DESENTERRANDO A SUJEIRA

Thriller envolvendo Lois, Chloe e Clark e o inicio do que pode ser a descoberta da sujeira de Lex e da Luthorcorp, logo após os acontecimentos de Solitude.

Nota explicativa: O propósito desta estória é o de unicamente entreter, não havendo conteúdo proibido e de conotação imoral.

CAPÍTULO 1

Era noite de quinta-feira. Não havia melhor hora para Lois Lane fazer o que estava prestes a fazer. Chloe não atendia suas ligações, e provavelmente estava internada no Planeta Diário e por lá ficaria até altas horas. Era seu vício. Algo que Lois não conseguia entender. Não conseguia imaginar-se tão absorta em alguma coisa que não envolvesse festas e muita diversão. Às vezes, achava que Chloe estava precisando de um tempo para a cabeça. Nada que ela não pudesse fazer pela prima. Talvez quando voltasse à Metropolis daqui a alguns dias para levar as boas novas, a arrastaria para algum bom lugar e a faria tomar todas. Ela merecia, pensou.

Contudo, naquele momento, Lois estava empenhada em outra coisa. Estava envolvida numa busca frenética por respostas urgentes, e achou que podia contar consigo mesma. Ou seja, correr atrás, nem que fosse de encontro com um beco sem saída, como a própria prima outrora lhe sugeriu. Por um momento sequer achou que fosse loucura. Era o que ela queria, e era o que ela conseguiria. Pelo menos, era o que esperava. E isso já era mais do que um começo para Lois Lane.

Já havia se passado uma semana do desaparecimento do Professor Milton Fine, e sua sala na Universidade Central do Kansas estava trancada. Mas Lois havia descoberto um modo de invadi-la. Achava que já estava se tornando mesmo expert no assunto depois das desventuras em série com a prima Chloe. E se não o estivesse, pelo menos, já estava a meio caminho andado.

Estacionou seu carro escarlate nos fundos do centro universitário, não muito longe de seu objetivo. Atenta, olhando o tempo todo à sua volta para ver se não era observada, sabendo que havia vigias em algum lugar, caminhou a passos largos e apressados até as duas grandes lixeiras. Lois respirou fundo e mandou ver. Olhou para os lados novamente, e saltou para dentro de uma delas. Ascendeu a mini-lanterna que tinha previamente guardado no bolso da calça e começou a revirar a papelada. A adrenalina estava alta. O coração de Lois disparava. Mas a tremedeira do nervosismo já havia passado pouco antes de decidir o que fazer. Era uma emoção enorme estar fazendo aquilo tudo sozinha. Era um misto de medo e satisfação. Lois mal podia se conter.

Desconfiada até mesmo da lata de lixo, olhava o tempo todo para os lados, apontando a luz da lanterna para os cantos, temendo a surpresa desagradável de um rato ou qualquer outra coisa nojenta. Felizmente, pensou ela, não havia lixo orgânico por ali. Pelo menos, parecia não haver.

Concentrada na papelada, Lois se empenhou em encontrar o que queria. E somente pouco depois de meia-hora, quando quase já pensava em desistir, conseguiu: os registros de funcionários da Universidade. Desesperada com a lista em papel contínuo, Lois tentou encontrar o início da mesma. Odiava listas continuas. Achava-as tão primitivas. Desajeitada com a papelada na mão e a lanterna na boca, Lois finalmente conseguiu encontrar a relação de professores para o semestre seguinte. Não conseguiu conter um sorriso de satisfação. Arrancou a parte da lista que lhe interessava e saltou para fora da lixeira, foi quando viu alguém ao lado do seu carro, examinando-o com uma lanterna na mão, e um rádio na outra:

"Ei, você ai!", exclamou ele, ao se surpreender com Lois, que se aproximava no exato momento em que o mesmo estava para contatar outro vigia pelo rádio.

Lois não pensou duas vezes. Quando ele apontou a luz da lanterna contra sua face para ver quem era, ela o golpeou com um chute que o acertou no lado direito do rosto. Notou que estava escuro demais, e mesmo que ele estivesse com uma lanterna muito mais poderosa que a dela, tinha certeza de que ele não a identificou. Enquanto ele tentava se recuperar do golpe de karate de Lois, ela correu em direção à porta do carro apertando o controle para abrir. Entrou rapidamente, e deu a partida. Nisso, o vigia já estava praticamente em pé, mas Lois conseguiu sair a tempo dele se aproximar o bastante a ponto de detê-la.

Enquanto arrancava dando um cavalo de pau, só conseguiu ouvir os gritos dele para que parasse. Ainda incrédula da aventura na qual havia se envolvido Lois ficou observando o vigia desaparecer pelo retrovisor, enquanto sorria, realizada pelo feito, e imaginando se passaria por uma situação como aquela novamente. "Não", pensou ela. Mas depois de um sorriso, lembrou que havia muito mais até conseguir o que pretendia: desenterrar a sujeira de Lex Luthor.

Continua...