犬夜叉

Inu-Yasha não me pertence: (Todos os direitos reservados)

(nandahigurashi olha para os dois lados e depois sussurra: Um dia eu

irei abrir uma sociedade com a Rumiko-sensei')

Dedicada a Shampoo Sakai



Crime Passional

Desavenças e discussões

"-... Assassinato de um rapaz de aproximadamente 24 anos abalou a capital do Japão essa noite. O rapaz estava na casa da namorada. O corpo foi encontrado junto com a moça em cima da cama onde faziam sexo, a perícia afirma que o homicida atirou em direção a cabeça, mas a bala acertou as costas do rapaz atravessando o corpo dele e acertando o pescoço da moça, que foi levada em estado grave para o hospital. A policia não encontrou pistas do assassino, mas depoimentos colhidos no local, ajudaram a policia descobrir que esse rapaz estava sendo perseguido, alimentando as suspeitas de que esse crime foi cometido por vingança..."

- Quem... quem poderia ter feito uma crueldade dessas com meu filho...

Universidade de Tokyo...

Um grupo de amigos conversava sobre as provas, e a aproximação da formatura, mas logo o clima pesou com uma discussão entre um casal, onde o rapaz era o centro de atenções das garotas da faculdade.

- Eu disse para você não se aproximar dessas mulheres, elas são muito oferecidas...

- Escute Kagura, eu não sou casado com você, e não vou aceitar que diga o que devo ou não fazer... e depois eu só ajudei a Sara a resolver umas questões de...

- Sesshoumaru, eu sei que é popular e tal, mas eu não vou aceitar, não vou mesmo aceitar que o meu namorado fique dando aulas particulares para essas... essas... – Kagura procurou uma palavra apropriada para nomear as moças, fazendo gestos exasperados com as mãos, deixando o rapaz a sua frente um tanto nervoso. -... meretrizes.

- Escute, vá para casa, mais tarde eu passo lá para conversarmos. – Tentou manter a calma, com uma frieza inata.

- Eu não quero ir para casa e ver que estas... meretrizes estão te assombrando, te seguindo a cada passo...

- Chega – começou impassível o rapaz. – eu não vou ficar aturando seus ataques de ciúmes na frente de meus colegas de classe... faça um favor... – ele segurou firme no braço da moça. - suma de minhas vistas antes que eu perca a cabeça e cometa um delito...

Sesshoumaru largou-a, e friamente deu as costas a ela voltando em seguida para onde seus amigos estavam.

- Sesshoumaru, espere eu...

- Não quero ter que repetir... – Parou e olhou-a por cima do ombro, e logo começou a andar novamente.

A moça saiu do local apressadamente, enfurecida, triste, deprimida, e chorando muito, mas nenhum desses sentimentos abalou o rapaz, pois sabia que tudo se normalizaria quando ela se acalmasse.

"- Malditas meretrizes, maldito Sesshoumaru, se ele pensa que vai ser igual às outras vezes esta muito enganado." – Kagura foi em direção a seu carro, e desativando o alarme abriu a porta, e após entrar, bateu-a raivosamente, e logo depois de dar a partida fez o carro cantar pneu passando em frente a faculdade correndo muito.

Todos os que conversavam em frente olharam a cena, mas logo voltaram suas atenções para seus interesses.

- Cara, se eu tivesse uma namorada assim, não sei como faria para contornar a situação... você é muito calmo, como consegue? – Miroku perguntou, olhando fixo a rua onde o carro tinha acabado de passar.

- Miroku, guarde seus comentários para você...

- Calma onii-san, ele não tem culpa de você ser o homem mais cobiçado entre as garotas da faculdade... – Inu-Yasha comentou ironicamente, recebendo um repreensivo olhar vindo do irmão mais velho.

- Mou! Eu não sei como conseguiu, mas podia me ensinar esse segredo. – Miroku olhou a hora e após para Sesshoumaru, que com uma sobrancelha arqueada o olhou confuso.

- Segredo?

- É, você sempre consegue chamar a atenção das garotas, e você nem fala com elas...

- Miroku, não é sempre que ele chama a atenção das garotas... – confirmou Inu-Yasha ao ver um sorriso meio convencido do irmão.

- Me desculpe Inu-Yasha, mas vou ter que discordar, veja bem, depois que vocês dois vieram estudar aqui na faculdade, nenhuma garota fala de outra coisa a não ser desse cara aí; – Miroku apontou o amigo com o polegar, começando a andar após. – eu ate conseguia dar uns beijinhos antes, mas agora, eu nem chego perto das garotas, pois só sabem suspirar por esses cabelos de seu irmão.

- O que tem de errado com meus cabelos Miroku? – perguntou cinicamente ao rapaz.

- Nada, esse é o problema, não tem nada de errado com eles nem com o dono deles, sinceramente, eu às vezes penso em te matar, só assim as garotas olhariam para mim novamente...

- Matar... pode ate ser, mas se fizer isso ao invés delas te enxerem de beijos e abraços vão te linchar. – comentou Inu-Yasha vendo que o irmão olhou serio para o amigo.

- Miroku você esta me ameaçando? – Sesshoumaru lançou um olhar gelado ao amigo, mas não o intimidou, pois correspondeu quase igualmente. (N/A: ninguém consegue imitar o jeito frio de Sesshoumaru.)

Ao perceber o clima, Inu-Yasha logo mudou de assunto, pois sabia que aquilo poderia ocasionar uma briga, e não era o que ele queria, pois estavam estudando ali por exatamente ter que sair da outra faculdade, onde o irmão foi ameaçado de morte pelo diretor desta, pois Kagura era noiva de Goshinki, mas uma crise a fez se afastar dele, e nesse período conheceu Sesshoumaru, se apaixonando por ele, e finalmente desatando o compromisso com o diretor e começando a namorar com o acadêmico de direito.

- Miroku, eu não sei o porquê esta reclamando, você não esta namorando a Sango do quarto ano?

- A Sango – Miroku olhou para Inu-Yasha, o qual suspirou intimamente ao perceber que o irmão fazia o mesmo, mas sem vestígio de confusão no olhar. – bem, às vezes...

- Como assim às vezes, ela não é sua namorada? – Continuou Inu-Yasha não deixando brecha para o irmão falar.

- Ela é muito complicada, ela não aceita os carinhos que eu dou a ela. Quando eu faço um carinhozinho, ela me deixa cheio de galos... – Explicou o rapaz coçando a cabeça.

- Puxa, acho que você deve procurar outra garota então...

- Isso não é verdade Inu-Yasha! – uma voz feminina soou, e quando todos olharam...

- Sangozinha... – Miroku estava totalmente diminuto, com uma gota escorrendo na cabeça, e um sorriso muito sem graça.

- Seu mentiroso, esta me detraindo, o que esses rapazes vão pensar de mim, vou processar você...

- Calma pessoal... – Sesshoumaru segurou o braço de Sango, onde na mão desta estava uma cadeira que seria lançada em direção a Miroku.

Miroku suspirou aliviado, mas Sesshoumaru o fez ficar azul com o comentário feito.

- Sango, se agredi-lo, não poderá o processar, segundo o artigo 146 do Código penal- ( N/A: SEGUNDO O CODIGO PENAL BRASILEIRO, PORQUE EU NÃO SEI O JAPONÊS ') -, Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, pode lhe render de três a um ano de detenção, mas se o deixar inteiro, pode o processar por calunia...

- Calunia não, por assedio sexual, esse tarado diz que sou violenta, mas ele fica passando essas mãos em mim... – esclareceu a moça pondo a cadeira no chão e ajeitando o vestido que usava.

- Sangozinha, eu gosto de você, sabe que nunca a faria sofrer e...

- Pode parar, você deveria estudar mais o Código Penal como da para perceber que seu amigo aqui faz – apontou Sesshoumaru, que o olhou com os olhos estreitos - e não esses lixos que anda lendo, para tentar recitar algum verso para mim... e depois nem somos namorados, guarde suas desculpas e versos para as garotas que vivem atrás de você... – Sango virou as costas e depois de ajeitar os cabelos saiu andando em direção a biblioteca sem dar importância aos protestos românticos de Miroku.

- Ei, espere princesa, lindinha... – parou de ir atrás e suspirou – Ah... perdi mais uma...

- Perdeu porque é idiota, escute ela, estude mais... – Sesshoumaru ironizou dando um pequeno sorriso de vitória.

- Sim eu perdi, mas por sua culpa... – Miroku o olhou com ódio.

- Por minha culpa? – Sesshoumaru arqueou as sobrancelhas e apontou para si.

- É, mas você vai perder algo muito mais valioso do que garotas meu caro, espere e verá... – Miroku saiu de perto dos irmãos e seguiu para a biblioteca.

Inu-Yasha reparou certo divertimento no rosto do irmão, por ter arrumado mais uma confusão.

Os dois continuaram a andar e entraram na faculdade, onde cada um foi para suas salas assistir as aulas.

- Sango me desculpe, eu não quis te ofender, é serio... – tentava Miroku fazendo uma carinha de cachorrinho abandonado de dar dó.

- Esta bem Miroku, eu te perdôo, mas mesmo assim não quero ficar com você, apesar de eu gostar muito de você, neste momento eu gostaria de ficar sozinha, e pensar se eu vou mesmo querer ser traída pelo resto do nosso namoro por você...

- Ei! Porque esta dizendo isso, sabe que eu nunca te trai...

- Esta mentindo, antes de Sesshoumaru aparecer, você, apesar de ser um tarado, era a sensação entre as garotas. Só eu sei o que a pobre da Kagura passa...

- Aquele imbecil, sente-se o máximo com todas as garotas suspirando por ele, argh!

- E por acaso você gostaria que fosse por você? – Sango lançou um olhar mortífero ao rapaz que num instante ficou sem graça e com muitas gotas escorrendo no rosto.

- Não minha princesa, mas eu tenho que me vingar daquele idiota, ele me fez de idiota na sua frente, mexeu com minha honra.

- Esta bem, mas vê se não se mete em briga, você não sabe da índole do cara, não sabe o porquê dele ter saído da outra faculdade...

- E por acaso – ele pegou uma mecha de cabelos dela, e enrolando no dedo, aproximou-se do pescoço da moça. – você sabe gata?

- Ainda não, mas o segredo deles vai ser descoberto... tenho certeza que aquele rapaz fez algo de errado, a carinha bonitinha dele não me engana.

- Hummm, vai ser advogada ou investigadora, heim princesa...

- Miroku, para de ficar falando manso assim, isso não combina com esse seu porte. – Ela começou com um doce sedutor sorriso, que pedia um beijo para se desmanchar.

- Porte é... você gosta dele, ele pode ser todinho seu se quiser, só basta me dizer aquela palavrinha que eu espero a muito tempo... – Continuou o rapaz tentando seduzir Sango.

- Palavrinha, humm, que palavrinha? – Fez-se de desentendida.

- Então tá, eu falo sério agora – animou-se, se sentando bem próximo a ela. – você quer namorar comigo? Eu prometo me comportar direitinho. – Disse levantando a mão direita como promessa.

Sango corou, e vendo que o rapaz parecia ter boas intenções, resolveu dar uma chance.

- Esta bem, eu aceito, mas eu tenho algumas regras, se aceitá-las...

- Pode ditá-las para mim, eu farei de tudo para cumpri-las...

Sango olhou-o curiosa, mas logo começou a dizer.

- Primeiro tem que ser fiel... – viu o rosto do rapaz se entristecer – Ei porque fez essa cara?

- Não foi nada, pode continuar... – Afirmou ele desanimado.

- Segundo, tem que ser muito comportado, ou seja, não ficar passando a mão em mim... e... por ultimo... ser muito carinhoso.

- Bem – Começou levantando-se e pondo as mãos no bolso, olhando fixo para a prateleira de livros a sua frente. – eu vou ser fiel, te respeitar e ser muito carinhoso, mas eu também quero uma coisa, só uma.

- E... o que é? – Perguntou ela levantando-se com alguns livros nas mãos.

- Nunca mais dirija a palavra àquele imbecil do Sesshoumaru...

- O que? Enlouqueceu, eu não posso simplesmente parar de falar com ele só porque você quer, e depois ele me ajuda muito com as matérias que tenho dificuldade, com por exemplo Código Penal... acho que as minhas regras são muito mais enérgicas que a sua... mas se prefere assim, nos ficamos só amigos mesmo tá?

- Er... esta bem, mas evite muita intimidade, eu não quero a minha lindinha andando junto com aquele tipinho... – Miroku deu um beijo carinhoso na, agora, namorada e pegou os livros das mãos dela, a abraçando com o outro braço desocupado.

A caminho da sala de aula os dois caminhavam abraçados, Miroku pensou que as garotas comentariam, olhariam, ou praguejariam pelos dois estarem com tanta intimidade, mas o que ouviu no intervalo seguinte o deixou muito aborrecido.

– Você viu, o Miroku esta junto com aquela garota do quarto ano... – comentou uma.

- E daí, nos temos que arrumar um jeitinho de eliminar outra pessoa, Miroku é passado, o presente será...

- Sesshoumaru! – Responderam as três que conversavam em uníssono.

As três começaram a dar risadinhas abafadas nas mãos, mas logo se cessou quando o rapaz, Sesshoumaru, apareceu no fim do corredor.

- Meninas hora de por o plano em prática, nos somos três e ele um só. Sara, você já tem intimidade, convida ele...

- Esta bem...

O rapaz passou sem olhar as três, e seguiu para a biblioteca. Um tempo depois Sara o seguiu, mas antes tinha retocado a maquiagem e se perfumado.

Na biblioteca Sesshoumaru procurava um livro, um explicativo sobre alguns direitos e deveres. Estava distraído, com as mãos no bolso da calça social que usava, olhando fixamente para os títulos. De repente ele sentiu alguém tocar seus cabelos, e virou-se para olhar quem era.

- Sara, o que faz aqui? Devia estar na sala de aula...

- Eu sei, mas tinha que vir ate aqui, para... – lançou um sedutor olhar ao rapaz que percebeu a intenção da moça. – buscar um livro de... anatomia...

- Anatomia? Mas você não faz engenharia?

- Pois é, mas tem algumas partes do corpo humano que eu gostaria de entender...

- Sara... – Sesshoumaru começou serio e frio, mas rindo para si, não entendendo direito o porquê dela estar se oferecendo para ele. - ... eu não sou um idiota como o Miroku, o que esta querendo?

- Puxa, assim me ofende, eu só queria te convidar para beber um vinhozinho, ou um champanhe depois das aulas...

- Não obrigada eu não bebo, não gosto de bebidas alcoólicas... – Afirmou voltando às atenções novamente para os livros.

- Então, o que gosta, estou mesmo querendo ser sua amiga, mas se não quiser...

- Menina – Sesshoumaru virou para ela de vagar, e tirou a mecha de cabelos das mãos dela olhando fixo nos olhos da garota, que corou. – Suas intenções não são de amizades, sinto que você e aquelas outras duas tem outras intenções com a minha pessoa. E...

- Então você descobriu, bem – ela se aproximou consideravelmente do rapaz, que pode sentir o hálito fresco da moça e o perfume, muito cheiroso que usava. – então eu não vou perder a oportunidade de te roubar um beijo.

Para a surpresa do rapaz, ela audaciosamente o beijou. Em princípio ele ficou estático, mas apesar dele ser um homem integro em seus relacionamentos, ele era carne, e acabou cedendo um beijo. A moça realmente era bonita, tinha cabelos negros compridos, lisos com alguns cachos nas pontas, o corpo era perfeito, e a cintura graciosamente talhada, e os seios pouco fartos... estava muito perfumada... mas aquilo era errado.

Sesshoumaru, que estava com as mãos na cintura da moça de repente a segurou pelos ombros e a afastou de si.

- Desculpe, mas isso é errado, eu tenho namorada, e gosto dela...

- Gosta? Acho que esse beijo demonstrou que não, se gostasse mesmo dela não teria se deixado seduzir. – deu uma risada abafada ao ver o olhar arregalado do rapaz. – Eu sabia, você beija muito bem, a Kagura tem muita sorte...

Sara saiu da biblioteca deixando um Sesshoumaru muito confuso, passou a mão nos cabelos, colocando a franja teimosa para trás, mas esta logo voltou. Andou ate a porta da biblioteca, mas não encontrou ninguém, mesmo assim seguiu para a sala e assistiu as duas ultimas aulas tão serio que chamou a atenção de algumas pessoas.

Ao fim desta esperou o irmão no estacionamento, e quando este veio, logo partiram para casa sem trocar uma única palavra.

-Como é que é! –Uma voz alterada falou ao telefone.

- Calma Kagura, o rapaz não teve culpa, foi a Sara quem insistiu e...

- Maldito, eu sabia que estava interessado nela, a Sara é minha amiga desde o ginásio, lógico que nunca faria isso...

As garotas comemoravam no quarto de Sara, que tentava de todo o jeito conter o riso, segurando outro fone nas mãos, como extensão.

- Meninas contenham-se, ou ela vai desconfiar. – comentou a garota falando num sussurro.

Do outro lado da linha Kagura começou a chorar, fazendo as três ficarem sérias.

- Eu estou... tão apaixonada por ele... isso não foi justo, ele não foi justo comigo... Mas eu vou me vingar, espere e verá!

Kagura desligou o telefone, e logo foi tomar um banho.

Era noite já quando Sesshoumaru saiu de casa, estava indo à casa da namorada, queria evitar confusões então, resolveu contar a ela o que aconteceu na biblioteca.

Ao chegar lá, ele saltou do carro, mas Kagura conhecia o som do motor do carro dele, e saiu exasperada e o surpreendeu com uma bofetada surpresa. O rosto impassível assumiu grande surpresa, e antes dele começar a falar, Kagura foi logo gritando.

- MENTIROSO! CAFAGESTE! IDIOTA, IMBECIL...- Kagura ficou arfante, ao empurrar o rapaz em direção ao carro, ele apenas abriu os braços e esperou ela terminar, e quando terminou, começou a chorar com as mãos no rosto.

- Terminou? Posso me explicar? – perguntou à moça, impassível.

- Não quero saber, você é um tarado – ela parou de falar e olhou no rosto dele, que parecia não entender o que estava acontecendo. - você agarrou a Sara na biblioteca e obrigou a ela te beijar e...

- Espere aí, eu não agarrei ninguém, ela que veio para cima de mim, eu não fiz nada...

- É mentira, Sara nunca me trairia, ela é minha melhor amiga...

Neste momento lembrou-se das três moças conversando e do que Sara havia dito para ele na biblioteca, sobre o interesse nele.

- Uma armadilha heim.

- O que disse? – Perguntou ela confusa.

- Kagura eu não...

- NÃO QUERO SABER! Esqueça que eu existo, e vá se divertir com as garotas da faculdade, e se gostou tanto do beijo da Sara como espalhou para toda a faculdade, fique com ela, e aproveite e diga a ela para esquecer que existo também, pois eu tenho certeza que a culpa não foi inteiramente sua...

Kagura saiu de perto do rapaz andando depressa e ao entrar tacou a porta com força.

Sesshoumaru passou a mão na franja a pondo para trás, com a outra mão no quadril, ficou muito irritado com tudo o que aconteceu, mas tentou manter a calma acima de tudo. Vendo que seu relacionamento tinha se extinto ali, entrou no carro e partiu.

Passou algumas horas seguindo as ruas, estavam escuras e logo começou a chover, resolvendo parar ao ver um grande jardim, ou melhor um parque, estava pouco florido. Desligou o motor e ficou observando a chuva cair do lado de fora, estava pensativo e muito distraído, e nem percebeu a hora passar e com ela a chuva.

Assustou-se violentamente quando alguém bateu suavemente no vidro do carro, e levou rapidamente a mão debaixo do banco do carro, onde guardava sua arma. Mas ao olhar para fora, viu uma moça, olhava curiosa o vidro escuro do carro, então ele baixou o vidro, deixando somente espaço para os olhos.

- O senhor poderia me ajudar, eu estou perdida, eu acabei de chegar na cidade, poderia me dizer onde fica esse bairro aqui? – ela entregou o papel ao rapaz ele leu atentamente, logo depois acabou de baixar o vidro, vendo que ela estava um pouco molhada e com três malas grandes.

Ele arqueou uma sobrancelha, e começou explicar a moça como chegar ao lugar.

- Obrigada, o senhor me ajudou muito, boa noite. – Ela reverenciou-se a ele e com um pouco de dificuldade começou a andar em direção oposta que ele explicara. Então ele saltou do carro e foi em direção a ela, que na hora em que ia dizer alguma coisa, viu a garota cair inexplicavelmente.

- Itaiii! Que droga!

- Você esta bem, - ele estendeu a mão para ajudar a moça a se levantar. – você estava indo na direção oposta e...

- Obrigada. – Disse ao se levantar – Eu ia pegar um táxi, acho que vi alguns parados ali.

Agora ela estava muito molhada, e tremia um pouco de frio, porém pareceu não se intimidar com isso, um pouco alegre arrumou as malas de novo.

-Você quer uma carona, posso te levar ate esse endereço, você esta molhada – arqueou as sobrancelhas. – tem três malas grandes, parecem pesadas...

- Não obrigada não quero incomodar o senhor, aliás, eu já o incomodei tirando-o das meditações e...

- Eu não estava meditando, só pensando em alguns problemas... mas você aceita ou não a carona?

- E-eu, sei que parece ser um bom homem mas...

- Mas?

A chuva começou a cair novamente, e ele olhando para a garota estendeu os braços como indicação da chuva, e pegando duas das malas começou a andar em direção ao carro.

A garota olhou-o, e logo seguiu, e depois dele ter posto a última mala no banco de trás do carro, viu a garota entrar junto com ela.

- Não, venha aqui na frente, vai ficar desconfortável aí... – A voz saiu branda e a chuva aumentou mais, quase se transformando em uma tempestade.

Rapidamente ela entrou e ele fechou as janelas. Após respirar fundo ele deu a partida no veículo, e saiu vagarosamente.

- Desculpe pelo incomodo senhor...

- Sesshoumaru. Eu agradeceria se parasse de usar esse "Senhor", soa muito formal, e eu não sou professor ou coisa assim.

- Esta bem, desculpe. – Ela corou e baixou o rosto tirando depois a boina que continha seus cabelos num coque presos. Os lisos cabelos negros e brilhantes caíram ate o colo da moça, mas Sesshoumaru ainda não tinha visto, só viu quando parou num sinal e virou para falar com ela.

- Qual... – Uma grande pausa ao vê-la ajeitando os cabelos, e olhando para ele em seguida para prestar a atenção no que iria dizer.

- Sim, o que ia dizer? – perguntou ela tirando o casaco muito molhado, e pondo-o sob as pernas.

Mas logo voltou a dirigir desviando os olhos do rosto da garota que não percebeu o olhar admirado que ele lhe lançou.

Parou o carro em frente a um prédio alto, não era muito novo, nem muito velho. Ele olhou pelo pára-brisas para o lado de fora e viu o número, conferindo depois no papel.

- Chegamos...

- Eu agradeço novamente senh... Sesshoumaru. – ela ia abrindo a porta, mas ele a impediu dizendo:

- Espere um pouco, esta chovendo muito, acho que tem estacionamento, será melhor... se não se molhar mais.

Ela sorriu sem graça. Logo ele entrou no estacionamento, e lá ajudou a garota com as malas, ela novamente agradeceu, então ele virou as costas e andou alguns passos, mas logo parou e virou-se para perguntar o nome dela, mas o elevador já tinha fechado as portas e estava subindo.

Ele maneou a cabeça, rindo para si, não acreditando que ficou cerca de duas horas conversando com uma moça sem saber o nome dela.

Voltou para casa, e no caminho a chuva parou. Ao chegar em casa, ele abriu a porta mansamente, e recebeu um repreensivo olhar de duas pessoas muito sérias no sofá da sala. Ele arqueou as sobrancelhas e encarou os dois.

- Onde estava Sesshoumaru? Você já olhou as horas?

- Pai, eu tive um problema e...

- Eu sei, e gostaria de uma explicação bem convincente.

- Explicação?

- Sim maninho... – começou Inu-Yasha sério demais para sua pessoa.

- Inu-Yasha, deixe que eu converse com ele. – repreendeu o pai, olhando em seguida para o outro filho se aproximando para sentar-se com uma expressão muito confusa.

O pai cruzou as mãos e logo começou a explicar serenamente.

- Filho, a mãe de uma moça ligou para cá hoje fazendo uma grave acusação, ela disse que você assediou a filha dela e avisou para esperar a intimação do processo que ela...

- O que! Processo por assédio? – o rapaz levantou-se exasperadamente. – Estão todas loucas é isso?

- Filho, sei que não fez nada, mas a garota estava chorando muito e disse que você a forçou na biblioteca da faculdade hoje a tarde.

- O que, mas foi ela quem me beijou, eu não... Mas o que esta acontecendo afinal de contas... – O rapaz ficou inquieto, passava as mãos nos cabelos e andava de um lado para o outro.

- Você arranjou confusão novamente, agora agüente as conseqüências... – Inu-Yasha ainda estava sério, sabia que a situação era delicada.

- Mas eu não arrumei confusão nenhuma, quer saber... – Sesshoumaru pegou as chaves novamente e saiu batendo a porta atrás de si.

- Pai, o que vamos fazer? Ele realmente não tem culpa, eu vejo, as garotas ficam em cima dele o tempo todo, principalmente essa Sara, eu não duvido nada que ela esteja aprontando uma...

- Eu não sei filho, mas seu irmão tem que começar a evitar o contato com essas moças... Se isso vira moda, meu filho vai virar um maníaco sexual na cidade sem ser.

Sesshoumaru estava exausto, a situação dele era muito complexa, e nem sua impassividade estava adiantando, sentia uma grande solidão, sofria ate por causa disso.

O que o fazia ser tão perseguido?

Ele era um rapaz de classe media alta, e a aparência... Um lindo exemplar masculino: Tem cabelos compridos ate abaixo do bumbum, lisos, dono de olhos dourados, de uma linda boquinha, e o corpo totalmente perfeito, alto. Mas apesar de ser essa escultura viva, ele era frio e impassível. Talvez o charme dele estivesse nesse jeito de ser.

Dirigiu durante quase toda à noite, e quando olhou o relógio, deu um pesado suspiro, eram quatro da manha, e quase cinco quando voltou para casa. E logo que chegou, tomou um demorado banho, e quando secava os cabelos seu irmão bateu levemente na porta.

- Entre...

- Já esta acordado, se apronte, temos que estar cedinho na faculdade hoje...

- Eu não acordei agora, eu simplesmente cheguei agora.

- Você não dormiu? – Inu-Yasha estava um tanto surpreso e não conteve esse sentimento.

- Não, mas já estou me aprontando, vá se aprontar também...

O irmão mais novo saiu bocejante do quarto de Sesshoumaru, e em instantes estava pronto.

Estranhamente ao chegar na faculdade, todos olharam os irmãos diferente, principalmente para Sesshoumaru, as garotas estavam com olhares reprovativos sendo direcionados a ele. Quanto a isso ele não deu muita importância, só importou-se mesmo no primeiro intervalo, pois ele estava conversando com seu irmão quando Sara apareceu vivaz para falar com ele.

- Olá Sesshoumaru, como tem passado?

- Cínica! Como você acha que ele tem passado? – Inu-Yasha se adiantou, mas o irmão o fez calar-se com um olhar conhecido, então ele começou brandamente falar com ela. Pois as mãos no bolso da calça social e olhando dentro dos olhos da garota, com os seus estreitos.

- O que esta querendo, o que pensa em fazer com esses joguinhos?

- Podemos conversar em particular?

Inu-Yasha entendeu o recado e afastou-se, indo em direção a Sango e Miroku, que estavam perto da biblioteca.

- Fale, o que pretende Sara?

- Eu posso retirar a queixa contra você, mas tem uma condição... – começou ela sorrindo maliciosamente.

- Condição? – Sesshoumaru assumiu uma expressão de nojo no momento.

- Sim, quero que me assuma como sua namorada... eu... estou apaixonada por você, posso ate dizer que o amo... e...

- Você gosta de mim? – ele indicou a moça e logo após ele, em seguida deu as costas e começou andar.

- Ei espere, não vai me responder?

- Se quiser continue com o processo, - ele parou, e olhou para trás fazendo uma expressão assassina no rosto. – você é uma pessoa muito desvalorizada, não me relaciono com esse tipo de garota. Me esqueça, é o melhor a fazer.

Sara o olhou com muito ódio, correu ate ele e o olhando dentro dos olhos o ameaçou.

- Vai se arrepender de ter dito isso para mim, pode esperar, pois nunca mais ficara com nenhuma garota, se for necessário, eu mato você para não dar o gostinho a elas...

- Esta me ameaçando mulher?

- Estou, e não adianta me olhar assim, pois não tenho medo de seu pai, muito menos de você... – Sara saiu apressadamente sem esperar a resposta do rapaz, o qual ficou estático no lugar.

- Você esta bem? – uma voz familiar soou.

Ele virou e ao ver quem era arqueou as sobrancelhas, ficando muito surpreso com quem era.

- Me desculpe por ontem, eu estava realmente perdida.

- Você estuda aqui? – perguntou friamente a garota.

- Sim me matriculei esta manha, e você estuda?

- Sim, estou no ultimo ano de direito...

- Puxa eu também. Eu tenho que ir, vou assistis minha primeira aula, ate logo. – a garota saiu de perto dele muito sorridente, não dava importância aos olhares frios, nem ao tom do mesmo jeito do rapaz, era ate estranha. E... o nome, Sesshoumaru coçou a cabeça e percebeu que novamente tinha esquecido de perguntar o nome dela. Novamente riu da situação, como podia esquecer uma pergunta tão obvia.

- Quem era a garota onii-san? – Inu-Yasha chegou de surpresa tirando Sesshoumaru de seus pensamentos.

- Eu não sei, conheci ela ontem perto da Torre de Tókio, estava perdida então eu a ajudei encontrar o caminho de casa...

- Perdida? – Inu-Yasha desconfiou.

- Ela é nova na cidade, parece que chegou ontem, e começou hoje na faculdade.

- Qual o nome dela?

- Eu não sei, ainda não tive a oportunidade de perguntar.

Os irmãos caminharam em direção às suas salas, ainda conversando.

Ao fim da tarde, as turmas de dispersaram, e uma garota saia apressadamente com livros numa mão, e uma mochila volumosa sob o ombro sendo segura no lugar com a outra mão desocupada.

Na pressa de sair da faculdade logo, desviava de vários alunos habilmente, mas não esperava de certo homem sair de repente na porta de umas das salas. Nesta hora ela andava pelo canto quase encostando na parede, para andar mais depressa, nisso o rapaz saiu na porta e os dois trombaram-se. Os livros que estavam na mão dela espalharam-se pelo chão do corredor, por isso ambos abaixaram, sem ao menos se olhar.

- Me desculpe é que eu estou com um pouco de pressa e... – Ela levantou o rosto e ao olhar quem era arregalou os olhos.

A reação dele foi semelhante, mas ele não fez algo que ela fez; um sorriso muito largo e afeiçoado, o qual já havia agradado aos olhos do rapaz da primeira vez.

Eles se levantaram juntos, e ele continuou calado observando ela ajeitar a mochila, após apanhou os livros nas mãos dele, e depois de ela se despedir saiu apressadamente, mas ela não andou mais do que alguns metros. Ele a seguiu e segurou-a pelo braço.

- Espere...

- Me... desculpe mas estou com um pouco de pressa... – Após ele soltou-a e começaram a caminharem juntos.

- Eu esqueci de perguntar seu nome nas ultimas três vezes que te vi. – Comentou ele andando junto a ela ainda, com passos pouco rápidos.

Ela parou próximo a uma moto no estacionamento, olhou ao rapaz e finalmente, após suspirar revelou.

- Meu nome é Hiiragizawa... Rin Hiiragizawa. – Completou com outro sorriso.

Ela apoiou os livros na moto e começou a enrolar os cabelos num coque, prendendo-os após.

Ele por sua vez olhou seu carro próximo dali, após olhou novamente a moça, dessa vez mexendo no bolso de fora da mochila que carregava.

- Quer outra carona, eu estou indo para perto...

- Não se preocupe, - ela tirou de dentro da mochila um capacete fazendo o rapaz se surpreender. – hoje eu estou com minha moto, quem sabe uma outra vez. – Ela colocou os livros na mochila, pois-a nas costas, montou na moto e após colocar o capacete deu a partida. Acenou para ele e partiu.

Ele apoiou a mão no quadril perplexo com aquela reação, daquela garota tão... delicada. Deixou a mão escorregar ate o bolso pegando as chaves, logo caminhou ate seu carro, e, após desativar o alarme abriu a porta e entrou, pois a chave na ignição e apoiou as mãos no volante, ficou assim por dez minutos, estava esperando o irmão, mas neste tempo pensou no que Sara tinha feito, o quão suja ela foi, mas outro pensamento insistia em residir em sua mente... um sorriso tão doce, tão bonito, mas vinda de uma gata aparentemente frágil, sendo que o que tinha visto a pouco provou que ela não é tão dócil assim, era mais selvagem e...

- Onii-san, esta dormindo? – o irmão olhou-o sarcasticamente, batendo a porta depois.

- Inu-Yasha, porque demorou tanto, eu disse que queria estar no fórum às duas horas, já são duas e meia.

- Desculpe, eu estava conversando com uma garota, ela estava com um pouco de dificuldades em uma matéria...

- Garota? – Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha reprovando aquele assunto.

Deu a partida e logo se concentrou na manobra do carro. Inu-Yasha por sua vez censurou o irmão.

- Sim uma garota. Ao contrário de você, eu posso conversar com uma garota normalmente sem ser agarrado ou processado por assedio ou coisa assim. E depois foi só uma explicação...

- Inu-Yasha... cale essa boca, eu tenho a paciência muito frágil...

Inu-Yasha suspirou maneando a cabeça. Mas logo voltou a falar.

Sesshoumaru saiu do estacionamento e ganhou a estrada, dirigindo pouco mais que sessenta quilômetros por hora.

- Descobriu o nome daquela garota?

- Porque o interesse?

- Por nada, só curiosidade, ela me pareceu uma garota tão simpática, parece tão sensível...

Sesshoumaru deu uma risada disfarçada, e logo respondeu, prestando atenção no transito.

-As aparências enganam Inu-Yasha, aquela garota é muito mais forte que qualquer outra.

- Hã? Como tem tanta certeza em afirmar isso, você nem a conhece direito.

- O nome dela é Rin Hiiragizawa, ela esta no ultimo ano de direito...

Inu-Yasha olhou o irmão e deu uma risada debochada, mas logo parou, pois recebeu um feio olhar vindo dos olhos dourados do irmão.

- Qual é a graça idiota? – Perguntou acelerando o carro parado no sinal vermelho.

- Você conheceu a garota ontem, soube o nome dela hoje, mas mesmo sendo processado por outra por assedio, esta interessado nessa tal de... Rin. – completou ajeitando o cinto de segurança.

- Quem disse que estou interessado nela?

- O seu jeito de falar dela. Escute, eu convivo com você há vinte anos, acho que sei quando esta interessado numa garota.

- Inu-Yasha... - começou em tom muito frio. E não foi só o tom, o tapa que ele deu na parte de traz da cabeça do irmão, o fazendo ficar roxo de nervoso. Após o tapa completou. – Eu já disse que minha paciência é frágil.

- Seu grande imbecil, porque fez isso!

- Não se meta em minha vida, eu detesto isso seu idiota infantil.

- Eu infantil, por acaso me vê agarrando garotas na biblioteca! – O irmão se irritou fazendo com que o mais velho também se alterasse.

Com uma voz branda e controlada, parou frente a um tribunal, desligou o motor e olhando nos olhos do irmão disse:

- Não repita isso ou eu arranco seu coração com as mãos, e você sabe que eu arranco. Você sabe melhor que eu, que não assediei a Sara... – Ele abriu a porta e saltou do carro, Inu-Yasha fez o mesmo, mas ficou parado do outro lado.

Sesshoumaru jogou as chaves ao irmão e começou a andar em direção a entrada do tribunal.

- Venha me buscar as nove da noite, eu vou assistir alguns julgamentos e depois conversar com algumas pessoas. Não se atrase, - ele parou e olhou o irmão já abrindo a porta do carro. – eu detesto esperar. – Voltou a andar em seguida.

Inu-Yasha fez uma careta e logo partiu. Não correu muito, mas logo chegou em casa. Ao chegar o pai estava um tanto estranho, sentado misteriosamente na poltrona da sala, segurava um papel nas mãos.

- Pai, o que aconteceu? ... – A resposta demorou a ser pronunciada, o que deixou o irmão um tanto irritado. – Pai?

- Seu irmão foi rotulado como tarado, olhe isso – estendeu o papel para que Inu-Yasha o pegasse. – aquela garota já começou com as mentiras...

- Mas... – Inu-Yasha após ler a intimação. – Ele não fez nada, ou fez?

O pai se levantou e pegou o telefone digitando um numero após.

- O que vai fazer? – Inu-Yasha perguntou confuso, olhando o pai, o qual fez um sinal para ficar em silencio.

- Por favor, eu gostaria de falar com a senhorita Sara...

-Quem deseja falar com ela? – A voz do outro lado perguntou.

- Inu-Taishou...

- Um momento por favor...

Alguns minutos depois...

- Recebeu a intimação querido Sesshoumaru, resolveu aceitar minha proposta?

- Meu filho esta sendo chantageado... muito bom. Meu nome é Inu-Taishou, prazer sou o pai de Sesshoumaru...

Do outro lado da linha, a garota tremeu, ficando em silencio, apenas ouvindo o que uma voz grave dizia no telefone.

- ... Gostaria de conversar com você, tem um restaurante próximo à faculdade onde estuda. Espero você lá às oito da noite para jantar, vamos formalizar essas acusações. Só um aviso, não falte, ou estará provando que essa acusação feita ao meu filho é tudo uma mentira... Tenha uma boa tarde. – Desligou o aparelho, após olhou Inu-Yasha pasmo com tal situação.

- Pai, se interferir nisso... Sesshoumaru vai virar uma fera, ele vai sair de casa e...

- Filho – O homem aproximou-se de Inu-Yasha e apoiou uma mão no ombro deste, apertando suavemente. – Seu irmão vai se formar mês que vem, não é bom que antes da formatura seja preso por causa de uma menina mimada que levou um fora de seu irmão. Eu posso intervir sem ele saber.

O pai se afastou sentando-se novamente na poltrona, dando um pequeno sorriso, mas frio como o do filho mais velho.

Inu-Yasha deu as costas ao pai e caminhou ate as escadas parando para ouvir o que o pai tinha a dizer.

- Inu-Yasha... onde esta seu irmão?

- Ele ficou no tribunal, disse que voltara às nove da noite, pediu para eu ir buscá-lo... – Inu-Yasha subiu as escadas, e logo entrou em seu quarto. Sentou-se na cama, e olhou um porta retrato em cima da mesa de cabeceira, suspirando em seguida.

- Mãe... – Sussurrou. – "sinto sua falta..." – Pensou após.

Levantou-se e seguiu para o banheiro. Após o banho, arrumou-se e penteou os cabelos, logo, pegou algumas apostilas e começou folheá-las, sentou-se na cama e após deitou-se, começou a estudar de bruços, estudou por quatro horas seguidas, e acabou dormindo em cima das matérias que estudava, com um lápis na mão direita e a outra marcando algumas páginas do grosso livro de código penal.

No tribunal, Sesshoumaru estava atento ao que a promotoria dizia, e também do que o réu era acusado, anotando algumas coisas numa folha de papel, que já estava com varias outras anotações.

Uma pausa foi feita, então Sesshoumaru saiu da sala, indo em direção a uma saleta reservada. Lá três advogados conversavam sobre o caso em questão, e o rapaz, que fora convidado por um deles, sentou-se perto, envolvendo-se em segundos na conversa discutida.

Uma hora depois, os quatro se dispersaram, voltando assim ao julgamento, que teria a sentença anunciada naquele momento. Sesshoumaru localizou-se sem olhar as pessoas que estavam sentadas aos lados dele, concentrado no que o juiz iria dizer. Parava apenas para fazer anotações, agora numa outra folha.

- Você fica muito concentrado, parece gostar mesmo do que estuda... – Uma voz feminina, conhecida, soou perto dele, o fazendo olhar para seu lado direito.

- Você parece um fantasma menina, que horas chegou?

- Eu cheguei no inicio desse julgamento, me atrasei um pouco...

- Nossa, sua vida parece um pouco... agitada...

- Não muito...

Um silencio mortal se fez quando o juiz bateu o martelo a primeira vez anunciando a sentença. Sesshoumaru estreitou os olhos, e Rin riu daquela reação, abafando a risada nas mãos, onde uma continha uma caneta, que anotava algumas coisas também. O rapaz confuso sem olhá-la perguntou quase num sussurro.

- O que é tão engraçado?

- Você parece obcecado no que o juiz dirá...

- Estou acompanhando esse caso desde o inicio...

" – Menoumaru Ga , Este tribunal decidiu, que deve cumprir a pena de trinta e um anos pelo estupro e homicídio de Yura Kami , e ameaça a família da dita vitima." – sentenciou o juiz liberando o tribunal em seguida.

- Yosh' ... Eu esperava ansioso por isso. – Comemorou o rapaz, levantando em seguida. – Rin você... ué cadê ela?

Ao olhar perto dos familiares da vitima viu Rin conversando com um homem de aparência estranha, era alto magro, tinha cabelos pouco longos, e aparentava uns dezoito anos, parecia triste também.

Sesshoumaru arrumou os documentos após desceu sem se despedir, aquela moça era tão estranha. Olhou ao relógio e este marcava dez para as oito. Resolveu então, ir a saleta, ainda tinha uma hora ate Inu-Yasha ir buscá-lo. Ao entrar na saleta, estava vazia, trancou a porta e jogou-se num sofá nesta posta, e retirando um volume da pasta começou a pesquisar, e utilizando as anotações feitas, comparava com as do livro, às vezes anotando algumas no volume, acrescentando o conteúdo do livro.

Um tempo depois ouviu a maçaneta da porta mexer-se, e em seguida uma batida suave. Ele levantou-se e abriu a porta.

- Me disseram que estaria aqui, o que esta fazendo? – Rin perguntou curiosa em ver que estava sozinho.

- Estou resumindo umas anotações, entre... – Pediu educadamente.

- Sesshoumaru... você tem uma fama bem extensa na faculdade, você não tem problemas com esses pequenos focos femininos?

- Alguns, coisas que uma conversa amigável não resolva...

- Acho que não é o caso de Sara...

Sesshoumaru arqueou as sobrancelhas e olhou um tanto irritado para a moça.

- Você chegou ontem e já esta bisbilhotando a minha vida pessoal... saiba que detesto isso, se quiser ter alguma amizade comigo terá que esquecer que tenho uma vida pessoal.

- Ei calma, eu não bisbilhotei nada, estão todos comentando... – Explicou ela um pouco ofendida, mas sempre sorrindo.

Sesshoumaru sentou-se novamente e começou organizar o material, e sem olhá-la continuou.

- Comentando o que?

- Desculpe, mas você deixou bem claro que sua vida pessoal não me interessa, e eu não vou ficar dizendo o que as mulheres da faculdade ficam comentando sobre você, eu nem te conheço direito, mas sinto que o que disseram não é verdade...

- Agradeço seu sentimento... – disse friamente, dessa vez olhando nos olhos de Rin, e a viu desviar de seu olhar, o que o deixou um tanto frustrado. – Estou indo embora...

- Eu também.

- Ainda vou ter que esperar o idiota do meu irmão. – disse ele trancando a saleta e pondo as chaves no bolso, e logo começou a andar junto a Rin.

- Quer uma carona... – ela sorriu, parecendo não ter guardado magoas do fora que Sesshoumaru deu nela. - ... eu tenho um capacete reserva. Estou te devendo uma...

Sesshoumaru olhou-a novamente um tanto surpreso, respondendo-a seguidamente.

- Eu vou aceitar, mas só porque sei que meu irmão vai se atrasar, e eu estou com um pouco de pressa.

- Então vamos! – Rin andou um pouco mais de pressa chegando logo onde sua moto estava estacionada.

Rin pois um livro e sua bolsa no bagageiro da moto, e depois de fechá-lo subiu na moto, logo entregou o capacete reserva ao rapaz e um elástico de cabelo.

- Para quê isso? – Perguntou confuso, olhando o elástico cor de rosa que ela entregara.

- Bem meus cabelos são menores que o seu e dão milhares de nós por causa do vento. O seu e quase duas vezes o meu, melhor prender num rabo de cavalo, ou vai sofrer para desembaraçá-lo.

Ele arqueou as sobrancelhas e após respirar fundo amarrou o cabelo, deixando-o num elegante rabo baixo. Após pois o capacete, e montou atrás de Rin.

Ela sorriu, e logo pois o seu capacete, e após subir o descanso de sua moto deu a partida.

Rin era astuta, e muito habilidosa pilotando a moto, Sesshoumaru observou cada gesto que ela fazia, indicava as ruas para ela entrar às vezes. Em trinta minutos chegou à casa do rapaz.

Após descer ele tirou o capacete e viu-a fazer o mesmo, desligando o motor depois.

- Não quer beber alguma coisa? – convidou ele educadamente.

- Não, ainda tenho um compromisso hoje, quem sabe uma outra vez. – ela piscou.

Ele deu um meio sorriso e entregou o objeto que segurava a ela, o qual ela enfiou no braço, e logo após colocou novamente o capacete e deu a partida, seguindo depois ao seu destino.

- Que mulher consistente... – após esse solitário comentário virou-se sentindo estranho por seus cabelos não acompanharem de todo os movimentos, lembrando-se do elástico que os prendia o qual estava no meio das costas, pois tinha escorregado de onde estava. Ele começou a andar e ao entrar em casa logo subiu, pois não encontrou o pai onde costumava ficar.

Andou apressadamente ate o quarto do irmão, e vendo a porta aberta entrou, já com tudo na garganta preparado para ser despejado nos ouvidos do irmão, mas a reação foi outra ao ver a cena. Inu-Yasha estava totalmente adormecido, apenas com uma bermuda, o rosto estava sob as apostilas, tinha livros espalhados no chão junto com lápis e canetas.

"-Estudou ate dormir... é Inu-Yasha dessa vez escapou de uma surra." – Sesshoumaru acolheu o material espalhado pondo-o na escrivaninha, logo após retirou as apostilas de debaixo do rosto do irmão, vendo-o se mover para virar de lado. Organizou tudo após cobriu o irmão com um lençol, saiu do quarto após apagar a luz fechou a porta. Seguiu para seu quarto com intuito de tomar um demoradíssimo banho.

Ao chegar em seu quarto, seguiu para seu banheiro particular. Lá despiu-se, parou frente ao espelho, observou a imagem de seu rosto durante alguns segundos. Reparou que seus cabelos estavam um tanto bagunçados, por isso passou os dedos na franja, a pondo para traz, mas esta não ficou, ajeitando-se automaticamente sob a testa do rapaz. Puxou o cabelo ainda preso para frente, e cuidadosamente tirou o elástico rosa que o prendia, soltando os cabelos. Logo penteou-os com os dedos, tirando parte do embaraçado, ajeitou-os num nó para não molhar a raiz, deixando parte das pontas penduradas. Finalmente entrou no box e ligou a ducha, não muito quente, e um gemido foi proferido pelos lábios dele ao sentir o corpo relaxar com a água quente que causava alivio nos músculos tensos de seu corpo. Ao terminar seu demorado banho vestiu o roupão, e saiu do banheiro aparentemente relaxado.

O tempo ainda estava um pouco úmido, então ele fechou a janela da sacada para não se resfriar. Após foi ate seu closet escolheu um samba-canção e uma camiseta de malha, e depois de pendurar seu roupão no banheiro novamente, sentou-se na escrivaninha, iniciou seu notebook, mas levantou-se novamente, desmanchou o nó dos cabelos e passou as mãos para desfazer os desembaraços. Pegou o material a seguir e logo começou a rotina.

Organizou o livro e as anotações, começando a digitar a matéria em seguida. Estudou todo o material que tinha colhido no tribunal, e também as matérias dadas na faculdade, transformando todas as informações num único texto resumido.

Permaneceu concentrado nos estudos por três longas horas, ate ter sua atenção dispersada pelo barulho da porta de entrada da casa ser aberta, e a voz de seu pai sendo direcionada para uma segunda pessoa, sendo convidada a entrar.

Sesshoumaru fechou o notebook, levantou-se e após vestir uma calça social, que estava ao alcance naquela hora desceu, e foi direto a copa, onde pegou uma maça verde, após seguiu para a sala de estar, onde um dos empregados servia chá para uma mulher.

O rapaz olhou o relógio de pulso, após lançou um olhar censurando o pai.

- Sesshoumaru, tem uma pessoa que gostaria muito de conversar com você... – informou o pai serio, ignorando o olhar do filho.

- Sara... prefiro conversar com ela amanha, em outro lugar... – ele virou as costas e começou a andar.

- Espere, - disse ela levantando-se – tem uma coisa importante a te dizer.

O rapaz parou e estreitou os olhos, ainda de costas para ela, fitava um quadro onde os três homens da família posavam elegantemente. Ficou esperando que ela continuasse.

- Eu... retirei a queixa contra você...

- Meu pai persuadiu você... – afirmou ainda de costas.

- Sesshoumaru... eu não quero que vá preso, por isso retirei a queixa...

- Só por isso? – começou ele virando-se para encarar a moça, e olhando rapidamente para o pai, vendo que ele não entendeu também.

- Não... – Sara baixou o rosto e após sorriu ainda fitando os desenhos do carpete da sala.

- Então, qual outro motivo a levaria a fazer essa... – pensou um pouco. – "boa ação?"

- Eu estou grávida...

O pai do rapaz arregalou os olhos, e preparou-se para o resto daquela conversa.

- E o que eu tenho haver com isso Sara, não seria você quem ficaria atrás das grades... mas sim eu, pois nunca aceitaria a sua proposta... – Sesshoumaru virou as costas novamente, mas parou ao ouvir o que Sara disse.

- Como assim, o que você tem haver? Você é o pai da criança que estou esperando! – Sara falou firmemente.

O pai de Sesshoumaru, Inu-Taishou, arregalou os olhos ainda mais, e olhou o filho, que permaneceu sem virar.

O chão saiu dos pés do rapaz àquela hora. Como? Como poderia estar grávida se nem tocou nela?...

- Eu o que? – Sesshoumaru perguntou num tom frio demais para quem estava calmo, e o pai conhecendo aqueles tons tentou pronunciar-se, mas o filho fez sinal com a mão para que não interviesse dessa vez.

- Não me diga que não se lembra do dia em que nos fizemos amor? – Sorriu ela parecendo ter prazer em dizer aquilo.

Sesshoumaru virou-se com os olhos estreitos, e um brilho furioso nos olhos dourados, deu alguns passos, mas logo parou.

- Filho, não acredito que tenha sido tão irresponsável.

- Pai, eu nunca toquei nessa mulher, nunca aconteceu nada entre nos.

- O que, como pode dizer isso, ontem você me beijou, tenho certeza que me desejou novamente e...

- Como consegue mentir assim? Eu nunca toquei em você, eu nunca a desejei, pelo contrario, sempre me mantinha afastado de você, nunca nem tentei uma conversa, nem que fosse sobre a faculdade. – Disse o rapaz, estranhamente calmo, mas com muito nervoso na voz, coisa que só o pai e o irmão conseguiam identificar.

- Porque esta fazendo isso, eu venho aqui para dizer que vai ser pai de um filho meu, e a única coisa que sabe fazer é fingir que não aconteceu nada entre nós? – Sara começou a chorar, mas isso não tocou o coração frio de Sesshoumaru.

- Eu nunca toquei você Sara, sabe disso, você deve estar com gravidez psicológica, ou mentindo descaradamente. – Ele se aproximou mais de onde ela estava e olhando friamente nos olhos da moça continuou. – Isso não funciona comigo... eu não faço filho imaginário em ninguém...

- Já chega, Sesshoumaru! – Irritou-se o pai. – Senhorita Sara, traga-me um teste de gravidez, quero saber se esta mesmo grávida. – ele parou e olhou Sesshoumaru. Após continuou. – Se estiver mesmo grávida, quando essa criança nascer faremos o teste de DNA, se for de meu filho ele assumira você e a criança...

- Pai, eu já disse que não toquei nela, se caso ela estiver grávida essa criança não é minha... – Sesshoumaru olhou o pai nos olhos, e viu ele acenando para o mordomo.

- Vocês dois estão duvidando da minha integridade, pois bem... – Ela pegou a bolsa raivosamente e olhando Sesshoumaru disse. – Prepare-se querido, pois sua vida vai ser um inferno daqui em diante.

Sesshoumaru virou as costas, e começou a andar em direção às escadas tranquilamente, subindo-as depois.

- Myouga, por favor, acompanhe Sara ate a porta. – Pediu Inu-Taishou gentilmente, vendo depois a moça caminhar revoltada com a reação de desdém de Sesshoumaru.

O mordomo abriu a porta gentilmente para a moça, mas esta nem boa noite não deu, saiu com a mesma revolta de antes.

Sesshoumaru estava sossegado, olhando pela sacada de seu quarto, o pouco movimento que tinha na rua frente sua casa. Ouviu uma suave batida na porta, e sem sair de onde estava, pediu que entrasse.

- Sesshoumaru...

- Pai, eu não transei com ela, e nunca toquei nela e...

- Ei pare, eu sei que esta falando a verdade, tanto sei que pedi o teste de gravidez. – Confirmou o pai, indo para onde Sesshoumaru estava.

Sesshoumaru calou-se e logo saiu da sacada, sentando-se depois na poltrona que tinha em seu quarto, onde costumava ficar lendo.

- Se ela não estiver grávida, não vai mais te procurar. – o pai terminou, e saiu do quarto, fechando suavemente a porta.

Sesshoumaru olhou a maçã perto de seu computador, e logo a cama... preferiu a cama. Tirou a calça e após pendurá-la deitou-se e fitando o teto, suspirou pesadamente fechando os olhos depois. Adormeceu em minutos...

Um mês depois...

Faltava apenas uma semana para a formatura dos acadêmicos de direito, todos estavam se preparando. A turma de Sesshoumaru organizou-se junto com a de Rin, para resolver certas pendências de matérias e algumas formalidades entre a turma.

Após um cansativo dia, Rin caminhou ate a parte de trás da faculdade onde tinha uma grande árvore, era de magnólia, e tinha consigo algumas flores, as quais perfumavam o ambiente. Rin gostava de ficar sozinha algumas vezes, e não tinha lugar melhor do que debaixo de uma árvore, ainda mais se estivesse florida.

Respirou fundo, e sentou-se aos pés da árvore, encostou a cabeça no troco, e fitou o tremular das folhas quando o vento batia nelas.

- Também gosto de pensar ao som das folhas ao vento, me deixa relaxado. – soou uma voz próxima a Rin, a qual levou as mãos no peito, tentando acalmar as batidas do susto que levara.

- Sesshoumaru que susto... você parece um fantasma...

O rapaz, que estava sentado do lado oposto onde ela estava, arqueou as sobrancelhas, sentindo um lado de seus lábios repuxar para um sorriso. Mas logo estabilizou voltando à seriedade.

- Esta preparada para a formatura?

-Um pouco, estou com um pouco de dúvidas no que vestir, coisas de mulher.

Sesshoumaru sentiu certa agonia na voz da garota, um estranho tom, ela não parecia bem como nos outros dias.

Sentiu ela levantar-se, e logo fez o mesmo, e ao olhá-la, viu que seu semblante estava desalento, parecia cansada, e evitava encará-lo.

- Você esta bem? Parece com problemas... – ele procurava o olhar dela, mas esta sempre desviava.

- Eu... Tenho que ir, tenho que estudar um caso em particular e...

- Esta precisando de ajuda?

- Não... e mesmo se precisasse, você... não poderia me ajudar, mas mesmo assim obrigada.

- Você não me parece muito feliz aqui nessa cidade...

Ela baixou o rosto, e tentou de toda forma manter as lagrimas, mas um soluço escapou, então ela virou as costas e deu apenas um passo, pois Sesshoumaru conteu-a pondo a mão no ombro dela, e, numa reação estranha ela se contraiu, soltando um gemido de dor. Nisso Sesshoumaru tirou a mão, mas ela não se virou, mantendo o rosto virado para o chão.

- Desculpe, eu não sabia que estava machucada... o que houve com seu ombro?

- Nada, eu estou bem... – Disse ela virando-se e dando um sorriso que dava ate dó de olhar, de tão falso que era.

Sesshoumaru aproximou-se.

- Com licença... – Ele delicadamente afastou a blusa um pouco, e ao pousar os olhos, estreitou-os. – Rin o que aconteceu? – o local estava extremamente roxo, e tinha alguns arranhões profundos.

- EI IDIOTA! TIRE AS MÃOS DA MINHA GAROTA! – Gritou um rapaz totalmente desconhecido para Sesshoumaru, Rin estremeceu e afastou-se um pouco.

Sesshoumaru limitou-se a fitá-lo com os olhos friamente estreitos.

- O... que veio fazer aqui Kouga? – Perguntou ela com certo pavor no olhar, que foi percebido pelo outro rapaz, que ainda olhava Kouga, analisando-o.

- Eu vim buscar você, temos um compromisso esqueceu? – Bramiu grossamente com a garota. – Vamos logo!

- Não posso, tenho aula agora. – Ela tentou explicar aproximando-se de Kouga. Aproveitando se daquela aproximação, ele agarrou o braço dela, apertando-o, a fazendo assumir uma expressão de dor.

- Você vai comigo agora, sabe que eu detesto esperar. – disse ele fazendo Rin caminhar rápido, sendo quase arrastada pelo braço.

- Solte-a agora. - Sesshoumaru interviu, vendo a surpresa no rosto do rapaz.

- O que, como se aproximou sem eu perceber idiota?

- Por favor, deixe que eu resolva esse problema, ou vai ser pior...

- Ouviu ela idiota, sai fora! – Kouga fez sinal com a outra mão para ele se afastar.

- Eu mandei você soltar ela... – a voz saiu mansa e gélida dessa vez.

Kouga estreitou o olhar e empurrou Rin com força, a qual caiu no chão desfalecida por ter batido a cabeça. Após ter feito isso Kouga partiu inesperadamente para cima de Sesshoumaru, mas este recuou, o fazendo capar dois socos proferidos. Logo tentou novamente acertar em vão o rosto dele, mas Sesshoumaru estendeu o braço para conter a violência, e num descuido de Kouga, Sesshoumaru o golpeou no rosto, o jogando no chão. Nisso mais dois rapazes chegaram, e seguraram Kouga.

Rin começou a recobrar a consciência, e logo se sentou, alisando o braço em que Kouga segurou.

- Me solte, eu vou quebrar esse almofadinha todo. – bramiu Kouga raivoso.

- Não Kouga, não pode ficar arranjando confusão nesta cidade. – Começou Ginta, o mais novo dos irmãos Ookami.

- Ginta tem razão Kouga, vamos embora. – Hakaku ajudou o irmão se levantar, o qual fitava Sesshoumaru odiosamente.

Quando os irmãos Ookami passaram perto de Rin, indo embora, o mais velho, Kouga disse, fazendo-a tremer de medo.

- Mais tarde conversamos gata, bateremos um longo papo sobre esse... incidente.

Ela baixou o rosto, quando o rapaz partiu, mas nenhuma lagrima saiu de seus olhos.

Sesshoumaru caminhou ate ela e abaixou-se, mas ela não o encarou novamente.

- Quem são eles Rin?

- São os irmãos Ookami, o Kouga... era meu namorado. – Disse respirando com dificuldade, tentando conter as lagrimas ainda.

- Seu... ex-namorado? – repetiu ele, olhando o segmento do pescoço. – Ele esta espancando você?

- Não, eu caí e... – Os soluços não deixaram a garota completar, e dessa vez foi em vão conter as lagrimas.

Sesshoumaru pousou um de seus joelhos no chão, e suavemente pegou o braço dela, e ao suspender a manga da blusa viu que estava muito vermelho, e também com pontos roxos.

- Isso também foi um tombo? – Ele viu o rosto de Rin corar e o choro aumentar consideravelmente. – Fique calma, eu não vou contar a ninguém o que houve aqui.

Inesperadamente, Rin abraçou-o, aconchegando-se para chorar.

- Vamos sair daqui, você não tem mais condições de assistir aula hoje... – Os dois levantaram-se juntos e caminharam ate o estacionamento onde o carro de Sesshoumaru estava. Ele desativou o alarme, e logo após ajudou Rin entrar no carro, indo depois para seu lado. Partiu então, seguindo as ruas.

Rin permaneceu calada o tempo todo, um silencio mortífero, ate para quem gostava dele.

- Quer conversar sobre essa situação? – Rin olhou-o rapidamente, logo após viu ele passar a marcha do carro, e na mão tinha um pequeno ferimento, o qual Rin reparou.

- Sua mão... Esta machucada... – comentou ela olhando a mão do rapaz ao volante.

- Isso não é nada comparado ao seu ombro. - Ele levantou a mão um pouco, vendo o ferimento.

Parou o carro frente ao mesmo jardim de outrora, quando se encontraram pela primeira vez. Ele desligou o motor, e virou-se para ela, a fazendo baixar o rosto novamente.

- Porque ele te bateu, qual foi o motivo para tal violência?

- Por... causa da carona que te dei aquela vez, o irmão dele viu e contou para ele. – Disse a garota fitando as próprias mãos no colo.

- Mas você já não o deixou, porque ainda faz isso com você? – Ele olhou novamente o ombro dela, mas agora coberto, pois ela tinha ajeitado a blusa para esconder as marcas da violência.

- Ele não se conforma de eu ter terminado com ele... ele quer voltar, e esta furioso porque eu não o quero mais.

- E a sua família, o que pensa disso?

- Eu... não tenho família, sou órfã.

Sesshoumaru elevou os olhos, vendo que dessa vez ela olhava-o nos olhos, mas logo o contato foi cortado, pois ela baixou o rosto novamente.

- É por isso que ele maltrata você, porque você não tem ninguém para defendê-la, e além de tudo mora sozinha.

- Eu tive que trancar a matricula da faculdade duas vezes por causa dele, ele queria o dinheiro que pagava meus estudos para sair com os irmãos e se divertir, e se eu não desse...

- Ele te espancava... – Sesshoumaru suspirou, e voltou-se para frente, apoiando os braços no volante do carro. Segundos depois passou a mão direita na franja teimosa, e ouviu Rin dar uma triste risada, ele olhou confuso para ela.

- O que houve?

- Seu cabelo é teimoso... tão engraçado, você parece tão serio e impalpável... Mas demonstrou ser tão amigável comigo hoje... diferente de um tempo atrás.

- Faço o que posso para ajudar meus amigos, e no seu caso... vejo que minha ajuda será muito necessária...

Rin deu ou triste sorriso e baixou o rosto novamente, sentiu-se um pouco segura com o que tinha ouvido o rapaz falar a ela.

- Eu tenho que pegar minha moto, poderia me levar de volta?

Sem dizer nada, ele deu a partida e começou a dirigir de volta para a faculdade, em silencio.

Rin assistiu à última aula, e ao sair, caminhou ate o estacionamento observou todo ele, verificando se não tinha ninguém "conhecido", mas logo seu coração se tranqüilizou. Caminhou com passos largos ate sua moto, e lá abriu o bagageiro, pondo o material dentro. Depois de fechá-lo, ficou alguns minutos pensativa. Estava com medo de ir para casa, pois sabia que Kouga estaria esperando ela lá. Mas não tinha outro jeito tinha que voltar...

- Eu vou ter que enfrentá-lo mais uma vez... mas o que acontecera agora, talvez ele me mate ou não, ou finalmente consiga me...

- Rin esta falando sozinha? – Novamente aquela voz conhecida. Novamente um susto, e com este deixou o capacete cair.

- Quase me matou de susto de novo... – disse ela abaixando e pegando o capacete.

- Me parece nervosa, aconteceu mais alguma coisa...

- Não...

- Esta com medo de ir para casa?

Rin baixou o rosto, e sem dizer nada, subiu em sua moto, e deu um sorriso muito falso.

- Não, esta tudo bem...

Sesshoumaru tirou um cartão de dentro do livro que segurava, e anotou algo nele, o que foi acompanhado curiosamente pela garota.

- Se acontecer alguma coisa... – ele estendeu o papel, vendo que ela pegou séria. – me liga, pode ser qualquer hora...

- Obrigado... – Rin viu o se afastar, olhou a caligrafia do rapaz, muito bonita, e seu nome escrito em kanjis.

Ela guardou o cartão no bolso da calça que usava, e logo em seguida pois o capacete, dando a partida em sua moto seguidamente. Logo partiu sentindo-se um pouco segura...

Ao chegar em casa Sesshoumaru subiu para seu quarto, banhou-se e logo desceu para o jantar. Na mesa o pai e o filho conversavam...

- Aquela moça continua te importunando? – Inu-Taishou perguntou curioso, escolhendo alguns legumes postos à mesa.

- Não, mas uma coisa esta me deixando intrigado...

- O que?

- Ela esta grávida mesmo... estou muito desconfiado...

- Grávida, mas você disse que nem a tocou, como pode...

- Pai... Não existe só eu de homem no planeta.

- Sei disso filho, mas ela vai querer usar essa criança para tentar te obrigar a ficar com ela.

- Vai ser uma tentativa em vão, e tenho nojo de mulheres oferecidas, gosto de garotas com fibra, mas delicada, e que seja independente... carinhosa...

- Não me diga que esta gostando de alguém...

- Não, só estou dizendo de que tipo de garota que gosto...

Rin estava no banho quando ouviu alguém bater na porta, um som gentil, sem violências, parecia o sindico do prédio.

Ela pois o roupão e foi atender, tinha acabado de sair do banho, e o perfume do sabonete ainda podia ser sentido.

Ao abria a porta, os olhos da garota se arregalaram, o susto foi maior que todos os que tinha levado naquele dia.

- E ai gata, vamos bater um papinho sobre aquele incidente de hoje a tarde? – O rapaz de aparência rude perguntou, com um tom muito suave na voz, o que fez Rin ficar apavorada.

- É melhor voltar outra hora, eu vou estudar agora e... – parou de falar e engoliu a seco quando ele a segurou firme no braço, que já estava machucado. Levou-a para dentro, fechando a porta com o pé em seguida. Jogou-a no sofá e sentou-se do lado dela, apoiando o cotovelo no encosto do sofá e segurando a cabeça com a mão, passou a fitar o rosto apavorado de Rin.

- Estou esperando uma explicação sobre aquilo...

- A-aquilo o q-que?

- Você esta de caso com aquele almofadinha? – perguntou ele segurando com força o rosto da moça.

Ela maneou a cabeça entre os dedos dele, esperando receber um tapa no rosto, mas ao invés disso, o rapaz foi delicado, deslizou a mão no rosto dela e soltou os cabelos, que estavam presos com uma presilha. Alisou-os carinhosamente, e aproximou-se dela para beijá-la, mas ela virou o rosto.

- Vai me rejeitar?

- Eu quero que vá embora e me deixe em paz...

- Não mesmo... você é minha namorada, e hoje vamos brincar de uma coisa que você nunca quis...- Ele segurou forte no roupão dela, mas ela deu uma mordida nele e enquanto ele reclamava da dor na mão, ela correu e se trancou no quarto, começando a chorar quando ele começou a bater brutalmente na porta a deixando apavorada.

Ela procurou a calça que usou, para ligar para Sesshoumaru, mas a calça estava no banheiro, para desespero da moça.

Kouga jogou-se contra a porta quebrando parte da batente, e viu Rin se encolher perto da cama chorando muito, apavorada. Ele a segurou pelos cabelos, por baixo destes a puxando para perto de si. Rin estava tão apavorada que os gritos se tornaram apenas gemidos.

- Não se preocupe princesa, eu vou ser – Jogou-a contra a cama e começou a despir-se. – muito gentil com você.

- Não, não faça isso Kouga, eu não quero... – gemeu ela baixinho, mas ele não ouviu o clamor, apenas segurou-a firme sob a cama... ouviu apenas o gemido de dor da garota.

Ela tentou desvencilhar-se do rapaz, empurrando-o para que saísse de cima dela, mas ele se irritou, e além de ter a forçado, bateu novamente na garota.

Um fio traiçoeiro passou-se nos sossegados pensamentos de Sesshoumaru, que lia seu livro sentado na poltrona em seu confortável quarto. Inu-Yasha tinha chego há pouco tempo e estava no banho, o problema não era com ele, nem com seu pai, pois já estava recolhido também.

Tentou não mais pensar naqueles desagradáveis infortúnios, tentou novamente se concentrar na leitura, e por um instante sua mente ficou vazia, só as palavras do livro que lia faziam com que imagens surgissem.

No humilde apartamento, Rin chorava, chorava muito. Sua pureza, sua honra, sua dignidade, tinha sido roubada aquela noite, sentia nojo de si mesmo, nem se levantava da cama onde tudo aconteceu, seu corpo estava muito dolorido, machucado...

Depois de abusar da moça, Kouga foi embora, a deixando desolada na cama... Um tempo depois o cansaço do corpo da moça acabou a vencendo, e ela dormiu chorando.

O dia amanheceu chuvoso, e um gélido vento entrou pela janela do quarto do apartamento de Rin, com isso ela acordou sentindo-se fria e um assombroso pensamento veio a sua mente. Uma crise de choro intensa tomou o ser dela, teve vontade de gritar, mas os soluços não deixava. Encolheu-se na cama, e esperou acalmar-se.

Sesshoumaru abriu seus olhos dourados fitando o teto do seu quarto, mas logo desviou o olhar, pois um relampejo chamou sua atenção para uma chuva forte que caia aquela manha.

"- Será como Rin esta?..." – Uma ruga se formou entre as sobrancelhas do rapaz, porque aquele pensamento tão repentino na garota, e nas primeiras horas da manhã.

Levantou-se de súbito, e logo após um banho matinal arrumou-se. Aquele dia seria um tanto cansativo, pois teria que revisar a matéria estudada durante todos os períodos anteriores, e isso levaria muito mais de um dia. Teria que começar logo, pois as provas finais estavam próximas e os professores já tinham avisado.

Logo após ter se arrumado saiu.

Ao se acalmar Rin tomou coragem e se levantou, e rapidamente seguiu para o banheiro, e, tomou o mais demorado banho de sua vida. Estava com nojo de si mesma, seu mundo tinha desabado de repente, e tudo o que queria era esquecer tudo, mas em seu pensamento nunca deixaria de residir àquelas cenas horríveis.

Após terminar o banho, vestiu-se, e determinou que tentaria esquecer tudo...

Decidiu ficar em casa e logo começou a arrumá-la, mesmo sentindo muitas dores no corpo da surra que levou. Não podia deixar a casa bagunçada, pois cada móvel fora do lugar traria lembranças.

Arrumou toda a casa e deixou seu quarto por último. Sua cama estava maculada, estava com a marca de sua pureza, a mancha de sangue. Juntou tudo que estava sobre a cama e jogou na máquina de lavar, após encostou-se no aparelho e começou a chorar novamente. Saiu dali e começou a arrumar sua cama. Pois um lençol rosa e uma colcha da mesma cor arrumou as almofadas e saiu daquele ambiente, fechou a porta... encostou-se nela com as mãos no rosto escorregou ate sentar-se.

Eram três da tarde quando ouviu a campainha tocar. O livro que lia caiu de suas mãos em cima de outros e muitas anotações. O coração acelerou de tal forma, que sua respiração quase parou. Levantou-se de vagar e do mesmo jeito caminhou ate a porta, onde ouviu novamente a campainha. Tremula, tocou a maçaneta, esperava pelo pior...

- Q-quem é?

- Sesshoumaru... – Identificou-se o rapaz.

O coração da moça tranqüilizo-se, mas mesmo assim queria ficar só.

- Desculpe, mas não estou muito bem... e estou um pouco ocupada, poderia voltar outra hora...?

- Esta tudo bem?

- Não...

- Rin... – começou ele com uma voz muito plácida. – abra a porta...

- Eu quero ficar sozinha...

Silencio, um estranho silencio... parecia ter ido embora.

Rin respirou fundo, afastou-se da porta, mas uma curiosidade tomou seu ser, ela virou para a porta ajeitou o cabelo para esconder algumas marcas no rosto e aproximou-se da porta novamente, a destrancou, deu outro suspiro.

- Ele foi embora... – Abriu a porta, e levou o maior susto, deu de cara com o rapaz.

Rapidamente tentou fechar a porta, mas foi impedida, pois ele segurou forte a porta. Vendo que não podia o vencer largou a porta e deu as costas a ele.

- Todas são curiosas... – Sesshoumaru deixou um pequeno e quase notável sorriso fluir

- Vai embora, por favor...

Ele entrou e fechou a porta, deu um passo, mas parou ao vê-la afastar-se.

- Olhe para mim... Rin olhe para mim...

- Não! Vai embora logo! – disse ela nervosa, quase chorando.

De vagar e calmamente ele caminhou ate ela, tocou o ombro da garota delicadamente.

- Porque não foi à faculdade hoje?

- Eu não estou me sentindo bem... – Disse ela abaixando o rosto, e fitando os pés.

- Olhe para mim menina... o que ele te fez dessa vez?... – deduziu ele.

Rin virou devagar e ainda evitou olhar o rosto dele, mas ele, muito serio, segurou-a pelo queixo delicadamente, sem pressionar os dedos e levantou o rosto, vendo que os cabelos escondiam algo. Por isso, com a outra mão afastou o cabelo, vendo que o rosto dela estava arranhado e um pouco roxo perto da fonte, na lateral do olho direito.

Ele olhou fixo nos olhos dela, que logo começaram a soltar lagrimas.

- Vamos à delegacia agora! – Disse ele olhando a serio.

- Não...

- Rin ele esta te maltratando, esta te batendo... porque não quer denunciar ele?

- Ele me mataria se eu fizesse isso...

- Se não criar coragem e não denunciar ele, vai acontecer coisas muito piores...

Rin caiu de joelhos chorando muito, agora a crise de choro estava pior.

Sesshoumaru ficou sem entender, e ajoelhou-se frente a ela, tocou o ombro dela com uma mão amiga...

- Rin... o que aconteceu, porque esta dessa maneira...

Rin balançou a cabeça negativamente, e logo levou as mãos no rosto e tentou controlar o que sentia.

Ele tirou a mão dela e viu-a olhar para ele com olhos de suplica, sem ter controle sobre as lagrimas.

- Vai... embora...

- Não, e chega de ser essa menina mimada, quero te ajudar, e você tem que colaborar com isso...

Ela abraçou ele forte e chorou, chorou muito, ate os soluços pararem. Sesshoumaru a abraçou também deixando seu peito ser um aconchego para ela.

-Não seja boba...

- Eu não quero viver mais... aquele desgraçado acabou com minha vida, destruiu minha vida... Maldição!

Sesshoumaru não entendeu, e ainda abraçado a ela, levantou-se e sentou-a no sofá. Pois-se a frente dela e após abaixar-se para ficar da mesma altura olhou-a no rosto, mas viu-a desviar o olhar novamente.

- Rin, sei que me conhece pouco tempo, mas eu sou seu amigo, não tem porque ter medo de mim...

- Eu não tenho... medo de você... - Disse ela controlando o choro, e olhando suas mãos no colo.

Sesshoumaru suspirou, levantando-se após, Rin não se manifestou, ficando da mesma maneira.

- Desde a primeira vez que eu te vi você sempre evitou olhar em meus olhos, isso é medo para mim...

- Eu não confio em homem algum, pois no primeiro em que confiei, fez isso comigo.

- Esta deduzindo que sou igual àquele idiota?

- Não, sei que não é...

- Sou seu amigo, quero te ajudar, mas você mesma não quer ser ajudada... – disse ele se virando para ela, a vendo assumir uma expressão de dor no momento. - ... O que houve?

- Estou com dores abdominais desde ontem, desde quando... – parou e sentiu o rosto queimar de vergonha, e logo lagrimas minaram de seus olhos.

Sesshoumaru estreitou os olhos e uma grande ira cresceu em seu ser, pois naquele momento tinha percebido a gravidade da situação.

- Rin ele... forçou você?

Viu a acenar positivamente com a cabeça, olhando para ele dessa vez.

- A quanto tempo ele vem fazendo isso menina?

- Foi a primeira vez ontem... eu não quero falar desse assunto, isso é muito constrangedor para mim.

- Vamos a um hospital, você esta pálida. – preocupou-se o rapaz.

- Eu estou bem, e gostaria muito de voltar a estudar, temos provas difíceis a enfrentar nesses últimos dias, nossa formatura será na sexta...

- Não ignore essa grave situação como se fosse um roubo de doces Rin, ele estuprou você, e você não vai fazer nada? Para que esta estudando, para que esta se tornando uma advogada, seu diploma é só para servir de enfeite... – aborreceu-se ele agora falando um pouco alto, coisa que só acontecia quando sua paciência estava no limite.

- Quem você pensa que é para falar assim comigo, eu estou sofrendo muito sabia...

- Então porque não enfrenta ele? Não o denuncia?...

- Porque da última vez que fiz isso ele matou meu pai! – Rin quase gritou ao dizer tal coisa levantando se para olhar dentro dos olhos do rapaz vendo que ele ficou pasmo com o que dissera.

Sesshoumaru percebeu naquela hora o quão perigoso aquele homem era, e Rin estava correndo risco ficando ali. Ele passou a mão nos cabelos, tentando controlar o que sentia.

- Viu como não esta sendo fácil para mim Sesshoumaru... Eu mudei de cidade porque não agüentava mais a tortura de viver no ambiente onde vi meu pai sendo morto por minha causa, e agora o assassino do meu pai veio atrás de mim, e eu não posso fazer nada...

Ouviram a campainha tocar de repente, e Rin entrou em choque por aquele simples gesto.

Sesshoumaru a olhou após a porta e fez menção em ir atender, mas Rin o conteve.

- Se ele souber que esta aqui comigo sozinho, ele pode matar a nos dois. – disse ela apavorada, apoiando a mão no peito dele.

- Ele morreria antes de pronunciar seu nome... – falou estreitando os olhos.

- Vá para meu quarto, eu resolvo isso... – disse ela sussurrando.

- Não eu fico...

- Você vai para meu quarto agora, depois conversamos, anda vai logo... – pediu ela quase suplicando. Nisso a campainha tocou de novo, seguida de batidas na porta.

Sesshoumaru olhou o quarto e começou andar em direção a ele.

- Se eu ouvir ele te maltratar eu sairei de lá e o matarei... – avisou antes de fechar a porta.

Rin foi ate a porta e a abriu vendo que Kouga estava um tanto impaciente.

- Porque demorou tanto a atender gata? – perguntou Kouga já adentrando a casa.

- Eu estava... – começou Rin, mas ela foi interrompida por ele.

- Você vai sair hoje comigo, esteja pronta às seis. – disse se jogando no sofá.

-Eu não posso tenho prova amanha, tenho que estudar toda essa matéria... – disse ela amedrontada com a reação do rapaz.

- Esteja pronta as seis entendeu, ou vai se arrepender de ter nascido. – ele passou por ela e após abrir a porta saiu, fechando-a depois.

Rin suspirou aliviada por nada ter acontecido. Sentou-se no sofá e olhou ao ouvir a porta de seu quarto abrir e Sesshoumaru sair de lá calmamente.

- Arrume suas coisas...

- O que?

- Arrume suas malas. – pediu novamente o rapaz dessa vez bem próximo a ela.

- Para que, eu não tenho para onde ir...

- Eu tenho um apartamento onde costumo ficar quando quero me distanciar de problemas, é um bom lugar...

- Eu não vou... – disse Rin levantando-se – não tenho dinheiro para pagar um aluguel alto, e depois não quero o envolver nessa situação.

- Esqueça o dinheiro, não podemos pensar em dinheiro agora, e sim em você, no seu bem estar... vamos – ele estendeu a mão a ela e ela a olhou – Eu te ajudo.

Em uma hora Rin arrumou as coisas com a ajuda de Sesshoumaru, e após trancar a porta eles desceram. Sesshoumaru pois as malas no carro e esperou Rin caminhar para o outro lado para partirem.

- Vamos Rin... – chamou ele vendo que ela não estava reagindo.

- Eu vou te seguindo, não posso deixar minha moto.

Sesshoumaru deu um pequeno sorriso e assentiu com a cabeça, e após tomarem seus veículos seguiram.

Algum tempo depois, Kouga chegou, bateu na porta, tocou a campainha várias vezes.

- Maldição, onde Rin pode estar agora! – Bramiu ele, e, vendo que ela não estava desceu e perguntou na portaria o paradeiro da moça.

- Eu não sei meu rapaz, ela entregou as chaves do apartamento e foi embora... – Disse um senhor de idade que estava tomando conta da portaria.

Sem agradecer, Kouga desceu as escadas e saiu do prédio.

"-Rin, minha gatinha, eu vou te achar de novo, e quando isso acontecer eu a matarei."

Sesshoumaru parou o carro frente a um prédio, Rin havia parado ao seu lado e após tirar o capacete olhou o rapaz boquiaberto, mas este não percebeu e após a porta da garagem se abrir ele seguiu com o carro e Rin fez o mesmo.

Sesshoumaru saudou o porteiro e seguiu para a garagem, estacionando após. Rin estacionou sua moto ao lado do carro dele e após descer desta, pois o capacete no retrovisor da moto, e ajudou Sesshoumaru a descarregar as malas.

Eles levaram as malas ate o elevador, e após adentrar, este os levou para o sétimo andar, a cobertura.

Rin percebeu o luxo do lugar, sentindo se incomodada em estar ali, não falou uma palavra, apenas seguia Sesshoumaru arrastando a mala nas rodinhas.

Ele parou frente à porta e pegou o chaveiro no bolso da calça abrindo-a após.

- Rin – começou ele entrando no lugar – você pode ficar aqui, nos dois vamos colocar aquele covarde na cadeia e...

Percebeu que Rin ainda estava parada na porta, parecia chocada.

- Rin o que aconteceu? – ele a olhou e logo caminhou ate ela pegando a última mala. – você não gostou do lugar?

- E-eu na-não p-posso ficar...

- Porque? – perguntou ele confuso, não entendendo a reação dela.

- É muito luxuoso, e depois eu vou incomodar você e depois...

- Entre... – ele encaminhou Rin a segurando pela mão e fechou a porta depois. – Você vai ficar aqui...

- Mas...

- Eu não fico aqui muito, por isso esta um pouco empoeirado, e quando venho fico no meu quarto estudando ou no escritório e... – enquanto Sesshoumaru explicava o estado do lugar Rin aproximou-se dele e estranhamente o abraçou.

Ele ficou muito surpreso, na verdade sem reação.

- Obrigado Sesshoumaru... – ela levantou o rosto olhando-o no dele, estava sério, mas inspirava muita confiança - eu não sei como vou pagar esse favor.

- Eu sei como. – começou ele em tom divertido tocando a ponta do dedo no nariz da amiga, a qual ficou muito surpresa, dando um envergonhado sorriso.

- E... como será? – perguntou ela afastando-se dele, esperando algo como um sermão de cuidados ou coisa assim.

- Você tem que tirar uma boa nota nas provas... – começou ele, mas foi interrompido pelas risadas de Rin.

- Só isso, vai ser muito fácil... – convenceu-se ela.

- Não, não é só isso...

Rin parou de rir e ficou séria com o tom de voz dirigido a ela. Um tom muito frio e sério.

- Desculpe mas...

- Quero que me acompanhe no baile de formatura no sábado. – disse ele olhando-a despencar no sofá.

- No... baile?

- É Rin, no baile...

- Mas se o Kouga aparecer vai ser um desastre e...

Sesshoumaru estendeu as mãos fazendo sinal para que ela se acalmasse e depois começou.

- Ele não vai aparecer, e se aparecer eu cuido dele pessoalmente, não se preocupe.

- Você não o conhece, não sabe de quem esta falando, não sabe a gravidade da situação. – disse Rin passando por ele e pondo-se perto da sacada.

- Rin fique calma, depois da formatura, podemos colocar ele na prisão, temos provas suficientes. Eu aconselho você ir a um médico e fazer um exame de corpo de delito, a prova de que ele... a forçou, será essencial, e também desses hematomas em seu rosto... se quiser posso te acompanhar...

- Não se preocupe, eu farei isso amanhã, depois que sair da faculdade, mas mesmo assim obrigada. – ela comentou de cabeça baixa, pelo constrangimento daquela conversa.

- Esta bem então... sinta se em sua casa, eu tenho que resolver alguns assuntos pendentes ainda, se precisar de algo, me ligue... – Sesshoumaru estava sério, como sempre.

Rin deu um sorriso, e andou ate a porta acompanhando o rapaz que se direcionava para lá.

- Escolha o quarto que quer ficar, tem três, fique a vontade, eu voltarei aqui no fim da semana para te pegar para a formatura... – disse ele abrindo a porta, e logo saindo.

Rin fechou a porta e recostou-se nela, sentiu certo receio por estar ali, um sentimento estranho, mas logo um conforto invadiu seu coração.

Desencostou-se da porta e andou ate a sala, olhou curiosa para o corredor e andou ate lá, abriu a primeira porta do lado direito, vendo que era um quarto, não era muito grande, mas era com certeza muito confortável, estava com as janelas fechadas, então ela as abriu, e deixou a luz da tarde entrar, já estava fraca, mas arejaria o ambiente.

Saiu do quarto, e andou ate a segunda porta do mesmo lado... outro quarto, este era menor que o outro, com duas camas de solteiro, também abriu a janela, como fez com o outro.

Após observar aquele ambiente saiu, fechando a porta depois.

" – O que estou fazendo... bisbilhotando a casa dos outros... – pensou sensurando-se. – Mas ele pediu para escolher um quarto, e depois eu tenho que limpar essa poeirada, parece que ele vem muito pouco aqui..."

Rin deu outro suspiro e andou ate a porta a sua frente, do lado oposto da outra porta e abriu, mas não entrou de início, olhou o local e entrou depois olhado.

- Nossa ao contrário dos quartos empoeirados esse escritório esta bem limpo, bem... ele deve estudar aqui. – ela chegou perto da mesa onde tinham alguns papéis organizados, vendo que a caligrafia era do rapaz, resolveu sair sem tocar em nada, fechou a porta e suspirou pesadamente.

Olhou para a última porta no fim do corredor, ficou um pouco hesitante em ir ate lá, mas criou coragem. Ao chegar perto abriu a porta de vagar, e ao olhar o cômodo, levou a mão nos lábios, o lugar estava impecável, estava ate perfumado... ela entrou de vagar.

- Esse deve ser... o quarto dele... – ela impressionou-se.

O quarto era enorme, a cama também, e ao lado dela não pode deixar de notar o porta retratos onde o rapaz estava acompanhado de um outro homem e o irmão.

Não ficou muito, saiu logo e seguiu para a sala, pegou uma das malas e levou ao primeiro quarto, fazendo o mesmo com as outras duas, sentou se na cama depois, e lembranças não muito boas vieram em sua mente. Olhou para os lados vendo assim a porta entreaberta do banheiro da suíte, resolveu então banhar-se, pois estava se sentindo suja, além de cansada.

Sesshoumaru chegou em casa estranhamente calado, e logo subiu para seu quarto, após saudar seu pai e irmão.

- Ele esta estranho, aconteceu alguma coisa pai. – começou Inu-Yasha um pouco preocupado.

- Acho que não, se tivesse acontecido algo ele iria mandar você sair daqui para conversar comigo.

Uma gota desceu no rosto de Inu-Yasha, que concordou fazendo um movimento afirmativo com a cabeça.

Continua...

N/A:

Olá para todos os ficwriters e leitores!

Estou muito feliz em começar a postar esta fic. Ela foi a fic que eu mais estudei para escrever. ¬¬'

É uma fic de poucos capítulos, mas muito longos, e que com certeza vai causar ira em muitas fãs do Sesshy (nandahigurashi dá um sorriso maligno), mas eu tenho certeza que muitas irão gostar após a trama começar a se desenvolver.

Estou apenas começando a aquecer as teclas do meu teclado, para dar a vocês o grande prazer de ler mais uma fic do casal perfeito dos animes, Sesshoumaru & Rin.

Como em toda boa fic de suspense, a trama envolve a popularidade de um rapaz, um dos mais cobiçados da faculdade, que é invejado e odiado por muitos.

Gostaria de pedir a todos os fãs do Sesshy que não tirem conclusões precipitadas, ele, apesar de ser o protagonista juntamente com a Rin, serão os personagens que mais irão sofrer, não que eu goste de fazer isso, mas é que se não acontecesse à história não teria desenvolvimento.

Os personagens:

Sesshoumaru Daiyoukai: é um rapaz sério, cursa direito na faculdade de Tókio, onde sua vida é um verdadeiro mistério. Talvez seja por isso que ele seja o centro das atenções das garotas.

Eu particularmente tenho uma opinião formada sobre esse personagem tanto para o Anime em si, quanto para as fics que leio sobre ele.

Ele é um personagem admirável, em todas as ações. As falhas são tão naturais que não podemos vê-las, nos fascinamos. Seus modos de ser tem graça e tudo o que fala é o suficiente para entender suas expressões. Não se faz necessário tagarelar para convencer, só um olhar é o bastante para expressar mil palavras. Cada gesto proferido tem um sentido comum, tudo o que pensa é para si, por isso é um personagem que todas, e todos admiramos, porque quanto menos sabemos de alguém, mais nos o admiramos. Ou seja, Sesshoumaru é um dos mais perfeitos adversários que um protagonista de anime pode ter. Já por isso seu nome é Sesshoumaru (ou Perfeição que mata). Eu não tenho certeza absoluta se essa é a tradução certa, mas foi a que eu encontrei.

Rin Hiiragizawa: ela é a chave para que o coração de Sesshoumaru seja aberto. Também cursa direito na faculdade de Tókio, e depois que conhece ao rapaz sua vida se transforma nos dois sentidos: bom e mau.

Sobre ela a única coisa que penso é que ela dentro e fora do anime é um curativo para a alma e o corpo de Sesshoumaru.

Kagura: no início ela é a namorada ciumenta de Sesshoumaru, mas por causa desse sentimento, ela o perde. Causou um problema sério na vida do rapaz, por isso ele teve que sair de sua cidade natal e vir para Tókio, continuar a estudar e tentar concluir sua faculdade.

Kouga Ookami: foi um dos personagens mais complicados de se trabalhar, ele é difícil de se entender, mas tem um coração apaixonado, e usa esse sentimento para fazer loucuras em sua vida.Tem dois irmãos Hakaku e Shinta que o acompanha para onde vai e ajuda a cuidar do lobo de estimação de Kouga, um animal dócil, mas só quando Kouga o quer assim.

Miroku e Sango: são o casal que causa graça em todos os fics e também no anime. Uma fic sem esse casal não tem comédia, eles, com suas brigas tornam o relacionamento entre eles mais apaixonado, com eles circulo de amizade mais consistente, apesar de em muitos fics o Miroku ser o saco de pancadas do Inu-Yasha e do Sesshoumaru, entre outros personagens. (Nandahigurashi estreita os olhos lembrando de sua escritora favorita).

Nesta fic eu tentei fazer com que eles aparecessem um pouco mais, mas não consegui ter muito sucesso nisso, mas as partes que eles aparecem tem muita alegria, isso eu garanto.

Inu-Yasha Daiyoukai: irmão mais novo do protagonista da história. Estuda direito também. Neste fic todos escondem um segredo dele.

Extrovertido e simpático ele tenta levar sua vida da melhor maneira possível.

Eu preferi não fazer com que os irmãos brigassem muito nesta, se não fica muito repetitivo, pois em quase todas as fics que têm eles estão sempre brigando. Eles não são irmãos agarrados não existe muito aquele amor fraterno e sim mais uma amizade entre homens.

Kagome Higurashi: No início ela não aparece, mas ao longo ela se torna um personagem importante para a vida de Inu-Yasha. Não tenho muito que falar dela, só que é uma garota muito meiga e que cativa às pessoas com sua amizade.

Inu-Taishou Daiyoukai: Como no anime, ele é pai de Sesshoumaru e Inu-Yasha. È um general que deixou de exercer sua posição depois de se casar, para dedicar-se a cuidar de seus dois filhos. É um pai dedicado, atencioso, mas muito severo. Usa sua posição caudilha para reger os filhos e sua casa para que o respeito reine sobre tudo que esta a sua volta. É a única pessoa que consegue competir em olhares frios e gestos do mesmo jeito com Sesshoumaru.

Depois que sua esposa o abandonou por causa da mãe do Inu-Yasha ele se tornou mais maneável, pois teve que ser pai e mãe de Inu-Yasha, Sesshoumaru tinha quatro anos quando isso aconteceu.

Kanna: irmã mais velha de Kagura. Não é muito sociável, anda mais sozinha e tem uma vida muito misteriosa, guarda um segredo muito grande em seu coração.

Naraku: é o pai das duas irmãs problemas Kanna e Kagura, ele só aparece para exercer essa posição de pai, não quis colocar diálogos sobre ele, pois sempre que ele ia dialogar saia uma briga, então para evitar muita confusão eu deixei ele com a boca bem fechada. (rsrsrsrs)

Sara: amiga de Kagura, e apaixonada por Sesshoumaru. É um personagem muito bom de se trabalhar, ela tem leveza e é bonita, mas seus gestos são muito precipitados. Ela é inteligente e prefere agir a planejar

Bokusen-ô: amigo da família Daiyoukai e delegado. Ele é um homem integro, corajoso, mas sua idade avançada para seu cargo o faz ser um pouco lento para as ações. Tem verdadeira admiração para com Sesshoumaru por ele ser decidido e agir muito em suas idéias.

Myouga: Mordomo da família Daiyoukai. Ele é uma pessoa importante para a família assim como todos os que servem à esta.

Kaede: Cozinheira da família Daiyoukai, ajudou a cuidar de Inu-Yasha quando nasceu, juntamente com Inu-Taishou. É uma pessoa muito boa e de coração macio, que acolhe o general quando ele esta triste ou deprimido. É uma das únicas pessoas com que Inu-Taishou conversa abertamente.

Jaken: copeiro da família Daiyoukai. É um excelente empregado e dá exemplo de eficiência, apesar de não aparecer muito. Tem uma admiração especial com o filho mais velho do general Inu-Taishou.

Toutousai: Ajudante da cozinheira. Eu acho que ele só apareceu uma vez na fic, mas como eu gosto muito dele (eu acho ele muito engraçado no anime) achei que ele mereceu ter uma pontinha no fic

Kaijinbou: Jardineiro, foi aprendiz de Toutousai há muitos anos, quando ele ainda era um jardineiro.

Todos os personagens dessa fic pertence ao seriado, com apenas uma exceção que vocês vão notar.

Espero que todos vocês gostem dessa fic, eu a escrevi com muito carinho e dedicação, e é com muito carinho que eu a dedico a minha escritora favorita Shampoo Sakai, que me ajudou muito com um item neste fic' ( Nandahigurashi faz reverencias à ela.). Foi com o carisma dela que eu me inspirei escrever minha primeira fic, e nada mais justo do que fazer uma dedicação a ela né

Agradeço também o Incentivo da Little Princess Rin, uma excelente escritora e muito fofinha'

Muito obrigada as duas.

Um grande beijo de nanda higurashi para todos ... /o/

Desculpem-me por essa nota enorme (gota) eu tinha que pelo menos falar um pouquinho de cada personagem...

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