Capitulo anterior
-Isso sim meu bem, agrada-me. – Ele olhou para todo o mundo – Bom minha gente, este é o dia em que todos recordaram, como o dia em que quase enforcaram…- Isabella calou-o com um beijo. - Capitão Jack Sparrow. – Ele pegou Isabella em seus braços. – Agora com licença, tenho assuntos pendentes a tratar
Capitulo 29 – Decisões a tomar!
Jack e Isabella saboreavam aquele momento a sós ao passear numa pequena praia de Port Royal. Aproveitavam o calor da noite e a luz da lua cheia estava alta, tal e qual como naquela noite em Tortuga. Naquela noite onde, pela primeira vez, ambos se aperceberam da intensiva atracção, não conseguindo esconder mais ao ser evidenciada por aquele intenso beijo. Isabella sorriu ao recordar isso e olhou para ele que caminhava silenciosamente ao seu lado, apreciando o calmo mar que brilhava com o reflexo da lua. Isabella resolveu então parar, sentando-se na areia fofa e molhada, vendo Jack fazer a mesma coisa
-Da ultima vez que estive aqui, estava fazendo juras de vingança, tanto para você, como para Davy Jones. – Jack soltou um sorriso malicioso pelo canto da boca, direccionando a cabeça em direcção a ela.
-Eu faço uma vaga ideia! – Murmurou ele continuando a observá-la – Foi devido aquele monte de bobagens que te disse, só para fazer você me odiar! E pelos vistos acho que consegui. Nunca antes uma mulher conseguiu colocar uma lâmina no meu pescoço, parabéns – Ele coçou o pescoço engolindo em seco
-Eu estava cega de ódio. Só pensava numa maneira de te matar, por isso a ideia de colocar o meu punhal no seu lindo pescoço. Mas sinceramente, eu nunca teria coragem de te matar…
-Eu não tenho culpa, amor, de ser tao importante para você, escusa de me dizer! – Falou Jack, como quem deseja os pesar a alguém
-Durante este tempo todo ainda não perdeu o seu elevado ego. – Ela abanou singularmente a cabeça e sorriu – Não há nada de errado em você que uma reencarnação não cure amor…
-A especialista em reencarnações é você querida, não eu. – Retrucou Jack pousando seus cotovelos na areia, enquanto dobrava seus joelhos.
-Nem me lembra disso que fico toda arrepiada. – Murmurou ela esfregando os braços
-Não está aqui quem falou amor. – Isabella suspirou olhando para o mar
-Jack, quero que você saiba que adorei todos os momentos a seu lado, e não me arrependo de nada do que fiz até agora! O destino nos deu mais uma oportunidade para estarmos juntos, isto talvez queira dizer alguma coisa. – Ela encostou-se ao ombro de Jack – Você vai ficar até ao casamento do Will e da Elizabeth, não vai?
-Acha que eu iria perder uma festa??? Comida e bebida de graça para todo o mundo, sem ter ninguém reclamando que a gente está roubando. – Isabella olhou-o abismada, vendo ele soltar um sorriso maroto – Você acha que eu iria perder a oportunidade de estar mais uma semana com você? – Ela beijou-o, fazendo ele perder o equilíbrio dos braços e bater com o tronco na areia
-Decisão sensata senhor Sparrow… – Ele sorriu e voltou a beijá-lo – Sinal que não quer sentir a fúria de uma mulher abandonada.
-Adorava sentir esse sabor – Sussurrou ele, deitando-a na areia, beijando-a veemente.
Uma semana depois…
A cidade de Port Royal assistia aos preparativos de casamento de Will e Elizabeth. Todos ajudavam na decoração da igreja, que a enchiam de belos arranjos de flores até ao altar. No palácio, num grande salão, haviam grandes mesas, onde os criados da casa arrumavam, pondo toalhas brancas, que condiziam com os belos cortinado que tinham sido colocados de propósito para celebrarem o copo de água. Estava tudo igualmente bonito, e pronto para a qualquer momento receberem os noivos…
-Então como está o governador da cidade? Nervoso garoto? – Indagou Jack entrando no quarto de Will – Se você quiser pode fugir, eu faço de conta que nem vi você passar por mim…- Jack tapou os olhos, fazendo frinchinha entre eles
-Acha mesmo que eu faria isso com Elizabeth? – Will arranjava o colarinho enquanto se olhava ao espelho.
-Foi só uma ideia! Aproveite garoto, desta vez nada arruinará o seu casamento, nem Cutler, nem James Norrington muito menos Davy Jones!
-E espero que você fique quieto num canto e não arranje confusão…
-Recebo algo em troca se cumprir isso? – Will arregalou os olhos. – Prontos estava brincando.– Jack analisou o garoto silenciosamente. – Deixe-me que lhe diga, você tem imensa coragem meu filho! Está parecendo um pinguim pronto para se atirar num bloco de gelo.
-Eu vou tomar isso como um elogio. – Will olhou de soslaio para Jack – Já agora, porquê diz que eu tenho coragem?
-Então, você está se casando! Não existe maior prova de coragem do que essa! Preferia mil vezes passar o resto da minha vida defrontando Davy Jones…
-Acho que o casamento é algo menos doloroso que isso! – Will sorriu marotamente e completou: -Você é que podia casar com minha irmã…
-Está louco? Eu amo demais a minha liberdade. – Ripostou Jack fazendo uma careta feia
-E você será livre! Não se esqueça que ambos são capitães de navios diferentes e, infelizmente não puderam passar vossas vidas juntas. – Jack apontou o dedo indicativo a ele. – Mas, como você é o Capitão Jack Sparrow, supostamente arranjará uma maneira para se livrar disso
-Ora aí está meu bom Will. – Proferiu Jack num tom de desdém – Se eu e Isabella estamos ainda aqui, foi por causa do vosso casamento, senão a esta hora, cada um já teria pego seu rumo.
-Mais um motivo. Casando com ela, você estaria dando seu nome para ela, e todos saberiam que Isabella não só é uma Turner, mas sim também uma Sparrow.
-Eu não dou nada para ninguém, muito menos meu nome. – Will revirou os olhos e riu-se
-Você não muda mesmo Jack…
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-Nossa Elizabeth, você está linda! – Murmurou Isabella ao entrar no quarto de Elizabeth, vendo-a vestida com um belo vestido bege que arrastava no chão, com bordado de flores pelo vestido todo. Usava um véu comprido e seu cabelo estava todo apanhado na nuca
-Estou tão nervosa, que nem sei o que mais me falta?
-Não falta nada, você está perfeita…
-Estou tão feliz por casar com o homem que amo, que não tenho palavras para descrever tanta felicidade…- Vendo Isabella suspirar, Elizabeth calou-se. – Me desculpe, eu aqui falando em felicidade e você pronta a partir mal a festa de casamento acabe. Mais uma vez você se vai afastar de Jack
-Ele sempre terá consolo nas amigas dele de Tortuga…
-Jack te ama. Só a tripulação sabe as loucuras que ele quase cometeu por você…ele fez você odiá-lo para te proteger, mesmo sem o coração ele foi se entregar a Davy e ainda entrou em Port Royal para pegar o coração, a modos de vingar sua morte! Agora me diga, acha que ele fez isso só por pura diversão? Arriscando a vida dele só para parecer um herói a seus olhos? – Perguntou Elizabeth dando um último retoque ao belo vestido cor pérola.
-Claro que não, nem estou pondo isso em causa, mas este afastamento vai mudar muita coisa…
-Só muda se vocês permitirem isso. – Ambas ficaram caladas e Isabella sorriu. – Você prendeu Jack na sua rede e ele não vai sair tão cedo. Estas palavras foram-me ditas por alguém sábia nas palavras…
-Tia Dalma! – Elizabeth anuiu. – Deixemos de conversa, de caminho é seu casamento e você ainda aqui.
-Desta vez não quero ser eu a esperar o noivo, convém chegar um pouco depois! – As duas sorriram.
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Já na igreja, Will andava de um lado para o outro nervoso, estranhando o atraso de Elizabeth. Da última vez que olhou para a porta, viu Isabella entrar, piscando-lhe o olho. Jack apreciava-a de longe…estava tão linda naquele vestido branco, parecendo mesmo a noiva. Viu-a caminhar lentamente pela carreira que a levava ao altar, como se fosse a própria noiva a se deslocar. Á medida que ela se aproximava, ele podia ver o brilhozinho nos belos olhos azuis dela, acabando por se juntar a Jack.
-Você está linda! – Elogiou Jack de modo discreto, recebendo o sorriso dela em troca.
-Você é que podia ter vindo de uma forma mais cerimoniosa visto que é o padrinho de casamento. – Jack continuava com a sua roupa de pirata
-Obrigado pelo elogio amor…
-Ela está atrasada! – Murmurou Will completando a sua vigésima volta
-Calma Will, noiva tem o direito de se atrasar. Ela está vindo…
-Daqui a nada, você vai abrir um buraquinho no chão de tanto andar de um lado para o outro. Nesse andar ainda vai furar a sola do sapato. – Comentou Jack abanando a cabeça – Não sei como alguém no seu perfeito juízo consegue ficar nervoso para casar!
Um coche parou diante da igreja. Swann ajudou a filha descer o coche, enquanto ela dava um jeito ao seu vestido que estava um pouco amachucado. Elizabeth olhou para seu pai e abraçou-o
-Quem diria que é hoje que vou ver a minha pequenina se casando! – Comentou seu pai.
-Ahhh papai, não fale essas coisas, senão vai-me fazer chorar!
-Está bom! Vamos entrar então…seu noivo deve estar desesperado pensando que você foi raptada ou coisa do género. – Swann estendeu seu braço a ela.
Os dois subiram lentamente as escadas enquanto Elizabeth apreciava os efeitos decorativos. Will parou finalmente quando viu sua noiva na entrada. Ela sorriu quando o viu esperando daquele jeito nervozinho. Swann tratou de conduzir a filha até ao altar, onde a entregaria a Will. Ele veio buscá-la a meio do caminho, onde Swann cedeu-lhe a mão. Ambos caminharam até junto do altar onde estava o padre esperando eles.
-Você está linda Elizabeth! – Sussurrou Will enquanto o padre celebrava a missa. Ela soltou um sorriso tímido, deixando cair uma lágrima de felicidade
-Obrigada! Estou tão feliz por estar realizando finalmente o nosso sonho…feliz por você estar aqui comigo! - Murmurou ela continuando com aquele sorriso
-Eu também, e você não sabe o quanto. – Do outro lado, Jack bocejava
-Será que dá para disfarçar um pouco a sua falta de interesse? – Pediu Isabella baixinho
-Eu estou disfarçando amor - Falou ele alto, fazendo o padre olhar para ele. Jack juntou as mãos, pedindo desculpa, ao tempo que Isabella tapava a cara de vergonha com a mão
Quando a missa acabou, o padre tratou de os abençoar pedindo que trouxessem as alianças. Marty dirigiu-se ao altar com uma cesta, onde se encontravam as benditas alianças. Will e Elizabeth colocaram-nas, fazendo juras de amor, ao qual, Jack achou meloso demais, deitando a língua fora. Disfarçadamente, Isabella deu-lhe uma leve cotovelada para que ele moderasse os seus modos.
-Agora sim, o noivo pode beijar a noiva. – Will olhou para ela e viu que o rosto dela estava molhado. Ele limpou cuidadosamente as lágrimas e tratou de encostar os seus lábios nos dela, lembrando-se do primeiro beijo que tinham trocado…parecia que fazia tanto tempo. Por outro lado, Elizabeth sorriu lembrando-se que agora os dois estavam finalmente casados
Da igreja, partiram para o palácio de coche, sendo aplaudidos pelo povo que os via a passar na rua. Jack e Isabella foram também para o palácio, onde iria haver o copo de água. Havia uma orquestra no fundo da sala, que tocava músicas alegres, para que todos pudessem dançar. A tripulação do Pérola Negra e do Holandês voador, aproveitavam para encherem o estômago de comida e para beberem o que pudessem.
-Jack não muda mesmo – Comentou Tia Dalma com Isabella ao vê-lo tentar roubar um copo de cristal
-O que interessa é que ele está aqui! – Ela sorriu, crispando nervosamente os lábios. – Tenho medo é do que o futuro nos possa reservar… - Tia Dalma olhou séria para Isabella.
-Sabe Isabella, se o seu medo é perder Jack, não o tenha! Jack sempre pertencerá a você, mas você não pertencerá sempre a ele – Isabella engoliu em seco ao ouvi aquilo, levando a mão á cabeça.
-O que você quer dizer com isso?
-Não pense que por estarmos em paz, que os perigos desapareceram, minha querida. A paz é tão incerta… tanto pode acabar num período de tempo como se pode prolongar. Esta vida apronta-nos várias ratoeiras, e cabe a nós saber se queremos enfrentar certos perigos para roubar o bocadinho de queijo no topo dessas ratoeiras…
-Tia Dalma, que perigo pode haver? Acontecerá alguma coisa que eu deva saber? – Dalma continuava séria.
-É certo que sua fama e a de Jack, relativamente a estes últimos acontecimentos, se expandirá pelos sete mares, cobiçando a curiosidade de todos. Vocês se livraram de Davy Jones, James e de Cutler, mas acabaram por se esquecer de um homem! – Isabella parou no caminho. – Capitão Sao Feng!
-Ele andará atrás de nós?
-Haverá uma fase das vossas vidas que vocês se cruzaram com ele, e para isso, você e Jack terão de permanecer unidos. – Tia Dalma afastou-se, deixando Isabella pensativa.
Porquê aquele discurso sem sentido? Teria alguma coisa haver com um futuro próximo que Isabella desconhecia, e que Dalma queria alertar? Não conseguindo obter resposta, Isabella decidiu esquecer por momentos aquilo e aproveitar a festa. Estava tudo muito animado, apenas Jack encontrava-se num canto a observar o que todos faziam. Isabella foi então ter com ele.
-O cavalheiro concede-me esta dança? – Jack sorriu maliciosamente ao ouvir o convite de Isabella – Desta vez não estou vestida de marujo, como da última vez que dançamos naquela bar, lá em Tortuga.
-Você se lembra do que se passou a seguir, não se lembra? Foi nessa noite que foi gerado o Jacksinho!
-Não me lembre dessa noite…! - Sussurrou ela baixinho – Traz-me nostalgia…
-Uma nostalgia boa que podemos recordar a qualquer hora, basta você querer. – Murmurou ele agarrando delicadamente a cintura dela. – Mas vamos dançar primeiro amor, afinal de contas será a nossa ultima dança.
Na hora de lançar o buquê, toda a mulher que se encontrava no palácio se juntou, incluindo Tia Dalma, Pintel, Ragetty, Isabella e Anna Maria, que tinha ido contrariada para ali. Elizabeth virou costas para elas, tentando ganhar lanço para jogar o ramo. Ao contar até três lançou-o finalmente, calhando nas mãos de Anna Maria que olhou para o buquê aterrorizada.
-É Anna, acho que a próxima a casar vai ser você. – A tripulação se riu da cara dela, que estava furiosa.
-E você vai ser o próximo a apanhar com o Buquê, engolindo pétala por pétala de cada flor daqui se não permanecer calado. – De repente um homem de boa aparência chegou perto dela.
-A senhorita me daria a honra desta dança? – Anna ficou surpresa ao vê-lo ali especado de mão erguida para ela, á espera que Anna aceitasse seu pedido. A tripulação do Pérola ria-se descaradamente da cena.
-Vá ver se eu estou na esquina. – Anna bateu com o buquê no peito do homem, saindo dali.
-O que foi que eu fiz? – Perguntou ele surpreso.
-Não se preocupe comodoro Watson, ela é meio temperada, mas no fundo é boa garota… - Disse Tia Dalma – Mas eu aceito o seu pedido, assim podemos nos conhecer melhor
A festa durou até ao entardecer, onde os noivos decidiram se despedir de todo o mundo, para irem para a tão merecida lua-de-mel, que os dois tanto tinham esperado. No palácio, só ficaram as duas tripulações.
-Capitão, estamos prontos para partir! – Alertou Gibbs. Isabella olhou-os de uma forma estranha.
-Vocês já vão embora? – Perguntou ela curiosa
-Sim, para falar a verdade, já devimos estar a caminho. – Ela olhou de Barbossa para Jack que tomava uma expressão séria! Um silêncio tinha-se instaurado, até ele quebrar:
-Gibbs vá preparando o navio, eu já vou a caminho. – Gibbs anuiu e a tripulação foi atrás dele, a modos de deixar eles sozinhos
-Faça boa viagem, capitão. – Disse ela chegando perto de Jack que rodou os calcanhares em sua direcção.
-Obrigado Capitã! Espero vê-la em breve, quem sabe em Tortuga ou numa outra qualquer eventualidade. Agora terei de ir, minha tripulação me espera – Jack virou costas sem se despedir de Isabella, que tombou numa cadeira.
-Quem me dera poder suplicar para você ficar, abdicar nossos cargos e vivemos longe disso tudo, mas infelizmente isso era pedir a você que abdicasse de tudo que, em todos estes anos, você construiu e ganhou por mérito próprio. E eu te amo demais para pedir uma coisa dessas…
"Não torne as coisas mais difíceis do que já estão sendo!" -Pensou Jack enquanto caminhava para a saída.
-Adeus Jack… - Murmurou ela soltando uma lágrima solitária
Ao chegar ao porto, viu as velas serem içadas e a desamarrarem o navio do porto. Gibbs dava instruções ao resto da tripulação que trabalhava a uma velocidade surpreendente. Ao ver Jack aproximar-se, Gibbs desceu do navio e foi ter com ele.
-Capitão, estamos prontos para zarpar! – Informou Gibbs vendo Jack pensativo
Jack olhou de Gibbs para o palácio, onde da janela, escondida por entre os cortinados apareceu a figura desfocada de Isabella que, ao ver o olhar dele se deslocar até á sua janela, correu lentamente o cortinado. Jack olhou novamente da janela para o mar e ficou pensativo. Porque estava tão difícil tomar aquela atitude? Gibbs apenas apreciava a figura confusa de Jack, que decidido, pegou na bússola e deixou ela rolar até lhe dar a indicação que ele tanto queria saber.
-Sabe Gibbs, há certas alturas que um pirata tem de fazer o que é suposto fazer…
-Isso quer dizer que…
-Eu já tomei essa decisão á muito! – Respondeu Jack confiante.
No palácio, Isabella encontrava-se encostada á janela, ainda agarrada á cortina. Ela estava tentando destorcer aquela dor que sentia, ao saber que ele partia, sem saber quando o iria ver de novo. Sentiu uma raiva tão forte que parecia que ia explodir.
Decidida despedir-se daquela cidade, ela foi até ás muralhas de Port Royal, junto a um sino que os guardas tocavam quanto havia sinal de perigo (N/A: o mesmo em que no fim do 1º filme, Will e Elizabeth se beijam.) Isabella aproximou-se daquele sino, vendo a altura da muralha. Olhou para o horizonte e viu o Pérola Negra desaparecer por entre aquele maravilhoso pôr-do-sol, que faziam um belo contraste com o mar azul. Dali de cima sentiu o fraco vento tocar-lhe no rosto, fazendo seus cabelos balançarem teimosamente. Sentiu uma angústia ao ver o navio desaparecer por completo, acabando por soltar uma lágrima solitária.
-Como queria acordar e ver que isto não passa de um pesadelo. Como sou mesmo tola… – Ela colocou a mãos na sua barriga e deixou que o vento secasse as suas lágrimas
-Dos tolos reza sempre a historia, amor! – Ela virou-se lentamente e viu aquela figura quieta e sorridente a olhar para ela.
-Jack, mas… - Ela apontou para o horizonte. – O Pérola, a tripulação. – Ela nem sabia por onde começar – Você não devia ter ido? Isto só pode ser um sonho, mas se fosse haveria rum… - Jack estendeu a mão onde se encontrava uma garrafa de rum.
-Mas nem pense que a vou deixar tocar numa gota de Rum, apesar de achar que o Jacksinho deveria começar a habituar-se
-Porquê você está aqui, e o seu navio está ali…
-Bom, decidi tomar boleia de um certo navio até o Júnior nascer…
Flashback
-Eu já tomei essa decisão á muito! – Respondeu Jack confiante.
-E qual é capitão?
-Gibbs, substitua-me…você será o capitão enquanto tiver fora. Ninguém melhor do que você para tal cargo. – Jack olhou novamente para o palácio.
-Isso quer dizer o quê?
-Que vou apanhar boleia de um certo navio! Não posso passar a minha vida longe desta mulher! Em parte alguma deste mundo, vou descobrir tesouro mais valioso do que este, e seria um idiota se o perdesse
-De que tesouro fala Jack?
-Nem sempre os tesouros são ouro e prata e se eu estava á espera do momento ideal para falar tudo para ela, esse momento era aquele! – Jack olhou para Gibbs e sorriu – Encontrarmo-nos daqui a um ano em Tortuga, e só tempo de ver o Júnior nascer
-Ás suas ordens capitão. – Gibbs deu uma palmada nas costas de Jack e decidiu entrar no navio.
Fim de Flashback
-…então eu dei temporariamente o comando do Pérola ao Gibbs e pedi-lhe que me encontrasse em Tortuga daqui a mais ao menos um ano. – Jack aproximou-se dela.
-Porquê fez isso? Você ama o Pérola Negra, está demasiado preso a ele…
-Eu nunca estive preso a nada, querida! Ahh, você nunca entenderia. Sabe, no Pérola eu sinto-me livre, como se tudo fosse secundário. Sinto-me grande dentro dele …
-Amor, eu sou pirata, conheço essa sensação! – Ele sorriu. – Eu também amei essa tal liberdade, á qual eu tive de abdicar em troca de um trabalho para não ver o velho Tom morrer. Eu também tive esse desejo de achar tesouros, receber recompensas e matar gente inocente, coisas que não me orgulho muito.
-E pensar que, quando te vi a primeira vez, você era uma mocinha inocente…mal sabia dessa sua fachada.
-Eu mudei muito e não me arrependo nada dessa mudança, apesar da minha vida ser o mar, tal como você. Aprendi a conciliar as duas coisas. – Isabella retribuiu-lhe o sorriso.
-Você acha mesmo que eu conseguiria conciliar as duas coisas?
-Acho que não. – Ela afastou-se e fui até ao sino, deixando Jack meio sem jeito.
"O que faço nestes casos? Ela está desiludida comigo…vai Jack, você sempre foste um garanhão com as mulheres, não é agora que uma vai-te deixar sem fala"
-Isabella compreenda, você sabe que nunca fui homem de uma só mulher …
-Oh se sei…logo na minha ausência você tratou logo de ocupar o meu lugar com a tal Anna Maria – Completou Isabella com os braços cruzados.
-Anna Maria? Não me diga que você está com ciúme dela? – Indagou ele com um sorriso maliciosos, agarrando-a por trás. – Amor, confesso que no passado, já tive envolvido com ela, tal como me envolvi com a tia Dalma e também com Elizabeth. – Isabella tirou as mãos dele e olhou-o chocada, com a boca ligeiramente aberta.
-Ora aquilo não era um navio para você, era um harém. Seu ego devia estar tão insuportável que nem devia caber no navio - Respondeu ela dando-lhe um tapa leve no ombro
-Foi tudo no passado, apenas quero viver do futuro. Não é a Dalma, a Anna nem e Lizzie que eu quero…é você. – Isabella levantou aquele belo olhar azul sobre ele. – Você é a mulher que eu amo…
-Como posso ter certeza que o que você fala é verdade?
-E eu te dou mesmo essa insegurança toda?
-É preciso falar? – Ela sorriu brincando com as tranças do queixo dele.
-Palavra de pirata que eu estou falando a verdade…
-Essa sua palavra me assusta, mas visto que sou uma pirata também, eu vou confiar nela. Estou feliz por você me acompanhar no Holandês Voador, Capitão Sparrow, mesmo que seja temporariamente.
-Você acha que eu iria deixar você num navio cheio de bonitões, de olho grosso em você…
-Por amor de Deus, me diga que eu estou tendo alucinações auditivas e que não estou ouvindo isso… - implorou ela revirando os olhos.
-Ahh, também exijo algumas condições para lá ir…primeiro: você não manda em mim, segundo: eu também poderei mandar no Holandês Voador e terceiro: ambos decidiremos que rumo tomar.
-E se eu não aprovar essas suas arhh…condições, você chama? – Perguntou ela vendo Jack com o seu dedo indicador, procurando resposta. Isabella franziu sua sobrancelha.
-Ora, eu não partirei com você.
-Não estou vendo mais solução, a não ser navegar comigo amor…seu navio já se encontra bem longe daqui, e para você alcançá-lo, só se for a nado. – Jack abriu a boca e arregalou os olhos. – O que você não faz só para estar comigo, não é mesmo? – Murmurou ela passando as costas da sua mão no rosto dele
-Amor, eu sou o capitão Jack Sparrow, Savvy? – Ela sorriu tirando-lhe o chapéu
Sorrateiramente Jack colocou seu braço em volta da cintura dela, puxando-a mais para junto dele. Ela deixou-se levar até sentir o corpo dele junto ao dela. Ela tirou-lhe o cabelo da frente do rosto e Jack aproximou lentamente os seus lábios dos dela, até que se tocaram agradavelmente, acontecendo um beijo apaixonado, tendo como cenário um magnífico pôr-do-sol.
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-Gibbs, porque é que Jack não veio? – Perguntou Anna Maria amarrando uma corda da vela.
-Não há tesouro algum que se iguale com aquele que Jack está desfrutando agora. Ele sempre foi conhecido pelo capitão que não sabe o que quer, mas desta vez sua bússola lhe indicou o caminho certo. – Todos ouviam a história que Gibbs contava
-Pirata safado, conseguiu nos enganar até ao último segundo. – Murmurou Barbossa comendo uma maça.
-É, ele consegue sempre deixar uma pessoa na expectativa.
-Ele fez isto pela Isabella, conheço o meu filho. – Comentou John – Apesar de achar que ele não vai aguentar a pressão e fugir á responsabilidade…aquele ali não nasceu para tomar conta de um moleque. Jack não mudou assim tanto…
-John, piratas não mudam, apenas atravessam fases, você bem sabe disso. O facto aqui é que Jack nunca foi homem de uma só mulher…-Completou Gibbs de braços cruzados, pensativo.
-Mas desta vez ele assentou. Isabella não é nem princesa, nem Duquesa, é mais do que isso, ela é uma pirata…!
-Uma mulher que ele poderá contar para qualquer coisa. Além do mais, ela conhece melhor estas andanças, do que qualquer outra mulher…
-Seja qual o motivo que ele tenha decidido ir no Holandês Voador, o certo é que daqui a um ano iremos buscá-lo a Tortuga. – Interrompeu Gibbs por fim. – Quem diria, ao fim destes anos todos, Jack ganhou um pouco de juízo
-Falta aqui aquelas famosas frases da tia Dalma…"é meus caros, o destino é tão incerto quanto as correntezas deste mar "…falando nisso, cadê ela?
-Barbossa já está sentindo falta dela é? Das longas conversas que mantinham naquelas tardes quentes. – Brincou Marty fazendo todos rir
-Se você não quer ir ver como estão os peixinhos lá em baixo é melhor se calar…
-Estava com saudades minhas Barbossa! – Disse Tia Dalma aparecendo do porão
-Nem sabe o quanto. – Barbossa estendeu a mão, para ajudar.
-Aaahhh Barbossa. – Ela passou o dedo no rosto dele. – Já que esta aventura acabou, você não prefere voltar á nossa antiga casinha, apenas só nós dois, como antigamente…
-Porque eu haveria de recusar tal convite? – Murmurou ele pegando a mão dela
-Você sempre desejou o Pérola Negra…
-Acho que meus desejos vão além disso minha querida Dalma. Sou um homem vivido, já passei um bom tempo neste navio amaldiçoado pelos Deuses Pagãos, desejando morrer a cada dia ao não sentir aquilo que mais desejava neste mundo…fome, sede, frio, prazer. – Barbossa sussurrou aquela ultima palavra no ouvido de Dalma, fazendo-a estremecer – Acho que chegou a hora de ter tudo isso numa única forma
-E qual é essa forma Barbossa?- Perguntou ela fazendo-se de inocente
-Dedicar o resto de minha vida ao seu lado, amor. – Dalma olhou bem no fundo dos olhos de Barbossa
-Aaaah, acho que você escolheu a pessoa certa, pois eu tenho muito amor para dar a você Barbossa. – Ela puxou ele contra si, beijando-o
-Jack sempre disse que estes dois iriam ficar juntos. – Disse Pintel fazendo uma careta
-É, Barbossa e Tia Dalma andavam sempre muito juntos, coisa para qualquer um desconfiar…
-O que é que estão fazendo aí parados cães sarnentos! Toca a trabalhar, há muito trabalho para fazer até chegarmos a Tortuga! – Berrou Gibbs sorrindo, enquanto todos corriam que nem loucos. – O que vale é que um ano voa num instante. – Murmurou Gibbs já sozinho para uma garrafa de rum. – Um brinde ao Jack Yo Ho
Fim
Ou simplesmente
Continua
Cá está, finalmente o último capítulo!
Apesar de tudo, eu adorei escrever esta fic, e sinto pena em deixar os personagens, é como se durante meses tivesse feito um filme e convivido durante esse tempo todo com eles. Agora que o filme acaba, vejo-me com a terrível missão de me despedir dos personagens que tanto gostei de conviver.
Na conversa entre Tia Dalma e Isabella, eu deixei algo em aberto…como se possivelmente pudesse haver uma continuação desta fic. Sinceramente eu estou pensando nessa hipóteses, mas tenho de pensar melhor na história que poderia criar em retorno.
Agora, quero pedir desculpa a todos, pelos erros dados durante esta fic, mas é que como alguns sabem, eu sou Portuguesa, e tentei manter esta fic em brasileiro de forma a que fosse mais fácil a leitura para vocês, visto que o Português tem algumas expressões diferentes do Brasil, por isso, um montão de erros tanto gramáticos como ortográficos.
Durante estes meses todos, adorei receber as vossas Reviews dando as vossas opiniões e confesso que muita gente me incentivou quando menos tinha inspiração.
Bom vou responder aos últimos comentários desta fic:
Kad: Kadzinha apanhada a ver o vídeo em antes do capitulo…que coisa feia rsrsrs, brincadeirinha. Você tem de me ensinar essa língua nova que você proferiu na sua ultima review, fiquei interessada eheheh
Jane: É, eu também amei a musica, foi por isso que a coloquei no vídeo.
Skald.K: Nossa, já passou assim tanto tempo? É para você ver que eu e o tempo nunca nos demos bem, nunca sei a quantas ando rsrsrs. Sua fic é que é demais, e confesso que fiquei curiosa quanto ao seu novo projecto. Já agora, quando você coloca a "capa" da sua fic, eu gostava de conhecer os personagens, principalmente a Jessy.
Fini Felton: Mana cá está o último capitulo eheheh. Espero que tenhas gostado deste (diz que sim mana, é o ultimo looool) tou a brincar. Doroty mtooooo!
Gabriela Black: Claro que podemos manter o contacto, e faço questão que isso aconteça! Nossa quando escrever sua fic, me avisa, que eu quero ler viu ehehehe! Eu também já estou escrevendo uma nova fic, até já postei o trailer. Se você quiser ver, eu ia gostar muito.
Likha Black: Você acha que eu iria matar o meu Capitão favorito? Nem morta rsrsrs. E depois de você tanto insistir, eu decidi deixar os dois juntos (vá você me matar via Internet rsrsrs)
ludmila.jack.elisabeth: Meu sonho era ser escritora, eu adoro ler, adoro escrever, mas não tenho assim tanta confiança em mim para ser escritora. Valeu pela sua review, fico feliz por ter gostado da minha fic
Como Taty não pára, eu já tratei de colocar o trailer on da minha nova fic "Piratas do Caribe: a Mão de Midas, aqui mesmo no Fanfiction. Espero que gostem :)
Até mais!!! Fikem bem…
Taty Black