N/A: Para quem esperava um post da Dois Mundos, minhas profundas desculpas... Eu sei que é horrível esperar, mas eu digo que até o ano que vem o capítulo sai... :P Ok, agora, parando com toda esta insanidade de outras fics, falemos desta... Uma idéia doida que eu fiz para uma challenge, e espero que vocês gostem Apesar de ser outro casal, digamos que tem a "fórmula Lily Dragon": Drama, romance e umas pitadinhas de humor... E adivinhem só: Situações embaraçosas!

Spoilers? Ah sim, poucos spoilers do Half Blood Prince, mas mesmo quem ainda não leu pode ler esta aqui, também...

Disclaimer: Tudo é da Rowling, só a vizinha chata é minha. Satisfeitos?

Agora, vamos ver... A história, por incrível que pareça, já está pronta, e eu vou postar os capítulos com intervalos regulares... A serem decididos (como eu sou má...)

Então, como não tem rewiew nenhuma para responder, vamos parar de enrolar, e direto à história!

5 dias para a lua cheia

O chuveiro, parte indispensável para a habitação de alguém que quisesse ter um mínimo de higiene, pode também ser um lugar onde as pessoas fazem diversas outras coisas. Entre se ensaboar e enxaguar, muitos gostam de cantar, praticar discursos ou até mesmo recitar poemas... Mas um indivíduo em especial, o ocupante de um chuveiro em um pequeno apartamento em Londres, contentava-se apenas em pensar sobre sua vida.

Muitos também pensariam que, para um homem solteiro e desempregado de 36 anos, pensar em sua própria vida não seria algo muito interessante ou que merecesse um mínimo de atenção... Mas apenas analisando o banheiro em que se encontrava o indivíduo, podemos ter uma boa idéia de que sua vida era bem mais interessante do que a de qualquer desempregado solteiro de 36 anos comum.

Começando pela análise do próprio indivíduo, veríamos que seus cabelos loiro-escuros já tinham vários cabelos brancos evidenciando-se, e seus olhos cinzentos e cansados tinham o brilho estranho de quem esconde um grande tumulto por trás de uma fachada calma. A grande cicatriz que cortava seu rosto também não era uma grande amostra de normalidade... Mas até mesmo ela se tornava comum, levando em conta o absurdo número de cicatrizes que o homem ensaboava, de diferentes tipos e tamanhos, algumas brancas e aparentando ter muitos anos, e algumas feridas que ainda cicatrizavam, formando novas cicatrizes.

O sabonete cor de rosa em suas mãos também não parecia muito condizente com seu estado... Mas o resto do banheiro fazia uma amenidade como aquela parecer perfeitamente normal: A toalha felpuda rosa choque, a enorme quantidade de cremes e produtos femininos empilhados precariamente sobre uma prateleira não condiziam muito com o atual ocupante do banheiro. Olhando mais detalhadamente, as únicas coisas que pareciam pertencer, de fato, ao homem que se banhava era uma pequena pilha de roupas estranhas, remendadas e gastas meticulosamente dobradas em cima do vaso sanitário, uma toalha branca pendurada no canto oposto do banheiro e um objeto cilíndrico de madeira em cima do balcão da pia. E mesmo assim, suas coisas não eram nada comuns: Na verdade, as roupas dobradas eram vestes bruxas, e o objeto cilíndrico, uma varinha mágica.

E era exatamente nisto que ele pensava: Em como não só o banheiro, e sim sua vida inteira, era realmente incomum.

Para começo de conversa, ele era um bruxo, o que chocaria uma grande parte da sociedade "normal"...

E, mesmo que não fosse um bruxo, o fato de eu estar morando junto com uma garota 14 anos mais nova do que eu, sem estar casado, estando desempregado e cuidando da casa enquanto ela vai trabalhar já atrai caras feias de muitos conservadores por aí... – ele pensava, sentindo uma onda de culpa invadi-lo. – E ainda não é só isso...

Por mais que bruxos se acostumassem com excentricidades mais facilmente do que trouxas, havia um fato sobre o ocupante do chuveiro que o tornava diferente para todos, tanto bruxos quanto trouxas: Ele era um lobisomem, não sendo considerado nem humano, um pária para todas as sociedades, impossibilitado de ter um emprego decente, de receber um tratamento decente de pessoas que sabiam da sua condição...

E ela era uma entre os poucos que não fugiam de medo ou o olhavam com desprezo ao saber que tratava-se de um lobisomem: Ela ainda fora capaz de se interessar por ele, até mesmo lutando para que os dois pudessem ficar juntos...

Mas, por mais que a força de vontade e de caráter de sua companheira o surpreendesse muito, o ocupante do banheiro agora pensava em apenas uma coisa: a saboneteira de metal acoplada à parede, que tinha sido entortada para o lado.

Ou melhor, sobre a noite em que a dita saboneteira tinha sido entortada...

Mesmo que o incidente tivesse ocorrido há meses, ele sentiu suas bochechas ficarem vermelhas à mera lembrança do que tinha acontecido. Ele poderia até se culpar por ter feito algo que sociedade alguma consideraria honroso e decente no chuveiro se não fosse ela quem tivesse sido a responsável por isto: Afinal, o que um pobre mortal como ele poderia fazer se uma belíssima auror resolvesse entrar no chuveiro também enquanto ele estivesse tomando banho?

Como se ela não quisesse isto desde o começo. – ele balançou a cabeça, rindo suavemente.

Após tirar toda a espuma de seu corpo, o lobisomem fechou a torneira, suspirando quando o jato de água quente parou de massagear suas costas, e abriu as cortinas, esticando seu braço ainda molhado para pegar sua varinha e convocar a toalha, não querendo molhar o banheiro inteiro ao sair do boxe.

Mas, justamente quando ele estava alcançando a varinha no balcão da pia, a porta do banheiro se abriu abruptamente, e uma mulher de seus 20 e poucos anos entrou no banheiro, seus cabelos verdes cheios de neve, e diversos casacos e cachecóis cobrindo seu corpo.

Ambos se sobressaltaram ao ver o outro, mas logo a mulher relaxou.

- Remus... Você me assustou. – ela disse, tornando a fechar a porta do banheiro.

- Por que? Você esperava que outro homem estivesse tomando banho no seu chuveiro? – ele perguntou, se mantendo totalmente sério enquanto tentava alcançar a varinha, que tinha caído com o susto, sem expor a parte de baixo de seu corpo.

- Por que, o que você faria se eu estivesse? – ela sorriu maliciosamente enquanto pegava a toalha e a estendia para Remus.

O lobisomem deu de ombros, secando seu rosto molhado na toalha enquanto Nymphadora abria as cortinas.

- Desejaria com todas as minhas forças que ele fosse gay, talvez...

Ele enrolou a toalha na cintura, já ia alcançando suas roupas quando a jovem mulher se impacientou.

- Remus, se você não se importa, agora eu preciso usar o banheiro... – ela disse, e Remus ergueu sua cabeça, tentando decifrar as feições da mulher que tanto amava.

- Você está bem, 'Dora? – ele perguntou, erguendo as sobrancelhas novamente. Quando chegava do trabalho, Tonks estava normalmente cansada, mas a garota que estava diante dele parecia mais do que isto: Além de uma palidez fora do normal, sua expressão aflita deixou-o preocupado.

- Não, não estou bem porque eu preciso ir ao banheiro e você está no meio do caminho. – ela disse, com um suspiro raivoso, e, antes que ele percebesse, Remus tinha sido colocado para fora do banheiro, segurando sua varinha e suas roupas na mão enquanto o barulho da chave rodando no trinco podia ser ouvido.

Enquanto se trocava rapidamente no quarto que os dois dividiam, ele não podia deixar de pensar no comportamento estranho da garota... Mas logo ele deu de ombros, e foi preparar o jantar.

Mas ele não pode ignorar a estranheza de tudo, porém, quando terminou de cozinhar e percebeu que Tonks ainda não tinha saído do banheiro.

- Você está bem?- ele perguntou, batendo de leve da porta.

- Só mais um minuto...– a auror disse, com uma voz cansada, e logo abria a porta. Seus cabelos agora estavam castanhos, mas curtíssimos, com olhos também castanhos, opacos e exaustos. Ela tinha tirado seus casacos mais pesados, que agora estavam jogados pelo chão do banheiro, e estava somente com os shorts que usava por baixo da calça e uma camiseta simples. E, antes que Remus pudesse sequer pensar, ela tinha se jogado em seus braços.

- Meu dia foi um caos... – ela murmurou, enquanto Remus passava seus braços ao redor de sua cintura. – O Ministério está um caos... – ela esfregou seu nariz gelado e vermelho no peito quente de seu namorado, sentindo o calor do corpo do lobisomem aquecê-la completamente. – Eu só queria chegar em casa...

- Então, vamos jantar... – relutantemente se separando dela, Remus passou pela sala e a guiou para a pequena cozinha que, ao contrário de seu estado caótico de quando apenas Tonks morava nela, se encontrava agora limpa e relativamente organizada. Um cheiro delicioso emanava da panela que estava sobre o fogão, e duas xícaras de chá fumegante estavam colocadas sobre a mesinha vermelha esmaltada a um canto da cozinha.

Sentando-se em uma das cadeiras de metal dispares perto da mesa, ela também mergulhou em seus pensamentos enquanto via o namorado tirar a panela do fogo.

Sua vida também mudara muito nestes últimos tempos:Para ser honesta, desde que conhecera Remus Lupin sua vida mudara completamente, e ela tinha certeza de que era para melhor...

Mesmo em tempos de guerra, fora a presença de Lupin que lhe dera esperança: Naqueles tempos de dúvida, quando seu superior Kingsley Shacklebolt lhe apresentara à Ordem da Fênix e ela descobrira que aquele-que-não-deve-ser-nomeado estava de volta, a figura do homem solitário e pensativo lhe chamou a atenção instintivamente: Quando ela descobriu que o amigo de Sirius com olhos tristes era um lobisomem, sua admiração por ele só fez aumentar: Sempre que os tempos eram difíceis para ela, quando se fatigava com sua vida dupla de auror e espiã, ela pensava em como ela estava sendo fraca, enquanto aquele homem fisicamente debilitado, amaldiçoado terrivelmente e considerado menos do que um animal parra toda a sociedade permanecia calmo e gentil com todos. Quando Tonks sentia vontade de mandar o mundo para aquele lugar, ela se lembrava como ele agüentava os olhares tortos até de alguns membros da ordem com uma serenidade invejável; quando estava prestes a desistir de seu trabalho porque lhe tratavam como "só uma maluquinha de baixo escalão", se lembrava de como ele era considerado por todos como menos que um humano e ainda sim não se revoltava...

E, ao longo dos dias, Remus deixou de ser somente um exemplo como também um amigo: Ela se lembrava com muito carinho dos dias em que os dois e Sirius Black ficavam conversando até tarde em Grimmaud Place, tomando firewhisky e conversando sobre a vida. Ela mal percebeu quando Remus Lupin deixou de ser apenas um amigo para se tornar a grande paixão de sua vida...

Mas foi com todo o desespero da morte de Sirius, a primeira e talvez única vez em que Tonks vira o homem sempre tão controlado chorar ao lhe dar a notícia, foi que ela percebeu o quão desesperadamente ela precisava dele, e o quão rápido ela poderia perdê-lo naquela guerra...

E, como seu velho "vovô Tonks" dizia, O resto era história. Depois de perceber seus sentimentos, ela tivera que lutar, e muito, para conseguir o que queria.

Mesmo depois de ter finalmente convencido ele que não era "muito velho, muito pobre e muito perigoso" para ela, em uma fatídica noite em Hogwarts, ela ainda tivera que insistir muito mais...

Primeiro, ela teve que insistir muito para que ele parasse de dizer que "não sou digno de alguém como você, Tonks, sinceramente você deveria achar alguém melhor".

Depois deste estágio, ela conseguiu fazê-lo parar com aquela missão suicida de viver entre os lobisomens, quando seu líder sanguinolento descobrira que Remus Lupin trabalhava para a Ordem, e pouco tempo depois, praticamente arrastara-lhe para fora de sua casa antiga de pedra no meio da floresta, e o convencera a morar com ela.

Obviamente, não era só o lobisomem que se beneficiava com isto: Tonks também tinha alguém que mantinha a casa quentinha quando ela chegava, preparava a comida, arrumava a casa de vez em quando, e lhe fazia companhia nas longas noites solitárias de inverno...

E, principalmente, a amava tanto quanto ela o amava.

Mas, por mais que ela já tivesse conseguido muitas coisas, ainda faltavam algumas, como tentar tirar a enorme vergonha que ele tinha de suas cicatrizes e...

- Nymphadora? Você está longe... – a voz de Remus acordou a metamorfomaga de seus devaneios, e só então ela percebeu que passara os últimos minutos olhando fixamente para ele, imóvel.

- Só pensando... – ela disse, vagamente, pegando o garfo e começando a brincar com a comida.

- Não é algo comum ver você parada por tanto tempo... – ele observou, dando o sorriso Maroto que era reservado somente a ela.

- E não é algo comum ver você falando com a boca cheia de molho... – ela apontou, tomando um gole do chá.

- Você não vai comer? – ele perguntou, desviando o olhar do rosto de Tonks e fitando o prato.

Ao olhar para as batatas que deveria estar comendo, Tonks sentiu seu estômago se revoltar. Não que elas estivessem ruins, mas de repente, ela não queria comer mais nada...

- Não estou com fome hoje, já comi no ministério... – os olhos azuis que ela tanto adorava encontraram os seus.

- Você não comeu nada, eu sei... – ele disse, um tom preocupado em sua voz. – Tem certeza de que está bem?

- Acho que estou pegando uma gripe, só isso... – sem conseguir nem mais olhar para o chá, ela se levantou da mesa. – Deixe que eu lavo a louça – ela disse, e, com um aceno de varinha, as panelas, pratos e copos saíram voando para a pia, mas, ao invés de se assentarem tranquilamente no interior da mesma, a força utilizada no feitiço foi muito grande, e um barulho ensurdecedor tomou conta da cozinha enquanto as panelas, pratos e xícaras se espatifavam na parede.

- Oh não, eu sou um desastre... – ela murmurou, mas o braço de Remus a impediu de sair correndo para tentar consertar.

- Deixe que eu cuido disso. – e, com alguns movimentos de varinha, a louça estava consertada, lavada e guardada. – Você não está muito bem hoje, talvez nem para a magia...

Se deixando cair na cadeira, Nymphadora suspirou longamente antes de saltar novamente para ficar em pé.

- Remus, tem alguém na lareira... – ela saiu correndo, para a sala, seguida de perto pelo lobisomem curioso.

Mesmo sendo realmente pequeno, uma grande vantagem do apartamento era a lareira, algo raro nos apartamentos da Londres trouxa naqueles dias. Obviamente, Tonks sempre poderia ter alugado um apartamento em uma área bruxa, ou uma casa mais afastada da cidade... Mas ela gostava do movimento das ruas londrinas, assim como da proximidade de sua casa com o trabalho.

Em todo o caso, assim que ela viu as chamas mudarem de cor, pelo canto de seu olho, ela saiu correndo e se abaixou no tapete macio em frente a lareira, para dar, literalmente, de cara com...

- Harry! – ela exclamou, abismada, e alguns segundos depois Remus se juntou a ela, ajoelhando-se no tapete.

- Você está bem? – Remus perguntou, sorrindo.

- Parece a única frase que você consegue articular hoje... – Tonks comentou e mostrou a língua para Remus, que riu.

- Eu não consegui achar você na sua casa, professor, então tentei aqui... – Harry disse, um brilho maroto em seus olhos. – E eu estou bem, sim, obrigado.

Na verdade, desde a última vez que fora visto pelo casal, Harry parecia ter envelhecido alguns anos: Seus cabelos precisavam urgentemente de um corte, seu rosto estava sujo e já tinha algumas finas cicatrizes, e, acima de tudo, seu olhar de garoto já tinha sumido quase por inteiro. Mas, mesmo que esta definição estivesse um pouco fora do considerado "bem", eles prosseguiram com a conversa:

- Eu não tenho muito tempo para falar, logo vou sair daqui mas... Eu só queria avisar que eu estou voltando para Londres no natal...

- Que ótimo! – exclamou Tonks, seus olhos brilhando com o reflexo das chamas. – Você vai se alojar na Toca?

Harry pareceu constrangido de repente.

- Na verdade, eu não queria incomodar a Sra. Weasley e...

- Ainda não está pronto para encarar a Ginny... – a metamorfomaga completou, erguendo as sobrancelhas.

- Perfeitamente compreensível... – disse Remus, balançando a cabeça lentamente.

- Então, é claro, você vai ficar na nossa casa, não é? – perguntou Tonks, gesticulando para a sala.

- Eu não quero atrapalhar vocês dois, e...

- Não estará atrapalhando. – afirmou Remus imediatamente. – É facílimo armar uma cama confortável no escritório...

-E ele cozinha bem, e ainda de graça. – adicionou Tonks, e Harry abriu um sorriso.

- Sendo assim, daqui a alguns dias eu estarei aí...

- E como vai a sua... Procura? – perguntou o lobisomem, olhando furtivamente para os dois lados. Além de Ron e Hermione, Remus foi um dois poucos em que Harry confiou o segredo de sua missão.

- Eu consegui achar mais um... – ele disse, e ia continuar quando uma batida na porta sobressaltou a todos.

- Acho que esta é a minha deixa... – disse Harry, sua cabeça desaparecendo imediatamente das chamas e fazendo-as voltar ao normal. Tonks, erguendo a varinha, se adiantou para a porta:

- Quem está aí? – ela perguntou, tensa, pronta para atacar caso se tratasse de um Comensal da Morte.

- O que você anda fazendo aí, Srta. Tonks? – uma voz estridente soou, e Nymphadora soltou um grunhido de irritação.

- Nada de especial, Sra. Klatshtant – ela respondeu, revirando os olhos para Remus, mas mesmo assim destrancando a porta.

Quase grudada no batente da porta estava uma senhora trouxa, aparentando ser realmente idosa, usando óculos finos com uma corrente de pérolas apoiado sobre um nariz fino e reto, e dois pequenos olhos negros fitando o casal com reprovação.

- Eu ouvi barulho de coisas quebrando e vozes estranhas, o que você está fazendo com esse seu amante?

- Eu acabei derrubando um prato na cozinha... – disse Remus, em um tom calmo, ficando em frente a Tonks para evitar que ela acabasse azarando a velhinha. – e não há ninguém aqui além de nós dois.

- Nunca se sabe, os jovens de hoje... – ignorando Remus, a senhora continuou, em um tom reprovador. – Primeiro você usa o cabelo com essas cores esquisitas, depois traz um homem que tem a idade para ser seu pai para morar com você fora do casamento ainda... Sabe-se lá o que podia estar fazendo agora...

Tonks apertava a varinha com muita força atrás das costas, mas mesmo assim respirou fundo e respondeu:

- Já que a senhora já verificou que não tem nada de errado com a nossa casa, nós já vamos dormir...

- Mas olhem lá, eu não quero mais nenhum barulho estranho por aqui! – a senhora disse, brandindo o dedo para os dois. - Boa noite. – e assim, ela dirigiu-se para a porta de seu apartamento, que infelizmente ficava logo ao lado do apartamento em que os dois habitavam.

-Aquela vizinha intrometida, filha de uma pu... – ela já ia desfilando um repertório de palavras que faria Mundungus Fletcher corar, até que foi interrompida.

-Dora... – Remus interrompeu, franzindo as sobrancelhas. – Ela faz isto quase todos os dias, por que está tão irritada hoje?

- Mas você não pode deixar ela simplesmente agir assim, espionando o que fazemos em nosso apartamento, intrometendo-se na nossa vida e ainda ignorando você como se você fosse um... Como se você não fosse um ser humano!

- Tecnicamente, eu não...

- MAS ISTO NÃO VEM AO CASO, ELA É UMA TROUXA, POR MERLIN! – Tonks voficerou, sobressaltando o lobisomem. – Ela não tem o direito de falar assim de nós, eu faço o que quiser com a minha vida e ela que vá para o inferno! – ela se jogou no sofá, bufando de raiva.

- O que há com você hoje? – Remus perguntou, ajoelhando-se diante dela e acariciando seus cabelos, agora em uma coloração vermelha que fazia parecer que seus cabelos estavam em chamas.

- Deve ser a gripe... – ela murmurou, cruzando os braços.

- E não há nada melhor para curar uma gripe do que uma bela poção, comida quentinha e dormir bastante... – murmurou Remus, encostando seus lábios na maçã do rosto de Tonks, fazendo-a arrepiar-se inteira. – A poção você pode pegar no boticário amanhã, então por enquanto... Cama.

Nymphadora, que estivera com os olhos fechados, entreabriu-os para observar o homem a sua frente.

- Me carrega? – ela perguntou, estendendo os braços para ele.

- Acho que você está um pouco grandinha para isto, não...? – ele ergueu uma sobrancelha.

- Por favor, eu me faço bem leve... – ela disse preguiçosamente, lançando ao lobisomem um olhar de cachorrinho abandonado que era tão característico de Sirius.

- Você é a morte para minhas costas. – ele murmurou simplesmente, pegando a namorada nos braços e levando-a até o quarto que os dois dividiam.

N/A: Minha primeira Remus/Tonks... Oh céus... Agora, é com vocês: Odiaram? Gostaram? Ficaram indiferentes? Qualquer dúvida, crítica ou sugestão... Rewiews! Apertem o botãozinho roxo ali embaixo, e façam uma criatura insana feliz!

Beijos a todos, e espero que tenham gostado,

Lily Dragon