Disclaimer: Infelizmente, o universo de HP é todo da JK. Então, eu não tenho mais esperanças de pegar o James pra mim :
REALIDADE ALTERNATIVA. Se passa em Hogwarts, mas James é Sonserino e os marotos não são amigos dele. Ou seja, não gostou? Por favor, xô ; Ah, é J/L, claro XD
My Slytherin
PRÓLOGO
Lily Evans era uma Grifinória do sétimo ano, bonita e estudiosa. Head Girl. Cabelos ruivos caindo aos ombros e olhos verdes, amendoados, doces. Astuta, atrevida, divertida. Melhor amiga de Dorcas Meadowes. Amiga próxima dos marotos. Aspirante a detetive.
Num dia qualquer de setembro, numa tarde chuvosa e sem sinais de divertimento possível, a Head Girl saiu a caminhar pelo castelo, os braços cruzados. Estava praticamente vazio. Domingo. Àquela hora da manhã, mais da metade da população de Hogwarts estava dormindo...
Parou em frente a uma porta que dava para uma sala vazia, ao ouvir leves barulhos. Como o arranhar de uma pena no pergaminho. Era um mistério.
Ah, sim, o grande defeito de Evans... Amar mistérios e querer desvendá-los como se sua vida dependesse daquilo. Estava se tornando uma rotina meio cansativa. Para os outros, quero dizer.
Sem pensar duas vezes, abriu a porta e se deparou com uma cena não-comum: um sonserino, de olhos castanhos manchados de cinza e verde, cabelos negros, lisos e despenteados para cima, expressão misteriosa, sentado numa carteira, a escrever o que parecia ser uma longa redação, rodeado de livros.
A ruiva torceu o nariz. Ele sequer olhou.
- Potter, - Chamou ela, receosa. Potter era a única coisa que sabia sobre o Sonserino. – O que está fazendo aqui? Pensei que sonserinos não estudavam sozinhos.
Novamente, ele não fez movimento algum.
- Potter. – Insistiu Lily, mexendo os dedos para tentar dissipar a tensão. – Potter, eu estou falando com você!
Ele levantou os olhos repentinamente, as íris brilhando, diferentemente de seu rosto pálido, e sobressaltou Lily. A ruiva pulou para trás, o coração acelerando.
- Que susto! – Murmurou ela, para si, colocando a mão no coração. – POTTER! – Berrou, já irritada, ao ver que novamente ele desviara os olhos para o pergaminho.
Potter definitivamente não queria conversa.
- Você é mudo? – Lily ponderou a questão, acalmando-se repentinamente. Era a mania de mudar de humor. – Potter, eu estou começando a ficar irritada.
E ela não poderia esperar a resposta dele.
- Não. – Ele respondeu, simplesmente.
A voz era dura e inflexível. Mas escondia algo.
- Não? – Ela repetiu, desarmada. – Não o quê?
- Não sou mudo. – Potter novamente baixou o olhar para seu pergaminho, afrouxando a gravata com uma mão. Piscou os olhos várias vezes para o pergaminho, no que ele soltou uns estalidos e finalmente silenciou.
Os olhos de Lily estavam praticamente vidrados.
- Como você fez isso? – Indagou, uma mão passeando distraidamente pelos cabelos ruivos.
- Magia? – Olhou para Lily e levantou as sobrancelhas, quase fazendo a ruiva rir.
Havia algo na voz dele que denunciava que ele não era um sonserino de verdade. Ele não era estúpido como os demais. E isso instigou ainda mais a curiosidade da ruiva.
- Potter, é sério. Ou você fala o que está fazendo aqui, ou eu te dou uma detenção.
O distintivo de monitor-chefe reluzia na camisa branca dele.
- Um professor, digo. – Acrescentou ela, olhando para o distintivo verde e prata. – Você é tão... Estranho.
A sombra de uma risada perpassou os lábios dele, mas não chegou a ver a luz do dia.
- Por que você não anda com os Sonserinos? Snape, Malfoy, Goyle. Você é diferente deles. Não tem remorso por ter caído na Sonserina? – Qualquer um que conhecesse Lily bem saberia que o brilho nos olhos dela tinha algo a mais. Como um mistério, o maior de todos. – Sei que estou sendo mala, mas é que você é diferente dos outros. Sempre calado. Sempre sozinho.
Ele levou a sério as palavras de Lily, embora não demonstrasse.
Um silêncio quase irreal encheu os momentos seguintes, no que Lily aguardava pacientemente a resposta. Se houvesse resposta.
- Trauma de infância? Doença? Timidez? – Tentou ela, colocando as mãos nos bolsos. – Medo?
Potter parou de escrever, e começou a ler seu trabalho.
- Posso ao menos saber seu nome? – Lily fez uma última tentativa.
Lentamente, ele começou a guardar as coisas em sua mochila, parecendo calmo e soturno com seus olhos de cor incomum.
Lily cantarolou alguma coisa, enquanto esperava que ele terminasse de guardar suas coisas.
Ele pareceu, ou fingiu não notar.
Potter levantou-se calmamente, colocando a mochila nas costas e mantendo o olhar fixo no chão. Espreguiçou-se. Olhou as horas.
Então, a resposta de Lily só veio quando ele saiu da sala, fingindo que a ruiva era parte da parede.
- Jeis. – Pelo menos fora isso que a ruiva entendera.
"Jeis?" Ela se perguntou, curiosa, enquanto saia da sala e fechava a porta. "Que diabos ele quer dizer com 'Jeis'"?
Só alguns minutos depois, após ter pensado bastante, ela percebeu que na verdade o que ele dissera fora "James".