brilhavam prateados à luz da lua. Até
que ele quebrou o silêncio:
-Então,
Gina? Qual é a sua justificativa pra ter me chamado aqui?
-Eu
queria testar a eficiência desse anel.
-Então
era só isso? –e pareceu fazer cara de decepcionado –Bem,
eu pensei que estivesse com saudades...
-Nos
vimos hoje, Draco.
-É,
eu sei. Você pareceu tão indefesa e serena enquanto
dormia, eu não tive coragem de acordá-la. Parecia ser
praticar um ato de maldade...Mas já que você já
testou e viu que deu certo...
-Você
está com pressa? –eu perguntei.
-Não.
Mas você disse que era só isso e que não estava
com saudades de mim...
Eu
coloquei os meus braços em volta do pescoço dele:
-Eu
menti. Senti a sua falta. –e o beijei.
Ele
parou o beijo:
-Por
que mentiu?
-Não
quero que pense que sou do tipo grudenta, mas eu te amo. Não
posso evitar sentir a sua falta, mesmo que fique pouco tempo longe de
você.
-Bom,
se é assim, eu preciso matar as suas saudades.
O
Draco me abraçou forte pela cintura e me beijou. Ao passar as
mãos pelos cabelos dele, que estavam úmidos e o cheiro
de colônia, eu percebi que ele tinha acabado de tomar banho. Eu
notei também que ele estava se controlando para não
ousar demais e eu o agradeci mentalmente por isso. Sinceramente, eu
não sei por quanto tempo conseguirei resistir não ir
mais além. Eu amo o Draco e ele é tão lindo,
atraente, QUENTE mesmo (no sentido de que ele é muito gostoso!
Ai, aquele corpo de jogador de quadribol...). Mas eu não pude
deixar de me alegrar ao pensar que ele estava se controlando por mim.
Só que como tudo que é bom dura pouco (na hora pareceu
pouco, mas depois descobri que fiquei com o Draco no quarto por 1
hora e meia), eu ouvi batidas na porta:
-Gina,
a mamãe tá te chamando pra jantar.
-Eu
já vou, Rony!
-A
mamãe disse que se eu descer sem você ela vai ficar uma
fera. Ela disse que você tem que se alimentar direito, Gina. Eu
vou ficar aqui esperando, mas se você demorar, eu arrombo a
porta do seu quarto.
-Draco,
você tem que ir. –eu sussurrei pra ele –Se o Rony te
encontrar aqui, ele vai querer te matar.
-Eu
também tenho varinha. Deixe o Weasley vir, que eu acabo com a
raça dele, há muito tempo quero fazer isso.
-Draco,
você não pode fazer isso.
Ele
bufou, mas então respondeu:
-Prometa
que nos veremos logo.
-Eu
prometo, Draco. Agora vai embora.
-Não
mesmo. –ele disse e me puxou para um beijo ardente e
longo.
-GINA!!!!!
SAI DESSE QUARTO AGORA!!! –o Rony gritou e nós dois nos
soltamos relutantemente.
-A
gente se vê, Gina. –e ele aparatou.
Eu
fui até a porta e abri:
-Aqui
estou, Ronald. Vamos.
Ele
me olhou desconfiado:
-Por
que o seu cabelo está bagunçado e as suas roupas estão
amarrotadas?
-Eu
tava dormindo. –respondi na lata.
-Mas
o seu rosto não está "amassado". –ele
contrapôs.
-Eu
lavei o rosto no banheiro. –respondi, sem hesitar.
-e
esse cheiro em você? Parece colônia masculina...
Eu
engoli em seco, mas a resposta veio rápida:
-Eu
estava com sono. Tem algumas coisas no meu banheiro que não
são minhas. Acho que acabei passando por engano a colônia
do papai.
-Hum...
–ele resmungou.
Respirei
aliviada, ele parecia ter engolido a história. Se para ficar
com o Draco eu tiver que esconder da minha família, eu COM
CERTEZA irei. Porque:
1-Eu
devo isso à Carol.
2-Eu
devo isso à mim mesma. Eu não agüentava mais não
ter vontade de fazer coisas essenciais como comer e dormir.
3-Não
quero mais chorar pelos cantos. Depois de fazer isso por meses, eu
mereço ser feliz.
4-Finalmente
eu deixei de gostar do Harry e não pensarei que vou traí-lo,
como eu costumava pensar antigamente quando ficava com algum
garoto.
5-Se
eu contasse: Os meus irmãos iriam querer matá-lo, o meu
pai provavelmente diria estar muito decepcionado e me colocaria de
castigo e a minha mãe morreria de desgosto.
6-Ficar
com o Draco é o que eu quero e é o que vai me fazer
feliz.
7-Quando
ele me abraça é como se não existissem problemas
e nada pudesse me atingir.
8-Ele
é MUITO quente e os beijos dele me fazem pegar fogo.
9-Sem
o Draco a minha existência é vaga e sem sentido, teria
apenas uma semivida.
10-Preciso
dizer mais?!? Eu simplesmente AMO DEMAIS Draco Malfoy! É isso,
eu sou perdidamente apaixonada por ele. Tanto que eu virei uma boba
sentimental. Penso que o Draco é o homem da minha vida. O meu
único verdadeiro amor. Que eu quero ficar com ele pra sempre.
Casar com ele. Ter filhos, um casal, Natalie e Michael...Que absurdo!
Eu pensei até nos nomes...E depois nós viveríamos
felizes pelo resto de nossas vidas e contaríamos a nossa
história de amor para os nossos netos. A verdade é que
eu quero gritar pra todo mundo que o amo...mas sei que isso não
é possível. No entanto, por mais complicado que seja de
esconder, é ele que eu quero e disso eu tenho certeza. Pra
mim, possuir essa certeza é o suficiente. Quanto ao resto...o
tempo se encarregará de resolver.
"Eu
não existo longe de você
e
a solidão é meu pior castigo
eu
conto as horas pra poder te ver
mas
o relógio tá de mal comigo...Por quê?"
Fico
assim sem você - Adriana Calcanhoto
Fim