Epílogo
-Está conseguindo me decepcionar, Will – ela disse brincando com o rodapé da página do livro que lia.
O rapaz franziu a testa, olhando-a em confusão. – Do que está falando?
-Você sabe do que estou falando.
Ele ergueu a sobrancelha ironicamente. – Alguém andou lhe confundindo por aqui? Não sou eu quem sabe legimância nesta casa.
-Eu não posso acreditar que não tenha ido falar com ela.
O rapaz corou, travando o olhar na irmã. – Cecília, por favor, não se meta.
-É simplesmente impossível – ela exclamou fechando o livro que lia com força.
-Você não sabe o que está acontecendo – ele balançou negativamente a cabeça. – Eu nem tenho certeza do que sinto realmente. Do que ela sente... - murmurou para que apenas a irmã pudesse ouvir.
Harry e Hermione se entreolharam enquanto observavam o desenrolar da discussão e faziam o jantar.
Cecília lhe ofereceu um sorriso sarcástico. – Tem certeza que quem aqui não sabe o que está acontecendo sou eu, meu bem?
O moreno suspirou. – Você sabe que somos amigos. Que somos Melhores amigos!
-Que bela amizade colorida vocês detêm, hein maninho? – ela continuou no mesmo tom.
-Não sei do que está falando, Cissi – disse baixando os olhos para a mesa, visivelmente desanimado.
Ela anelou. - Ah Will... Só você não quer enxergar. Ela te adora.
Ele levantou os olhos rapidamente. – Você... Acha? – perguntou receoso.
Cecília sorriu. – Eu sabia que estava caidinho por ela - o rapaz corou furiosamente. – Eu tenho certeza, Will – disse gentilmente.
-Mas... Mas ela...
A garota cruzou os braços. – Por favor, William! – disse seriamente. – Por que você simplesmente não age? – indagou um pouco impaciente. Ele apenas a olhou, já não tinha certeza do que responder... - É por essa maldita timidez que você consegue estragar tudo! – falou duramente, encarando-o como se tentasse ler sua alma.
O rapaz desviou o olhar. – Você não compreende.
-Não. Não sou eu que precisa compreender algo por aqui, William – retrucou séria, voltando-se para seu livro e folheando-o até encontrar a página que havia parado. – Espero, apenas, - ela levantou os olhos. - que não seja tarde quando perceber o que realmente quer.
-O que você acha que eu poderia falar?! – indagou irritado. – "Olha. Eu não sei, mas acho que, bom, eu posso estar 'meio' afim de você. O que acha?".
-Já seria um começo – retrucou sem tirar os olhos do livro, retribuindo o chasco do irmão. O rapaz virou os olhos enquanto desorganizava ainda mais os cabelos.
Hermione ergueu a sobrancelha, um sorriso surgindo em seus lábios enquanto via os movimentos do rapaz. "Meu filho é tão lindo... Mas como poderia não o ser?" Ponderou enquanto olhava de lado para o marido; este estava de avental e graciosamente concentrado nos filhos e, ainda assim, encontrava-se cortando de modo maquinal os legumes, mesmo que sua concentração estivesse em outro canto...
Flash-back
Que
horas eram? Ele não sabia muito bem, perdera a noção
do tempo. Estava tão nervoso... Estava com medo.Sua
mão segura na dela, Hermione tentava sorrir sob o olhar
apreensivo dele. Pouco se importava com a força que a mulher
exercia sobre sua mão, ela poderia até quebrá-la
se assim se sentisse melhor, se isso a fizesse parar de sentir
dor...Quando
seus olhos se encontraram novamente, Harry tentou sorrir. Ele
acariciou a face dela com a mão livre, retirando o suor de lá.
– Você é forte, minha garotinha – disse alto o
suficiente para que ela ouvisse.A
morena suspirou, realmente esperava que sim.
As
coisas nos últimos dois meses haviam mudado bastante. Ela já
não precisava esconder que estremecia com a aproximação
de Harry ou disfarçar quando ele a pegava o observando.
Hermione simplesmente sorria e deixava-se ser abraçada.
Qualquer
assunto sobre Gina não era comentado, pelo jeito, isso ficara
subentendido. Hermione não contou sobre a visita que recebera
àquela manhã e nem pretendia. Deixara o assunto de
lado, já havia passado e, como tal, foi esquecido.
Talvez
Gina nunca entendesse o relacionamento que mantinham... E não
seria Hermione e Harry que iriam lhe explicar.A
mulher olhou para sua mão esquerda, a aliança se
encontrava bem ali, em seu anular.
Harry
insistira em casar-se antes que o filho nascesse, Hermione aceitou
com a condição de o casamento ser algo bem simples... E
eles entraram numa pequena discussão, já que Harry era
a favor de algo grandioso – dissera que queria mostrar a todos o
quando estava feliz...Por
fim, casaram-se no civil (trouxa) de modo bem simples. Na verdade,
havia apenas três testemunhas, Marcy, Rony e Lilá –
esta não se conformava com a idéia de Hermione. Apenas
parou de protestar quando soube, pela morena, que depois que o filho
deles nascesse, eles casariam no religioso. "Com a festa que
realmente merecem" Lilá completou com sorriso que
transpareceu que ela já estava fazendo planos...Hermione
gritou ainda mais alto. Harry ofegou, olhando-a nervosamente.
E
então, um choro.
Acabei
de ouvir as notícias de hoje
Parece
que a minha vida vai mudar
Fechei
os meus olhos, comecei a rezar
Lágrimas
de felicidade caíram logo pelo meu rostoPor
um minuto o tempo parou e como para realmente lhe mostrar que aquilo
tudo era real, alguém se postou a sua frente. – Parabéns,
senhor Potter! É um menino – e com isso o pôs em seus
braços.
Completamente
fora de si, Harry olhou para baixo, seus olhos marejando. Era tão
pequinino... Pareceu-lhe ainda mais desprotegido.Harry
se dirigiu a Hermione e colocou aquele pequeno nos braços
dela. Ao sentir a mulher, a criança parou de chorar. Os dois
entreolharam-se maravilhados, com sorrisos largos sob lágrimas
de felicidade e alívio.-Ele
parece com você – Harry sussurrou sem saber muito bem
para quem olhar.Hermione
tocou a face de Harry com a sua própria, fazendo-o olhá-la.
-Eu acho, que ele tem a sua boca - murmurou antes de beijá-lo
levemente.Eles
se entreolharam e depois olharam para o menininho nos braços
de Hermione. O homem acariciou o topo da cabeça de seu filho.
"Meu filho".
Com
os braços bem abertos
Sob
a luz do Sol
Bem-vindo
a este lugar
Vou
te mostrar tudo
Com
os braços bem abertos
Não
sei se estarei preparado
Pra
ser o homem que tenho de ser
Vou
tomar fôlego, vou trazê-la pra junto de mim
Paralisamos
deslumbrados, criamos vidaTeve
de se retirar, pois como a doutora disse: Hermione e o bebê
precisavam descansar – mas ainda assim, sob muita relutância...
Quando
se sentou na sala de espera, sorriu, estava tremente e ainda não
havia trocado de roupa – já que utilizava aquela igual à
dos médicos, para evitar qualquer tipo de contaminação.
– Explodia de felicidade! Assim como seu corpo tremia, também
talvez, por um pouco de medo. "Um
pouco?" Ele riu. "Estou muito amedrontado". Mas não
era para menos, agora era pai.
Ele
respirou fundo pensando nisso. Não estava com medo do que o
esperava ou de sua responsabilidade – talvez só um pouco. -
Estava com medo de perder tudo isso... Estava tão feliz, tão
realizado, chegava a temer que tudo se esvaísse no ar. Não,
isso ele não suportaria.
Tinha
medo também de cometer erros, de não ser um bom pai.
Porque ninguém o havia preparado para isso... Poderia derrotar
bruxos das trevas, montar em hipógrifos, fazer poções
complicadas e aprender em algumas horas diversos feitiços
práticos, mas... Como se cria um filho?Ele
amava demais Hermione para decepcioná-la, tinha medo de dar
passos errados. O que faria se não a tivesse?
De
repente, uma conversa lhe invadiu a mente:Harry
ergueu a sobrancelha, - Não consigo esconder mesmo nada de
você não é? – disse colocando uma mexa do
cabelo dela para trás. – Vem cá – falou colocando-a
em seu colo, depois de sentar-se em uma das cadeiras do
lugar.Hermione
deixou-se ficar, ainda observando-o firmemente. – O que está
te incomodando?-Oh.
Não, não! Nada está me preocupando - a mulher
estreitou seus olhos para ele. Sorrindo sem jeito o moreno completou.
– Céus, Mione – ela esperou mais uma vez, seus olhos nos
dele.-Me
diga, Harry – pediu baixinho, mexendo nos botões da camisa
dele."Ah
Deus! Eu não resisto quando ela faz assim..." pensou
derrotado. – Eu só estou... – suspirou olhando-a – um
pouco amedrontado.A
mulher sorriu condescendente perpassando uma de suas mãos no
rosto dele. – Oh meu amor... – murmurou sustentando o olhar. –
Você não é o único. É um passo tão
grande, nossas vidas não serão mais as mesmas... Elas
não poderão ser mais as mesmas. Isso é o que te
preocupa?Harry
balançou a cabeça negativamente, encostando seu rosto
na mão dela. – Isso pouco me importa, garotinha. Eu tenho
medo de fazer alguma coisa errada... De magoá-la. Eu me
sentiria tão mal.-Você
não vai me magoar – respondeu mordendo o lábio
inferior. – E mesmo que o fizer, saberei que foi sem querer.
Entenda bem, Harry, nós não somos e nem seremos
perfeitos nunca. É claro que ainda haverá brigas, mas
juro que farei de tudo para nunca me afastar de você...-Eu
não sobreviveria – disseram juntos. – Sem você –
ele concluiu deixando-se abraçar por ela. O
moreno balançou a cabeça. "Está tudo bem"
pensou. Tinha Hermione. E, o que quer que estivesse por vir, a teria
sempre ao seu lado...
E
com ela, Harry tinha certeza, iria para qualquer lugar e faria
qualquer coisa. Qualquer. Além do que, mesmo que
errasse, o erro que viesse a cometer sempre seria pensando no bem
daquelas duas pessoas que amava. Que amava demais.
Com
os braços bem abertos
Sob
a luz do Sol
Bem-vindo
a este lugar
Vou
te mostrar tudo
Com
os braços bem abertos
Agora
tudo mudou
Vou
te mostrar amor
Vou
te mostrar tudo"Finalmente
em casa..." Ela mal podia acreditar que o tinha nos braços.
Ela também mal podia acreditar que estava com Harry, presa em
seu abraço protetor, e que ele a amava tanto quando ela se
doava a ele. Assim como, ao mesmo tempo, acalentava era acalentada...
Por seu marido, seu amor, seu melhor amigo.
Às
vezes perguntava-se se merecia realmente tanta felicidade... Harry
sempre fazia questão de dizer, no entanto, que era ele
quem não lhe merecia. Estava enganado, obviamente... Ninguém
poderia amá-la daquele modo, do modo dele, fazendo com que
ela, Hermione, perdesse toda sua coerência...
------
Eles
encontravam-se no quarto que semanas atrás o casal dividia.
Este quarto, no entanto, estava completamente mudado, tornara-se um
ambiente ingênuo, tênue, de cores leves, papeis de parede
de ursinhos, brinquedos em estantes, livros infantis em
outra...-durma
com os anjos, meu amor - Harry murmurou antes de beijar-lhe a
testa e pô-lo no seu berço, cuidadosamente.Ele
ficou ali, parado, por mais de um minuto observando o sono de seu
filho, que, agora, dormia a sono solto em seu berço. - Hmm...
Você está ficando bom nisso, senhor Potter. – Uma
Hermione sonolenta disse baixinho. Só então Harry se
afastou do berço e se voltou para a mulher com um
sorriso.-Parece
que tem mais alguém aqui que precisa ser ninado... – falou
sentando-se no sofá onde a esposa estava e a fazendo deitar em
seu colo. – agora durma, esse pequeno não acordará
tão cedo – murmurou acariciando sua cabeça.-Não
precisa me enganar, Harry – retrucou já de olhos fechados. –
Logo, William acordará chorando com fome novamente. O
homem sorriu. – Apenas durma, Mione – disse mansamente, sem
deixar de mexer em seus cabelos. - Nem sempre é necessário
fazer alarde da verdade, meu amor - sussurrou. Referindo-se ao
fato de que seu filho realmente logo acordaria, com uma enorme fome
também, mas que se Hermione ficasse pensando assim, não
conseguiria dormir mais...-Eu
te amo, Harry... – ela suspirou.-Não
mais do que eu a você, Senhora Potter – ele retrucou com um
sorriso. Ela apenas fez um "Humrum", o que significava que estava
dormindo. Já que, na maioria das vezes, aquela brincadeira
terminava na cama... Num desafio extremamente prazeroso de quem
"realmente amava mais" entre os dois. Claro que nunca chegaram a
uma resposta e, eles tinham certeza, nunca chegariam... Já que
o amor deles parecia se expandir a cada dia, a cada hora, a cada
minuto... Como era possível apenas uma resposta para aquele
desafio? – Eu tenho aqui a minha vida.Harry
observou Hermione sobre si. Ela parecia-lhe tão frágil
em seu sono, tão doce, serena.
Perdeu
vários minutos observando sua face, como se quisesse
decorá-la. Ele sabia, no entanto, que não era mais
preciso. Se fechasse os olhos, poderia ver Hermione a sua frente, com
cada traço peculiar ou comum. Com qualquer reação
possível e imaginável ou até mesmo a falta de
uma. Poderia sentir seu cheiro, também o seu gosto. Poderia
até mesmo tocá-la, como se fosse real... Só
havia uma coisa que Harry não conseguia imaginar: vê-la
partir.Até
mesmo em sonhos, "em pesadelos", lhe causava dor e, em algumas
noites, acordava assustado, para logo depois se acalmar no colo de
Hermione.
Às
vezes acreditava a estar esmagando entre seus braços, mas
Hermione nunca reclamava, apenas beijava-lhe a testa ou os lábios
e voltava a fechar os olhos, fingindo dormir. Preocupada com ele.
Em
algumas noites, quando não conseguia dormir e Hermione estava
mesmo dormindo, ia para o quarto do "bebê da
casa".
Lembrança
-Harry?
– ela chamou encostada a porta, os braços cruzados próximos
ao corpo.
-Shii... – o moreno se virou, ela não pôde deixar de sorrir. Hermione inclinou a cabeça para o lado um pouco. Harry estava de pé, com William, que lutava para manter os olhos abertos, no colo. A cabeça do bebê em seu peito. – Ele está quase dormindo...
-Volte a dormir, Mione – ele continuou – Está tudo bem, esse rapazinho apenas acordou mais cedo do que pretendia... Eu sabia que não era fome, já que você deu de mamar a ele a menos d... O que foi?
Hermione sorria como uma boba e, para ele, nunca esteve tão linda. Assim, daquele modo, acabada de acordar, com o robe semi aberto e um sorriso tolo nos lábios. – Onde fabricaram você? – foi o que ela indagou.
Sorrindo
docemente, ele apenas retrucou. – Acho que no mesmo lugar onde lhe
produziram.
Fim
da lembrançaHarry
saiu de seus devaneios quando ouviu um choro. Hermione gemeu um tanto
quanto desanimada e se sentou, saindo do colo do marido. – Não
fique assim – ele pediu acariciando sua face. - Isso logo
passa.Hermione
tinha vontade de chorar e quando olhou para Harry, realmente uma
lágrima verteu por seu olho. E sem mais, ela o abraçou
com força antes de começar a chorar de verdade e passar
a soluçar.
Ela
estava exausta. William mamava de duas em duas horas e isto
significava que ela não tinha tempo para quase nada. Nem ao
menos para dormir direito.Harry
se afastou dela delicadamente e secou suas lágrimas com
beijos. Até parar em seus lábios e roubar-lhe o beijo
que ela precisava.
Devagar,
ela se afastou e então se levantou e foi ao encontro do
berço.Ela
deu um sorriso enquanto pegava o filho e lágrimas vertiam dos
olhos novamente. – Está com fome, amorzinho?
Se
eu tivesse apenas um desejo
Somente
um pedido
Eu
torceria pra que ele não fosse como eu
Espero
que ele compreenda
Que
pode ter esta vida
E
segurá-la pela mão
E
apresentá-la ao Mundo
Com
os braços bem abertos...
Fim
do flash-back
Ela abriu um sorriso ainda maior, voltando sua atenção ao filho. William era um moreno alto – ainda assim, menor que o pai. -, de cabelos castanhos escuros – quase negros - dispersos que lhe caiam todo tempo nos belos olhos verdes brilhantes e de sorriso tímido e desconfiado, tinha dezessete anos e... "É quase idêntico ao Harry" ela ponderou por fim.
Cecília
era uma linda morena de quinze anos e definitivamente não era
nada parecida consigo. Seus cabelos eram negros e ligeiramente
cacheados; era alguns centímetros mais alta que ela –
Hermione. – e tinha, como o pai e o irmão, olhos verdes
lindos e brilhantes...
Psicologicamente,
era uma estranha mistura de Harry e Hermione. Sua personalizada
era... Forte. Era extremamente teimosa – mesmo que nunca
desobedecesse aos pais. Já os outros... Ela só obedecia
quando lhe convinha e quando achava certo. Também obedecia, de
bom grado, adultos e seus professores, exceto o novo zelador
"mala-sem-alça" de Hogwarts. Mas ela dizia que era porque
ele "cismara com sua cara". Além do que, como também
dizia Cecília, ele nem mesmo poderia se considerar um adulto
com aquela "barbicha horrorosa...".
Hermione
riu. De fato, aquele homem era muito estranho para ser levado
a sério. É claro que nem sob tortura comentaria tão
cedo sobre o assunto com a filha. Do jeito que Cissi era, acreditaria
estar no direito de atazanar a vida daquele pobre homem...
Era
excessivamente orgulhosa, mas ainda assim, conseguia ser um doce de
pessoa, principalmente quando o queria ser...
Adorava
quadribol. Era apanhadora do time da grifinória e agora, com a
saída de seu irmão – que era artilheiro -, capitã
do time. E também, para o orgulho da mamãe, era
agora a nova monitora da grifinória. Ela também era a
melhor aluna de seu ano.
Ela
também era extremamente autoritária – "Tudo bem,
talvez ela pareça mais comigo do que posso imaginar" - e
mesmo que não seguisse todas as regras, tinha seu próprio
código de conduta. Cecília – "e para alívio
de Harry" Hermione ponderou, olhando novamente para o marido com um
sorriso torto. – era uma pessoa muito caseira e adorava a família.
Isto significava que nenhum rapazinho ainda havia batido na porta dos
Potter's para pedi-la oficialmente em namoro. Ainda.
"De
qualquer modo, Cissi não parece interessada. No momento está
tentando ajudar o irmão".
-Por que você acha que ela aceitou ir ao baile de formatura contigo?
-Deixe-me ver – William, ironicamente, fingiu ponderar. – Talvez, porque você quase a jogou pra cima de mim? Porque ela não tinha outra opção e não queria me deixar na mão.
-Ah Merlim! Vai ser teimoso assim no...! – Hermione ergueu a sobrancelha. Cecília bufou, olhando de lado para os pais. – William, meu bem, presta atenção... – disse como se explicasse a uma criança que não haveria sobre mesa aquela noite. - Ela gosta de você.
Flash-back
Cecília
sentou-se à mesa da grifinória, pronta para por em
prática seu plano, à frente de seu irmão e de
sua amiga.-Olá
Cissi – eles disseram juntos.-Oi!
– ela passou a se servir, ficando um minuto calada. - E então
Lo, já achou algum par para o baile? É, afinal seu
último baile, o de formatura.Lo
corou furiosamente enquanto olhava de esgueira para William, que
fingia prestar atenção em outra coisa, mas,
disfarçadamente, também olhava de esgueira para ela. –
Ainda não.-Oh!
– disse fingindo surpresa. - Soube que o Lorenzo Guiter lhe
convidou, é verdade?-Guiter?
O Lufa-lufa? – William indagou "estranhamente" interessado na
conversa.-Sim.
O capitão do time de quadribol da Lufa-lufa. Você não
o acha bonito, Louise? Todas as garotas o acham... – Cecília
provocou, William carranqueou.Louise
pigarreou desconfortável. - Eu o dispensei.O
rapaz sorriu para ela, que, timidamente, retribuiu o sorriso. Cecília
ergueu a sobrancelha. "Ah Merlim! Me diz, como eles podem ser tão
cegos?!" – Você não me falou sobre esse convite
Lo...-É
que eu não tinha a intenção de ir com ele –
disse dando de ombros.-Que
bom pra você! Podendo dispensar um dos melhores partidos de
Hagwarts... – William fuzilou a irmã com o olhar. Louise deu
um sorriso forçado, desanimando-se. William certamente já
tinha um par e ela, como uma idiota, dispensando quase todo a ala
masculina do sétimo ano... Acabaria indo ao baile sozinha, ou
pior: com alguém do quarto ano... – E você Will? –
Cecília perguntou, como se lesse a mente da amiga. - Pelo que
eu saiba também não tem par.Louise
o encarou surpresa. – Não tem par? Mas... Eu vi algumas
meninas o convidando.-Eu
não aceitei... Não conhecia nenhum delas.-Se
for isso, deveria ir com a Louise – Cecília disse
"inocentemente". – Quero dizer, você a conhece desde o
berço e vice e versa. Não encontrará melhor
companhia – então ela sorriu como tento uma idéia. –
É! Vocês certamente seriam o casal mais bonito da
formatura... – eles coraram furiosamente enquanto evitavam se
olhar. Cecília sentiu penas e acudiu. - Quero dizer, mesmo
como amigos, né? Além do que – ela os olhou
seriamente. – Não há quase ninguém mais
disponível. Ninguém descente... Se é que me
entendem. -Você
tem razão – Will disse vagamente.-É
óbvio que tenho razão – disse virando os olhos. - E
vamos lá, Lo, onde você vai achar alguém tão
lindo e inteligente quanto o meu irmão? E você Will?
Hmm? Onde vai achar alguém tão meiga e linda como a
Louise?-Obrigada
Cecília... – Louise disse baixando a vista.-O
que acham? Não posso acreditar que prefiram ir sozinhos ao
baile de formatura de vocês...-Não!
– exclamaram rapidamente.Cecília
sorriu. – Então vamos oficializar isso daqui. Will pegue a
mão da Lo.-O
que?-Você
ouviu bem o que disse. Vamos! Pegue a mão da Louise – ele o
fez. – Certo, agora... Peça.-Er...
Louise, você gostaria de ir ao baile comigo?Ela
olhou para Cecília, mesmo não precisando disso para já
ter sua resposta, esta assentiu. – Adoraria, Will.Eles
olharam para Cecília novamente. Esta bateu palmas sorrindo. –
Bravo! Não doeu tanto assim, não é mesmo?
Fim
do Flash-back
-Como você pode saber?
Cecília se revestiu de toda paciência que um sábio teria. – Será que era apenas eu que estava na sua festa de formatura? – indagou olhando-o por cima dos óculos. - Você não conseguiu reparar na admiração que, por todo tempo àquela noite, ela demonstrou ter por você e somente por você?! – perguntou incrédula. – Eu acho que você precisa rever o oftalmologista, essa sua lente... Está fraca – William revirou os olhos. – Essa é a única explicação cabível para toda esse sua cegueira, Will!
-Só por que ela tem uma admiração – ela ergueu a sobrancelha. – Uma grande adimiração por mim, não significa que esteja apaixonada!
Cecília balançou negativamente a cabeça. – Eu desisto. Você conseguiu! Eu não consigo burlar esse seu poder surpreendente de negação. Eu desisto – falou lentamente. Seu livro fechando-se, sozinho, com força. – Quando a comida estiver pronta mamãe, por favor, pode me chamar?
Hermione assentiu. – Você está bem, amor?
Cecília suspirou, lançando um olhar duro a William. – Vou ficar.
-Parece que William está completamente apaixonado - Harry murmurou em seu ouvido, pegando uma cenoura do lado dela, então, agora, ele estava as suas costas.
Hermione sorriu. – Espero que admita logo – disse virando-se para ele.
-Acredite, não vai demorar muito – retrucou enquanto estudava a fisionomia da esposa.
-O que foi? Meu rosto está sujo? – indagou passando a mão na bochecha.
-Oh Não... Não – murmurou a prensando entre a pia e seu corpo. - Eu apenas estou me segurando para não agarrá-la aqui mesmo. Mas... Como pode perceber não está dando certo... – Hermione mordeu o lábio inferior quando percebeu a excitação de Harry. Logo, ele estava se aproximando e, no instante seguinte, a estava beijando. Duramente.
Ele a ergueu, pondo-a no balcão e ficando entre suas pernas. – Harry! Não... As crianças!
O moreno lhe ofereceu um sorriso safado. – Que crianças? Cecília está no quarto e William aparatou há alguns segundos, para, imagino, seu quarto também – murmurou mordiscando sua orelha. – Então, senhora Potter? Deixa-me beijá-la?
Hermione puxou o cabelo dele para trás, afastando-o, e, com um sorriso travesso, trouxe sua boca até a dela, beijando-o. - Adoro quando me chama de senhora Potter...
Harry passou a língua nos lábios dela de modo provocante. – Eu sei...
Erguendo
a sobrancelha, Hermione cravou as unhas na nuca de Harry. –
Prepotente! – disse antes de beijá-lo mais uma vez e prender
suas pernas nas costas dele.
----------------
Em dois dias William desistiu de lutar contra si mesmo e finalmente admitiu que estava apaixonado por Louise. Tomou coragem e a convidou passar a tarde na residência Potter. Diria tudo a ela.
Louise
aparatou na sala de estar dos Potter às duas horas, como
sempre fazia, esperando que os amigos estivessem ali, mas não
estavam. Esperou um minuto antes de fazer uma pequena busca pela
casa.
Foi
primeiro à cozinha, encontrando-a estranhamente vazia. Pensou
em subir as escadas depois de não encontrar ninguém no
escritório, mas antes que o fizesse, a porta entre aberta da
biblioteca lhe chamou a atenção. Will e Cecília,
como os pais, passavam horas a fio naquele lugar. E para ser sincera
consigo mesma, ela adorava aquela biblioteca, era enorme, muito
organizada e de uma variedade incrível.
Sorrindo
satisfeita, ela abriu a porta, certamente eles estavam lá.
Segundos,
porém, depois estacou no lugar sem saber bem onde por o rosto,
completamente vermelho. Já que tinha certeza que atrapalhara o
casal a sua frente.
Hermione olhou para Harry buscando uma solução rápida. Indecisa se deveria ou não sair de seu colo e se queria ou não retirar suas mãos dele.
-Olá querida – Harry disse sorrindo como se nada tivesse acontecido e ele não estivesse com a blusa aberta e as mãos de Hermione não estivessem em seu peito e as próprias ele na perna dela... Hermione não conseguiu deixar de achá-lo um bom ator. Ainda assim, retirou as mãos dele de sua perna. – Will e Cissi estão lá em cima. Estão esperando por você.
-Hã... Valeu Tio – disse virando-se. Queria sair o mais rapidamente dali. – E... – ela tornou a eles. - Me desculpem – disse com um sorriso sem jeito e então saiu, fechando a porta atrás de si. – Nossa... – ela murmurou quando saiu. – Eu quase não pude acreditar.
Afinal,
imaginar, seus tios – de consideração. – se
beijando espirituosamente era um tanto quanto... Estranho, mas ainda
assim, bonitinho. Fazia, de algum modo, lembrar de seus pais. Quantas
vezes não os pegara no flagra? Louise sorriu
Ainda
assim, nunca havia pegado seus tios em... bom ela corou, momentos
como esse. "Então eles não são tão
discretos" ponderou enquanto batia no quarto de William "E se
amam muito. Eu não pude deixar de notar o olhar indeciso da
tia Hermione – 'retiro ou não minhas mãos'? Ela
parecia ponderar..." Louise suspirou. "Eu queria que William me
amasse assim..." E então a porta do quarto foi aberta e
Cecília a estava puxando para dentro e saindo logo depois de
um cumprimento.
----------------
-Meu Merlim, Harry! – Hermione disse andando de um lado para o outro da biblioteca. - O que a Lo vai pensar de nós.
-Que nos amamos. Muito.
-Mas... – ela suspirou. – Estou tão envergonhada.
-Mione, não se preocupe com tolices – falou se aproximando.
-Tolices? – ela o encarou incrédula. – Harry, eu não sei se você percebeu, mas a Louise nossa querida afilhada acabou de presenciar uma cena muito peculiar.
Harry sorriu. – Se você prefere chamar assim – retrucou a abraçando.
-Não. Pare com isso! – ordenou quando o homem beijou sua nuca enquanto sua mão subia por seu ventre. - Eu não quero correr o risco de me constranger novamente.
-Como quiser, Senhora Potter - murmurou em seu ouvido e Hermione estremeceu e arquejou, fechando os olhos.
-E-estou falando... sério, Potter!
-Eu também, amor – retrucou se afastando. Hermione respirou fundo, parte aliviada parte decepcionada, por Harry ter lhe soltado. Ele ergueu a sobrancelha e a morena desviou o olhar.
Sorrindo, ele a abraçou por trás. Uma de suas mãos a envolvendo firmemente pela cintura. - mentirosa - sussurrou beijando de modo dissimulado o pescoço dela. E antes que Hermione pudesse dizer alguma coisa, ele os aparatou para o quarto. – Bom, senhora Potter, estamos em nosso quarto e creio que a senhora não se constrangerá aqui, estou certo?
-Bom, senhor Potter – disse lentamente enquanto se virava devagar para encará-lo. – Já que perguntou... Com todos estes acontecimentos, eu tenho para mim que fiquei um pouco cansada. Muito obrigada por me trazer aqui, algumas horas de sono me deixarão com novo animo. – disse beijando seu gosto e dirigindo-se para cama, e sentando-se ali. – Você parece que lê minha mente – disse rindo-se enquanto abria, com uma lentidão maldosa, os botões de sua camisa.
Saindo do torpor momentâneo, Harry deu a volta na cama e se ajoelhou às costas da esposa. – Então você está cansada...?
-Muito cansada – falou com um sorriso maroto sem se voltar para ele e afirmando com a cabeça.
-Eu posso resolver isso.
-Ah é? – indagou fingindo incerteza. – E como pode o fazer?
-Preste atenção - ele retrucou ajudando-a a retirar a blusa que terminara de desabotoar. Assim que retirou a blusa, as mãos dele foram para os ombros nus dela, massageando o lugar.
-Oh... Isso é muito bom.
Harry não respondeu, suas mãos foram descendo por seu dorso em movimentos circulares e depois de alguns minutos, subiu de novo. Desta vez, contudo, parando no fecho do sutiã de Hermione. Esta abriu os olhos. – Hey mocinho. O que pensar estar fazendo?
-Retirando seu sutiã – disse com simplicidade. Hermione riu. – Não, mas não é para nada do que você está pensando...
-No que estou pensando?
-Fazer, loucamente, amor comigo - ele murmurou postando suas mãos na cintura dela e subindo.
-O que – ela segurou as mãos dele. – o leva a crer que eu queria realmente isso? – indagou ainda sem olhá-lo.
-Porque agora você está toda arrepiada - sussurrou em seu ouvido. – E agora – ele passou a mordiscar seu pescoço – Está mordendo o lábio interior... assim como está de olhos fechados - Hermione abriu os olhos, sorrindo. – E eu vou fazer você querer me amar loucamente - a morena estremeceu. – Você viu? – ele indagou arrogantemente. – Apenas por dizer que iri-
Ela o empurrou e se sentou em seu tórax. – Pare de falar, Harry James Potter. E apenas me faça querer amá-lo... - disse erguendo a sobrancelha. -...Loucamente - murmurou rente ao seu corpo, com os lábios nos dele.
Harry
sorriu maliciosamente. – Como quiser, senhora
Potter.
----------------
-Então eu os deixei sozinhos há quase três horas atrás – Cecília disse verificando seu relógio.
-Isso é preocupante? – Hermione indagou brincando para Harry.
Ele ponderou. – Bom, vejamos... Eu creio que o Rony não precise saber exatamente disto. Até porque, Rony confia plenamente no Will... E já será como uma facada pelas costas quando ele souber que nosso filho está querendo namorar a sua filhinha. Você sabe como ele pode ser dramático...
-Você acha que ele corre algum risco? – Cecília perguntou franzindo a testa. – Quero dizer, o tio Rony pode ser bem ciumento, às vezes.
-Não – Harry e Hermione se entreolharam. – Acho que não.
Antes que o casal pudesse ponderar mais sobre ter o filho esquartejado por um Rony totalmente alucinado, William e Louise desceram as escadas. De mãos atadas.
-Eu preparo o Rony – Harry disse assim que os viu.
-Deixe-me falar primeiro com a Lilá, depois você conversa com o Rony – Hermione pediu segurando a mão de Harry, este assentiu.
-Que bonitinho! Agora eu tenho uma cunhada – Cissi exclamou com um sorriso enorme. - É bom você cuidar direitinho dele, hein srta. Weasley! – falou fingindo seriedade.
-Pode deixar comigo, Cissi – Lo disse beijando levemente o rosto de William.
-Que bom que perceberam meus amores – Hermione disse com um sorriso.
-Estamos realmente felizes por terem enxergado – Harrry comentou, o novo casal se entreolhou confuso.
-Eu disse a você, Will – Cecília retrucou virando os olhos. – Só mesmo os dois não conseguiam perceber... Você estava de quatro pela Lo e era óbvio que havia reciprocidade nisso – eles coraram. – Eu só espero que o tio Ron não te mate antes que tenha conseguido oficializar essa relação... – disse sarcasticamente.
-Besteira Cissi, papai não é tão perigoso assim – Louise replicou irônica. – Bom, talvez só um pouco, mas... Eu não acredito que chegue ao ponto de matar você, Will... Não se preocupe – falou um tanto quanto incerta. O rapaz olhou chocado para a namorada, enquanto sua família ria. – É brincadeira meu bem – Louise riu, acariciando sua face. – Tenho certeza que papai, assim como eu, achará que você é a pessoa certa.
William sorriu e aproximou-se dos lábios dela. – Eu amo você, sabia?
Harry
olhou a sua volta com um sorriso satisfeito, abraçou Hermione
de um lado e Cecília do outro. Suas meninas. Observou
seu filho abraçar sua afilhada, que sorria timidamente.
Adorava
sua vida. Porque, simplesmente, sua vida estava naquela sala... E
assim, era muito feliz.
----------------
FIM
----------------
Desculpem
gente, eu não resisti, essa música é linda
demais!! E eu achei a cara do capítulo... Na verdade, achei
o capítulo a cara desta música... Que se chama: With
Arms Wide Open – e é do Creed uma banda que, mesmo não
existindo mais, é perfeita - ao menos para mim... Ai merlim!
Eu "lovo" eles!
Eu
não sei se se escreve "legimância", ok? Desculpem-me
qualquer erro. Eu ia fazer uma cena com a Gina, mas desisti...
Desculpem que esse capítulo não foi lá grandes
coisas... Eu sinto muito mesmo se decepcionei alguém...
Bom
é isso! Beijão e acho que até a próxima!