A PRINCESINHA

by Flavinha Greeneye

Introdução:

Chovia torrencialmente naquela manhã, pela primeira vez em um mês inteiro de estiagem. Mas parecia que apenas aquela chuva queria encobrir todos os prejuízos pela seca. O céu parecia despencar.

No Internato Irmãs Princeton, uma garotinha de onze anos e cabelos sedosos acaju presos por um delicado laço percorria seus olhos incrivelmente verdes pelo céu cor de chumbo, pensativa. Seu nome era Lílian Evans.

Há muita coisa a ser dita sobre a pequena Evans. Um bom começo seria falar de seu maior passatempo, seu maior dom, sua maior diversão: inventar histórias. Aquela doce garotinha ruiva era uma nata contadora de histórias. Quando começava a inventar, sua mente começava a vagar e ir longe, para terras desconhecidas e inexploradas, e seus olhos cor de esmeralda brilhavam. Logo juntava uma pequena audiência para ouvir as histórias encantadoras e maravilhosas da jovenzinha, e todos ficavam fascinados pelo seu jeito apaixonado de contar.

A pequena Lílian era uma doce e inteligente menina. Aprendia com uma rapidez impressionante, e era muito interessada em aprender. Seus professores geralmente gostavam muito da pequena aluna aplicada, que não dava trabalho nenhum e que logo estava resolvendo problemas e vendo matérias avançados para sua idade. Sua suavidade era encantadora. Era delicada e meiga, mas sabia se impor sem problema nenhum. Quando queria uma coisa, queria e pronto! Porém, não era birrenta nem mimada, e compreendia quando as coisas estavam fora de seu alcance.

Porém, provavelmente, o mais importante daquela pequena garota não era sua habilidade para contar histórias, nem sua delicadeza e sutileza. E sim o fato de que a pequena Lílian era uma bruxa. Mas ainda não sabia disso.

Os olhos esmeralda focalizaram um vulto alto e magro na cortina de grossas gotas. "Engraçado", pensou, não vira o homem antes.

Começou a imaginar que ele aparecera de repente, do nada, no ar. Não sabia como estava certa.

"Ele pode ser um mago da Índia. Talvez seja mesmo. E ele pode estar vindo pra cá. Pode ser que ele queira falar com a Mrs. Carmélia a cozinheira, pra conseguir algum tempero. Ele está com pressa, pois deixou o caldeirão fervendo enquanto vinha", pensou Lílian. Não foi com surpresa que constatou que o vulto começara a andar em direção à porta do Internato. Quando inventava situações, era como se fosse a realidade pra ela.

O vulto se aproximou e a campainha soou. Mrs Cordélia, a diretora, passou correndo pela pequena Lílian, resmungando. Quando abriu a porta, seu mal humor não se alterou. Imediatamente a ruivinha, que observava agora do alto da escada, pra onde tinha acabado de subir, simpatizou com o vulto: geralmente, quando a Mrs não gostava de alguém, esse alguém era boa pessoa, ou muito pobre. Fora assim com Lílian: Mrs não gostara nada dela até saber que ela e sua irmã, Petúnia, vinham de uma família rica. O que não sabia era que havia sido deserdadas desde que sua mãe casara-se com seu pai, contrariando a família, mas essa não era uma informação necessária.

'- Boa tarde. – o vulto era definitivamente um homem, pela voz. Lílian também constatou que ele parecia culto e de bons modos, um homem fino. Aparentemente, Mrs também notara isso, pois seu tom de voz agora era doce e polido:

'- Boa tarde. O que eu poderia fazer pelo senhor? Um pai em busca de um bom internato para seus filhos, suponho.

'- Na verdade, eu conheço a escola. Eu gostaria de falar com uma aluna em particular. Se não for nenhum problema, é claro. – Lílian sentiu o tom de voz do homem ficar quase ameaçador.

'- Bom, não faz parte da política da escola deixar a família ver os estudantes fora dos dias de visita, a não ser que seja uma emergência–

'- Acho que esse seria um desses casos de emergência. – cortou o homem, com a voz firme e bondosa.

'- Cl-claro. – gaguejou Mrs, que geralmente era uma mulher determinada e rígida. Lílian imaginou que o homem realmente devia ser um mago. – E qual seria a aluna?

'- Evans. Lílian Evans.

N/A: Olá!

Bom, eu escrevi essa fic inspirada no livro e nos filmes "A Princesinha" (o livro escrito pela Francês Hodgson Burnett, um dos filmes protagonizado pela Shirley Temple e o outro eu não lembro).

No prox capitulo a Lily vai estar já em Hogwarts, eu acho. Acho, por que não está nem começado, e portanto, não prometo atualizações rápidas. Mas é que eu to meio empolgada agora, então tem que aproveitar. Mas acho que eu talvez tire a fic do ar se eu começar a enrolar muito (não gosto de deixar fic parada).

Então, mandem reviews que me motivarão a escrever e postar logo.

Obrigada e beijos!