Disclaimer: Na verdade Draco e Gina não são pessoas, são metáforas. Metáforas que J.K usa para nos dar a falsa ilusão de que um dia você ainda será acordada com um tipo Draco Malfoy prontinho para dar todo amor que você precisar.. ela só esqueceu de mencionar que a maioria dos gostosos foram suprimidos na Guerra do Faz de Conta. Neville existe para dizer "contentem-se com os feios".

N/A¹: Dedico este capítulo à Dani Sly (amo de paixão), à minha beta Donna Black (amo de igual forma) e a minha amiga Carol. Todas que me cobraram este capítulo muitas e muitas vezes. Sim, ele é para vocês.

N/A²: MSN da autora! para encherem de desaforos imprópios, att atrasadas (brincadeira) ou apenas para bater um papo amigável:

REPOSTANDO O CAPÍTULO APÓS PROBLEMAS NO FF. AQUELES QUE JÁ O LERAM NÃO PRECISAM VOLTAR A FAZÊ-LO!

Capítulo 3 – Conversa entre pai e filha

A jovem mirava com os olhos atentos o reflexo no largo espelho que revestia grande parte do banheiro feminino, virando-se em ângulos diferentes ela continuava a fitar a si mesma com caras e bocas sob diferentes posições. Em um outro canto do cômodo, sentada com as pernas estendidas a outra jovem olhava para a cena de forma tediosa e, como a pouco podia se ver, desgostosa. Ela era pequena para os 15 anos de vida, possuía 1,58 de altura aproximadamente, usava uma saia abaixo do joelho e casaco vinho com sapatos pretos e camisa e meias ¾ brancas. Os cabelos longos, de um castanho claro, estavam presos no alto da cabeça deixando o rosto juvenil amostra, que naquele momento esboçava uma carranca.

Após ouvir o décimo bufo da companheira em menos de cinco minutos, a garota, que ainda fixava os olhos no espelho, procurou pelo reflexo da outra no mesmo.

-Você não vai desamarrar essa tromba? – perguntou jovialmente, que só fez por aumentar a carranca da morena. – Vamos, Chris, não está nada ruim.

-Diga por você, eu achei horroroso. – rebateu, mexendo-se desconfortável no chão, os olhos pregados nos azulejos desprendidos das paredes.

-Um elogio iria te matar? – perguntou, ainda suportando o tom. A morena voltou os olhos para a amiga sorridente com a mesma expressão fechada.

-Você parece um menino bonito. – sorriu sarcástica, fazendo um bufo sair agora dos lábios da outra.

-Christine, você sabe ser insuportável, sabia?

-E você sabe ser extremamente burra quando quer. – respondeu, levantando-se com um impulso. – Burra, burra e burra! Você tinha um cabelo ótimo e agora tem essa.. coisa. – falou, pegando em um pedaço dos fios recém cortados da Weasley, que continuou a mexer com os próprios dedos os cabelos que não iam muito abaixo do maxilar.

-Christine você é uma chata.- A outra jovem de olhos azuis escuros, vestes vinho como a outra morena, e cabelos negros tão curtos quanto a Weasley, que até aquele segundo vigiava a porta do banheiro, se manifestou relembrando sua presença no recinto. – Parece aquele abutre da sua tia.

-Você está muito feliz não é, Anabelle? – resmungou sarcástica, chegando mais perto da morena que ainda mantinha os olhos atentos ao corredor fora do banheiro. – Conseguiu acabar com o cabelo dela!

-Eu não acabei com nada. – retrucou a outra.

-Como você explica essa.. juba na cabeça dela?

-É o corte da moda, vovó. – explicou, desviando seus olhos da porta e mostrando as duas o sorriso maroto que esboçava nos lábios rosados. – Pessoas normais gostam.

-Normal para você! – resmungou de cara feia para a morena. – E você é mais burra ainda deixando ela fazer isso com você. – voltou-se para Elizabeth que parecia se divertir com a situação. – Sua mãe com certeza não sabe de nada disso.

-Se ela soubesse eu estaria cortando o cabelo no shopping, e não colocando ele nas mãos da Anne. – falou, esboçando sorriso semelhante ao da outra, que deixara seu rosto após o comentário resmungando alguma coisa ininteligível.

-Tudo bem, - resmungou Christine após risos vindos da Weasley. - eu não sou sua mãe. E conhecendo a sua mãe, Liz. – fez questão de frisar, apontando para a garota que empunhava a varinha analisando os cabelos no longo espelho. – Tenho certeza que você vai ouvir hoje pela burrada que fez.

Após o pequeno discurso de Chris, Anne, com uma careta imitando a outra morena, jogou-lhe o que parecia ser um pedaço de papel higiênico molhado, enquanto Elizabeth limitou-se a revirar os olhos e voltar a proferir feitiços de secagem no cabelo ignorando a nova discussão que as suas duas amigas começavam no momento, que logo foi abafado pelo som estridente do término das aulas. Anne voltou à porta, pegando sua mochila no caminho, procurando por indícios de movimento.

-Já dá para ouvir o pessoal no segundo andar. – falou, após um palavrão audível, olhando para as duas outras ocupantes do lugar, que agora imitavam o gesto dela pegando suas mochilas próximas ao canto em que antes Christine sentara. – Vamos sair daqui, antes que algum monitor nos veja.

As três adolescentes saíram do banheiro misturando-se com um grupo pequeno de quartanistas que saíam de uma das salas de DCAT, não antes de Liz empunhar a varinha removendo resquícios de cabelo do chão e do próprio uniforme, andando com eles até duas portas duplas da saída da escola. Não demorou muito para a saída se abarrotar de estudantes de primeiro a sexto ano que se amontoavam junto a entrada obstruindo a passagem.

-Alguém vai almoçar aqui? – a pergunta veio de Christine, que após passar pelas portas duplas da escola trocara o uniforme vinho pelas vestes trouxas convencionais.

-Eu vou pra casa. – respondeu Liz, ajeitando uma boina preta sobre a cabeça e arrumando melhor a mochila sobre um dos ombros.

- Achei que tivesse treino hoje. – Anne se manifestou, enquanto sentava displicentemente em um dos bancos balançando no ar os tênis cor-de-laranja.

- Dane-se o treino! – exclamou a morena baixa, fazendo as duas, pelo menos uma cabeça mais altas, olharem para ela. – Nós temos um relatório de História da Magia para entregar na segunda e nós não fizemos NADA.

- Christine, menos. Temos todo o fim de semana pra fazer.

- Se você não notou, Anabelle, eu vou para Nebraska amanhã. – frisou sarcástica, recebendo um revirar de olhos da outra.

- Boa sorte com aquele abutre da sua tia. – cantarolou, não recebendo por pouco um estojo em forma de cachorro na cabeça.

- Ok.. Sobre o que nós vamos fazer aquele relatório?- interpôs-se a Weasley, sabendo já que a conversa resultaria em briga.

- Eu sugiro a queda de Barton, o terrível. – Anne falou, após ser empurrada de leve pela garota Weasley para outro pedaço do banco.

- Ele nem foi tão terrível assim. – retrucou arrumando a boina sobre a cabeça.

- Não, mas tinha um corpão. – sorriu, recebendo um olhar revirar de olhos de Christine e uma risada de Liz.

- A melhor opção seria Almorra Antar, a Darkins estava falando dela na última aula.

-Não era a bruxa louca que usava os maridos mortos como enfeite pra casa?

-Algo assim. – respondeu Liz, ao ver Christine nem fazer menção de ter escutado o que elas falavam, abrindo e folhando fervorosamente o livro grosso de capa roxa de História da Magia.

-Eu não quero fazer um relatório sobre a bruxa 'louca. – retrucou, Anne.

-Ela não era louca, a época era diferente. – explicou impaciente a baixinha do grupo.

-Ainda prefiro o bárbaro de belos glúteos. – sorriu marota.

- Nós não vamos fazer um relatório sobre o bumbum do cara. – Liz falou revirando os olhos, embora suportasse o tom divertido.

- Não, mas podemos botar fotos. – concluiu colocando um chiclete na boca e sorrindo vitoriosa.

- Às vezes eu me nego a acreditar que você é assim.

- Ok, eu vou pesquisar sobre algum assunto e trago um resumo amanhã, o resto vocês façam. – a pequenina disse. – E acho melhor você fazer alguma coisa sobre a Darkings Liz.

- Martha Darkings é o de menos na minha vida. – disse, displicente arrumando alguns fios para trás da orelha.– Aliás, estou muito bem em História da Magia.

- Não sabia que eles davam aula na detenção. – cutucou Anne.

- Você deveria saber, está sempre lá. – retrucou com um sorriso maroto, ao que a morena lhe mostrou a língua.

-Liz.. – chamou a atenção das duas, Christine, que fitava a saída da escola sem participar da brincadeira de Anne roubar a boina de Liz e esta tentando recuperá-la quase deixando ambas irem ao chão.

-O que foi, Chris? – perguntou a Weasley, conseguindo recuperar a boina após um descuido da morena.

-Aquele ali.. Aquele ali não é o...?– então se calou apontando para mais a frente, as duas desviaram o olhar para a saída do colégio onde um grupo de meninas de sua turma conversavam com um homem loiro alto.

A Weasley levantou do banco em busca de um melhor ângulo de visão. Seus olhos se arregalaram ao constatar o inevitável.

-O que, diabos, ele 'tá fazendo aqui? – balbuciou, reconhecendo a figura.


Não conseguiu ignorar o sorriso vitorioso que transpassou o rosto de Blaise quando se voltou para ela após falar com o grupo de estudantes.

-Não era ela, né? – perguntou prontamente. E ele parecia uma ninfa saltitante após a resposta silenciosa de Draco. – Eu te disse, eu te disse, eu te disse. – cantarolava ele saltitante sob o olhar entediado do loiro e os confusos olhares das outras quatro adolescentes próximas. – Ahhhh.. eu te disse.

-Você quer parar com isso? – trovejou com impaciência o loiro que agora andava mais a frente não querendo ser reconhecido com o moreno que ainda saltitava.

-Não. Esta é a minha forma de protesto contra a exploração que eu venho sido submetido ao longo desse dia.

- Você, explorado?

- Exatamente. – exclamou, parando drasticamente com seus pulos - Meu trabalho está em jogo, meu crédito está em jogo, meu casamento está em jogo e PRA QUÊ? Pra você encontrar a filhinha errada!! – apontou para a menina ruiva que saiu correndo com as outras três logo em seguida.

- Ainda posso encontrá-la. – exclamou. – Só queria que as coisas andassem mais rápido.

- Eu posso perder o meu emprego por causa dessa sua excentricidade.

- Você não vai perder o seu emprego Zabine, você trabalha pra mim lembra?

- É, mas vou perder o meu membro mais precioso quando eu chegar em casa. – reclamou com uma carranca.

- Isso é uma das coisas de se casar, você fica preso a uma pessoa o resto da sua vida. – disse começando a andar de encontro ao conversível preto estacionado do outro lado da rua.

- Se Nicole vier me acusando eu vou botar toda culpa em cima de você. – falou acompanhando o amigo.

- Acabei de ver quem tem as rédeas desse casamento. – disse, recebendo um olhar raivoso em seguida. O loiro meramente deu de ombros, lançando um último olhar as suas costas para a entrada da escola, agora, quase vazia. Pôs-se a fitar as portas duplas, agora intocadas, embora a lógica dissesse que a garota, quem quer que fosse, já deveria ter saído por elas a uns bons 15 minutos. Virou-se novamente, vendo o amigo atravessar o chão asfaltado da rua e começou a seguir os passos do mesmo, atravessando sem receio um grupo de adolescentes que lhe lançaram olhares assassinos, mas não fora este olhar que o fizera parar.

Sentira a nuca queimar de forma incisiva, quase cortante, ao virar-se para a rua. Era ela, só podia, mas não fazia idéia de onde poderia estar a garota, seus olhos não captaram nenhum sinal de cabelos ruivos naquela entrada ainda com alguns alunos. Então o olhar cinza que varria o lugar parou e o olhar que encontrou não era nem de longe parecido com que achara, o fitando em um misto de descrédito e interrogação.


Eram 12:20 quando a lareira apitou da sala de estar. A ruiva que cozinhava sobre o fogão soltou rapidamente a travessa de arroz sobre a bancada e se aproximou da mesma, tirando as grandes luvas cor-de-rosa de cozinha. Logo as chamas mudaram e o rosto familiar tomou as labaredas alaranjadas.

- Olá Alícia. – cumprimentou sorridente.

- Olá Virgínia, desculpe incomodá-la, almoço? – perguntou a mulher com um firme coque sobre a cabeça, de uns aparentes 40 anos.

- Acabei de pôr na mesa, servida?

- Não obrigada, eu só queria saber, a Chris não está por aí?

- Não, a Liz nem chegou em casa ainda. – a ruiva viu a mulher suspirar depois lhe sorriu.

- OK, se a vir peça para ela me ligar, ok?

- Ok, eu peço. –sorriu, então viu as chamas tomarem a lareira novamente.

Levantou-se do tapete ao qual se ajoelhara, limpando a fuligem do avental, e andou novamente até a cozinha com passos apressados. Com um aceno dois copos se postaram na mesa onde os pratos já repousavam, o relógio marcava 12:22.


-Olá. – começou incerto, embora o sorriso que estampasse transbordasse confiança.

E a única reação dela foi olhá-lo interrogativa.

Okay. Ele admitia que devia ter elaborado a abordagem à garota com mais afinco, mas ficava meio difícil quando a próxima possível manchete do Profeta Diário com o título "A Herdeira" e a foto da pirralha ruiva e sardenta com roupas de segunda-mão vivendo em um subúrbio dos Estados Unidos lhe ricocheteava a mente.. Além da sua possível morte iminente ao término da leitura matinal de sua mãe.

Tentando ignorar ao máximo a imagem de Narcisa correndo atrás dele com um machado ou coisa do gênero, ele forçou-se a esboçar um sorriso no rosto.

-Você é Elizabeth Weasley.. eu suponho. – perguntou, e após alguns segundos fitando em silêncio com a expressão inabalada ela apenas meneou a cabeça positivamente. Não reprimiu um sorriso ao ouvir a resposta, achara a filhote da Weasley, exatamente como planejara. –Suponho também que essas duas jovens sejam amigas suas, não? – perguntou, sentindo sua confiança aumentar após a resposta afirmativa da adolescente a sua frente.

Mais uma vez a resposta não passou de um movimento de cabeça dela. Começava a achar que a garota era tão pateta quanto o irmão mais novo da Weasley quando meneou a cabeça com um cumprimento as outras duas que o fitavam quase da mesma maneira que a outra, mas o olhar enraivecido que recebeu após voltar os olhar para Elizabeth fez com que mudasse rapidamente essa idéia.

-O que você 'tá fazendo aqui? – a garota trovejou, direta como balaço no seu estômago cortando os pensamentos de vitória que se instalavam na sua mente.

Okay, ele não esperava por isso.

-Vejo que não preciso me apresentar. – a fala arrastada e o sorriso inviés absorvendo o receio abrupto que lhe atingiu. – Pelo visto sabe quem sou eu.

-Eu sei quem é você. – falou, e a voz veio quase.. rosnada, sentida de tal forma que por um segundo ele a olhou friamente, o que tratou de esconder rapidamente.

-Então você sabe quem eu sou, não é?

- Sei, o fornecedor de esperma. – respondeu, e ele viu com os seus olhos cinzas surgir um sorriso sarcástico na face juvenil. – Se veio pedir de volta, acho que você 'tá um pouquinho atrasado.

- Não esperava que estivesse. – sorriu, colocando as mãos nos bolsos da calça. – Porque é exatamente por isso que eu estou aqui.

- Para doar esperma? – perguntou sarcástica.

- Para falar com você. – disse, mantendo o sorriso intacto no rosto, enquanto via o rosto dela voltar a expressão inquisitiva.

- Conversar sobre o quê?

- Coisas que eu acho que você deveria saber.

- Que seriam..?

- Sobre a..-olhou de relance para as duas outras adolescentes que o fitavam claramente contrafeitas- nossa situação.

-Não existe "nossa situação", Sr. Malfoy.

-Creio que exista, senão você não estaria aqui bem na minha frente e eu provavelmente estaria em outro lugar. – respondeu calmo, não deixando-se alarmar pelo tom usado por ela anteriormente.

- Você vai morrer ou alguma coisa assim? – ela perguntou, uma sobrancelha erguida em sinal de confusão.

Ele riu, embora tivesse uma forte possibilidade do acontecimento ocorrer se ele chegasse na Mansão Malfoy sem notícias agradáveis para a Sra. Malfoy.

- Não é este tipo de conversa. É, menos obscura do que isso com certeza. – sorriu.

- Olha, - começou, abaixando-se apenas para colocar sobre um dos ombros uma mochila preta. - eu não sei o que você quer, e porque está aqui.. mas eu acho que você não tem nada que eu queira ouvir. – as duas adolescentes que acompanhavam a Weasley imitaram seu movimento pegando suas mochilas e levantando do banco que estavam sentadas.

- Como pode saber?

- Acho que se tivesse, minha mãe teria me contado. – respondeu simplesmente.

- Sua mãe tem como lhe contar algo que ela mesma não saiba.

- Então se ela não sabe, não é do meu interesse. – sussurrou, dando as costas para o homem andando em direção à rua. As duas outras a acompanharam no mesmo momento.

Okay, ele não iria tolerar infantilidades de uma pirralha, pensou consigo mesmo, enquanto andava na mesma direção que a garota.

- Como pode ter tanta certeza?

- Porque eu não conheço você, talvez?

- Sinceramente, acho que temos algo em comum.

- Então pense de novo. – respondeu calma, enquanto atravessava a rua.

-Você não quer saber o porquê de eu estar aqui?

-Eu já tenho uma idéia formada, obrigada.

Se antes ele já começava a perder a paciência com a arrogância da filha da Weasley, agora qualquer que fosse a paciência que ele ainda tinha, acabara de se esvair totalmente quando viu as três garotas já com os pés na calçada paralela a que ele estava andando para longe. Soltou um palavrão baixo, chutando uma lata que alguém deixara ao chão tentando bolar um plano rápido para atrair a atenção da garota que estragaria seus planos. Mas antes que pudesse bolar alguma idéia que pudesse dar certo ele foi acordado pelo berro da mesma garota ao ser elevada no ar por um moreno bem conhecido.

-Eu vou matar o Zabini. – resmungou, rapidamente correndo para o outro lado da rua onde o homem de 33 anos tentava segurar uma adolescente de quase 1,70 de altura que tentava com todas as forças bater no rosto de seu agressor com a ajuda de outras duas garotas que praticavam a mesma ação, chutando Blaise em todos os lugares em que pudessem alcançar.

E um desses lugares deveria ter sido bem doloroso, porque ele viu Blaise se encolher quase ajoelhado no chão, com uma expressão de sofrimento agudo no rosto, soltando a adolescente que parecia pronta para esmurrá-lo com o máximo de força possível.

-Para! Calma, calma. – gritou, ainda correndo para alcançar as figuras antes que Zabini sofresse algum ferimento permanente. – Elas estão comigo, obrigado. – falou ao dono do bar-restaurante, que vinha correndo com uma vassoura na mão junto com um outro trouxa muito alto para ser só um trouxa, pensou ele. Sorrindo hesitante para os dois que ainda olhavam a cena desconfiados, ele virou-se para o estranho grupo formado pelas três garotas, vermelhas e com expressões assassinas, e por Blaise, caído no chão com a mão sobre um dos olhos, com a expressão igualmente enfurecida. Pelo visto Elizabeth havia ignorado seu aviso para parar.

-Você conhece ele? – perguntou, a mais alta do grupo, uma morena com cabelos curtos negros com pontas apontando para todos os lados.

-Sim, é amigo meu. – respondeu, tomando ar, enquanto observava Blaise tentando conter a si mesmo, provavelmente querendo matar a filha da Weasley.

-Você tentou seqüestrar ela? – perguntou com indignação a outra morena, bem mais baixa, apontando para Blaise que naquele momento tentava se levantar sem levar um chute das outras duas garotas.

-NÃO! – apressou-se em responder, mas a pequena Weasley já arregalara seus olhos olhando se Blaise para ele com a expressão igualmente indignada.

-VOCÊ TENTOU ME SEQUESTRAR?!? – berrou ela de forma que a fala podia ter sido escutada até o final daquela esquina. Agora sim ele estava lascado.


O relógio continuava a trabalhar, a cada segundo propagando o seu barulho irritante costumeiro lhe preenchendo os ouvidos e abarrotando o ambiente quase vazio senão fosse pela mulher ruiva apoiada sobre a copa. Seus olhos vagavam por sob a comida, agora fria, que jazia intocada sobre a mesa e a porta da sala que ela esperava ser aberta a qualquer instante.

Instante esse que durava 45 minutos.

Tudo bem, como mãe sabia que Liz não era o exemplo de pontualidade, mas ela nunca chegara mais do que meia hora atrasada em casa. Desviou os olhos para o objeto preso a parede, e para seu infortúnio ele continuava a trabalhar. Desencostou-se da tábua de mármore e meneou a cabeça enquanto andava até a mesa do telefone onde repousavam as chaves do carro.

Ia tirar essa história a limpo.


-Eu odeio você. – rezingou o moreno, com a fixa tromba que havia posto no rosto nos últimos 20 minutos e um copo de whisky com muito gelo sobre o olho esquerdo. Draco ignorou o amigo, pedindo para o atendente trazer mais dois copos de whisky para os dois, enquanto lia o menu do bar-restaurante. Os últimos 20 minutos haviam feito ele ficar com muita dor de cabeça.

Após o berro da mini-Weasley, metade dos trouxas que passavam na hora se aglomeraram em volta da cena, boa parte deles eram homens que já estavam prontos para bater nos dois que abalavam a paz do bairro calmo, o que não ajudava em nada a ele a resolver um plano (porque se dependesse de Blaise eles sairiam dali após mandar um crucio em cada um dos presentes, revelando o segredo do mundo Mágico inteiro, fazendo uma catástrofe para os dois e para o Ministério que teria que lançar um obliviate em cada pessoazinha os mandando direto para Askaban, que estava desativada após a queda de Aquele-que-não-devia-ser-nomeado, mas que poderia abrir uma exceção para os que acabaram com o segredo dos bruxos desde a idade de Merlin) com tantos pensamentos lhe chegando a mente e tantos desfechos para o final daquele acontecimento.

Por um milagre de Merlin Elizabeth resolveu intervir, dizendo que havia se exaltado após uma brincadeira de mau-gosto e que estava tudo bem com as três estudantes, agora o pequeno trio estava sentado em uma das mesas do fundo do estabelecimento, após a vigésima tentativa de Draco de tentar convencê-la a conversar com ele, esperando pelos dois homem que estavam no bar bebendo após aquele breve episódio. Blaise após receber um soco da garota, não havia parado de reclamar, motivo suficiente para chamar atenção ainda dos trabalhadores do bar que deveriam achar que os eles eram dois pervertidos em busca de confusão, pela maneira que o gordo dono do bar lhes lançava olhares desconfiados com seus bigodes de leão marinho movendo-se de um jeito estranho, enquanto secava um dos copos com um pano que um dia fora branco.

-Dá para parar de resmungar, já basta o fiasco que você aprontou ali fora.

-Como é que você a deixou bater em mim?

-O que queria que eu fizesse? Batesse nela? – perguntou, recebendo um muxoxo em resposta.

-Nunca mais ajudo você. – resmungou novamente, bebendo o restante do whisky, pegando em seguida um novo copo que um rapaz de cabelos loiro-ocre trouxe até eles.

-Grande ajuda que você deu, quase apanhamos por sua culpa.

-A garota 'tava fugindo, o que queria que eu fizesse?

-Qualquer coisa, menos agarrar uma menor de idade- frisou impaciente - debaixo do nariz de um monte de trouxas, que achariam que você estava seqüestrando a ela.

-E você queria que eu pensasse isso tudo em segundos? – defendeu-se o homem, trazendo o novo copo cheio de gelo até o olho machucado.

-Você não pensaria isso nem se tivesse uma hora. – sibilou baixo, sabendo que os olhos do dono do bar ainda se encontrava fixo neles.

Blaise resmungou mais uma coisa ininteligível, mas ele não prestava mais a atenção, um outro assunto mostrava mais importância naquela hora.

- E aí.. O que achou? – perguntou ao homem, após alguns segundos, mostrando com a cabeça a mesa ao fundo do bar.

- Que você tem um rabo do tamanho de um hipogrifo. – respondeu sorvendo um gole do amargo conteúdo do copo.

- Para a minha, e a sua sorte. – devolveu, bebendo do próprio copo.

- Minha sorte? – inquiriu quase divertido. – O que eu tenho a ver com essa história?

- Sinceramente Blaise, se ela fosse uma cópia do tio xucro e pobretão você acha que eu ia descontar a minha raiva em quem?

- Faz sentido. – respondeu, agora de costas para o bar. – E afinal de contas, os genes Malfoy foram mais fortes.

- É. - meneou a cabeça enquanto os olhos prendiam-se na mesa mais afastada do bar. Duas garotas, ambas morenas, estudantes, falavam sem parar desordenadamente para uma terceira que parecia não ouvir uma única palavra, e era esta terceira que tinha toda a atenção do loiro. A garota que o perturbava em pensamentos nas últimas 19 horas, a razão de em seus ouvidos ainda ecoarem as palavras proferidas por Narcisa na noite de quarta-feira, estava ali, bem a sua frente com seus dois grandes olhos azuis o fitando sem fraquejarem um segundo sequer. Os cabelos não pareciam incomodá-la, embora lhe ficassem sobre as vistas, curtos cabelos loiros, dourados como de sua bisavó Shaula.

Não podia negar, era bonita, era uma Malfoy, tinha todos os traços que lhe marcavam a origem. Era a garota certa.

E Narcisa iria beijá-lo quando a visse.

Seus pensamentos foram cortados bruscamente pelo amigo que lhe balançava o copo em frente ao rosto, ele lhe lançou um olhar e começou a andar calmamente em direção a mesa que fixava o olhar anteriormente, suspirou largando o copo sobre o bar e andando de encontro ao grupo.

E o olhar que as três lhe lançaram o fizeram querer voltar para a sua bebida.

Sentou-se na última cadeira vaga na pequena mesa circular bem ao lado de Blaise, os punhos fechados sobre a mesa de madeira que cambaleou em contato com o peso dos braços dele e elevou os olhos vendo as três faces adolescentes com seus olhares curiosos sobre si. Blaise se ocupava em observar duas trouxas em uma mesa vizinha.

Ele abriu um sorriso esperando que fosse um bom começo para aquela conversa.

-Acho que estamos mais íntimos após esse momento caloroso que se desenvolveu lá fora. – falou divertido, as três automaticamente desviaram os olhares para Blaise, que embora olhasse para os lados, parecia prestar a atenção já que voltou a amarrar a tromba de anteriormente. – Então eu queria saber se você tem alguma pergunta pra fazer. – A loira o olhou como se ele fosse um Trasgo.

-Esse aí,- apontou para Blaise com o polegar – tentou me seqüestrar agora a pouco, você realmente tem dúvida de que eu tenho ALGUMA pergunta pra te fazer???

-Eu não tentei te seqüestrar. – defendeu-se Blaise, parando de olhar para as curvas da atendente de uma das mesas, voltando a atenção para a adolescente com o semblante indignado.

-E o que você chama aquilo que aconteceu agora a pouco? – a morena baixinha é que se manifestou dessa vez, com a expressão de irritação igual ou maior do que a amiga.

-Eu falei com você? – o moreno retrucou, agora, no mesmo tom da adolescente, acabando por fim com a paciência de Draco.

-Podemos conversar a sós? – perguntou o loiro, que teve os olhares indignados desviados para si. – Eu digo na mesma mesa, ninguém precisa sair daqui. – completou, antes que pudesse ser interrompido.

Ela continuou a olhá-lo sem mover-se e por um segundo ele pensou que ela não tivesse ouvido uma única palavra dele, até que ela virou-se para as outras duas, e pediu que elas se sentassem em outra mesa. Blaise já havia sumido do seu campo de visão. Uma vez sozinhos, a loira cruzou os braços sobre o peito olhando-o incisivamente com os olhos azuis muito claros.

-Então..- começou ela, que parecia se segurar para não fazer um escândalo pelo tom rosado que as maçãs do rosto tomava. - O que você quer?

-Como eu comecei anteriormente, conversar.

-Conversar? – retrucou sarcástica, mas ele não se abalou. – E sobre o que você quer conversar?

-Sobre você.. sobre a sua mãe.. e sobre o meio em que vocês estão vivendo no momento.

-E em que meio nós estamos vivendo, exatamente? – perguntou ela, apoiando os cotovelos sobre a mesa de madeira.

-Não pense que eu estou querendo lhe ofender. – apressou-se a falar, embora falasse calmo, o tom levemente irritadiço dela não lhe escapou aos ouvidos.

-Eu nem pensaria, nisso. – sorriu amarelo, batucando de leve os dedos na mesa. O movimento não lhe escapou despercebido, tão pouco.

-Quer dizer, você tem... 15 anos, e estuda numa escola que.. bem.. não é do mesmo nível que a da sua mãe, por exemplo, quando tinha a mesma idade. – começou cauteloso.

-Hogwarts não existe mais. – ela disse simplesmente. Hogwarts fora o campo de batalha do último combate entre Voldemort e Harry Potter no ano em que ainda freqüentava a escola, mesmo com Potter tendo vencido o Senhor das Trevas a escola não havia tido a mesma resistência, desmoronando ao final da batalha, não tendo atividades desde então no lugar que havia sido quase santificado após o término da Era Negra.

-Verdade, mas a Inglaterra possui escolas tão boas quanto. – disse, com os pensamentos da última luta já escapando de sua mente.

-St. Anthony é uma ótima escola.

-Não tenho dúvida. Apenas digo que existem melhores do que essa, para uma garota como você.

-Uma garota como eu? – reiterou, sorrindo sarcástica. – E que tipo de garota sou eu?

-Uma garota com uma mãe que certamente, batalha muito pela melhor educação. – disse, pegando pelo coração, amenizando de leve o olhar dela que ainda continuava tão cortante como antes.

Porém ela não respondeu, o que ele interpretou como um sim mudo.

-Tenho certeza que há escolas que seriam muito mais participativas no seu desenvolvimento acadêmico.

-Foi para falar de escolas que você veio até aqui?- ele sorriu, mesmo com a rispidez que sobressaiu na fala dela.

-Como disse.. a conversa é sobre você.. e a sua mãe. Acho que a educação é um tópico interessante a ser desenvolvido.

- Eu pareço ter que idade pra você? – ela perguntou de súbito. Ele tentou permanecer com o mesmo semblante.

-15.. talvez 16 por...

- Eu pareço ter 15?

- Sim.

- Então porque está me tratando como se tivesse 5?

A pergunta veio de repente e a fala ficou presa na garganta, enquanto os olhos cinzas ainda fitavam o azuis impassíveis.

-Você tem a língua bem afiada para a sua idade, não é? – perguntou, deixando de lado as perguntas que já tinha em mente e deixando-se prestar a atenção naquele ser a sua frente. Ela deu de ombros com um sorriso transbordando ironia nos lábios.

-Talvez seja um defeito genético.


-Diretora Princey, eu realmente não sei como três adolescentes podem sumir debaixo do seu nariz e ninguém faz NADA. – exclamou a ruiva, andando de um lado a outro da pequena sala.

-Sra. Weasley, eu sei como a senhora é muito apegada à Elizabeth, mas não pode vir acusando a escola de negligenciar suas funções quanto ao fato das três meninas não terem voltado para casa no horário estipulado. – a mulher complacente de 60 anos falou contrastando muito com a aparência marcada nos traços daquele rosto que muito vira e ensinara.

-Eu só não entendo, como a minha filha pode ter sumido desta escola sem ao menos ser percebida. – falou a mulher, o sarcasmo destacando na voz.

- Virgínia, - começou a mulher inclinando-se na cadeira para chegar mais perto da mulher - Christine Elliot, Anabelle Wington e Elizabeth saíram da escola como todos os outros estudantes ao meio-dia em ponto. Ela não sumiu de dentro desta escola. – explicou calmamente, vendo a mulher remexer-se inquieta. – Agora, você pode fazer o favor de se sentar? Está me dando tontura. – sorriu, vendo a expressão da mulher não amenizar, mas conseguindo que ela se postasse na cadeira em frente à secretária. (N/A: escrivaninha)

A mulher continuou a sorrir, e com um aceno da varinha duas xícaras de porcelana chinesa apareceram sobre a mesa.

- Açúcar? – ofereceu, recebendo um aceno negativo. – Pense um pouco querida. As três não poderiam ter ido a algum lugar? A uma liquidação de roupas no shopping talvez? – a ruiva sorriu incrédula.

- Seria mais fácil a Liz estar se refugiando no ônibus dos Falcons para roubar o bastão do batedor. – sorriu nervosamente, os lábios se contraindo em uma linha fina. – Não tenho a mínima idéia onde ela possa estar.

- Algum parente seu, talvez? – tentou novamente a diretora.

Ela meramente negou, a cabeça pendendo em uma das mãos, a frustração dando lugar ao medo.

- Não me parece que essa é a sua única apreensão Virgínia. – a mulher falou, estudando a expressão da ruiva.

- Muitas são as minhas preocupações, senhora Princey. – respondeu, breve, os olhos se focando em algum ponto do chão de carvalho.

- Sabe, - começou ajeitando-se sobre a cadeira giratória – seria bem mais fácil se a senhora se lembrasse do que a faria atrasar demasiado a volta pra casa. Algum problema que ela esteja tendo? Algum evento social? Alguma colega precisando de ajuda?

- Liz não fugiria de casa por alguma nota estúpida em História da Magia e nenhuma das amigas dela sabe onde ela está.

- Mas me parece que a senhora tem idéia de onde ela possa estar. – os olhos azuis recaíram sobre a figura sentada a frente de sua mesa, ainda com a mão apoiando o queixo enquanto mexia-se de forma inquieta. Os castanhos então moveram-se até a mulher idosa, que lhe deu um sorriso pequeno.

- Que Merlin deseje que eu esteja errada.


Estava ali batucando os dedos de forma ritmada sobre a estrutura de madeira, o único entretenimento que achara nos últimos 10 minutos, suspirando em meio a goles do seu viciante amargo. Pegando o copo baixo de cristal ele levou aos lábios seu segundo entretenimento. Nem uma gota de álcool.

"Merda" pensou, largando de qualquer jeito o copo sobre a mesa. Suspirou olhando para o lado avistando as duas trouxas que o olhavam rindo por vezes, sua cabeça pendeu de forma sexy quando ele lançou seu melhor sorriso "38 dentes" para as duas beldades.. ou algo assim.

- Você trabalha? – ouviu ao longe, e não teria se importado se a pergunta não tivesse vindo acompanhada de um chute por baixo da mesa.

- Auch! – se viu exclamando enquanto segurava a canela. – Qual é a sua?

- Você trabalha? – a morena baixa reiterou indiferente.

-Sim. – respondeu ainda sentindo a canela latejando.

- Onde? – perguntou novamente, fazendo o moreno a olhar.

- Numa fábrica de artigos esportivos.

- Qual é o nome? – a ouviu perguntar novamente, e dessa vez arregalou os olhos.

- Isso é um questionário ou algo assim?

- Você não parece trabalhar. – ela respondeu, sem se importar com o tom dele.

- Por que você diz isso?

- É quase 1:00 da tarde e você está sentado em um bar em São Francisco tomando uma garrafa de Whisky. Isso não parece a postura de um cara que trabalha.

- Eu não estou tomando mais, vê? – mostrou o copo vazio bem próximo ao rosto dela. – Mas isso vai mudar. – respondeu sorrindo forçadamente enquanto estalava os dedos na tentativa de chamar a atenção de algum garçom.

- Você realmente não parece trabalhar.

- Pois trabalho. – respondeu afetado.

- Você parece um boa vida, que tem as contas pagas por terceiros e fica ébrio o dia inteiro. – disse e Blaise a olhou como se fosse um alien.

- O quê?

- Ela disse que você parece um bêbado boa vida. – explicou Anne, sorrindo de forma maliciosa.

- Eu não sou um boa vida. – retrucou indignado.

- Parece. – falou novamente a pequena.

- E você parece um.. um.. uma bisbilhoteira.

- UAU. Vocabulário extenso esse seu. – respondeu, malcriada.

- Ignore ela. – a segunda garota falou, olhando solenemente para ele. – Você conhece Brook Antony? – perguntou animada.

- Quem?

- O cara do comercial de tênis. – explicou meigamente, analisando o rosto bonito do homem. – Você trabalha em uma fábrica de artigos esportivos, não é? Deve ter ao menos conversado com ele alguma vez.

- Eu trabalho em uma fábrica de artigos para quadribol. – explicou, já com a paciência limitada, onde estava a porra do garçom?

- E o Kevin Broamoor? Tenho três revistas sobre ele. – falou animada, e o homem a olhou indignado.

- Ele jogou no Falmouth Falcons, foi engolido por um Meteoro Chinês em 72.

- Urgh.. nojento. – exclamou, e ele pensou o quanto era um ótimo amigo por ainda estar sentado naquele bar medíocre.

- Olha só.. – a outra, que agora o lembrava vagamente sua avó Norberta, começou. – Não querendo ser impertinente ou coisa e tal, mas o que esse seu amigo veio fazer aqui, afinal?

- Você é cega? Ele não está sentado nessa pocilga à toa. Ele tem que falar com a garota.

- Com a garota? – ouviu-a repetir com desdém. – Você nem ao menos sabe o nome dela!

- Eu não sou o pai dela, - frisou. - a seis horas atrás nem sabia que ela existia!

- Pois que continuasse não sabendo, ela estaria bem melhor com vocês dois bem longe daqui. – apontou-lhe o dedo em riste.

- Mas acho que não é você que escolhe isso, não é? – debochou rindo levemente.

- Mas com certeza quando a Gin ouvir isso ela não vai gostar nenhum pouco.

- Qual é o seu nome?

- Christine Elliot.

- Pois bem Christine, quando você virar uma sedentária obesa, sem marido, vivendo nesse buraco, lembre de me chamar. –levantando-se. – Um homem ébrio, às vezes precisa se divertir. – sorriu, andando em direção ao bar com o copo firme entre os dedos.


- Você sempre come aqui? –perguntou, admirando-se como ela poderia ingerir.. o negócio amarelo embolado que aquelas pessoas chamavam de "da casa". Ela apenas deu de ombros dando mais uma garfada em seu prato. O dele continuava intocado sobre a mesa.

- E tenho treino as três horas. – falou olhando por um segundo para o relógio em uma das paredes do lugar. – Então, acho melhor você falar o que quer de uma vez.

- Gosta de quadribol? – perguntou, aproveitando a oportunidade do assunto em pauta.

-Isso faz parte das perguntas? – ela perguntou, limpando a boca com o guardanapo.

-Apenas curiosidade.

-Se eu vou para o treino a resposta é meio óbvia. – respondeu cortante, ele não se deixou abalar.

-Você torce para que time? Americano eu suponho... – ela não fez menção de responder a pergunta, e realmente não achou que ela fosse responder, mas inesperadamente ela falou após um gole de.. coca?!

-Não é americano. – disse, e tinha certeza que ela não falaria mais do que aquilo.

-Você quer me fazer alguma pergunta? – mudou a tática, fazendo os olhos azuis que se encontravam no.. troço amarelo, voltaram-se para eles. – Acho que você tem algumas pra fazer, certo? – ela continuou a olhá-lo mastigando o que tinha na boca, após engolir ela levou novamente o guardanapo aos lábios.

- Simples. O que você está fazendo aqui em São Francisco? Porque ao que eu saiba, você é de Londres.

- Sua mãe lhe contou que eu moro em Londres?

- É. – respondeu sucinta. – Disse que tem uma casa lá com o seu nome.

- É uma mansão, fica em Wiltshire. – sorriu, envaidecido.

- Disse que você mora lá com a sua mãe. – sorriu sarcástica. Ele cerrou levemente o cenho, a expressão irônica dela lembrando muito a Weasley mãe por um segundo.

- Na verdade, - começou. – Ela mora na mansão. Eu tenho um apartamento em Bristol.

- Fica longe de Wiltshire.

- Exatamente. – sorriu. – Mais alguma pergunta?

- A mesma. – respondeu prontamente.

- Preciso falar com a sua mãe.

- Sobre..?

- Digamos que eu preciso que ela me ajude com um pequeno mal-entendido. – sorriu.

Ela pareceu pensar um pouco, e ele sentiu como se o olhar dela tivesse tentando vasculhar-lhe a mente.

- Então.. por que você está aqui? Digo.. na frente da minha escola. – perguntou após um momento de reflexão.

- Por quê? Bem.. curiosidade.

Agora ela o olhava confusa.

-Curiosidade? – repetiu ela, tão baixo que ele pensara por um momento que a pergunta não era para seus ouvidos. – O que quer dizer?

-Bem.. Você não teria curiosidade de conhecer alguém que você sempre ouviu falar, mas nunca, na verdade, pôde ver com seus próprios olhos? – perguntou, aproximando-se mais com a cadeira para a loira, que pareceu não notar. – É algo que você ache normal, eu suponho.

-Normal? – reiterou– Normal, você diz? – ele abriu a boca para falar, mas ela continuou. – Há 15 anos você não pisa no mesmo país que a minha mãe, e agora.. Você está na minha frente, tomando suco de abacaxi com o especial do seu Louie.. – ela falou, mas embora continuasse com o cenho franzido o tom era de diversão. – Realmente eu não acho isso nada normal.

-Se você leva para esse lado...

-É o único lado. – cortou a fala do Malfoy, fazendo o mesmo voltar os olhos cinza para os dela. Ele ficou repentinamente sério.

-Você tem o direito de pensar o que quiser. – disse seco, os olhos agora moviam-se para qualquer lugar, menos para a loira a sua frente.

Um silêncio desagradável se instalou após aquele momento, onde ela continuava a comer, por vezes voltando os olhos para o homem que fazia de tudo, até dar uma garfada na gororoba do tal Louie, para não ter motivos a recomeçar a conversa.

Draco, que ainda olhava para qualquer canto do bar impressionado por um lugar tão xexelento como aquele ter um movimento até bastante grande, forçou-se a parecer confortável e continuar a conversa, essencial para seus planos.

-Mas então.. – começou, forçando um sorriso. – Como vai a sua mãe?

Da mesma forma que voltara o tom natural dele, voltara o olhar desconfiado da loira, que elevou uma das sobrancelhas.

-Porque você quer saber?

-Nada. – elevou os braços de forma a se mostrar inocente. – Apenas fiz uma pergunta inocente. – sorriu, baixando os braços e apoiando-os na mesa cambaleante. - Você é sempre desconfiada dessa maneira?

Pela expressão dela a resposta era mais do que clara.

-Você quer falar o que com ela?

-Assuntos de conhecimento dela. – respondeu simplesmente, e ela o encarou procurando por mais respostas que o loiro fez questão de omitir.

-Que tipo de assunto?

-Desconfiada e curiosa. – disse ele baixo, sorrindo ironicamente. A garota pareceu não gostar nada da resposta. – Você parece muito mesmo com a sua mãe. – ela não fez comentários, então ele continuou. – Por isso gostaria da sua ajuda.

-Minha ajuda? – reiterou, com a mesma expressão confusa e interrogativa que ele vira na frente da escola mais cedo. – Com o quê?

-Com a tal conversa que eu e sua mãe temos muito que ter.

- E porque eu ajudaria você? – perguntou, uma sobrancelha erguida inquisitiva enquanto os braços se postavam em frente ao peito.

- Não sei.. – respondeu. – Mas talvez você saiba. – sorriu. E viu o olhar inquisitivo se intensificar no rosto dela.

- O que eu poderia fazer?

- Convencê-la a falar comigo é um bom começo. – ela riu, desdenhosa.

- Acho que ela preferiria cortar a orelha.

- O assunto é de interesse dela. – completou, vendo que ela parecia achar graça daquela situação.

- Então porque não falou diretamente com ela?

- Não acho que ela vá querer me ouvir.

- E quer usar a filhinha dela contra ela não é? Estou chocada. – falou de forma penalizada, sorrindo sarcástica.

- Digamos que seja uma forma de auto-preservação.

- Então acho que perdeu seu tempo aqui. – respondeu, sucinta, encostando as costas na cadeira.

-E porque você diz isso?

-Porque eu prefiro comer grama a ajudar você em alguma coisa. – disse, fria como nunca antes naquela conversa.

Ele quase não viu quando ela tomou o resto do refrigerante que se encontrava no copo alto de vidro e pegou a bolsa sobre uma das cadeiras, jogando-a por sobre um dos ombros. Quando voltou a si, ela já começava a levantar da cadeira.

-É falta de educação sair da mesa com comida no prato. – disse em um tom ameno, olhando dela para o prato que ainda tinha metade da estranha comida. Olhando para o loiro, ela apenas pegou o próprio prato com uma das mãos e o jogou de uma distância pequena sobre o prato do outro, que ainda se encontrava cheio, fazendo com que boa metade saísse pelas bordas, espirrando levemente na camisa do loiro, ela lançou um olhar divertido levantando ambas as sobrancelhas com um sorriso simpático no rosto, que aos seus olhos não poderia ser mais forjado, enquanto ele forçava-se a não puxar a varinha do bolso do casaco marrom que usava, pegando o seu guardanapo, que não fora preciso usar já que o máximo que ele comera daquela comida fora uma garfada ele comprimiu sobre a camisa preta o papel absorvente, segurando-se com todas as forças contra a cadeira.

Foi só quando ouviu a porta do bar abrir que ele se tocou que a garota não estava mais a sua frente, e sim que saia com as outras duas garotas porta afora.

Uma fúria nada saudável se apoderou dele, e mais do que nunca ele reprimiu a vontade de estourar os miolos daquela pirralha insolente.

-O que foi que você fez? – ouviu a voz de Blaise falar perto dele, mas os olhos cinzas ainda estavam no vidro do bar-restaurante, onde se podia ver lá fora o trio de garotas começar a andar. Sem responder a pergunta ele deixou o amigo para trás, tirando da carteira algumas notas de dinheiro trouxa pagando ao atendente que lhe cobrara a conta, abrindo a porta do lugar com brutalidade, seus passos pesados e rápidos contra o concreto da calçada nem provocavam barulho e quando deu por si estava cara a cara novamente com a loira.

-Querem uma carona? – perguntou, e só Merlin sabia como ele havia aberto aquele sorriso trêmulo.

-Não é preciso. – foi ela que respondeu, e agora nitidamente ele podia ver Gina Weasley por trás daqueles olhos azuis e cabelos dourados. A menção daquela ruiva em seus pensamentos aflorou ainda mais a raiva descontida que se apossava de cada célula do ser dele, mas a imagem daquela manchete parecia ser mais forte, porque ele continuou com aquele sorriso, alargando-o ainda mais para as figuras que o olhavam.

-Eu insisto. – prosseguiu calmo, colocando as mãos nos bolsos da calça preta, sem querer roçando os dedos na varinha, com pensamentos muito diferentes do que ele mostrava às três.

Ambas as garotas trocaram olhares, quando uma delas disse a loira que eram quase duas e meia.

Suspirando a garota assentiu, ele alargou o sorriso trêmulo.

-Ótimo! – falou, com falsa animação. – Blaise. – chamou a atenção do homem moreno que agora estava atrás das três. – Essas meninas precisam de uma carona.


Mãos afoitas passavam uma sobre a outra de forma nervosa, por vezes se perdendo no mar vermelho que eram os cabelos da mulher. As unhas, que antes estavam esmaltadas com um tom fraco de rosa, encontravam-se roídas e com a sua pintura quase extinta. Naqueles vinte minutos em que havia chegado em casa, após dar uma volta em cada bairro perto da área da escola e das proximidades do seu próprio bairro, de ter ligado para todas as mães possíveis em busca de uma notícia de Liz, ou andando de um lado pro outro com seus pés descalços afundando no tapete fofo da sala, ela se encontrava sentada com as pés sobre o sofá branco as pernas bem juntas de si, com o celular, o pager e o telefone sem fio sobre o colo, que atraiam toda a sua atenção.

Por ela, estaria procurando em cada maldito canto da cidade em busca de um vislumbre dos longos cabelos loiros da filha, e não sentada naquele sofá como fora mandada pela diretora, que fizera questão de acompanhá-la a todo trecho percorrido por ela, e a mandara ficar em casa dizendo-se que se Elizabeth não voltasse para casa em duas horas, que ela ligasse para a mulher que começaria a tomar medidas mais drásticas. Quase gritou para a velha senhora que ela era louca se pensava que ficaria em casa apenas esperando que a filha entrasse pela porta com os tênis gastos, a camiseta preta com uma banda que ela não sabia o nome direito, com um sorriso no rosto perguntando pelo almoço ela estava muito enganada! Mas era esse pensamento que a mulher fixava na mente que aconteceria. Ou era isso ou ela cairia em prantos a qualquer segundo.

Com os olhos ainda fixos nos aparelhos sobre o seu colo ela tentou pensar positivamente como a diretora havia aconselhado, mas era difícil quando a única imagem que lhe vinha à mente, eram as três adolescentes em algum lugar da grande São Francisco, sozinhas e desprotegidas contra o mal de toda a cidade grande. Sim, porque Liz não era a única que havia sumido, Christine e Anabelle não haviam aparecido, tampouco, em casa como ela fora informada. As mães das garotas estavam da mesma maneira que ela, aflitas, sem notícias com o coração na mão e milhares de hipóteses para o desaparecimento na cabeça.

Com a volta dos pensamentos em si mesma, e da maneira ridícula que estava esperando que sua filha aparecesse por um passe de mágica, ela levantou-se abruptamente, deixando os aparelhos caírem com um baque surdo sobre o chão revestido pelo carpete, pegando as chaves do carro que estavam próximas da base do telefone sem fio após calçar um par de chinelos mesmo, ela já andava em direção da porta com o celular na mão esquerda quando a mesma se abriu revelando a imagem de Elizabeth entrando por esta a olhando de forma confusa.

-ONDE VOCÊ ESTAVA? – gritou, embora estivesse dividida entre abraçar a adolescente e apenas estourar a sua frustração na mesma.

-Mãe, fala baixo. – disse ela, com uma careta pelo grito que lhe chegara aos ouvidos. A frustração parecera aumentar, porque o rosto já vermelho da mulher começou a ficar púrpura.

-EU ESTOU A DUAS HORAS ESPERANDO POR UM SINAL DE VIDA SEU, ELIZABETH. – gritou, ainda mais alto do que a primeira vez, ainda estacada no mesmo lugar que a garota que agora aliviava a expressão aborrecida pelos gritos.

-Eu estava no Louie, almoçando. – respondeu brevemente, largando o casaco sobre o cabideiro ao lado da porta e olhando de volta para a mulher, que tinha os olhos castanhos furiosos sobre si. Respirando com dificuldade a mulher passou as mãos nervosamente sobre o rosto, deixando a respiração pesada começar a acalmá-la. Olhou de volta para a filha com os lábios ainda trêmulos, a garota a fitava com os grandes olhos azuis preocupados, isso pareceu acalmá-la um pouco.

-Chris e Anne estavam com você? – recebeu um aceno positivo como resposta. – Eu vou ligar para as mães delas. – disse, desencostando-se da parede que lhe servira de apoio. Deu um último olhar a filha antes de se voltar para a sala andando de encontro ao telefone caído ao pé do sofá. No meio do caminho a filha a chamou, fazendo-a parar a metade do percurso.

-O que é, Liz?- perguntou olhando para a filha que se encontrava no meio do átrio da casa. A garota pareceu endurecer por um segundo, abrindo repetidas vezes a boca sem propagar som algum.

-Tem alguém querendo falar com você. – disse, após algumas tentativas. Ergueu as sobrancelhas procurando por respostas da garota, mas a resposta não veio dela.

-Toc-Toc. – falou uma voz estranhamente conhecida que lhe encheu os ouvidos quando este foi acompanhado pelo toque contra a porta de madeira, andou passos relutantes enquanto obrigava-se a pensar que não era quem pensava que era o dono daquela voz, mas seus pensamentos voaram longe e as rosadas maçãs do rosto tornaram-se pálidas no mesmo segundo, ao ver os cabelos loiros quase brancos do homem escorado à porta. O horror que se estampou no rosto dela fez um sorriso se formar no outro rosto.

-Olá, Virgínia. – disse ele com a mesma voz arrastada de antes, olhando-a com os olhos cinzas. O telefone com chamada em andamento teve seu triste fim no chão de carvalho aos pés da mulher ruiva, embascada.

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N/A: Merlin, será uma miragem da mente de um escritor furioso com a maldita escritora desta fic por tantas vezes que olharam para esta página sem nenhuma att??? NÃÃÃOOOOOOOOOO!!!!

Estranhamente neste dia (24/07) Andressa Alencastro acordou afoita a 1:45 da tarde, após uma noite (até as 5:30am) em claro procurando por inspiração que , por hábito, não veio, para o desempacar esta fic que a muito me causa enxaqueca.

Só para vocês terem uma idéia este capítulo estava pela metade, enquanto eu estava preparando já o quinto. Para vocês verem como a mente dessa idiota que vos escreve funciona. SURTOS de inspiração é o que acontecem.. e eles vem e vão quando querem (FDP's ( ).

E O QUE EU FIZ COM O CAPÍTULO QUE ESTAVA PELA METADE??? Bem.. ele ainda está pela metade já que este que vocês acabaram de ler, foi escrito TOTALMENTE hoje.

E eu na pude esperar a minha beta fofoléti, Donna Black, para postar este capítulo então.. se estiver cheio de erros não reparem.

++++MOMENTO PROPAGANDA: LEIAM "Tudo acontece em La Couleur" da minha betona Donna Black (Marotos), Recomendo também todas as fics da Gisele Weasley (muito boas por sinal), e Leiam as minhas outras fics também clicando no meu nomezinho um pouquinho abaixo do título dessa fic e conheça também outros tipos de escrita de Dessinha McGuiller. :DDDDDD

Agora voltando ao dia de hoje...

-------------------------------------CONVERSA COM JULIANA MCGUILLER (prima da autora) ---------------------------------------------------

!Ju! diz:

OIII

!Ju! diz:

SOU EU A JU?

!Ju! acabou de pedir a sua atenção.

Dessinha McGuiller diz:

nããooo

Dessinha McGuiller diz:

mas tb vale :D

Dessinha McGuiller diz:

caaaara

!Ju! diz:

Q COUVE?

Dessinha McGuiller diz:

eu escrevi QUINZE PÁGINAS do capítulo 3 cara...

Dessinha McGuiller diz:

abandonei aquela bosta que tava antes e fiz ele INTERINHO hoje

Dessinha McGuiller diz:

:D:D:D:D:D:D:D:D

!Ju! diz:

ahn?

Dessinha McGuiller diz:

meus deus..

!Ju! diz:

to boiandooo

!Ju! diz:

aquele o q?

!Ju! diz:

fic?

Dessinha McGuiller diz:

eu fiz o capítulo 3 (ao qual eu estava empacada TODO este tempo) de garotinha do papai hoje

Dessinha McGuiller diz:

quebrei o bloqueio escrevendo 15 páginas hoje

!Ju! diz:

poorra

Dessinha McGuiller diz:

to toda dura, to cheia de café e não vou conseguir dormir

Dessinha McGuiller diz:

maaas to com um sorriso enorme no rosto :D

Dessinha McGuiller diz:

o

Dessinha McGuiller diz:

e a borra do meu café parece uma miragem :P

Dessinha McGuiller diz:

vo te que ir na tua casa te mostrar

Dessinha McGuiller diz:

eu fiquei BAH

Dessinha McGuiller diz:

:P

!Ju! diz:

UMA MIRAGEM? (bicho que se mexe e ri)

!Ju! diz:

COMO ASSIM?

!Ju! diz:

(bicho que se mexe e ri de novo)

!Ju! diz:

TA CHAPADONA?

!Ju! diz:

(mais uma vez a porra do bicho)

Dessinha McGuiller diz:

nãããoooooooooooooo

Dessinha McGuiller diz:

caaara

Dessinha McGuiller diz:

tipo..

Dessinha McGuiller diz:

eh uma revoada de pássaros com umas montanhas e o resto do café parece um riozinho e tem até uns borrões que parecem umas arvorezinhaaas...

Dessinha McGuiller diz:

sérioo..

Dessinha McGuiller diz:

BI-ZAR-RO!!

!Ju! diz:

uiashuiahsiashiauhasui

!Ju! diz:

creeedo

!Ju! diz:

:S

!Ju! diz:

certo que tu fumo alguma coisa

!Ju! diz:

ou tomo café demais

Dessinha McGuiller diz:

:D :D :D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D:D :D

O.O... sim essa é a vossa autora,.

MAAS CHEGA DE FALAR DE MIM!!!

Vamos falar de reviews... (sorri de canto)

LMP3: Espero ter posto um fim na tua curiosidade, amiga, e satisfeito também com um capítulo imenso (15 páginas). E pooor favor.. continue lendeo a fic e comentando, apesar da autora ser problemática, embora com boas intenções. (cara de pedinte) Grande beijo.

Donna Black:

Amiiiga!!! Até que um dia eu posso dizer, EU TERMINEI O CAPÍTULO 3, com um sorriso imenso no rosto (embora eu ache que é o café). Espero que você tenha uma boa viagem (embora eu esteja no MSN esperando tu entrar), e que tu não esteja com os dedos roxos que nem eu (agora eu botei uma luva, senão eu teria que sair do pc). BEIJO MASTER DO GIGANTE:D :D

Dani Sly:

Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaniiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MEEEEEEEEEEEEEEEEWWWW, EU CONSEGUI! (sorri enquanto tenta pular com o traseiro ainda endurecido e quadrado pelas horas sentada) EU TERMINEI O CAPÍTULO DO DEMO (como eu apelidei carinhosamente)!!!!!

Como que você ta?? Te mandei um e-mail hoje pq tu tah mtu mtu mtu sumida menina (tipo a Fefss que entra a cada ano bissexto)! Você vai me perdoar por ter sido insensível e problemática a ponto de ter conseguido escrever só agora o capítulo novo??? DIZ QUE SIM.. DIZ QUE SIIM!!!!! Eu estou elaborando uma dancinha e uma musiquinha para a próxima att então.. PERDOE!!! BEIJOO MAIS MASTER AINDA.

ManDikiNha WeaSLey:

Mas que barbaridade guria.. (não eu não falo assim) :P uhauhauhauuah sim.. está muuuito pequena essa fic, e dá para notar que após este capítulo a coisa vai COMEÇAR a andar, mas eu espero sinceramente que você tenha gostado dele e dito "Pô mew.. ela é uma monga xonga mas pelo menos ela att então vamos dar uma chance a esta vaca..". Não necessariamente nesta ordem de insultos.. maaass.. que o voltar a ler esta fic permaneça :DDDDD beijão.

Lara Potter:

Hello friend! Após 7647593659863489589 anos, eu voltei! Espero que tenha gostado do capítulo, que saiu realmente entre chutes e socos.. beijooo

Mademoiselle Papillon

Aiiiiiiiiiiiiiiiii tu gostou mesmo??? (faz cara de smile de msn) Aiii.. o Blaise está ainda mais sofrido neste capítulo (silêncio em memória), e Draco está ainda mais [palavra rabiscada para as crianças não verem. Preciso dizer que a tua review me motivou demais.. Pq? Gostou das minhas singularidades, o que é ótimo já que os clichês não são muito a minha praia (você vai notar ainda mais nesse capítulo), e por ter dito que esta fic é perfeita.. É a minha favorita então brigado (outra cara de smile). Beijo estalado no seu tum tum :D

Thammy Malfoy

Queridééésiiimaa Thammy! Amei a sua review.. Obrigada por gostar dessa fic e espero que tu tenha pelo menos tido uma simpatia por este capítulo pq ele foi o (rabiscado) para escrever. Siiim o Blaise sofreu ainda mais neste capítulo e estou começando a achar que ele vai explodir até o último capítulo, mas vá lá.. beiiijo enormemente grande

Pri+LoKinHA: Heyy mutcho looocaaa.. Que bom que você gostou da fic:DDD espero que curta este capítulo também.

Lou Malfoy: Oooooooooooiii Louu :DDDDDDDD

Agora que eu notei que o seu nome é o mesmo da noiva francesa do Draco (rabuda ¬¬).

Aiii que bom que você gostou do capítulo anterior:DDDDD

Espero que você goste deste tanto quanto o do outro.. Finalmente há novidades pintando. :) Blaise (podre Blaise) é mais uma vez escorraçado (pobre³ Blaise) pelo Draco e de margem leva um soco da filha dele (a fruta não cai tão longe do pé)... bem.. infelizmente a Liz sabe quem é o pai dela como você deve ter visto, a história de como isso pôde ter acontecido vai estar mais bem esclarecida no próximo capítulo (que já está praticamente pronto, esperando pela minha betinha querida). Por favoooor diga diga que ele não está TÃO ruim quanto eu acho que está (estou lendo ele de novo). Beiiijããooo estalado.

Juliana McGuiller: PRIMA:DDDDD

Viu só que eu ponho tanta bobagem nessas N/As que até a nossa conversa saiu.. BIZARRO..

Manda um beijo pro Lorenzo babão e espero que tu venha aqui em casa ainda este século (smile do msn malvado).

Sim, vou ignorar a tua chara.. coitada.. deixa ela pensar que eu roubaria uma fic ruim dessas ;P

ESCREVA TAMBÉM!!! TO ESPERANDO OS CAPÍTULOS NOVOS!

Beijoooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Ana Bya!!!!!:

HELLOOOOOOOOO!! (sorri) Acabou a ansiedade amiga.. está aqui o novo capítulo. :DDD

Espero que goste dele. Beeeeijooo

manuela bloom:

Foféééésiiimaaa :DDDDDDDDDD

AIIIIIIIIIIIII... (lágrimas nos olhos congelados) QUE BOM QUE VOCÊ GOSTOU DO CAPÍTULO ANTERIOR:DDDDDDDDDDDDDDDD

Espero que você não tenha ficado com ódio deste capítulo (que eu acho que não chega nem aos pés do capítulo anterior), mas que vai começar a dar andamento às ações da fic. BRIGADA pelo toque das letras comidas do capítulo. Espero muitas reviews suas.. elas sempre me fazem ter peso na consciência e me mandam tirar a bunda de cima do sofá e coloca-lo na cadeirinha giratória do pc para escrever.

Gosta de toques de ironia?? Esse capítulo ta abarrotdo deles. :PPP BEIJOOOOOOOOO GIGANTESCO!

Tina Granger:

Siiiiimm... Draco vai se enrascar amiga.. maaaaaaaaas... isso eu deixo para os próximos capítulos... ;xxxxxxxxx beijones

Line Malfoy: Meniiina!!!!!!!!!

Onde é que tu tah??? Sumiu do mapa????????

Nunca vi mais nenhum trabalho teuu.. deixou o FF?????????? Nhaiii desculpa pela demora (se esconde como pode atrás da cadeira)

Me diz que você não odiou este capítulo pleeeaseeeeee.. meus dedos congelados juntam-se para pedir clemência.. :(

Siim.. seguindo a linha de autora malvada eu acabei novamente numa parte importante.. (+.+ MuahUHAUhuahuHuhuHAHua...-----)

To mooorrendo de saudades!!!! Vê se aparece no msn pelo menos...

BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEJOOOOOOOOOOOOOOO

Bibynha:

Espero que gostee Bib.. :DDD beijão.

MandikiNha WeaSLey: NÃÃÃOOOOOOOOO MANDIIKAA.. EU NÃO ABANDONEI!!!!

Tanto que estou aqui escrevendo para você que foi super generosa mandando duuuas reviews (smiley do MSN que baba)!!!!

Então estou agradecendo, encarecidamente, em dobro.

Aiii.. espero não ter te decepcionado com este capítulo que saiu meio no chute mas que me animou horrores para escrever mais e mais.. :DDDDDD

ESTÁ AÍ ENTÃOO!!!!!!!!!!!!!!

Beijinhos açucarados em dobro:DDDDDDDDD

Srta. Pontas

Siiiiimm, Mrs. James.. tava na hora MEEESMO! Draco e Liz se reencontraram mesmooo.. e espero que você tenha gostado desse encontro (Pleeeeeeeeeeease tenha gostado .) BEEEEIJÃO

Lisse Tiger:

Aii... brigada pelo incentivo moooça... (faz carinha fofa)

Serviu meeesmo viu???

Espero que você continue mandando reviews dizendo o que você acha da fic, e que continue gostando após esse capítulo que começa a desenredar a história. Beijo do tamanho de um melão ("???")

GEEENTEEMMM ANTES DE ACABAR COM A N/A EU PEÇO, ENCARECIDAMENTE, QUE VOCÊS FAÇAM PROPAGANDA DESSA FIC SE ACHAM QUE ELA MERECE..

QUEM FIZER E A PESSOA COMENTAR (DIZENDO QUE FOI INCENTIVADA) RECEBE UM PEDAÇÃO DO PRÓXIMO CAP EXCLUSIVO XDDDDDD

Pooor favoooor gente.. preciso de incentivos dobrados...

REVIEWWSSSSS!!!!!!!!!!!

Agora acabou de começar o Vôlei do Brasil contra Cuba e eu sou fã assídua de vôlei entãooo... Grande beijo para todas as pessoinhas que eu me ajoelho e peço perdão com cara de cachorro sem dono, esperando pelo menos, que elas ainda me amem, apenas porque eu tomei vergonha e continuei essa fic e MANDEM O MÁXIMO DE REVIEWS POSSÍVEIS.. vou mandar o capítulo 3 e 4 pra Donna Black betar e logo logo eu vou postar o 4° tbm. :DDDD

BEIJO MASTER DO TAMANHO DE UM URSO POLAR (maior predador terrestre segundo o Globo Repórter .) GRANDÃO! XD