Notinha rápida:...

1º Capitulo – Cada um no seu lugar

Kagome estava com seu saiote amarelo. Tinha acabo de ensaiar... O diretor pegava pesado mesmo e não se importava com nada e ninguém.

Entrou no camarim apressada e com expressão cansada. Myouga, o diretor, entrou atrás, sem cerimônia.

#-Kagome, você tem que se dedicar mais... – e continuava a falar, enquanto a garota, entediada, apenas revirava os olhos e tirava as sandálias de salto alto e super fino, que, por mais que estivesse acostumada, machucavam seus pés - Você tem que fazer melhor seu giro, está cada dia mais torto... – Myouga continuava a tagarelar e Kagome continuava a se trocar.

Tirou o saiote amarelo na frente do diretor mesmo, mas esse nem sequer olhou para as pernas da jovem, estava acostumado com isso, já. Por mais que ela não se envolvesse com ninguém do set, não estava nem aí para o que os outros achavam e pensavam de suas ações.

- À parte do meio está boa, mas a finalização, por Deus, Kagome... – pegou sua tão amada e amarrotada calça jeans, colocou-a e vestiu uma camiseta branca simples. Foi colocar as meias -Digamos que se você mudar de sapato, acho que melhora, esse seu já esta velho e sujo, precisamos comprar outro... – Logo após as meias, colocou o tênis. Como adorava ser ela mesma, sem interpretar nada, apenas ela - Agora esse amarelo ouro não combina com você. Que tal um azul? E vermelho? Ficaria divina não acha? Pois bem decidi que vai ser verde limão... – Kagome passou de leve um lápis preto, um rímel e um batom cor de boca, pegou sua bolsa de couro e partiu para a porta – E aí, o que acha?

#-Quê? – Perguntou Kagome, pela primeira vez ouvindo a voz de Myouga. Este suspirou.

#-Apenas diga que ouviu só a metade?

Kagome parou com a mão na maçaneta, a porta já aberta e olhou desanimada para o diretor.

#-Nadinha... – saiu e fechou a porta.

Myouga suspirou mais uma vez e sentou-se, exausto, no sofá. Será que todo o dia tinha que ser assim? O pior era que Kagome era boa, realmente muito boa...

A jovem atriz, com seus 23 anos, saiu apressada do estúdio. Por mais que representasse vários tipos de papéis, a rotina a matava. Sempre a mesma coisa, sempre as mesmas pessoas, sempre os mesmo lugares.

Suspirou, atravessando a rua. Várias pessoas a olhavam e cochichavam: "Conheço ela de algum lugar...", mas nunca a reconheciam mesmo como a grande atriz Higurashi Kagome. Caminhou mais um pouco e chegou no seu tão adorado café.

Lembrava como se fosse ontem quando chegou à capital, Tókio. A rua em que gravava não tinha nenhum café como na idolatrada Paris, onde viveu dos 10 aos 20 anos. Comprou uma cafeteria e em poucos dias chamou os amigos da França para fazerem uma filial. Não demorou muito para a cafeteria ficar bem reconhecida e apreciada.

#-Bom dia, Kagome – disse uma bela jovem de cabelos chocolate preços num rabo de cavalo, em sinal de higiene. Estava com o vestido rosa bebê do uniforme e um avental marrom por cima.

#-Bom dia, Sango – cumprimentou de volta Kagome, sentando-se entediada no balcão – Um café e as torradas de sempre. Estou morta de fome...

#-Passou a madrugada ensaiando? – perguntou Sango, olhando para o relógio em cima do balcão, que marcava 7:30 da manhã.

#-Como de costume... – a atriz deu um fraco sorriso, enquanto a amiga preparava as torradas e lhe servia o café preto.

#-Não sei como agüenta. Olhando o trabalho pronto parece ser tão fácil...

#-Só parece Sango. Ainda mais com Myouga falando que o giro está errado, que os sapatos estão velhos... É estressante!

#-Mas você gosta, certo? – quis saber Sango, que estava começando a desacreditar que a amiga gostava do trabalho.

#-Amo, mais do que tudo, se não, não teria estudado tanto tempo em Paris, certo?

#-Certo! – Sorri.

Terminou de servir as torradas e Kagome passou a comê-las normalmente.

Nesse momento, o sininho da porta soou, mostrando que alguém havia entrado no estabelecimento. Sango sorriu ao reconhecê-lo. O homem sentou-se ao lado de Kagome.

Naquela hora a cafeteria estava praticamente vazia, só a atriz, um idoso sentado no fundo do lugar, tomando seu café com leite e lendo um jornal, e agora o homem que acabara de entrar.

#-Chegou cedo hoje... – iniciou a conversa Sango.

#-Não dormi bem à noite. Achei melhor vir mais cedo – respondeu num tom de voz agradável e calmo.

Kagome olhou para o lado, em busca da pessoa que tinha tal voz encantadora, e como o esperado, o homem era lindo. Cabelos prateados, olhos cor do sol. Um físico atraente e no rosto um luminoso sorriso.

#-Está certo... O mesmo de sempre? – perguntou Sango, anotando num papelzinho o pedido dele.

#-Sim. Mas troque o leite por café. Preciso de energia hoje. O prazo esta acabando... – anunciou, abrindo um caderno em cima da mesa. Pegou uma caneta e começou a fazer alguns tópicos.

#-Já está no final do livro? – Sango colocou a grande xícara de café cuidadosamente ao lado do caderno e continuou a preparar as torradas e um pedaço de bolo.

#-Sim. Estou no último capítulo... Mas aquela peça que surgiu de repente me atrapalhou um pouco. Perdi o romance entre Willian e Elizabeth. Estou relendo e pegando os pontos fracos dele...

#-Tenho certeza que fará um bom trabalho!

#-Com essas comidas divinas que como todo o dia. Tenho certeza que sim – a garçonete e o escritor sorriram.

Sango terminou de servir a comida e reparou que Kagome tinha parado a torrada no meio do caminho e olhava encantada para o homem ao seu lado. Sorriu marotamente e chamou a atenção da amiga.

Kagome olhou envergonhada por ter se deixado levar pelo assunto da conversa e pela beleza do homem. Sango indicou-o com cabeça. Kagome fez um não freneticamente com a cabeça. Sango parou e sorriu maliciosamente para ela e olhou para ele, e voltou o olhar para a amiga. Kagome olhou para ele e deu de ombros.

Sango alargou o sorriso e disse:

#-Inuyasha, essa é Hgurashi Kagome, atriz e dona da cafeteria. – Kagome quase caiu do banquinho de tanta vergonha, enquanto Inuyasha levantava a cabeça e olhava melhor para a mulher ao seu lado.

#-Eu reconheci você. Mas fiquei com medo de falar alguma coisa. Tem atores e atrizes que não gostam de muito assédio do público – Sango arregalou os olhos. Sabia que o hanyou era sábio, mas a cada dia se surpreendia com ele.

#-Como você sabia? Kagome odeia o assédio dos fãs loucos... – confessou Sango, no lugar da amiga.

#-Sango! – repreendeu Kagome, por entre os dentes.

Inuyasha sorriu com a cena.

#-Ela também detesta roupas de marca. Não está vendo os trapos que ela usa? Parece até a Cinderela...

#-Sangoo! – mais uma vez Kagome sussurrou. Já estava como um pimentão de tão vermelha.

Inuyasha tomou mais um gole do liquido preto e continuou a sorrir.

#-Ela não namora faz uns dois anos. Acho que é o trabalho... Ou pode ser trauma do último namorado. Kouga era muito possessivo. Eu particularmente não gostava dele... Mas acho que vocês dois dariam certo. São tão parecidos e não sabem disso...

#-SANGO! – Explodiu Kagome. Inuyasha soltou uma pequena gargalhada ainda com a xícara nos lábios – Vai... Vai conferir o estoque vai!

#-Mas eu fiz isso ontem Ka... – defendeu-se a garçonete, não entendendo muito bem a ordem.

#-Mas vai de novo!

#-Mas...

#-Isso é uma ordem Sango. EU 'tô mandado você conferir o estoque.

#-Tá, tá... Que estresse... Vou falar pro Myouga diminuir suas horas de ensaio... – resmungou a outra, saindo e indo para os fundos.

Kagome abaixou a cabeça e colou a testa nas mãos. Estava totalmente envergonhada do que a amiga lhe fizera passar. Imaginava o que Inuyasha estaria pensando dela agora. Estava sem coragem para desculpar-se e principalmente de olhar para ele.

#-Ela é indiscreta, né? – o hanyou tentou quebrar o silêncio.

#-É... – concordou Kagome, ainda sem olhar para ele. O cabelo cobrindo a visão de Inuyasha – Só um pouquinho...

Os dois sorriram. O escritor a olhou de soslaio, e sorriu mais um pouco ao perceber que ela estava rubra.

#-Adoraria te conhecer melhor – arriscou ele.

Kagome o olhou subitamente e assustada. Esse ato fez o hanyou ficar paralisado. Ela não era linda apenas nos teatros e nos filmes. Seus olhos azuis cheios de alegria e devoção à profissão, as roupas largas, mas que não deixavam morrer as curvas e a harmonia feminina, e os cabelos bagunçados que lhe davam um ar de rebeldia e sensualidade.

Quando perceberam o tempo que estavam se fitando, desviaram o olhar na hora. Um para cada lado. Ficaram assim constrangidos por um pouco de tempo. Quando Kagome percebeu que já eram quase 8:30, decidiu ir embora e descansar um pouco em seu apartamento.

#-Tenho que ir – disse, sem olhar para o hanyou – Noite cansativa essa.

#-Então descanse um pouco – sugeriu ele, também sem olhar para ela. Mas também não anotava mais nada.

#-É o que vou fazer. Obrigada...

ao dizer isso Kagome pegou a sua bolsa de cima do balcão e saiu, mas ao puxá-la, acabou esbarrando na xícara de Inuyasha, fazendo-a derramar toda em cima do caderno.

Inuyasha levantou num pulo quando o líquido quente atingiu sua calça. Kagome olhou assustada e ao mesmo tempo preocupada. Foi quando ele percebeu que o café estava todo em seu caderno, fazendo as letras borrarem.

#-Merda! – praguejou levantando o caderno e jogando o líquido no chão.

#-Desculpe... – sussurrou Kagome, tentando ajudá-lo a limpar o caderno, mas ao passar o guardanapo, as letras apenas borraram mais.

#-Não, pára! Já não basta derrubar agora vai termina de estragar? – explodiu ele. Provavelmente o líquido teria atravessado a folhas. Dois dias de trabalho no lixo...

#-Eu... Foi... Desculpe... Não tive a intenção... – tentava se desculpar mais uma vez a atriz.

Inuyasha olhou para ela e a viu magoada. Suspirou...

#-Não, tudo bem. Não foi culpa sua... Foi um acidente... – Sentou-se novamente no banquinho e apoiou a cabeça nas mãos – Tentarei pedir mais uns dois ou três dias de prazo.

#-Eu realmente sinto muito. Não queria estragar seu trabalho. Sei como é difícil a gente se dedicar a algo e alguém estragar tudo. Se tiver algum jeito de eu me poder te ajudar...

Inuyasha sorriu desesperado. Ela era linda e educada, mas totalmente desastrada. Ela poderia ter mais um pouco de cuidado. Mas agora não adiantava chorar pelo leite derramado, ou melhor, pelo café derramado...

#-Só se você me mostrar um bom final romântico, original, que ninguém espere, e tudo isso em um dia – Falou num tom amargurado.

Kagome tentou sorrir.

#-Desculpe... – falou mais uma vez.

Olhou para ele e viu que tentava ainda resgatar alguma coisa, mas pelo visto o café arruinara umas dez páginas de anotação. A folha do caderno parecia ser bem fina...

Kagome procurou alguma palavra de conforto, mas não achou nada. Então resolveu ir embora antes que fizesse mais alguma besteira. Saiu em silêncio...

#-Olha, me desculpe, eu não quis... – começou Inuyasha, mas quando olhou para o lado não a viu.

Sentiu-se pior ainda por ter gritado com a mulher. Olhou para fora e viu pelas grandes janelas de vidro que ela atravessava a rua. Quase fora atropelada, e viu que, quando chegou do outro lado da avenida, um mendigo a chamou. Ela parou, olhou para ele, sorriu e lhe deu uma gorda esmola. E continuou a caminhar.

#-Pronto Kagome... Tudo certo, assim como ontem... – dizia Sango, voltando dos fundos. Mas parou ao não ver a amiga lá – Cadê a Kagome?

#-Foi descansar... – respondeu o hanyou, ainda sorrindo.

#-Ah... – Sango exclamou, depois viu o caderno de Inuyasha – O que houve aqui?

#-Derrubei o café – mentiu ele – Estava distraído e esbarrei... – continuou a falar calmamente.

#-Oh, meu Deus! Mas, e agora? Como vai terminar a tempo? – Sango parecia mais desesperada que o próprio escritor.

#-Não faz mal, estava mal feito mesmo... – disse, finalmente arrancando as folhas molhadas, mas não as jogou, deixaria que elas secassem e depois veria se conseguia recuperar mais alguma coisa – Tenho que ir agora. Guarde o bolo, nem toquei nele... E marque o resto na conta, certo?

#-Certo. – respondeu Sango, obedientemente.

Inuyasha levantou-se e guardou o caderno na pasta negra. Rabiscou algumas palavras em uma folha limpa de papel e entregou para Sango.

#-Dê isso a Kagome quando ela voltar aqui. E peça desculpas por mim, sim? Tchau... – dizendo isso, saiu da cafeteria.

Sango nada disse. Olhou curiosa para o bilhete e o abriu, leu rapidamente e sorriu com as palavras. Guardou-o no bolso do avental e foi recolher as xícaras em cima do balcão.

Enquanto isso, Inuyasha caminhava lentamente para sua casa. Pensava em diversas coisas, no final de seu livro, em como Elizabeth poderia se declarar para Willian e vice e versa. Com certeza a editora daria mais uns dias de prazo, ele era um ótimo escritor, já publicara vários livros e peças pela mesma editora. Realmente não estava muito preocupado com isso...

Mas parou subitamente ao ver um outdoor com a bela foto de Kagome e com os seguintes dizeres:

"Mais uma peça de Higurashi.

'No palco do amor'

Estréia será dia 02 de julho. Não percam!"

Sim, a peça fora ele quem escreveu. Sabia que a atriz seria Kagome. E escrevera especialmente para ela. Sorriu ao se lembrar de como era a verdadeira Kagome Higurashi: Atrapalhada, educada, simpática, meiga, atraente, sensual, humilde e, provavelmente, leal. Com certeza, se fosse reescrever a peça, mudaria muita coisa...

Mas preferiu não pensar muito nisso. Para si, depois de escrever algo, o mesmo morria. Se relesse suas obras, encontraria milhares de defeitos, então preferia esquecê-la e partir para outra...

Voltou a caminhar. Sua casa não era longe dali, morava no último andar de um hotel velho e mal cuidado. Não ligava muito para isso... Sempre preferiu que suas coisas materiais fossem baratas, porém úteis. Guardava os milhões que ganhava com a venda dos livros para viajar e conhecer o mundo...

Em uma das paredes da sala de seu apartamento tinha vários quadros de lugares importantes que visitara, como a Grande Muralha da China, as três pirâmides de Gizé, a Torre Eiffel, o mar negro e outra mais...

Finalmente tinha chegado em casa... Subiu os seis lances de escada e chegou na porta de seu apartamento. Abriu-a e deparou-se com a sala um pouco bagunçada, mas não perderia tempo limpando-a agora. Foi para a cozinha e para a grande varanda que, por ser no último andar, tinha a torre da televisão, e, em volta, uma pequena mureta de alvenaria que batia na cintura do escritor.

#-E agora, por onde começo? – suspirou.

Teria que reler toda a anotação para ver onde tinha parado. Se não fosse aquela mulher, estaria bem adiantado. Suspirou mais uma vez. Pendurou as folhas molhadas de café no varal para secarem, sentou-se em uma mesinha que jazia ali e passou a reler seu livro.

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Kagome chegou em casa exausta, os ensaios estavam a matando. Foi para a cozinha, bebeu um belo copo de água e foi para a sala. Pegou o texto e começou a ler as falas em voz alta.

#-Não. Mas mesmo assim, eu te amo Scott, acredite, eu te amo! – falou, majestosamente.

Estava fazendo o papel de uma pobre camareira que se apaixonara pelo seu patrão. O amor era recíproco, mais uma série de fatos atrapalhou o relacionamento dos dois, e agora Julia estava pedindo para que ele acreditasse nela – Amor à primeira vista... – suspirou Kagome, bebendo mais um gole da água – Quem acredita nessas bobagens em pleno século XXI?

Kagome teve uma grande desilusão no amor no passado e a partir daí fechou-se para relações e dedicou-se plenamente ao trabalho.

Sua vida começou a ser um pouco vazia. Ia de casa para o teatro, do teatro para a cafeteria, e da cafeteria voltava para casa. Não tinha diversão e não viajava mais com freqüência, a não ser que fosse para trabalho.

Sorriu ao se lembrar da cara de Myouga quando descobrisse que ela tinha mudado umas passagens no texto para que ele ficasse mais realista...

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Aeeee nova ficzinha... XD

Essa de 3 capítulos que tinha prometido... Curtinha sem mais... Basiei-me num comercial que vi MUITOOOOOOOO lindo... E foi isso que eu entendi por ele ai aumentei um pouco o começo e vuala uma fic lindona...

Duvido que os próximos capítulos sejam maiores que esse... É uma coisa curta mesmo...

Em fim e isso... Ainda não sei se vai ter hentai... Mais provavelmnte não tenha... Não sei...

B-jinhusssssss pra todo mundo...