Epílogo
Ele sentiu uma varinha lhe cutucando as costas. Muito a contragosto, voltou a andar. As portas pesadas se abriram sozinhas e ele viu que Cho já estava lá. Sentada com a verdadeira aparência restabelecida e com a natural pose arrogante. Estava perdida e sabia disso, mas olhava a todos aqueles bruxos como se ela fosse a superior e não eles. Dumbledore parecia analisá-la, mas o olhar do velho voltou-se para ele quando entrou.
-Vamos reiniciar a sessão –disse.
Tom Riddle sentou-se numa cadeira no meio do cômodo, junto a Cho Chang. Ela não o olhou, na verdade, fingiu que não havia ninguém a seu lado. Tom tinha vontade de rir dela, porque estava perdida. Ambos tinham uma confissão contra eles, mas ela possuíra a Pedra, o caso dela era muito pior. E, além disso, ele era ele. Nunca se deixaria trancafiar em Azkaban.
-Cho Chang, a sua seqüência de crimes já foi apontada por este tribunal e todas as provas já foram apresentadas. Há algo que queira acrescentar em sua defesa antes que seja votada a sua pena?
Cho não se deu nem ao trabalho de pronunciar um 'não'. Continuou calada e olhando por cima de todos como se nem os tivesse ouvido. "Pobre coitada", pensou Riddle, contendo um sorriso.
Dumbledore suspirou e a olhou com pena, então voltou-se para ele.
-Tom Riddle, a sua seqüência de crimes também já foi apontada por este tribunal e todas as provas já foram apresentadas. Há algo que queira acrescentar em sua defesa antes que seja votada a sua pena?
Tom se levantou e encarou a todos com dignidade.
-Sim, eu gostaria de dizer algumas palavras.
Dumbledore não pareceu surpreso, parecia estar esperando por isso.
-Eu gostaria de dizer que sei que tudo o que eu fiz foi errado e, aliás, sempre tive a plena consciência de que era errado. Passei por cima de todos e de tudo para obter os fins aos quais eu almejava, e não precisa ser um bruxo para saber o que é certo e o que é errado –ele fez uma pausa dramática e observou as reações do resto do tribunal, então voltou a falar- Mas aparentemente é preciso ser um bruxo para ser respeitado. É preciso ser um bruxo para não ser humilhado. E é preciso ser um bruxo para poder se viver em paz. Portanto, mesmo que fosse errado tudo que eu fiz, fiz porque eu precisava ser um bruxo para deitar minha cabeça no travesseiro com honra.
"De forma alguma estou tentando diminuir minha culpa, mas estou mostrando como claramente vocês bruxos criam todos os dias um monstro como eu. A arrogância, a prepotência e o complexo de superioridade de vocês marginaliza vários abortos todos os anos, e até mesmo bruxos inábeis. Podem me prender, podem me punir, mas outros continuarão surgindo. Talvez não com o meu brilhantismo ou com as minha habilidades, mas vocês ainda terão dor de cabeça com isso."
-E o que você está propondo, Sr. Riddle? –indagou Dumbledore.
-Que ao invés de me punirem, que me dêem outra oportunidade. Me dêem essa oportunidade e ela não será mais só minha, mas será de todos aqueles que nunca foram respeitados pela sua ausência ou pelos poucos poderes. Eu posso ser um exemplo de que há um caminho para pessoas como eu, e esse caminho não está somente no crime ou na sociedade trouxa.
-É tudo que têm a dizer?
-Sim, excelência. É tudo.
Dumbledore bateu o martelo.
-Esta audiência terá um intervalo de 20 minutos até o pronunciamento da sentença.
Os guardas se aproximaram de Tom e Cho, e pela primeira vez ele a via esboçando alguma reação. Ela o olhava com um sorriso divertido, como se achasse que estivera fazendo papel de bobo à toa. Ele devolveu o sorriso. Iriam ver em breve quem estivera fazendo papel de bobo.
Enquanto aguardava, Riddle tomou um cafezinho e ficou calado tentando escutar alguma coisa que se passasse, mas as portas estavam obviamente encantadas para não deixar passar som. Antes de entrar na sala do julgamento novamente, deu uma boa ajeitada no seu terno e penteou outra vez os cabelos. Agora seria o momento da glória.
O guarda o cutucou mais uma vez e ele foi andando com calma, como se só estivesse ali para um passeio. Cho novamente já não o olhava.
-Com base em todas as provas e confissões e demais informações apresentadas neste julgamento, o júri chegou a um veredicto. Cho Chang Duprat, você coagiu pessoas não-conscientes a roubarem algumas coisas de pequeno valor para você e foi oficialmente a interceptadora da Pedra Filosofal, com a qual permaneceu por oito anos. Por esses crimes, você foi condenada a 20 anos em Azkaban.
Ela fechou os olhos e suspirou profundamente, permanecendo em silêncio. Dumbledore voltou-se para Riddle.
-Tom Servolo Riddle, você manipulou funcionários do Ministério a lhe darem informações confidenciais, com as quais planejou e executou o roubo da Pedra Filosofal. E mesmo que esta nunca tenha chegado às suas mãos, ela nunca teria sido roubada se não fosse por você. A pena para tal crime é a prisão perpétua em Azkaban.
Cho soltou uma leve risada pelo nariz Tom permanecia impassível.
-Porém... –continuou Dumbledore- O tribunal julgou pertinente o seu pedido de nova oportunidade. Há um cargo disponível na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts a sua espera. Há que lembrar que o senhor só tem uma única oportunidade. Caso faça qualquer coisa repreensível, sua sentença de prisão perpétua será executada imediatamente.
Tom Riddle fez uma reverência em sinal de respeito e olhou para Cho, soltando uma leve risada pelo nariz.
-E quem foi o bobo agora...? –sussurrou para ela.
Cho parecia ter levado um soco na boca do estômago, os guardas vieram retira-la, mas a moça parecia estar em choque. Olhava-o como se não pudesse acreditar no que tinha ouvido. Ele, por sua vez, a encarava com superioridade. Os guardas a levaram e um bruxo de vestes cinzas se aproximou dele, entregando-lhe um papel e falando secamente.
-Deve se apresentar em Hogwarts no dia e hora marcados no papel.
O homem saiu e, como ele, todas as outras pessoas foram saindo também. Ninguém mais se aproximou dele, nem para falar nada, nem para lhe levar para qualquer lugar. Era um homem livre.
Saiu do Ministério exultante, e foi direto ao Beco Diagonal encomendar roupas novas dignas do seu novo trabalho. Que cargo seria esse? Nada que envolvesse magia, é claro, mas quem sabe o assistente de algum professor? Seria brilhante! Quantas mentes não poderia influenciar num cargo de superioridade? Mesmo com pouco dinheiro bruxo, comprou uma veste de veludo preta bem elegante, com um corte fino, e um chapéu de igual imponência para acompanhar o traje. Sua aparência deveria impor respeito dessa forma. Saiu da loja com as vestes num embrulho e conferiu o papel novamente. Era amanhã! Não estavam lhe dando muito tempo para ficar à solta nas ruas, mas tudo bem.
Uma outra pessoa aproveitaria as ultimas horas na cidade para sair, se divertir e encher a cara. Mas não ele. Foi para casa ler novamente Hogwarts, uma história para chegar bem preparado amanhã. Surpreenderia a todos!
No outro dia tomou o trem rumo a Hogwarts, e quando desembarcou solitário, havia uma bruxa de vestes sóbrias a sua espera. Ela lhe encarou com uma sobrancelha levantada quando viu suas vestes. Ele estava notadamente mais elegante que ela.
-O senhor deve ser Tom Riddle, eu presumo.
-Sim, senhora.
-Prazer, sou a Prof. McGonagall e leciono Defesa contra Artes das Trevas. Dumbledore me mandou recebe-lo para explicar suas funções.
Ela começou a andar com passos rápidos e ele a acompanhou, mesmo desajeitado por causa da mala pesada.
-Hogwarts tem cerca de mil alunos –dizia ela- por isso às vezes nem mesmo a magia nos dá instrumentos necessários para cuidar de todos eles. Muitos estão loucos para aprontar, já que estão longe de casa. Por isso mesmo havendo um cargo, às vezes se faz necessário um assistente...
O coração dele batia disparado, aquilo soava como música para o seu ouvido. Assim que colocaram o primeiro pé dentro da escola, uma dúzia de alunos soltou o que parecia com uma bomba de bosta de dragão e saiu correndo. McGonagall parecia aborrecida e cansada.
-Tolos, eu já vi suas caras e sei muito bem a quem dar detenção e tirar pontos da casa. Vou providenciar isso agora mesmo.
Um senhor feio e mal-encarado vinha andando na direção dos dois.
-Ah, que bom que veio logo, Filch! Este é Tom Riddle, e será seu assistente. Riddle, Argus Filch é o zelador de Hogwarts e você o ajudará. Não é fácil cuidar de uma escola como esta, e eu creio que você será de grande valor. Espero que goste do trabalho. Mas agora, se me dão licença...
Filch usava algumas roupas velhas e meio surradas e deu um riso de escárnio das suas vestes.
-Limpar essas porcarias que os alunos fazem dá trabalho de verdade, acho que essa sua roupa de almofadinha não vai ajudar muito. Se quiser se trocar antes de limpar aquilo ali, pode ir. Mas se só tiver essa mesmo, tome aqui o balde e o pano e trate de limpar aquilo ali rápido.
Filch saiu resmungando e rindo sozinho, provavelmente de suas roupas. Tom olhava para a sujeira totalmente desacreditado. Era esse o cargo? O tão sonhado cargo? Ficou parado com sua mala pesada em uma mão encarando a imundice que tinha que limpar sem magia.
-O aborto mais trouxa de todos chegooooooou! –gritou uma voz rindo.
Tom olhou para trás e um poltergeist passou voando por ele.
-O Pirraça veio aqui lhe dar as boas vindas, mas vejo que já fizeram isso antes... –ele parecia confuso e trazia alguma coisa nas mãos- Bom, de qualquer forma, fica aqui as minhas boas vindas!
Ele jogou outra bomba de bosta de dragão que estourou e voou em toda a cara de Riddle. O poltergeist riu e saiu voando. Isso não podia estar acontecendo. Pensou em Azkaban e indagou se a liberdade tinha valido a pena.
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O dia raiou e Harry ainda não tinha voltado. Hermione tocou o ombro de Gina.
-Você sabe o que deve fazer, não sabe?
Gina a olhava desolada, e Hermione teve pena dela. A ruiva se levantou com cara de cansada e encarou os demais que estavam na sua sala.
-Eu tenho um marido a velar e uma história a contar. E ela tem que ser plausível. Eu agradeço muito a ajuda de todos vocês, mas tirando meu irmão e Hermione, eu peço que todos vocês partam agora, pois eu não teria como explicar a presença de vocês na minha casa. Se Harry der alguma notícia, eu dou um jeito de avisar a todos.
Antes de partir, cada um deles deu um abraço nela. Nina ainda se ofereceu para ficar, mas Gina achou melhor não. Junto com Hermione e Rony, ela tomou todas as providências para o velório e o enterro. Um mensageiro já havia sido mandado desde o dia anterior para avisar os pais de Draco e os seus irmãos. Em breve eles chegariam.
Sem ajuda de ninguém, ela mesma quis vestir o corpo do marido. A polícia apareceu em sua mansão para avisar que ainda não havia sido encontrado o homem que matara Draco e ela sentiu um leve alívio. Preso não estava, esperava que também não estivesse morto.
Ficou olhando o corpo nu de Draco por um bom tempo. Era estranho, mas o olhando assim, tão pálido e inerte, ele não lhe inspirava nada. Nem medo, nem repugnância, nem paixão... O mesmo homem fora pessoas completamente diferentes para ela, e agora não seria mais nada. Nunca mais. Olhou o pênis já inerte há algum tempo e deu um leve sorriso ao rever o corte que fizera. Podia ter sido uma atitude estúpida, mas a livrara de um grande mal. Pensou na pobre Ginevra, a doce noiva que ele tivera um dia, e como ela havia sido apaixonada por aquele homem estendido ali, e de repente se sentia muito velha. Como se tivesse vivido coisa demais e precisasse de um descanso.
Com um cuidado até mesmo carinhoso, ela o lavou, penteou, perfumou e vestiu. E assim que viu como ele estava bonito, percebeu o quanto ela estava acabada. Saiu do quarto e deu ordem para que trouxessem o caixão e foi direto para um banho. Assim que o seu corpo entrou em contato com a água, ela relaxou na banheira e se deixou ficar ali por um longo tempo. Sentia-se tão cansada, tão cansada...
-Gina!
Ela abriu os olhos assustada e entendeu que Hermione estava do lado de fora do banheiro.
-O que foi, Hermione?
-Os pais de Draco já chegaram, e os seus irmãos também... E você está há mais de uma hora nesse banho, eu só queria saber se está tudo bem...
-Eu já vou sair.
A ruiva ouviu os passos dela se afastando e tratou de se enxugar e se vestir. Em frente a penteadeira, arrumou o seu cabelo num coque sério e colocou algumas pequenas jóias que não chamassem atenção. Desceu num vestido preto sem luxo, e a sua expressão cansada não deixava dúvida nenhuma de que aquele momento era horrível para ela. Quando Gina abraçou Narcisa, chorou a morte de Draco pela primeira vez. Não chorava exatamente por Draco, mas de pensar como uma mãe tão doce poderia ter parido um monstro e nem sequer saber. Chorava porque lembrava do seu sofrimento durantes as semanas em que fora molestada contra a sua vontade e também pelos longos dias de enclausuramento. Era um choro de desabafo, embora aquela senhora de cabelos claros não soubesse disso.
Ao lado de Narcisa e Lúcio, ela recebeu durante todo o dia aristocratas e nobres vindo dar um último adeus a Draco. Muitos deles faziam verdadeiros discursos para ela, louvando as admiráveis qualidades de Draco. Ela os encarava impassível. Achava impossível que eles estivessem falando da mesma pessoa. Para qualquer um no velório, a esposa estava meio em estado de choque. Às vezes mirava o rosto do marido por longo tempo e passava a mão no seu cabelo, sempre em silêncio. Em seus pensamentos, Gina tentava trazer de volta a imagem do homem que um dia amara, para não se sentir tão insensível perante o corpo que ali estava. Narcisa chorava muito o dia inteiro, então a falta de lágrimas de Gina foi interpretada como se estivesse tentado ser forte. E ela estava sendo. Porque não era fácil aturar toda aquela situação na angústia em que estava.
-Nenhuma notícia? –perguntou baixinho para Hermione pela milésima vez.
A morena nem teve como lhe responder, apenas lhe deu um sorriso sem graça. Gina fechou os olhos e tentou se conter, mas não conseguia mais. Cobriu o rosto com as mãos e começou um choro ruidoso. Hermione a abraçou preocupada, enquanto via todos os rostos se virarem na direção das duas.
-Diga que ele não morreu, diga que ele não morreu... –repetia Gina desesperada.
Rony veio desesperado do outro canto da sala, e junto com Hermione a tiraram dali. Por enquanto parecia a qualquer um que Gina estava lamentando a morte do marido, mas era preciso cuidado para que ela não pronunciasse o nome de Harry.
-Eu tentei impedi-lo, Hermione, mas ele se foi... –soluçava ela- Eu disse a ele para não ir! Eu disse!
Hermione alisava os cabelos de Gina com carinho, mas olhava para Rony desesperada, esperando que ele, como irmão, soubesse um jeito de acalma-la.
-Agora ele deve estar morto! Mas porque ele tinha que ir ao encontro daquele monstro? Eu disse a ele...
-Nós não temos certeza de nada, Gina. Harry deve estar bem –disse Rony, tentando soar convincente.
Mas ela balançava a cabeça insistentemente.
-Se ele estivesse bem já teria vindo até aqui... Ele foi ao enterro do papai, mesmo com Draco lá, só para me dar forças. Ele teria vindo aqui também!
A porta se abriu e Narcisa entrou e Gina chorou mais alto. Não queria mais ter que se controlar. Queria ter o direito de chorar em paz a morte do verdadeiro homem que amava.
-É um momento difícil para nós duas... Mas nós vamos dar conta dele. Superar vai ser difícil... Mas nos vamos seguir em frente.
Gina deu uivo choroso e balançava a cabeça o tempo todo, como se negasse tudo que lhe diziam.
-Ele era o pai do meu filho... E agora o meu filho vai crescer sem ter visto o pai... Sem ter encarado uma única vez aqueles olhos...
Narcisa parecia tocada com tanto amor, mas Hermione e Rony estavam lívidos de medo. Ela não podia estragar tudo agora.
-É linda a maneiro como você amou o meu filho.
Gina parou de chorar e encarou a mulher com confusão.
-Draco? Amar... Draco?
Hermione deu um passo na direção da ruiva, mas antes que qualquer pessoa ali pudesse dizer ou fazer algo, a porta se abriu novamente.
-É hora de enterrar o corpo –disse a voz grave de Lúcio Malfoy.
Narcisa se levantou e se abraçou ao marido, com lágrimas silenciosas rolando pelo seu rosto.
-Salvos pelo gongo –disse Hermione a Rony.
Juntos, os dois ergueram Gina, que parecia prestes a desabar a qualquer momento. O cortejo até o cemitério foi feito de carro, porque a caminhada seria um pouco longa, e os pais de Draco eram velhos e ela estava grávida.
Enquanto o padre Joseph dizia as últimas palavras e o corpo era descido lentamente, aquela expressão vazia se encontrava nos olhos de Gina. Não era justo. Draco fora um monstro cruel e estava sendo enterrado com toda dignidade e pompa. A essa hora, o corpo de Harry devia estar jazendo em algum terreno baldio. Aquelas pessoas ali nunca saberiam que tipo de pessoa que Draco era, e diante da lápide majestosa dele, todos pensariam que ele era um homem honrado. É isso que pensariam. A menos que ela contasse.
Como se arruinar a imagem de Draco fosse fazê-la se sentir melhor em relação à morte de Harry, enquanto jogavam terra por cima do caixão essa vontade foi crescendo dentro dela. E mais, e mais, e mais...
-Eu gostaria de dizer algumas palavras a respeito do meu marido –declarou em voz alta para que todos ouvissem.
Rony sussurrou desesperado em seu ouvido que ela se controlasse, mas a raiva dela era demais. Já que nunca mais teria Harry, achava um insulto enterrar um Draco honesto.
-Vocês todos conheceram um Draco Malfoy que um dia eu também conheci... Um Draco pelo qual eu me apaixonei...
Hermione cogitava seriamente dar com uma bengala na cabeça dela para que desmaiasse e não falasse nada, mas não tinha certeza se isso salvaria a situação.
-Porém, esse Draco que vocês conheceram, não era o Draco real. Não era. Somente eu e mais ninguém pode ver de perto, qual era o verdadeiro Draco. E ele não é nada daquilo que vocês pensam.
Hermione viu Nina se aproximando de longe e pela expressão da mulher ela entendeu. Tocou no braço de Gina e sussurrou:
-Harry apareceu.
Gina ficou calada encarando todas aquelas pessoas que esperavam que ela terminasse o discurso. Seu coração estava disparado. Olhou discretamente Nina vindo correndo ao longe e teve que raciocinar rápido, como fizera tantas vezes.
-Draco era muito melhor do que qualquer um aqui possa supor. Um marido dedicado e fiel –ela se surpreendeu como podia dizer tamanha blasfêmia, mas pensar em Harry vivo lhe fazia passar por cima de qualquer coisa- Só eu sei a minha dor nesse momento, e Deus será muito bom comigo se algum dia eu tiver um outro homem que seja metade do que ele foi.
As pessoas a olharam com comoção e ela abaixou a sua cabeça, tentando esconder o sorriso que já brotava no seu rosto. Não conseguiria esconder a felicidade que sentia. Hermione a abraçou novamente, e como se consolasse Gina, saiu com a ruiva sorridente para a carruagem.
Escondida, Nina entrou na carruagem também e abraçou Gina. Mas a morena de olhos verdes não sorria tanto assim.
-Ele está num hospital.
O sorriso de Gina murchou, mas Hermione já tomara as rédeas da situação.
-Ele está em estado grave?
-Eu acho que não, pelo menos é o que os médicos dizem até agora. De qualquer forma, eu não pude ainda conversar com ele, porque ele ainda não acordou.
-E como ele foi parar nesse hospital? –perguntou Gina, aflita.
Nina deu de ombros.
-Eu não sei, tampouco os médicos. Disseram que no meio da noite ele apareceu já com curativos... –Nina parecia confusa- Sabe, é uma situação meio estranha... Ele parece ter sido baleado, mas os médicos não encontraram nenhuma bala, e o machucado já estava sendo refeito. Ele só deve ter perdido um pouco de sangue, porque parece meio anêmico.
Um silêncio confuso pairava dentro da carruagem.
-Então por que ele ainda está no hospital? –questionou Rony.
Nina deu um sorriso amarelo e deu de ombros novamente.
-Eu não sei... Talvez porque ainda não acordou. Mas acho que ele está observação.
-Eu quero ir até lá –disse uma Gina obstinada.
-Tolice –retrucou Hermione- E você vai dizer o quê a Lucio e Narcisa Malfoy?
Gina parecia inconformada.
-Eu não sei, Hermione. Mas eu preciso ir até lá.
-Vá à noite! –aconselhou Rony- Lucio e Narcisa partirão em breve, ou pelo menos durmirão cedo, depois de um dia como esse. Quando eles estiverem fora de cena, você sai.
Gina olhava impaciente, tentando achar um outra solução. Nina apertou carinhosamente a mão da ruiva.
-Eu fico cuidando dele.
Não tinha escapatória, teria que esperar.
Quando todo aquele ritual acabou e só restou a família na Mansão, Lúcio e Narcisa não foram embora como Rony havia previsto. Todos jantavam quando Carlinhos perguntou o que fariam dali em diante.
-Se Gina não se importar, creio que ficarei aqui por algumas semanas. Tenho que organizar os negócios da família. Era Draco quem cuidava de tudo e...
O senhor parou de falar, sua voz meio embargada. Gina não respondeu nada, mas por dentro lamentava bastante. Rony pigarreou, chamando a atenção para si.
-Eu sei que esta é uma hora imprópria, mas... É, bem, é que... Bom, Gina não poderá ajudar Hermione a escolher o vestido de noiva e... –a morena levantou os olhos para ele e o olhou assustada, Rony tinha as orelhas muito vermelhas- Então estava pensando se você, Fleur, não poderia ajudá-la.
A mesa foi banhada por um profundo silêncio.
-Er, eu sei que teremos que adiar o casamento um pouco, mas... Hum, bom, Hermione fica enjoada em viagens e eu não gostaria de fazer com que ela viesse aqui de novo.
O ruivo a encarou como se pedisse ajuda, então Hermione deu um sorriso se graça e confirmou com a cabeça. A mesa toda ainda continuava muda, foi Narcisa que quebrou a tensão com um leve sorriso.
-Acho que é bom sentir que a vida continua...
-Para mim não seria nada mal sair amanhã –disse Fleur melancolicamente.
Apesar da deixa de Narcisa, o clima não melhorou muito. Jantaram todos em silêncio até o fim. Quando cada um foi se retirando para um cômodo diferente, Hermione discretamente puxou Rony para um canto.
-Podemos conversar lá fora um instante?
Ele ficou vermelho e confirmou com a cabeça. Calados, andaram lado a lado até o jardim.
-Por que disse aquilo no jantar? –perguntou ela, assim que teve certeza de que já não seriam ouvidos.
Rony já parecia com um pimentão. Evitava o olhar dela e mexia muito com suas próprias mãos.
-É o que nós viemos fazer nessa cidade, não? Comprar um vestido para você...
Ela parecia não acreditar naquela tolice.
-Sim, mas foi estúpido. É claro que esse casamento vai ser adiado por causa da morte de Draco, e depois você vai arranjar mais uma desculpa ou outra até que pareça natural você desfazer o compromisso –ela falava como se fosse muito óbvio- Então é ridículo comprar um vestido. Sinceramente, eu não quero comprar um vestido de noiva para não usar!
Ele finalmente parou de evitar o olhar dela.
-E quem disse que esse compromisso tem que ser desfeito? Digo, por que você não usaria o vestido?
Ela também ficou vermelha.
-Você está me pedindo em casamento, Rony?
Ele deu uma risada nervosa.
-Na verdade, eu achava que eu já tivesse feito isso...
O coração de ambos parecia mais acelerado a cada segundo.
-Não, você não fez –disse ela- Quando você colocou o anel de noivado no meu dedo, bom, era só de mentirinha. E você não disse nada.
Ficaram se encarando por alguns segundos. Então ele deu um passo na direção dela, e mais um, e...
-O que você está fazendo? –perguntou ela, quando ele pegou sua mão direita e tirou o anel que estava lá.
Rony ajoelhou-se e a encarou com emoção. Ela não podia acreditar que ele ia fazer o que ela achava que ele ia fazer.
-Hermione Granger, você aceita se casar comigo?
Hermione o encarou com doçura. Desde o momento em que o noivado de mentira começara, ela perdera as esperanças que isso pudesse dar certo. E agora era muito melhor do que ela sequer imaginara. Com carinho, passou a mão pelo rosto dele e, inclinando-se o beijou.
-Aceite isso como um 'sim' –sussurrou no ouvido dele.
Ele a puxou para um novo beijo, ainda na mesma posição.
-O que diabos vocês estão fazendo? –perguntou Gina, baixinho.
Rony estava ajoelhado e Hermione estava agachada. A ruiva olhava para os dois incrédula. Eles se levantaram meio envergonhados, mas Hermione estendeu a mão direita para a cunhada.
-Rony acabou de me pedir em casamento!
Gina parecia confusa.
-Achei que ele já tivesse feito isso... Pelo menos esse anel já estava aí quando vocês chegaram.
O ruivo e a morena se entreolharam rindo e deram de ombros.
-Deixa pra lá, numa outra hora a gente te explica...
Gina fechou a porta de casa com cuidado e se fazer barulho.
-Todo mundo já foi dormir, vamos?
Andando onde tivesse menos claridade, foram até a carruagem e lentamente foram guiando os cavalos para fora da casa. O trote deles poderia acordar alguém. Quando já estavam na esquina, finalmente Gina e Hermione entraram na cabine e Rony tomou as rédeas, guiando os cavalos.
-Vocês não podem entrar –foi o que a enfermeira disse quando chegaram.
-Como não? –reclamou Gina- Mas eu preciso vê-lo!
-Está tarde! O horário de visitar já terminou –retrucou a mulher mais uma vez.
Gina olhava furiosa para Rony, afinal, a idéia de vir à noite era dele.
-Pode deixar eles entrarem... –disse uma voz saindo no corredor- Harry ainda está acordado, e vai querer vê-los.
Era Nina. A enfermeira pareceu considerar, mas balançou a cabeça, veementemente.
-São as regras, eles não podem entrar.
Gina aproximou da mulher e tomou as suas mãos, implorando.
-Será muito rápido. Por favor...
A enfermeira parecia sem-graça. Por fim, acabou cedendo.
-Ok, mas só poderá entrar um. E que seja bem rápido mesmo.
Gina encarou o irmão e Hermione, ambos sorriram e fizeram sinal para que ela fosse.
-É no final do corredor.
Não era fácil caminhar até lá, quando a sua vontade era de sair correndo. Quando achou a cama de Harry, descobriu que Nina havia mentido. Harry dormia como um anjo. Usava uma camisa azul de hospital e o seu peito levantava e abaixava num ritmo apaixonante. Sentou ao lado dele e passou a mão carinhosamente pelo seu rosto. Ele abriu os olhos e sorriu.
-Achei que tivesse te perdido –sussurrou ela.
Ele apertou a mão dela.
-Eu também achei.
Ela sorriu e inclinou sobre ele, dando-lhe um beijo.
-Como conseguiu escapar? –perguntou ela, num tom de quem não acreditava que aquilo fosse possível.
Harry não respondeu nada. Ao contrário, forçou a mente tentando de toda forma lembrar alguma coisa, mas era inútil.
-Sabe, Nina me fez a mesma pergunta. Só que eu não sei como escapei... Na minha memória, é como da última vez. Eu cheguei, Riddle me perguntou o que eu tinha para ele e, de repente, tudo dá um terrível branco e eu me vejo aqui, são e salvo.
A ruiva conferiu se ele não tinha levado uma pancada na cabeça ou coisa assim, mas estava tudo ok por ali.
-Será que você não teve ajuda?
A pequena pergunta dela ecoou por sua mente infinitamente, como se lá no fundo algo fosse fazer sentido. Mas não fez.
-Acho que não... Eu me lembraria se tivesse alguém comigo.
A conversa tinha preocupado Gina, e ele percebeu.
-O que te incomoda?
Ela mordeu o lábio inferior, relutando em falar. Não queria perturbá-lo agora, mas era necessário.
-Se você não lembra, como vamos ter certeza de que esse inferno acabou?
-Ah, acabou sim –sorriu ele, confiante- Nina me disse que todos os homens de Riddle foram presos. E mesmo que ele não tenha aparecido até agora, não consigo te explicar o porquê, mas tenho certeza de que ele não vai voltar mais.
-Eu queria poder acreditar nisso –suspirou ele.
Harry beijou as mãos dela.
-Pode acreditar. Porque eu acredito.
Harry a puxou mais para perto de si e a beijou. A posição dela não era nada confortável, em pé e com aquele barrigão no meio, mas ela não se importava.
-Agora nós vamos ficar juntos para sempre. E em paz.
Harry tinha a expressão meio aflita.
-Gina, tem algo que eu preciso lhe contar...
O coração dela gelou. Não tinha gostado nada do tom de voz dele.
-O que foi?
-Bom, é que... Bem, o tiro me acertou em um lugar delicado e hoje à tarde o médico me disse que eu não poderei mais ter filhos.
Ela sentiu um alívio e suspirou. Deu mais um beijo na testa dele.
-Tudo bem, eu posso aceitar só ter um filho, tolinho.
Mas Harry ainda não sorria.
-Eu não sei se você entendeu, Gina. Eu não poderei nem fazer filhos.
Agora sim ela parecia preocupada.
-Você quer dizer que...
-Exatamente o que você está entendo.
O tiro que ele havia levado tinha feito com Harry o mesmo que sua faca tinha feito com Draco.
-Oh, Harry, isso é...
-Mentira! –riu ele- Só estava querendo ver a sua reação.
Ela riu também e lhe deu um leve tapa no ombro.
-Eu toda aflita e você aí, me pregando peças...
Harry a olhava com uma sobrancelha levantada.
-Mas você não teria me abandonado se fosse verdade, teria?
-Claro que não! –rugiu ela.
Ele parecia sério.
-Ah bom, porque na verdade é sério mesmo.
Ela ficou confusa.
-Você está brincando outra vez?
-Estou sim –riu ele- Como você é fácil de enganar!
Gina riu e ficou abraçada a ele, saboreando como era maravilhoso tê-lo ali, ao seu lado. De repente, ela estava praticamente deitada na cama com ele, mas a enfermeira apareceu para avisar que ela teria que ir.
-Eu volto amanhã –disse ela.
-Na verdade é melhor não. Nós ainda temos que tomar cuidado. Você tem uma reputação a zelar.
Gina deu de ombros.
-Eu não me importo com a minha reputação...
-Mas eu sim. Vamos fazer tudo da maneira correta.
-E que maneira é essa?
Ele sorriu.
-Volte amanhã para casa com seus irmãos.
Gina o encarou abismada.
-O quê?
-Volte amanhã para casa com seus irmãos e me espere.
Harry a puxou para um beijo antes que ela retrucasse mais alguma coisa.
-Agora vá.
Gina o encarou confusa e preocupada, mas a enfermeira já estava de cara fechada e ela achou melhor não discutir. Aliviada, mas um tanto quanto frustrada, ela voltou para casa.
--
Gina estava sentada na sala junto com suas cunhadas e irmãos apenas conversando futilidades quando Rony entrou.
-Então é hoje! –exclamou ele, sorridente.
Com a mínima frase, Rony havia causado um rebuliço enorme. Fleur falava do seu vestido, as crianças reclamavam que queriam ir e Gui lembrava a Fred e Jorge que franceses nem sempre são muito receptivos à brincadeiras.
-Você irá, Gina?-perguntou Fleur.
-Não, dessa vez não. Essa barriga enorme de quase sete meses não me dá muita disposição de sair.
-Ah, eu acho que você deveria ir, pequena –sugeriu Mary.
-Por favor, olhe o tamanho disto! Eu não tenho nenhum vestido bonito que fique bem com essa barriga, sem contar que ela cansa demais.
Mary se aproximou com um ar sábio.
-Exatamente por essa barriga que você deveria ir a este baile hoje à noite. Daqui alguns meses essa criança irá nascer. E ela precisa de um pai.
A sala ficou em silêncio por alguns segundos, mas então todos fizeram sinal de aprovação e olharam para Gina. A ruiva se mostrava chocada.
-Eu reclamo de não ter vestido e você já quer me arrumar um marido, Mary. Isso é absurdo!
-Não, não, não! Mary está certa, Ginevra! –exclamou Fleur- Até agora não tínhamos pensado nisso, mas é algo muito importante. Se você se casar ainda grávida, qualquer nobre aceitará criar seu filho de bom grado, afinal, terá visto a criança nascer e a considerará como sua. Mas se você se casar depois... Aí seu futuro marido sempre pensará que está criando um filho de outro! –ela parecia desesperada- Oh meu Deus, você tem que casar logo!
-Talvez Fleur tenha razão, Gina –considerou Carlinhos.
Gina tinha vontade de rir. Mal sabiam que aquela cena já estava combinada há semanas! Havia dois meses desde que vira Harry pela última vez, mas desde então os dois se comunicavam secretamente por cartas. O tal baile desta noite seria em comemoração da chegada de um nobre francês, Nicolau Lourenço, que achara naquelas terras um local próspero para os seus negócios. E Harry vinha como o homem de confiança de Nicolau.
-Eu definitivamente não estou procurando um marido e também não quero ir a este baile! –rugiu ela.
-Gina... –aproximou-se Mary- Você não deve pensar mais só em você. Há alguém aí dentro que também requer atenção. Eu sei o tanto que você amou Draco e como ele foi importante, mas agora você deve ter outros pensamentos em mente.
A ruiva ainda se mostrava irritada, mas Mary continuou sua fala ensaiada.
-Façamos o seguinte, você vai a este baile só para conhecer novas pessoas, inclusive este nobre Nicolau. Seus irmãos muito provavelmente serão sócios dele e seria bom que toda a família comparecesse hoje. Por enquanto não se fala em marido, mas você deve sair desta casa!
Gina fingiu refletir sobre as palavras da mulher, então cedeu.
-Ok, eu posso ir ao baile. Mas não quero que ninguém fique tentando me arrumar um marido!
Mary sorriu e deu um beijo na sua testa, saindo para providenciar o almoço. Quando ninguém estava olhando, a governanta piscou para Gina e riu.
O dia foi insuportável para Gina. A espera para ver Harry parecia infinita, e eles ainda nem poderiam ficar à sós com tranqüilidade. Harry fizera questão de que tudo fosse armado para que eles se casassem sem nenhuma sombra de dúvida sobre a integridade de ambos. Por isso todo aquele teatro havia sido montado e Nicolau estava, mais uma vez, salvando a pele deles. Nicolau, na verdade, nem estava se instalando ali. Apenas estava montando um outro escritório e seria Harry quem o controlaria, de forma que o amigo francês não saísse prejudicado por ajudá-lo. Depois que se casassem, a vida de Nicolau e todos aqueles que um dia tinham ajudado poderia finalmente voltarão normal.
Quando a ruiva se mirou no espelho antes de sair, não pôde conter uma gargalhada. Todo aquele teatro de manhã sobre não ter vestido era tudo mentira. Como ela já sabia o que iria acontecer, seu vestido verde bordado e brilhante já estava devidamente providenciado há tempos.
-Vamos, Gina! –chamou Rony.
Ela foi apressada para a carruagem, onde todos já a esperavam. No Baile, Nicolau estava com Harry na porta, cumprimentando todos os convidados. Quando os seus olhares se cruzaram, não foi fácil controlar a louca vontade se jogarem um nos braços do outro. Para evitar se trair, ela abaixou os olhos e mal o cumprimentou quando foram oficialmente apresentados.
Por razões óbvias, ela não dançou durante toda a noite, apenas ficou sentada em uma mesa de senhoras conversando e degustando a comida. A todo instante dava olhares furtivos para o canto onde sabia que ele estava. Não por coincidência, ela esmagou uma taça quando o viu dançando com a jovem filha de um grande comerciante da cidade. Um pequeno corte havia sido feito em sua mão.
-Oh, não precisa se preocupar... –sorriu amável para as outras senhoras- Eu cuido disso sozinha. Vou ao toalete.
Pelo canto do olho, viu bem quando Harry se desculpou com o seu par e começou a vir na direção dela. Apressando o passo, ela entrou num corredor e o esperou.
-Venha aqui! –sussurrou ele, apontando para ela outra direção.
Como se só tivesse se enganado do local onde ia, mudou de direção e entrou numa sala vazia.
Nem houve tempo para ver o que acontecia. Assim que ela passou pela porta, só sentiu o vento passando anunciando que a porta havia sido fechada bruscamente. De repente, estava jogada contra a parede e aqueles lábios tão conhecidos estavam imprensados fortemente contra os seus. Ela sentia as mãos dele percorrendo todo o seu corpo, e os seus instintos lhe mandavam arrancar fora blusa dele.
-Calma, Gina, calma... Ainda estamos na festa.
Eles se separaram e ela olhou apavorada para a blusa dele.
-Oh meu Deus, eu te sujei de sangue.
Um brilho passou pelos olhos dele, que a puxou para fora da sala. Sem nada lhe avisar, Harry a levou de volta para perto dos convidados e tratou da sua mão machucada na frente de todos. Em pouco tempo, Gui e Nicolau estavam junto deles.
-O que aconteceu? –indagou Gui.
-Essa doce senhora machucou a sua mão e eu me ofereci para fazer um curativo. Tenho conhecimento nessa área.
Gui pareceu aliviado de ser que era um pequeno corte na mão.
-Pronto, pode voltar para perto do seu marido –disse Harry- E felicite-o pelo bebê.
Tanto Gui quanto Gina pareceram constrangidos.
-Eu sou viúva, senhor.
Harry fingiu-se envergonhado.
-Oh, me desculpe, eu não tive a intenção de...
-Está tudo bem.
Já iam todos se dispersar quando Harry aproveitou a deixa.
-Mas uma senhora elegante como você e nesse estado delicado certamente já está noiva outra vez, não? Não é conveniente ficar sozinha num momento como esse.
Gina pareceu ficar ofendida.
-Me desculpe, senhor, mas não quero substituir meu Draco ainda –rugiu e, fingindo-se irritada, saiu.
Gui olhava atentamente para Harry, como se o analisasse.
-É solteiro, Sr.Potter?
-É lamentável que um homem de respeito na minha idade nunca tenha se casado, mas sim, sou solteiro.
Gui não respondeu nada, apenas sorriu e se afastou.
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Ao contrário do que sempre fazia, Harry havia feito com que o plano tivesse exatamente como fora combinado. No outro dia Gui o procurou para conversar sobre a irmã viúva e que em breve teria um filho. O acordo foi feito no mesmo momento. Gina, a princípio, passou dias irritada com a menção do casamento, mas sabia que era necessário e que deveria ser breve. Para se conhecerem melhor antes do casório, todos os dias Harry a visitava pela manhã e, juntos, davam longos passeios pelo campo, no qual, secretamente, trocavam centenas de carinhos e carícias.
O casamento aconteceu quando ela ainda estava de oito meses, prestes a dar a luz. Por exigência de Harry, queria que o filho dela já nascesse dentro do casamento consumado, para poder tomá-lo como seu, e não como se fosse de outro. Ninguém viu mal algum na exigência. Dado a situação realmente delicada do casamento, ele foi feito de maneira simples, sem muitos convidados, na própria residência dos Weasley. Sob o crepúsculo do início do verão, Harry Potter e Gina Malfoy se casaram.
A ruiva achou engraçado rever seus amigos de aventura, desta vez todos vestidos como se fossem nobres honrados de outras terras. Benoit ainda parecia aborrecido pelo romance de Rony e Hermione ter engatado de verdade e do casamento dos dois estar marcados, mas para ela era super divertido ver o pequeno e zangado Doyle comportar-se como um verdadeiro aristocrata. Aristocratas mesmo pareciam o casal Patric e Nina, que secretamente haviam casado e já viviam juntos desde o dia em que Gina partira de Londres. A pequena Natália, a sobrinha até então desconhecida, parecia uma boneca ao lado dos pais.
Parvati não pôde se conter e achou melhor não esconder sua identidade, veio assumidamente como meretriz de luxo, mas como uma convidada de Nicolau, de quem ainda não desconfiavam a verdadeira sexualidade. E a sexualidade por muito tempo reprimida de Nevile Longbottom estava à mostra para quem quisesse ver. O ex-seminarista, quase um padre, desfilava de mãos dadas com sua noiva, Luna Lovegood.
Por ironia do destino, o casamento não fora consumado no dia em se casaram. Depois das fortes emoções, Gina estava muito cansada, e a gravidez no final lhe roubava muito as forças. Por isso, apenas dormiram abraçados.
Havia apenas uma semana que tinham se casado quando Harry estava na cidade tomando conta dos negócios de Nicolau e um pequeno moleque entrou no escritório ofegante.
-A Sra. Potter está dando à luz!
Por um mínimo instante, Harry ficou paralisado sem saber o que fazer. Então jogou longe a pena que tinha na mão e saiu correndo, montando em um cavalo qualquer na rua e saindo em disparada.
Quando chegou em casa, todas as mulheres estavam na sala, e alguns dos irmãos dela também. Somente Nina e Mary estavam com Gina. Gui já foi logo lhe dando um drink para ele se sentir mais calmo, sabia bem como era a tensão de esperar um filho nascer. Os gritos vindos de dentro do quarto de Gina propiciaram mais algumas rodadas de drinks para os homens da casa.
Mas então aconteceu.
Harry só havia acabado de virar mais uma dose quando aquele choro agudo e estridente se fez ouvir na casa inteira. O moreno saiu correndo e, antes que lhe dessem permissão, invadiu o quarto da mulher. A ruiva estava largada na cama, suada e com aparência cansada, mas com um sorriso inconfundível. Nina e Mary limpavam o bebê ao lado dela. Harry deu um espiada no bebê todo ensangüentado, então se aproximou dela e a beijou.
-É um menino –sorriu Nina.
Os dois olharam novamente para a criança buscando a mesma coisa.
-Ruivo –riu Gina observando a cor dos cabelos do filho.
Ele acompanhou o riso da esposa e ficou com o rosto colado ao dela.
-Melhor assim... –riu ele também.
Nina colocou a criança nos braços de Gina, a criança já esfomeada para mamar.
-Engraçado como nós nunca pensamos num nome –comentou ela.
-Vão ter muito tempo para pensar –exclamou Mary- Agora saia daqui e nos deixe cuidar de Gina.
Muito a conta-gosto, ele abandonou o quarto, mas já mais feliz e aliviado. Na sala, todos esperavam ansiosos.
-É um menino –declarou, recebendo em seguida todos os parabéns- Um menino ruivo.
Sabia que teria amado a criança da mesma forma caso nascesse loira, mas achou por bem acrescentar a cor do cabelo que tinha. Se para si tinha certeza de que isso não mudava nada, sabia que os outros se esqueceriam muito mais fácil de que o filho era de Draco se o menino não fosse loiro.
-Um filho varão de primeira –exclamou Gui- É realmente uma sorte, Harry!
Ele sorriu e bebeu mais um drink.
-Vamos acender uns charutos!
As mulheres esperaram para poder entrar no quarto de Gina e paparicá-la, mas ele foi curtir a maravilhosa sensação de ser pai. E o melhor de tudo é que os Weasley agiam como se o filho fosse, de fato, dele. Claro que para Harry não havia dúvidas sobre isso, mas achava estranho que todos eles ali, que nada sabiam sobre o romance secreto dele com Gina ou do terrível Draco, esquecessem tão rápido que Gina fora casada já uma vez. Enquanto deu a primeira baforada no charuto, sentiu que a vida nunca fora tão feliz.
O primeiro mês de casado dos Potter parecia uma eterna lua-de-mel, mesmo que durante as noites os períodos de tempo dormido sempre fossem interrompidos pelo choro do pequeno Arthur Potter. Numa certa noite, Harry reparou que Gina entrou estranha no quarto, como se escondesse alguma coisa dele. Pelo que conhecia das mulheres, resolveu não perguntar e esperar até que ela falasse. Ela andou estranha de um lado para o outro e depois ninou o pequeno Arthur, saindo rapidamente para colocá-lo no berço do quarto ao lado quando ele adormeceu.
-É engraçado, não é? –perguntou ela do nada.
-O que é engraçado, Gina?
Ela o olhou com uma cara marota.
-Ora, vá dizer que você não reparou?
"Droga", foi a primeira coisa que pensou. Mulheres detestavam quando um homem não reparava alguma coisa especial e, pelo tom de voz dela, seja lá o que fosse era especial.
-Bom, eu...
-Ok, você não reparou.
Ele se deu por vencido.
-Não, me desculpe, eu não reparei. O que é engraçado?
Gina veio andando de forma lânguida na sua direção com um sorriso enviesado e desamarrando o robe. Ela sentou em cima dele e antes de respondeu lhe deu um beijo no pescoço que fez cada mínimo pêlo dele se arrepiar. Em seguida, ela sussurrou no seu ouvido:
-Já faz duas noites que Arthur não acorda na madrugada.
Ele fechou os olhos num sorriso. Melhor impossível.
-Bem que eu notei que tive duas noites longas de sono...
Gina lhe deu um novo beijo no pescoço, enquanto já desabotoava a camisa dele.
-É mesmo? Mas eu estava pensando se nessa noite nós não poderíamos ter bem pouquinhas horas de sono...
Harry a segurou firme pela cintura e a beijou com intensidade.
-E o que você pensou que nós pudéssemos fazer nessa noite?
Ela fingiu pensar.
-Bom,eu não sei... Quem sabe consumar nosso casamento?
Harry deu uma gargalhada.
-Amor, nós já consumamos o casamento.
Ela levantou-se e foi até um canto do quarto.
-Não da maneira correta...
Harry tentou ver o que ela estava fazendo, mas o corpo dela tampava o que suas mãos faziam. Quando se virou para ele novamente, ela tinha as mãos escondidas nas costas. Daquela mesma forma sensual, ela caminhou lentamente até ele, fazendo com que a sua curiosidade e sua excitação aumentasse cada vez mais.
-O que você tem aí? –perguntou quando já não agüentava mais.
Ainda com as mãos escondidas, ela sentou outra vez em cima dele, só então revelando as duas taças com líquido verde em suas mãos.
-Achei que essa noite merecia um brinde especial –disse ela, oferecendo-lhe uma taça de absinto.
Juntos tomaram toda a taça em um gole, jogando-as de lado logo em seguida. Harry a puxou de jeito, arrancando de uma só vez a camisola de Gina e jogando-a para fazer companhia às taças. Ele inverteu a posição em que se encontravam e ficou por cima dela, beijando assim com avidez cada parte do seu corpo, o que arrancava sonoros gemidos da ruiva.
Então ele simplesmente parou e observou toda a mulher embaixo dele. Cada curva do corpo, seus detalhes, a textura do cabelo dela, a cor da boca. Ela estava embaixo dele da mesma forma que estivera na noite em que se conheceram, e ali do lado também estava a grande companhia da garrafa de absinto. A Fada Verde novamente o visitava.
-No dia que nos conhecemos eu achei que você era um delírio, uma alucinação minha. Você me inebriou de uma forma que eu nunca mais me curei nem quero me curar.
Ela sorriu e o puxou mais para perto.
-Se eu sou a sua fantasia, então aproveita e faz de mim o que quiser.
Harry sorriu e novamente a beijou. A Fada Verde era dele para sempre, com garrafa de absinto do lado ou não. O líquido verde na garrafa do criado-mudo era somente um 'quê' a mais. Um líquido tão verde quanto os olhos que Arthur Potter abriria na manhã seguinte.
FIM
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N/A: Hello people!! Snif,snif, acabou! Vinte anos depois, hehe... Eu sei q demorei em determinados momentos e sei q alguns tb não gostaram tanto da magia entrar na fic (q, como eu disse uma vez, teve papel secundário...), mas espero q no final, vcs tenha gostando tanto da fic quando eu AMEI escrevê-la! Aff, já sinto saudades!rsrsr Well, a fic acaba aki, mas para eu não me sentir parada nem inútil e nem sentir muita saudade, semana q vem (espero cumprir esse prazo) eu começo minha nova fic: Baseado em fatos reais. Espero ver todos vocês lá!! Ah, e só para não perder o hábito, e dessa vez é REALMENTE muito importante... Se vc chegou até aki (e olhe, 32 caps são mta coisa!) SEJA um leitor consciente e entre na campanha "Eu faço uma autora feliz!" e deixe a sua última resenha dessa fic! Mil bjussssssssss, Asuka!
N/A 2: Quero deixar registrado aki o meu mto obrigado a todos que acompanharam essa fic deixando pra mim seus comentários para q eu pudesse sempre melhorá-la:Ari Duarte, Anna Weasley Potter, Anaisa, Ara Potter, Andy Black, aNGeLa.XD, Aluada The Original, alyson1wealey1riddle, Aeris Lux, Beatriz, Bruni Chan, blueberry's, Brousire, Clara Isbela Black, Cathy Forthery, carol w potter, carol potter, dessa pottter, Diana Prallon, Ellan Evans, eikeX, Gi (Patrícia), Izaura Miller, Isa Slytherin, Isabella, JulyBlack, Julinha Potter, Lisa Black, Lyla Evans Higurashi, Lanni Lu, Line Veloso, Lu Martins, lila sabino, Katherine Lovegood, Mai Amekan, Mari Dias, Mirella Silveira, Michelle Granger, miaka, Mah Potter, Mi Potter, Mi Potter, Mitsuki Kagome, Mone Potter, Ninha, Naianne Rabelo, Nique Felix, Patty Potter Hard, Paty Black Pandora Potter-jm, Pamela, Paula, Remaria, Rk-Chan, Srta. Lola Black, Sophia D., Sil17, Sophia. DiLUA, Senhorita Black, Srta. Black, Siy Simon, Tonks Butterfly, Tammie Silveira, Tatiane Evans, Tata C. Evans, Tuca Potter, Vanessa Brito, Verusca, Virgin Potter, Vitória.
Ari Duarte: Ow, juro q me inspirou o seu 'quero mais paixão'!rsrsrsr sinta um toc dele na última cena!rsrsr E eu nem matei o Harry, mas quase cortei da fic a melhor parte dele, huahuahua Espero tb q o epílogo não tenha te deixado raivosa!rsrsr Bjusss
Tammie Silveira: Pq será q eu só ouvi ameaças nessas últimas resenhas?? huahuahuahua E olha lá, o seu Nicolau apareceu salvando o Harry até nese epílogo! Isso é q é um puta amigo!rsrsrs Só lamento que sim, este foi o epílogo, maaaaaas... Semana q vem vc pode começar a acompanhar 'Baseado em fatos reais'!! rsrsrsr Até lá, viu?? Bjusss
Mai Amekan: huahuahua É claro q vc nem leu nenhuma novidade, né? Afinal eu "cochichei" no seu ouvido tudo q ia ter no epílogo! rsrsrsr Mai, as suas resenhas me matam de rir! rsrsrsr Bom, e como vc já sabia e não me matou antes, vou supor q vc gostou!rsrsr Até a proxima fic, hein?? Bjusss
Clara Isbela Black: Ah, mas eu sou mestre em terminar capítulos assim!! rsrsrsr Tenho um milhão d resenhas acumuladas em q o pessoal só me xinga no fim d um cap! huahuahuah (pode conferir se quiser no fim do capítulo 'menino mau')!!rsrsrs Mas depois eu sempre resolvo tudo, tá aí a prova! Espero q tenha gostado!! Bjusss
Bruni Chan: Ah, é o q eu penso tb! Com o Dumbledore ali do lado num tinha meeeesmo como o Harry morrer!rsrsr Mas eu juro q pensei em algo como ele ficar desmemoriado pra sempre d sequela... huahuahua É mentira!!rsrsrs Mas seria irônico, isso seria!!rsrsrs Tomara q tenha gostado do final!! Bjusss
Patty Potter Hard: Ah, vcs eu não mato do coração não...rsrs Mas adoro quase fazer isso com os personagens!!rsrsr Peninha q eu demorei a posta, mas espero q tenha valido a pena!! Bjusss
Mari Dias: Ah, eu NUNCA desistiria de Absinto, ainda mais na reta final!!rsrsr Mas é q nesse periodo eu só tenho matéria prática, aí isso como inclusive os meus horarios livres...rsrs Mas tá aki o epílogo e espero q vc tenha gostado, viu??rs Bjusss
Mirella Silveira: OMG, eu vou sentir falta d vc falando isso!! huahuahua (ou não, vc pode acompanhar tb 'Baseado em fatos reais'!rs) Mas nessa fic eu imagino q esse foi o ultimo...rsrsr Acho q eu veria mais um se eu tivesse, de fato, matado o Harry, mas não seria tão legal!rsrsr E, olha só, eu sou uma pessoa humana, não matei um pai d família!!rsrsrs Espero q tenha gostado! Bjusss
Ninha: Ah, nem precisava ter feito o drama, é claaaro q eu não ia fazer isso com osmeus leitores!! rsrsr Não sou dakelas escritoras sádicas q gostam d matar todo mundo no final...rsrs E eu de fato dei uma demoradinha no epílogo, mas espero mesmo q vc tenha acho perfeito lindo e tudo d bom!!rsrsrs Bjusss
dessa pottter: Ah, Absinto acabou, mas semana q vem tem outra fic vindo aí!! rsrsrs olha a publicidade...rs) E eu nem matei o Harry, então nem precisa ficar tão triste...rs Imagina se eu acabo a fic com ele morto?! rsrs Ok, eu seria linchada depois...rs Espero q tenha gostado! Bjusss
Naianne Rabelo: Meu Deus, muuuuuito obrigada pelo elogio!! Eu pretendo sim ser escritora, mas não sei se de ficção, tô pensando em seguir jornalismo biográfico, mas nunca se sabe!rsrsr Eu não tenho blog ou coisa assim, sou mto preguiçosa pra isso!rsrsr Mas no meu profile aki tem outras fics minhas publicadas, embora d longe Absinto seja a melhor delas. Ainda q sejam curtinhas, das minhas outras fics eu recomendo 'Companheiras de Cela', a song 'I used to love Her' e a continuação 'No fundo do meu quintal' e, talvez a minha obra-prima, 'O futuro tem futuro?' (nenhuma dessas é H/G). E fic H/G tem uma recente minha q vc tb deve gostar, q é 'Me encante outra vez'. Well, se vc tiver pique pra ler, deixe uma resenha e me faça feliz!!rsrsrsr Mas espero q tenha gostado mesmo do fim dessa daki!! Bjusss
Tonks Butterfly: Ah, mas pra compensar o outro cap "pequeno", rsrs tá aí este, bem grandão!! Tomara q tenha gostado!! Bjusss
Anna Weasley Potter: Ah, realmente seria muita crueldade matar o Harry depois disso tudo, mas bem q ele mereceu passar por tudo o q ele passou, heheh Do contrário ele seria um galinha pra sempre!rsrsr E se vc achou essa fic contagiante, bom, talvez vc goste da outra tb (embora ela vá ser bem mais cômica), te espero em 'Baseado em fatos reais', ok? Bjusss
Anaisa: Uau, vc ficou um bom tempo sem o epílogo pq eu dei uma demoradinha! rsrsrsr Mas tá aí e espero q vc tenha gostado!!rsrsrs Bjusss
Pandora Potter-jm: Ah, brigadinha pelo elogio!!rsrsr Q bom q vc amou ler a fic, tomara q tenha amado o final tb, eu tentei mesmo caprichar!! E quanto a sua fic, lamento mas acho q não vai dar pra ler... Eu num tenho pc aki na cidade q eu estudo e meu tempo tá realmente curto, então qd eu sento no pc é sempre pra escrever, quase nunca pra ler...rsrs Mas se um dia eu puder passo lá!! Bjusss
Michelle Granger: Well, tá aí o epílogo, depois de muito tempo...rsrs Espero q depois d acompanhar fielmente a fic por tanto tempo, vc tenha gostado do final tb!! Bjusss