N/Rbc: é isso. Chegamos ao final. Eu peço desculpas pelo atraso do último capítulo, mas muitas coisas aconteceram que me impediram de postar no prazo. E eu só consegui terminar o capítulo hoje. Espero que gostem. Eu tentei terminar de um jeito legal, não sei se consegui...

Algumas coisas a ressaltar:

Este capítulo NÃO contém cenas NC-17. Quem gostar de ler NC-17 ou quiser ler as cenas NC, por favor, retorne um capítulo e leia este mesmo capítulo COM as cenas NC. Eu sinto muito que as finalizações das cenas que seriam NC tenham ficado ruins. Eu também sinto que a cena NC tenha sido cortada e, provavelmente tirado um pouco o clima do momento. Mas só um pouco.

Algumas reviews a agradecer:

Thaty: que bom que gostou. Espero que você tenha lido a versão sem NC por opção, e não por não ter visto o aviso. XD E espero que goste deste capítulo também.

Aninhoca: yeah! Sem a ajuda de vocês eu dificilmente teria feito o final de La Chocolateria! Obrigada! XD

Paula: pois é, eu vi que não dava pra ver as fotos depois que eu postei o capítulo. Mas agora já dá pra ver. Basta clicar no link HOMEPAGE do meu profile. Não consegui botar no link direto no profile... triste... espero que goste do último capítulo.

Ly W.: fico extremamente feliz com seu comentário, não sabe o quanto. Então, sou eu quem o agradeço! Espero profundamente que goste do final, ao menos um pouquinho.

Tuty Frutty: 13 páginas é grande o suficiente? Eu não consegui escrever mais que isso, mas acho que já é um bocado, não? Ok, eu admito que eu demorei pra atualizar da última vez, mas dessa vez nem foi tanto, né?

Bárbara Granger: Matt e Ma'Vie juntos? Nahh... eles são irmãos... seria incesto, e o único incesto que eu não acho repugnante, nem considero incesto, é primo com primo... fora isso... Matt e Ma'Vie apenas desenvolveram uma grande relação de cumplicidade. Espero que você goste deste capítulo também.

Marcelaa Black: eu não demorei dessa vez, vai... que bom que a raiva passou... eu acho... hauahauahaua... e que bom que gostou tanto do capítulo anterior.

Espero honestamente que vocês gostem tanto deste capítulo quanto eu gostei. Especialmente de uma cena. XD

Enjoy the last chocolates!

La Chocolateria

Capítulo Final

Por Rebeca Maria

Ele encostou-se no batente e observou-a enquanto escrevia. Ela não gostava de ser atrapalhada enquanto escrevia, e ele sabia disso. Provavelmente ela estava fechando alguma matéria, provavelmente apenas tomando notas. Mas ele gostava de observá-la mesmo assim.

"Você fica aí parado" – ela começou, sem erguer a cabeça para olhá-lo – "sem dizer nada..."

"Eu espero. Até você terminar."

"Você nunca vem ao meu trabalho, e quando vem, ou quer ajuda em alguma coisa ou tem algo importante a dizer" – ela largou a pena e olhou atentamente para ele – "E pela sua cara eu aposto na segunda opção." – ele aproximou-se e sentou na cadeira à frente dela, largando uma barra de chocolate entre eles – "Felicity" – ela leu – "O que isso quer dizer?"

"Eu vou ser pai. E eu não sei como lidar com isso." – ele afundou o rosto entre as mãos, num gesto quase desesperado – "E eu preciso conversar com alguém. Porque eu não sei como lidar com isso..."

A mulher sorriu, levantou da cadeira, deu a volta na mesa, parou na frente do homem, fazendo-o levantar-se, e depois o abraçou. Com força, apoio e amor. Em seguida fitou os olhos dele e viu que estes brilhavam profundamente, estavam alegres e calmos, em contraste à sua face que dizia que não sabia o que fazer.

"Você será um pai maravilhoso, eu tenho certeza disso, Matthew."

"Obrigado, Ma'Vie..."

"Papai e mamãe já sabem?"

"Não... você foi a primeira a saber..." – Ma'Vie sorriu para o irmão e o abraçou novamente.

"Ainda quer dividir a barra de chocolates?" – ela perguntou, com um sorriso, enquanto abria o chocolate.

x.x.x

"O que você quer de Natal, Virgínia?"

"Eu já tenho o meu presente deste ano."

"Eu não valho como presente, querida."

"E o que te leva a crer que eu falava de você?"

"E não?"

"Falava do Hershey's."

"O cachorro?"

"O que mais?"

Draco riu, e continuou a olhá-la. Estavam ambos na cama, deitados sob o edredom fofinho, virados um de frente para o outro, enquanto conversavam. A mão dele sobre a dela, com os dedos entrelaçados. Um olhar cúmplice. Sorrisos nos lábios.

"O que você quis dizer com ser mais ou menos minha mulher?" – ela riu.

"De acordo com as leis mágicas, Draco, deixamos de ser oficialmente marido e mulher depois de um ano que você abandonou esta casa."

"Ah isso..." – um semblante triste passou pelo rosto de Draco, por apenas um segundo, e em seguida ele voltou a sorrir – "Vamos mudar de assunto. O que você quer de Natal?" – e então ela sorriu também.

"Eu não quero nada."

"Nada?"

"Nada."

"Então eu vou te dar uma caixa de chocolates."

"Draco, você me dá caixas de chocolates por qualquer motivo. Seria injusto você me dar por causa do Natal também."

"Bom, você disse que não queria nada de Natal. E uma caixa de chocolates é mais que nada."

"Draco, eu não quero uma caixa de chocolates."

"Você não gosta mais de chocolates? Hoje pela manhã não me pareceu isso... nem ontem..."

"Não quero para o Natal. Tenho certeza que você vai pensar em algo."

"E se não for algo bom? Aí eu posso te dar a caixa de chocolates?"

"Veremos."

"Veremos?" – Draco se aproximou de Ginny, curvando-se sobre ela.

"É..." – ela sorriu, fechando os olhos.

"Ok, então." – ele beijou-a profundamente e depois a fitou. Em seguida, aninhou-a em seus braços, afundando seu rosto nos cabelos dela, e adormeceram.

x.x.x

"Mãe, por que meu pai disse que se eu for para a Grifinória ele vai me deserdar?" – Matthew perguntou, enquanto via sua mãe fechar a gaiola de sua coruja.

"Seu pai não deve ser levado a sério, querido." – o garoto, de 11 anos, riu com o modo como sua mãe falou – "Kopenhagen está pronta." – ela continuou, se referindo à coruja – "E se ele disser qualquer coisa, diga que se ele te deserdar nunca mais terá 'Mon amour au chocolat'".

"Não vai ter o quê?" – ele perguntou, e Ginny sorriu.

"Mon amour au chocolat'. Apenas diga isso a ele."

"E por que eu não posso levar o Hershey's comigo?" – o cachorro dourado da família, que a acompanhava até a estação, latiu alto ao ouvir seu nome, ao que Matthew se abaixou e o abraçou.

"Porque se ele for com você, quem vai fazer companhia pra sua irmã?" – Matthew sorriu, dando de ombros – "Vá se despedir do seu pai e da sua irmã. E diga pra ela não ficar triste... ela está bastante triste pensando que você vai esquecê-la porque vai pra Hogwarts."

Matthew olhou para seu pai e sua irmã, e percebeu que Ma'Vie ostentava um semblante bastante triste.

"Eu não vou deixar de ser seu irmão só porque vou pra Hogwarts, Ma'Vie." – ele disse, colocando a mão no ombro da garota.

"Mas ele vai deixar de ser seu irmão se for pra Grifinória, querida, então diga pra ele não ir pra Grifinória." – Draco falou, de uma maneira que não convencia nem a si mesmo.

"Mamãe disse que você não deve ser levado a sério." – Matt lembrou, com um sorriso vitorioso.

"Ela disse?" – Draco perguntou, descrente.

"Disse. E disse também que se você me deserdar você nunca mais terá 'Mon amour au chocolat'." – Matthew viu a expressão do pai mudar drasticamente.

"Sem 'Mon amour au chocolat'?"

"Tenho certeza que era isso."

"Ok, campeão, eu tenho certeza que você será da Grifinória. E honre a sua casa veementemente." – ele falou, com certa convicção, dando tapinhas nas costas do filho – "Eu preciso falar com a sua mãe." – e saiu, deixando Matthew e Ma'Vie afastados.

"O que é 'Monamur au chocolate', Matthew?" – Ma'Vie perguntou, se enrolando nas palavras.

"Deve ser algum chocolate novo, eu não tenho certeza." – ele disse, meio confuso. Mas então, antes que Matthew concluísse seu raciocínio, sentiu sua irmã abraçá-lo, com força.

"Me promete que não vai esquecer de mim? Nem deixar de escrever?"

"Um chocolate por semana." – ele sorriu, retirando um bombom arredondado do bolso. O bombom de brigadeiro que eles gostavam de dividir – "Kopenhagen vai levá-lo até você, está bem?" – Ma'Vie sorriu e Matthew se despediu dela e dos pais e entrou no Expresso Hogwarts.

"Ele não vai ser da Grifinória, não é mesmo?" – Draco perguntou para Ginny, num sussurro.

"Você quer apostar nisso?" – ela falou, com um sorriso maroto nos lábios.

x.x.x

Ginny acordou naquela manhã apenas para constatar que Draco não estava mais na cama. No lugar dele, no entanto, estava Hershey's, que olhava para ela atentamente.

Ela levantou-se e colocou o cãozinho no chão, depois saiu do quarto e desceu. Parou quando viu Draco, Matthew e Ma'Vie a um canto da sala, montando uma árvore de natal branca, com enfeites azuis e prateados. A árvore era enorme e quase chegava ao teto. Sem perceber, seus olhos brilharam.

Draco parou de colocar os enfeites na árvore, apanhou uma caneca na mesinha ao lado e foi até Ginny, quase sem ela perceber.

"Bom dia, querida." – beijou-a delicadamente nos lábios e estendeu-lhe a caneca – "Chocolate quente."

"A árvore está linda."

"As crianças insistiram por uma grande e branca." – ele sorriu pra ela – "Já decidiu o que quer de Natal?"

"Isso de novo? Você vai encontrar algo, tenho certeza."

"Semana que vem é Natal. E eu vou precisar me ausentar durante uns dias."

"Se ausentar?" – ela o olhou surpresa.

"Eu costumo ir ao cemitério com a Ma'Vie todos os anos."

"Você quer que eu vá junto?"

"Não é preciso, não se preocupe." – ele sorriu e beijou-a novamente – "Estaremos juntos no Natal."

x.x.x

"Ma'Vie está nervosa." – Ginny constatou.

"Ela vai se dar bem. Ela tem o Matthew, e o Julian."

"Ela gosta do Julian."

"Eu sei, eles costumavam brincar juntos no Corinthia Alpha. Foi uma surpresa quando descobrimos que ele era um dos trouxas com magia."

"Eu quero dizer que ela gosta 'gosta' do Julian."

"Vocês quer dizer..."

"Eu conheço esse olhar. Ela olha para o amigo do irmão e fica meio encabulada. Ela olha pra ele da mesma forma que eu olhava para o Harry quando eu tinha 11 anos."

"Ah, então eu não preciso me preocupar. Você não ficou com o Potter, no final das contas." – Ginny riu.

"Mas eu fui apaixonada por ele. E sua filha está apaixonada pelo Julian, é fato."

"Ela só tem 11 anos..."

"Meninas amadurecem mais cedo, Draco."

"Eu estou tão ferrado, Virgínia... minha garotinha está crescendo..."

"Deixe ela crescer, querido. Deixe nossa garotinha crescer."

Draco e Ginny observaram Matthew e Ma'Vie se aproximarem. Junto deles estava Hershey's e Julian, o garoto com cabelos castanhos e olhos verdes, melhor amigo de Matthew.

"Você vai ficar bem, pai?" – Ma'Vie perguntou enquanto se abraçava ao pai.

"Claro, filha. Mas vou sentir sua falta."

"Cuida bem dele pra mim, mãe?" – a garota pediu, recebendo um abraço carinhoso de Ginny.

"Eu coloco ele na linha, querida, pode deixar."

"Mas mantenha-se na linha, Ma'Vie. Não siga o exemplo do seu irmão, seja Sonserina!" – Draco falou, com graça.

E então, todos os alunos entraram no Expresso. Ma'Vie e Matthew apareceram na janela para se despedirem uma última vez dos pais.

"Faz tempo que ela não te chama de Gin..." – Draco comentou e Ginny sorriu – "E você gosta que ela te chame de mãe."

"Eu gosto. Muito." – Draco colocou o braço sobre os ombros de Ginny – "Vamos andando?" – ela concordou e Draco assobiou, chamando Hershey's para junto deles – "A propósito, ela será Sonserina."

"Eu tinha certeza que minha filha não ia me desapontar."

"Quer dizer que Matthew te desapontou quando foi escolhido para Grifinória?"

"Não" – ele apressou-se em dizer – "Ele teria me desapontado se fosse para Sonserina. Ele superou minhas expectativas quando foi pra Grifinória." – continuou, de uma maneira bastante convincente, fazendo a mulher rir – "Está chovendo... Hershey's vai gostar de ir andando."

"E eu também." – Ginny falou, olhando-o e dando-lhe um beijo mais longo dessa vez.

x.x.x

"Mãe?" – ela não abriu os olhos de imediato. Podia estar sonhando – "Mãe, acorda..." – mas a voz insistiu – "É véspera de Natal... acorda, mãe!"

"Ok." – ela falou, abrindo os olhos e sentando-se na cama – "Já acordei." – ela olhou para o lado, buscando o relógio. Seis da manhã. – "Acordei pra descobrir que está muito cedo e tenho que dormir mais." – e então ela deitou-se novamente, puxando o edredom sobre a cabeça.

"Não, mãe, acorda. Já é tarde." – Matthew puxou o edredom de cima da mãe.

"Eu acho que cheguei à conclusão que Malfoy's não dormem. Eles deitam na cama, fecham os olhos e fingem que estão dormindo para que não passem por anormais que nunca dormem." – Matthew riu.

"Temos que ir pra casa da vovó, sabe... véspera de Natal..."

"Claro... casa da vovó... seu pai deu notícias?" – o menino negou – "Nenhuma carta ou telefonema ou lareira?"

"Nada..."

"E Blaise?"

"Também não sabe de nada..."

"Céus... se aquele Malfoy estiver pensando em fugir de novo eu mato ele." – ela pensou alto, fazendo Matthew se assustar – "Metaforicamente falando, é claro." – ela tentou consertar – "Vamos nos arrumar, então. Mais tarde dou um jeito de falar com seu pai."

Passar a véspera de Natal na casa com os pais era uma tradição desde que se lembrava. Ou melhor, desde que passara a morar com Draco, muitos anos atrás. A véspera de Natal com os pais, o Natal com Draco.

E depois que Draco partira, as vésperas de Natal continuavam sendo com os Weasleys, mas o Natal agora era com Matt. E ela esperava que este natal em especial, ela passasse com Draco, Matthew e Ma'Vie.

x.x.x

"Os gêmeos já estão na loja com Heather. Julian já sabe?" – Matthew andava pelas ruas do Beco Diagonal com o braço sobre o ombro de Ma'Vie, abraçando-a, enquanto ainda dividiam o que restava da barra de chocolate Felicity.

"Não... eu precisava te contar primeiro... eu..."

"Está com medo?"

"Acho que é isso..."

"Você será uma mãe maravilhosa, Ma'Vie. Tenho certeza disso."

"É assustador..." – Matt percebeu que a irmã chorava silenciosamente.

"Hei, mocinha... você vai ver que depois que você contar ao Julian não será mais tão assustador. E vai ver que é uma sensação única."

Os dois andaram por mais dois quarteirões até pararem diante de uma loja enorme e colorida. Diante dela estavam tantas cabeças ruivas quanto se podiam contar, além de outros rostos conhecidos e outras várias pessoas desconhecidas.

"Matthew, Ma'Vie, que bom que chegaram!" – esta era a voz de Blaise, que veio correndo até eles – "Vocês viram seus pais? Eles não chegaram até agora..."

"Pensávamos que eles estariam aqui." – Ma'Vie disse – "Julian está por aqui?"

"Logo ali na frente. Está tentando segurar as pontas com as crianças. Todo mundo está muito agitado."

"Ali estão eles..." – Matthew falou, quase num sussurro, olhando para a esquina.

Andando vagarosamente, como se curtissem o momento, vinha um casal abraçado e sorridente. Aparentemente conversavam em sussurros, alheios ao que estava acontecendo mais adiante.

Estavam de mãos dadas, olhando-se mutuamente, gesticulando.

Draco e Virgínia Malfoy tinham chegado. Finalmente.

x.x.x

Ginny abriu a porta de casa e largou as sacolas de presentes no chão. Matt entrou correndo e subiu as escadas.

Ela não tinha conseguido falar com Draco o dia todo. Estivera preocupada durante muito tempo, mas depois repetiu a si mesma, milhares de vezes, que não deveria se preocupar com o Malfoy.

Dirigiu-se até a cozinha e abriu a geladeira. Apanhou alguns muffins e leite e colocou na bancada. E só então percebeu que havia um pacote em cima da bancada.

Era grande e quadrado, verde, com uma fita prateada. Um bilhete sobre o pacote dizia que o presente era pra ela, mas não dizia de quem era. No bilhete também dizia "Feliz Natal".

E na hora em que ela abriu o pacote soube imediatamente de que era. De Draco. E ela não soube se ficava com raiva ou não. Dentro havia uma caixa retangular dourada. Mais dourada que o normal, mais brilhante e bonita. O nome na caixa denunciava sua origem:

"La Chocolateria – DeLuxe" – ela leu, imaginando como ele tinha sido capaz daquilo.

Ela largou a caixa na bancada e apanhou um muffin. Ficou olhando para o objeto como se ele fosse pular ou se mexer ou fazer qualquer coisa inusitada. Mas a caixa continuou imóvel.

"Caixa estúpida."

Ginny continuou olhando para a caixa, imaginando se deveria jogá-la janela afora ou não. Decidiu-se por não jogar, porque enfim, eram chocolates e não mereciam ser desperdiçados.

Apanhou novamente a caixa e abriu-a. Seu coração parou por um instante. Não havia chocolate algum. Seus olhos brilharam sem que ela percebesse, suas mãos tremeram e ela largou a caixa de volta na bancada, fazendo a minúscula caixinha vermelha de veludo, que estava dentro da caixa de chocolates, rolar para o chão.

Ela olhou para a caixinha no chão e alguns segundos depois a apanhou. Abriu-a, sentindo seu coração pulsar forte contra o peito.

"MALDITO MALFOY!" – ela ralhou, jogando a caixa de veludo sobre a bancada, fazendo o minúsculo chocolate embrulhado em papel prata brilhante cair da caixinha – "MORRA, MALFOY!"

Ginny apoiou-se na bancada, esperando que algo acontecesse. Que Draco aparecesse ali e explicasse a brincadeira, ou que ele simplesmente aparecesse. Mas apenas o que aconteceu foi Matthew aparecer na porta da cozinha, segurando duas tiras de papel.

"Mãe, papai quer que a gente vá para Portugal." – Matthew sentenciou, fazendo-a olhar para ele.

"Portugal?" – o garoto estendeu as duas tiras de papel. Eram passagens direto para Lisboa.

Ela ficou olhando para as passagens por alguns minutos, quando sua atenção se voltou para a campainha, que tocou duas vezes seguidas.

"Sra. Malfoy?" – o homem, parado à porta, vestido elegantemente, perguntou, assim que Ginny abriu a porta – "Fui contratado pelo Sr. Malfoy para levar a senhora e o seu filho. Ele mandou que eu entregasse isso." – estendeu-lhe um botão de rosa vermelha com uma fita dourada – "E o vestido da senhora está na limusine."

x.x.x

"O que é isso, Virgínia?" – ele perguntou, reparando na aglomeração à frente.

"Pessoas fanáticas por seus chocolates." – ela respondeu – "As pessoas esperaram muito tempo pela reabertura da La Chocolateria, Draco."

Draco sorriu para a mulher e observou as duas crianças que corriam para eles.

"Vovô! Vovô!" – eles gritavam, juntos – "Quando vamos comer chocolates?"

Ginny recebeu um dos loirinhos num abraço. Draco colocou a mão no bolso e tirou duas barras de chocolate, embrulhadas em papel brilhante e colorido.

"Não digam ao pai de vocês que fui eu que dei. Não era pra eu dar isso a vocês até o aniversário de vocês..." – os dois riram – "Agora vão, sua avó e eu chegaremos num minuto."

"Vovô?" – um dos garotos olhou para Draco novamente.

"Sim, Bernard." – ele estendeu-lhe uma pequena chave dourada.

"É o nosso presente pra você. De todos nós."

Draco e Ginny andaram mais alguns metros, acompanhados dos netos, Bernard e Antony. Ouviram diversas palmas e murmúrios quando eles chegaram até a frente da loja. Ignoraram, dirigindo-se à porta. Ele olhou para a pequena chave reluzente e colocou na fechadura, abrindo a porta com um click.

De repente, todas as luzes se acenderam, e todos puderam ver o letreiro da nova loja La Chocolateria no Beco Diagonal.

Era algo bastante simples, mas nem por isso deixava de ser formidável. Em uma letra bastante rebuscada e elegante estava o nome "La Chocolateria", em marrom escuro e brilhante. Abaixo do nome, diversas gotinhas de chocolate caíam e se desfaziam em luz antes de atingirem a cabeça dos passantes.

Draco olhou para todos ali, especialmente para sua mulher e seus filhos. Todos sorridentes e felizes. Ele não poderia se sentir melhor.

Apanhou o folheto em suas vestes e fixou-o na porta da nova loja.

"A La Chocolateria está reaberta!" – ele disse, com alegria.

Depois, ele apenas se virou para a mulher e puxou-a para um beijo, longo e apaixonado.

x.x.x

Ginny viu as portas do Corinthia Alpha, o imponente e luxuoso hotel português, abrirem-se para ela. Os funcionários sorriram e a cumprimentaram, sempre com uma educação impecável.

Ela olhou-se refletida no espelho numa das paredes do hotel e perguntou-se pela milésima vez o que significava tudo aquilo.

O vestido era elegante, verde escuro e tomara que caia, longo, com um detalhe trançado na frente e decorado com brilhantes, mais apertado no busto e cintura e solto no quadril. Era lindo, mas ela ainda não entendia por que.

"Mamãe, onde está o papai?"

"Espero que ele esteja aqui, querido..." - Ela dirigiu-se à recepção, logo à frente – "Eu..." – ela começou a falar e foi interrompida.

"Sra. Malfoy, estávamos à sua espera. O Sr. Malfoy a aguarda no salão de festas." – ela franziu o cenho.

"MATTHEW!" – ela ouviu alguém gritar e virou-se, vendo Ma'Vie correr na direção deles.

"Que bom que vocês vieram." – a garotinha sorriu e apanhou a mão de Matthew – "Vem, Matthew, vou te apresentar o Julian. Gin, você está linda. Eu disse pro meu pai que o vestido ia ficar bonito. Ele deve estar te esperando." – ela falou muito rápido e depois saiu, puxando Matthew consigo, rumo às escadas do hotel.

"O que está havendo?" – Ginny perguntou à recepcionista, que apenas lhe sorriu e apontou uma porta no fundo do lobby.

Ginny seguiu para a porta e parou assim que entrou. Era o salão de festas. Enorme e escuro, a não ser por uma parte ao fundo, onde havia um piano de cauda preto e um homem, que tocava gentilmente as teclas, produzindo uma singela melodia. Era Draco.

Se o amor de sua vida fosse feito dos melhores chocolates do mundo, você resistiria a ele?

Virgínia olhou para Draco enquanto ele tocava. Os cabelos dele caíam delicadamente sobre o rosto, a expressão de seu rosto era calma, os olhos fechados, os dedos ágeis indo de uma tecla a outra no piano.

Ela deu mais um passo e as portas do salão se fecharam. Mas ela não percebeu. Continuou olhando para o elegante Draco. Ela não se lembrava de já tê-lo visto tocar piano. E ouvi-lo tocar naquele momento era uma sensação incrível.

Se através de um olhar ele pudesse te dizer o quanto te ama, você resistiria a ele?

Draco abriu os olhos e olhou pra ela. Um olhar intenso que a fez perder o chão e parar de respirar por alguns segundos. Seu coração acelerou, e ela não percebeu quando caminhou até ele e só parou a alguns centímetros do piano.

Ele não parou de tocar, assim como não parou de olhar pra ela. Ele sorriu, fazendo-a sorrir também.

Se através de um gesto ele pudesse te dar o mundo, você resistiria a ele?

Ela ergueu a mão e tocou a face dele, fazendo-o fechar os olhos novamente. Ele intensificou a música. A outra mão dela apoiou-se sobre o piano, e também sobre um pequeno e delicado objeto brilhante. O anel era pequenino e de uma beleza imensurável. A pedra tinha um brilho avermelhado. A inscrição dizia apenas 'amor'. O objeto dizia todo o resto.

Se com um beijo ele pudesse te proporcionar a melhor sensação do mundo, você resistiria a ele?

A música parou de repente. Ela sentiu os lábios de Draco apanharem os seus. Um toque suave e arrebatador. Um deslizar lento dos lábios.

Se com um toque ele pudesse te fazer sorrir e delirar, você resistiria a ele?

As mãos de Draco estavam frias, e as pontas dos dedos dele trilhavam a pele do ombro e pescoço dela como se tocassem as teclas de um piano, fazendo-a fechar os olhos e tremer.

Se com algumas palavras ele pudesse te fazer a pessoa mais feliz do mundo, você resistiria a ele?

"Casa comigo."

Ela remexeu-se um pouco, sorriu para ele e deixou sua cabeça pender para trás, numa gostosa gargalhada.

"Vamos sair daqui." – ela sussurrou, ao pé do ouvido dele, mordiscando-lhe suavemente o lóbulo da orelha.

Ele tremeu. Abraçou-a com mais força e, um pensamento depois, desaparatou com ela para sua suíte no hotel.

"Onde estamos?"

"No quarto."

"E as crianças?"

"Dormindo."

Ginny percebeu que eles estavam no banheiro. Um banheiro muito elegante. Draco abriu o chuveiro e entrou, puxando-a consigo. Ele colocou-a contra a parede e beijou-a.

"Eu aceito." – ela sussurrou, ao ouvido dele – "Me casar com você. Eu aceito. De novo."

Eles deixaram a água quente percorrer seus corpos, abafando os sons de seus beijos e gemidos.

"Há quanto tempo você vem planejando isso?" – ela perguntou, quando ele entregou um roupão pra ela.

"Algum tempo." – ele sorriu – "Pegue, vista isso, ou você vai congelar." – entregou-lhe um pijama quentinho – "Vamos dormir, é tarde."

"É Natal..." – ela comentou.

"Não será Natal até de manhã, quando as crianças levantarem. Vem, vamos."

Ele estendeu a mão e ela a segurou. Draco a guiou para o quarto, amplo e elegante, e eles perceberam que a cama já estava ocupada, por Matthew, Ma'Vie e Hershey's. Ginny deitou-se ao lado do filho, Draco ao lado da filha. Embrulharam-se com o edredom grosso e quentinho e adormeceram.

"Mãe... mãe... acorda, é natal."

"Seu filho acordou, Virgínia." – Draco sussurrou.

"A partir de hoje" – ela virou para o outro lado e puxou ainda mais as cobertas sobre o corpo – "Antes do nascer do sol, ele é seu filho." – e voltou a dormir. Draco riu.

"Vem, Matt, deixe sua mãe dormir. Vamos abrir os presentes."

Draco e Matthew encontraram Ma'Vie sentada ao lado da árvore de Natal. Ela olhava atentamente para os diversos presentes no chão.

"Todos pra vocês." – ele disse para os filhos e viu os olhos deles brilharem.

Segundos depois ele sentiu as mãos de Ginny em sua cintura e um beijo suave em sua nuca. Ele apanhou a mão dela e olhou atentamente para o anel brilhante no anelar.

"Ficou bem em você."

"Este é um ótimo presente de Natal."

"O anel?"

"Não. Minha família completa." – ela o fez virar-se para ele e agarrou-se ao seu pescoço, olhando-o nos olhos e beijando-lhe ternamente.

x.x.x

"Você conseguiu, Marjorie?" – o garoto loiro perguntou.

"É claro que consegui, Antony. Onde está o Bernard?"

"Distraindo o vovô e a vovó."

A menina, loirinha e aparentemente com 7 anos, olhou em volta pelo gramado. Um pouco distante, em um balanço sob uma árvore, estavam um casal, um cachorro e um garoto, exatamente igual ao garoto que estava ao lado de Marjorie.

"Acho que Antony e Marjorie estão te chamando, Bernard." – o homem, que devia ter seus 60 anos, falou com certa graça, apontando as duas outras crianças no fim do jardim.

"O senhor nos ensinará a fazer chocolates mais tarde, vovô?" – Bernard perguntou.

"Com toda certeza. O que será hoje?"

"Baunilha. Morangos. E..."

"Avelã." – a mulher completou.

"Perfeito." – o garoto sorriu – "Vem, Lugano!" – e ele se afastou, com o cachorro correndo atrás de si.

Draco virou-se para Ginny e estendeu-lhe uma caixinha vermelha, envolta por uma fita dourada.

"Chocolates." – ele disse, enquanto Ginny desfazia o laço e abria a caixa.

Ela apanhou um e experimentou. Era um dos novos. Chocolate meio-amargo com creme de avelã e flocos de chocolate branco. O creme de avelã derretia em sua boca e misturava-se perfeitamente ao chocolate meio-amargo. Os flocos faziam a parte crocante.

"As crianças me ajudaram. Eu digo, Matthew e Ma'Vie."

"Não há nenhuma ocasião especial que eu esteja esquecendo, não é?"

"Eu não preciso de ocasião especial para te dar uma caixa de chocolates." – ele sussurrou no ouvido dela, depositando um beijo suava em seus lábios logo em seguida – "Prove este."

Ela provou o chocolate bem ao centro da caixa. Suave e leve como um suspiro. Chocolate ao leite, ela notou, com um toque levemente ácido misturado ao sabor marcante de creme de baunilha. Um pedaço de morango flambado ao chocolate de creme de avelãs. Ela sentiu como se flutuasse.

Os lábios de Draco uniram-se aos dela e a sensação foi intensificada. Seu coração palpitou e sua mente não pensou em nada. Seus sentidos se aguçaram e ela apenas pôde sentir os lábios de Draco aprofundando o beijo.

"Como você sabia?" – ela abriu os olhos e fitou o olhar de Draco.

"Eu sempre sei."

Ele abraçou-se a ela e impulsionou o balanço. Observaram as crianças por um tempo e ficaram calados. Um silêncio cômodo, durante o qual apenas aproveitavam a sensação de estarem perto um do outro.

"Vocês sabem o que os netos de vocês estão aprontando?" – eles ouviram uma voz forte atrás do balanço e viraram-se. Era Matthew.

"Marjorie apanhou o chocolate proibido. Nós sabemos." – Draco falou, com graça.

"Como assim minha filha pegou o chocolate proibido e vocês não fazem nada?" – Ma'Vie se juntou a eles – "Matthew e eu não provamos aquele chocolate até completarmos 15 anos."

"Eles apenas acham que é o chocolate certo." – Ginny comentou.

"E não é o chocolate que todos tanto desejam?"

"Nem chega perto."

"Vocês são maus. Dando esperanças para as crianças."

Então os quatro riram, enquanto observavam as três crianças e o cachorro se reuniram em volta de um tronco e colocarem o pequeno chocolate embrulhado em papel prateado no centro.

"E agora?" – um dos meninos loiros perguntou.

"Agora o quê?" – o outro falou.

"Vamos ficar olhando pro chocolate?"

"Vocês tem cada idéia, Marjorie." – Bernard levou a mão ao chocolate, mas antes que o tocasse, Marjorie deu um tapa rápido, fazendo-o retrair-se.

"Eu peguei o chocolate. Eu provo primeiro."

"Nada disso, você é a mais nova. Os mais velhos primeiro."

Antony apanhou o chocolate e desembrulhou. Tirou um pedaço e passou para o irmão, que dividiu e passou o último pedaço para Marjorie.

"Castanhas."

"Esse não é..." – Antony começou.

"...o chocolate certo." – Bernard completou.

"Olhem isso." – Marjorie interrompeu os primos, entregando-lhes o papel prateado que embrulhava o chocolate – "'Draco Malfoy tem a honra de apresentar: o falso chocolate prateado enganador de netos!'" – ela leu, e os três caíram na gargalhada instantaneamente.

"Enganador de netos?" – Matthew comentou – "Eles devem estar arrasados."

"Arrasados? Eles parecem estar se divertindo muito." – Ginny comentou.

"O fato de o chocolate ser falso apenas lhes dá a idéia de uma nova aventura em busca do chocolate verdadeiro." – Draco falou – "Essa é a diversão. O chocolate, o que vier, é o prêmio, não importa qual seja."

Antony, Bernard, Marjorie e Lugano correram até eles. Os dois gêmeos abraçaram-se ao pai, Marjorie pulou no colo do avô.

"Qual é a próxima pista, vô?" – ela perguntou.

"Vejamos..." – Draco pensou – "Está no alto mais baixo que você puder alcançar." – ele disse.

"Essa é uma pista boba." – a menina reclamou – "Porque eu não entendi."

"Vem, Marj. Vamos procurar mais chocolates escondidos." – e novamente os três correram pelo jardim.

"Viram? Não se trata de ser o chocolate certo, mas de ser um chocolate. Já valerá à pena se for um chocolate."

Fim

Um dos maiores tesouros já descobertos foi a semente da planta Teobrama cacao, a fonte original do chocolate. Macio na textura, intenso no sabor, sutilmente perfumado e elegante para se contemplar, o chocolate é uma rica fonte de sensível prazer adorado por quase todos.

A origem da substância sólida, sensual e para alguns viciante, que conhecemos como chocolate, está enraizada na pré-história do Novo Mundo no reino misterioso dos Olmecas e dos Maias.

Ao longo dos anos pessoas vêm aperfeiçoando os chocolates. E para tanto, põem toda a sua criatividade em apenas um bombom. São sabores únicos para sensações únicas e indescritíveis.

Há uma mistura de sabores, que muitas vezes nos leva ao delírio. Pode-se saborear o mundo, com apenas um bombom.

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Obs:

1. Hershey's e Lugano são nomes de chocolate e, aqui na fic, estão representados por cães. Hershey's é um golden retriever, só a título de curiosidade. E eu imagino que Lugano também seja um. Kopenhagen também é uma marca de chocolate, e aqui é uma coruja citada uma única vez.

2. O pedido de casamento inicial, ou pelo menos a especulação de um pedido em uma caixa de chocolates com a caixinha de veludo vazia dentro foi uma adaptação do pedido de casamento da fic Perfeição, de Aninhoca. Ou pelo menos, a idéia foi tirada da fic. Obrigada pra ela, que me deixou usar a idéia.

3. A versão NC17 da cena do piano é a minha preferida deste capítulo. E provavelmente de toda a fic.

4. As alusões à La Chocolateria fechada e sua reabertura foram uma alusão à fic parada e seu retorno depois de um ano. Não há uma explicação para a La Chocolateria ter sido fechada que não essa que eu dei. Eu não sei que nome se dá a isso... metáfora?

5. Julian é o rapazinho amigo de Ma'Vie que aparece no primeiro capítulo. Ele não é bem caracterizado na fic, apenas é citado. Marjorie é filha de Ma'Vie e Julian e recebeu o nome em homenagem à mãe de Ma'Vie, que é citada no capítulo 2. Bernard e Antony são gêmeos filhos de Matthew e alguma mulher que eu não caracterizei. Pode ser você, se quiser. XD

6. O chocolate de prata só pode ser comido por pessoas mais velhas pois ele transmite a sensação de plenitude que ocorre entre duas pessoas. É intenso e quase real. É feito para os apaixonados. Mas caso uma criança coma acidentalmente, o chocolate se desfaz e não se é sentido gosto nenhum. Apenas uma explicação, a título de curiosidade.

7. A cena em que Matt acorda a mãe no hotel e ocorre o diálogo entre Draco e Ginny:

"Seu filho acordou, Virgínia."

"A partir de hoje, antes do nascer do sol, ele é seu filho."

Foi inspirada no desenho 'O Rei Leão', que eu estava assistindo hoje com uma criança que nunca tinha assistido. Também, apenas a título de curiosidade.

8. O único chocolate que eu sei fazer é brigadeiro de panela. Com uma lata de leite condensado (Nestlé, sempre!), 3 colheres de Nescau, 1 colher de chocolate em pó (nem sempre) e aproximadamente 2 colheres de margarina (Primor, nunca light). Mexa bem, não importa para que lado. O ponto ideal, você decide. Aproveitem.

9. Quem gosta de imagens, a Família La Chocolateria pode ser vista no link HOMEPAGE do meu profile. Em duas versões. Além das capas da fanfic. E não, eu não sei mexer tão bem em photoshop, principalmente na parte de colorização.

10. É isso. Me despeço aqui de mais uma fic. Agora, rumo ao final de Sr. E Sra. Malfoy. Obrigada a todos que leram e acompanharam e esperaram, aos que mandaram reviews e aos que não mandaram, aos que ajudaram com idéias mesmo sem perceber, aos que pressionaram, aos que ameaçaram. A todos.

Rebeca Maria