N/A: Um bjo especial pra Camy pelo seu niver! Mtas felicidades. E vc perguntou sobre akilo do Draco, não era algo q teria uma continuação, foi um fato isolado, para demonstrar, como diz o nome do cap, que nada é tão amável como se parece. Ou seja, por melhor que Draco havia se tornado, ele nunca seria completamente bom. BJJUU

Cap. 18 – Nem sempre tudo termina bem

Ciça abriu lentamente os olhos, ao deparar-se com a claridade, fechou-os novamente. Pouco a pouco se acostumou com a luz. Levantou um pouco o corpo e pode perceber que estava na enfermaria. Viu seus dois amigos conversando baixo num canto da sala, eles ainda não tinham percebido que ela estava acordada. Olhando-os debater, a menina se emocionou, realmente estava com saudades daqueles dois.

Ela queria que eles percebessem que já havia acordado, então pigarreou alto. Imediatamente os dois olharam assustados e vieram correndo em direção a ela.

-Você está bem? – perguntou Chris.

-Acho melhor chamar a enfermeira. – Julius olhou para os lados, tentava dar alguns passos, mas estava confuso, não sabia para onde andar – Não, é melhor você deitar de novo. Fique quietinha.

-Calma, Julius. - Ciça ria abertamente da confusão do amigo.

-Você quer alguma coisa?

-Quero sim, Chris. Quero um abraço dos meus amigos que eu não via há muito tempo.

Os dois sorriram e abraçaram a menina, e o com o abraço deles foi como se uma luz tivesse sido acesa na cabeça de Ciça. As lembranças recentes começavam a retornar. Lembrou-se do escritório de Dumbledore, lembrou-se de Draco.

-Onde está o Draco? – ela perguntou assim que se separaram.

-Já deve estar em casa. Foi levado ao Sant Mungos, mas foi liberado logo em seguida, minha mãe me disse.

-Pois é, você ficou em observação por uma semana lá, e depois trouxeram você para cá.

-Uma semana? Quanto tempo eu fiquei dormindo? – Ciça estava espantada.

-Uns dez dias. Parece que você perdeu muita energia.

-Nossa, mas agora já me sinto bem melhor. Que bom que Draco está bem.

Todos ficaram algum tempo em silêncio, Chris e Julius estavam querendo saber sobre o tempo que Ciça esteve fora com Draco, mas respeitavam a amiga e não queriam tocar no assunto, ela ainda devia estar muito abalada pelos acontecimentos. Chris começava a mordiscar o lábio inferior, sinal que ela estava angustiada, Ciça percebeu isso.

-Pode perguntar. – ela disse, por fim.

-O quê? – disse Chris fazendo-se de desentendida.

-Eu sei que você esta curiosa, te conheço. Pode perguntar.

-Ah! Pensei que teria que esperar mais um tempo até você se recuperar.

-Chris! Você é muito insensível – Julius a repreendeu, de cara feia – não precisa se preocupar, Ciça, conte apenas quando se sentir à vontade, e se não quiser, não fale nada. – Ciça apenas mexeu a cabeça e começou a falar.

-Vocês não têm idéia do que eu estou sentindo. As pessoas que eu mais amei não existem. Elas eram uma mentira. É como se meu coração ficasse vazio de uma hora para outra. A minha vida é uma farsa. Todos me enganaram.

-Mas, Ciça – interrompeu Chris – pelo que eu entendi, eles só queriam o seu bem. Você viu, foi só ficar sabendo e você já correu perigo. Seu pai só te queria viva.

-Mas por que mentiram para mim? O que aconteceu não foi por que eu sabia, iria acontecer de qualquer forma. Por que ele não me contou assim que eu vim para cá? Por que ele teve que me abandonar?

-Ele não te abandonou, seu pai fez tudo para te dar a melhor família possível.

-Não defende ele, Julius! Ele me enganou, agiu como se eu fosse uma boneca, controlou a minha história.

-Mas Ciça, agora você vai ter que conviver com ele. Tenta enxergá-lo como antes, quando Harry Potter era o seu herói.

-Isso vai ser difícil, Chris.

-Tenta, Ciça, por você, alguém tem que ocupar esse lugar vazio no seu coração. E afinal de contas, ele é o seu pai. E ele te ama, do jeito dele, mas ama.

-É, Ciça, talvez o jeito dele não seja o melhor, mas é amor, de qualquer forma. Família a gente aceita, e aprende a conviver. Ele errou, e errou feio, mas ele quer consertar, dê essa chance a ele.

-Dê tempo ao tempo, e tudo vai se acertar.

-Obrigada gente. Não tenho outro jeito, né? Eu queria poder morar com o Draco, pelo menos por uns tempos.

-Aí, tá vendo? Você aceitou o Sr. Malfoy.

-E o que isso tem a ver?

-Ciça você me desculpa, mas Draco Malfoy matou a sua mãe. Foi por causa dele que isso tudo começou.

-Ele não me contou, acho que não foi bem assim – a menina abaixou a cabeça – mas ele nunca teve referência de amor. O que o Draco fez era o que ele achava que era o certo. Ele queria se vingar. De maneira alguma estou querendo dizer que ele agiu certo, mas não sei se vocês iriam entender. Nesse tempo que eu passei com ele, aprendi que as pessoas são muito mais do que aquilo que a gente imagina. Ele cresceu sozinho, tendo tudo o que queria, menos o que mais significava para ele: o amor e reconhecimento do pai. Nem sempre as pessoas são más porque querem... Ás vezes essa é a única coisa que eles conhecem. Com o Draco foi assim.

-Mesmo assim. Você mesma disse que as pessoas são muito mais do que a gente imagina. Tenta conhecer seu pai. Deixa ele tentar mostrar para você a pessoa dele que você não conhece.

No mesmo dia, à noite, Ciça saiu da Ala Hospitalar e pôde jantar com os amigos na mesa da Grifinória. Todos queriam saber direito a história sobre o desaparecimento da menina, mas os monitores da casa, atentos, dispersavam qualquer vestígio de aglomeração perto de Ciça, assim ela pode fazer a refeição em paz.

O ano letivo teria término em uma semana, e todos estavam ansiosos pela contagem dos pontos. Naquele ano quem ganhou o campeonato de quadribol foi a Corvinal.

Mesmo que os amigos tivessem falado que Draco estava bem, Ciça estava preocupada com ele, queria vê-lo, só assim se acalmaria. Mas ela sabia que Harry não a levaria para visitar Draco. E seria difícil sair da escola, pois como faltaram alguns exames, essa semana que seria um pouco mais livre na verdade estaria bastante atribulada para Ciça, que até tentou ser liberada dos exames, mas como não teve argumento, já que insistia em dizer que foi tratada muito bem na mansão Malfoy, seria obrigada a fazer as provas.

Deitada em seu dormitório ela recebeu uma coruja, era Edwiges trazendo um recado de Harry. Ciça naquele momento analisou a coruja, que parecia tão cansada e velha "que mau o Harry é, devia parar de dar tanto trabalho à coitadinha da Edwiges" - pensou ela. Abriu o pergaminho e leu calmamente o bilhete que dizia para ela se encontrar com ele logo cedo.

Ciça teria que enfrentar Harry. Ainda não tinha conversado direito com ele desde que descobriu toda a verdade sobre sua vida. Quando ele foi visitá-la na Ala Hospitalar, depois que já estava bem, ela fingira dormir, para não ter que encará-lo.

A menina abriu a janela e liberou Edwiges, sentou-se novamente na cama e imaginou como seria bom ter seu pai Otto lhe trazendo um pouco de leite quente, enquanto sua mãe Mariana fazia cafuné em sua cabeça. Agora era assim que Ciça se referia aos pais, pai Otto e mãe Mariana. Não que ela já estivesse habituada com tudo, ainda nem aceitava isso direito, mas não queria ser injusta com Nathalie.

Mesmo que não tenha tido contato com ela, a menina a reconhecia dos sonhos que diversas vezes teve quando era criança, e só agora compreendia. A mulher que as vezes lhe dava conselhos em sonho, ou apenas sorria à ela, que a mãe Mariana dizia ser a "fada madrinha", a mulher que ela ouviu chorar no sonho que teve no último verão, antes que toda essa história houvesse começado, aquela mulher era sua mãe.

Foi então que ela se lembrou. Como se uma luz acendesse na cabeça de Ciça. Ela lembrava de ter visto a cabeça de Harry flutuando em seu quarto depois do sonho estranho. Como ele havia parado lá? Ciça tinha ficado de perguntar, mas ela tinha esquecido... Até hoje. Fez uma nota mental para que essa fosse a primeira pergunta que faria a ele na manhã seguinte.

Afastando todos os pensamentos da cabeça, a menina deitou e abraçou o travesseiro, para que pudesse entrar em uma longa noite de sono, sem sonhos.

Na manhã seguinte Ciça acordou cedo, antes de todos no quarto. Se levantou, arrumou-se e foi direto para a sala de Harry. Não estava com fome, então nem pensou em tomar café da manhã. Parada à frente da sala, ela pensava seriamente se batia ou não na porta. Não tinha muita certeza sobre essa conversa. Antes que pudesse se decidir, a porta se abriu e de lá saiu Harry.

-Oi. – ele disse receoso.

-Olá, você disse para eu vir cedo. Aqui estou. – ela disse simplesmente.

-Eu estava indo tomar café, me acompanha? – Harry perguntou com um sorriso.

-Não quero comer, aliás, queria resolver isso o mais rápido possível. Podemos conversar? – a menina disse séria.

-Claro.

Harry abriu passagem para Ciça passar, e entrou logo após dela. A menina se encaminhou direto para a cadeira em frente à mesa de Harry. Sentou ereta e colocou sua melhor feição neutra. O moreno logo ligou essa feição ao Malfoy, e pensou se a transferência de energia podia ter assemelhado sua filha àquela família desprezível. Ele rapidamente se sentou em sua cadeira de frente para a filha.

-Eu tenho uma pergunta para você, – disse Ciça – o que a sua cabeça fazia flutuando no meu quarto durante esse verão?

-Minha cabeça? – Harry fez uma cara de dúvida, e depois compreendeu – Você me viu naquele dia? – Ciça afirmou com a cabeça – Pensei ter passado despercebido como sempre.

-Como assim como sempre? – ela questionou – Tem mais alguma coisa sobre a minha vida que eu deveria saber e você não me contou?

-Não me venha com sete pedras na mão, Ciça! Foi você quem saiu daquela sala e não me deixou explicar toda a história.

-Ah não importa! – ela disse malcriada – Eu quero saber o que você fazia lá.

-Eu sempre te visitei usando minha capa de invisibilidade – ele disse buscando paciência com as atitudes de Ciça – desde que foi decidido que você seria criada da maneira que foi. Eu fui a todos os seus aniversários – ele disse saudoso – acompanhei seu crescimento de trás de árvores, arbustos, até de trás da cortina. Minha vida nunca esteve completa sem você, nunca te abandonei, apenas me omiti. Naquele dia no último verão, a capa escorregou por alguns segundos, você tinha tido um pesadelo, eu estava preocupado acabei me distraindo com capa. Não sabia que você tinha me visto. Uma vez quando você tinha três anos – ele deu um sorriso fraco – tropecei na bainha da capa e caí, fiquei com metade do corpo visível, você me viu. E ao invés de gritar ou sair correndo como qualquer criança normal faria, você veio até a mim e me ofereceu a mão para me ajudar a levantar. Sua mão era tão pequena, – os olhos de Harry marejaram de lágrimas – eu me sentei no chão e toquei você, eu não encostava na minha filhinha desde que era um bebê. Você me deu um lindo sorriso cheio de dentinhos pequenos, e saiu correndo sem contar a ninguém o que tinha visto.

-Não me lembro disso – Ciça disse baixo.

-Não teria como se lembrar, você era muito pequena.

Eles ficaram um tempo em silêncio. Harry deu algumas fungadas para conter as lágrimas. Ciça fixou o olhar na janela do outro lado do cômodo. Harry olhou um momento para a menina, depois para o porta-retrato com a foto de Nathalie grávida que estava na mesa, e o pegou por alguns instantes.

-Não era para isso ter chegado a esse ponto. Não era isso que sua mãe queria.

-Infelizmente para você, a culpa é inteiramente sua. – Ciça disse sem tirar os olhos da janela. – Não foi para isso que você me chamou aqui foi? – ela finalizou olhando para Harry.

-Não, – ele deixou o porta-retrato de volta na mesa – você nunca deixou de ser uma Potter, os registros da escola foram feitos com seu nome falso a meu pedido. Você se chama Cecília Marie Potter.

-Oh, obrigada por me esclarecer isso – ela disse sarcástica.

-Ciça, menos, por favor! – Harry respirou fundo e continuou – Queira você ou não, eu sou seu pai e nada vai mudar isso. Assim que acabarem as aulas você volta comigo para minha casa. Precisamos chegar a um acordo para podermos conviver.

-Eu tenho uma proposta para você – ela disse convicta.

-Uma proposta? Pois bem, diga.

-Podemos conviver civilizadamente se você atender dois pedidos meus.

-E quais seriam esses dois pedidos?

-Primeiro – Ciça ficou um instante em silêncio, e depois continuou – quero trocar de escola.

-Trocar de escola? E o que há de errado com Hogwarts? Você tem amigos aqui.

-Você há de errado em Hogwarts. – ela disse séria – Eu preciso digerir tudo isso que aconteceu, e com certeza passando 365 dias por ano perto de você não vai me ajudar. Meus amigos serão sempre meus amigos, em qualquer lugar que eu estiver. Quero estudar em Beauxbatons, a partir do próximo ano letivo. Eu sei que você pode mexer os pauzinhos e me conseguir uma vaga lá.

-Eu acho que posso resolver isso. É até bastante razoável. Apesar de achar que Hogwarts é a melhor escola de magia que já existiu. E o segundo pedido?

-Preciso ver Draco.

-Nem pensar – Harry disse se levantando da cadeira.

-Não há hipótese de acordo se eu não puder saber como Draco está! – Ciça também se levantou da cadeira.

-Ele está bem. Está em casa, não basta saber disso?

-Não! Quero vê-lo.

-Ciça, sente-se! – Harry apontou a cadeira, ele mesmo se sentou e depois a menina fez o mesmo – Eu não posso permitir que você se encontre com Malfoy, ele te seqüestrou.

-Mas depois me devolveu, não devolveu? – ela refletiu um pouco e depois falou – No último dia de aula, antes de pegar o trem, posso vê-lo em Hogsmeade com algum adulto tomando conta de mim.

-Não tenho certeza.

-Você tem que entender que isso é importante para mim, – ela disse apontando para si mesma – eu arrisquei minha vida naquela transfusão de energia, ele é meu amigo, eu preciso vê-lo. Pelo menos para me despedir.

-Tudo bem, mas Rony te acompanha.

-Aquele lá num chega perto do Draco que eu não deixo! – Harry se assustou com a reação de Ciça, ela sempre demonstrou carinho por Rony – A professora Hermione pode me acompanhar. Ela é bem mais sensata que esse seu amigo.

-Então está certo.

-Ok, com licença, tenho exames a fazer. – ela se retirou da sala.

Harry observou a filha sair. Nada havia acontecido como ele tinha planejado. Ciça era muito senhora de si para uma menina de onze anos, ela tinha puxado a mãe nisso, ele sabia. E ela era fiel aos amigos como ele mesmo era. Um pequeno fio de esperança crescia no peito dele, de que um dia os dois pudessem viver como pai e filha, como deveria ter sido desde o inicio.

Os exames de Ciça prosseguiram por três dias, ela achou que se saiu razoavelmente bem, não havia tido tempo de estudar, mas assistiu às aulas e leu livros bastante instrutivos na biblioteca de Draco. Ela tinha certeza que na prova de História da Magia tinha dado alguns exemplos que só ela sabia, talvez Julius também, mas ele sempre costuma usar apenas o que os professores dão em aula, diz que é para não pecar por excesso.

Chris e Julius não ficaram nada felizes com a idéia de Ciça de mudar de escola, mas entenderam os motivos da amiga. Essa reação deles fez com que ela se remetesse a Isa, sua amiga do Brasil, quando Ciça contou que iria para Inglaterra, desde que voltou da casa de Draco que ela não escrevia para a amiga, não sabia ao certo o que escrever para ela já que não podia do nada, contar por carta que era uma bruxa e tinha sido seqüestrada por aquele que se tornou um grande amigo. Seria muito confuso, então resolveu esperar até as férias e contar por alto que tinha descoberto sobre seus pais verdadeiros.

As malas estavam prontas, todos alunos já preparados para embarcar no Expresso Hogwarts para as tão esperadas férias de verão. Ciça não estava muito empolgada com a idéia de passar quase três meses na companhia apenas de Harry. Mas os amigos disseram que iam visitá-la e também a chamaram para passar uns dias com eles, isso amenizou a aflição de Ciça.

Depois da conversa séria que teve com Harry na sala dele, apenas trocaram algumas palavras estritamente necessárias. A menina evitava ao máximo ter muito contato com o pai, já que não teria como escapar dele nas férias.

Ciça desceu as escadas do castelo correndo, Hermione a esperava no saguão de entrada para levá-la para enfim ver Draco. Quando saiu do escritório de Harry naquele dia, foi correndo enviar uma coruja ao amigo para marcar o encontro, dois dias depois ele respondeu confirmando sua presença. Ela estava ansiosa para ver Draco, precisava saber como ele estava, e contar sobre sua mudança.

Quando chegaram em Hogsmeade, Ciça viu um homem alto e loiro sentado em um banco na praça. Ela soltou a mão de Hermione e correu até ele. A professora ficou apenas observando de longe. Ciça chegou com um sorriso lindo onde Draco estava e ele a recebeu com um abraço.

-Estava com saudades suas – ele disse ainda a abraçando.

-Eu também! – Ciça se soltou do abraço e se sentou ao lado dele – Como você está?

-Muito bem, graças a você. Salvou minha vida. Mas não devia ter feito isso, Ciça.

-Eu nunca ia te deixar morrer – ela disse a ele.

-Mas você podia ter morrido, não se arrisca a vida por ninguém. – Draco disse sério como quem ensina uma lição.

-Se arrisca a vida por quem se ama. Se arrisca a vida pelos amigos. – foi a vez dela falar como quem dá uma lição, e ele sorriu para ela. – Draco, eu vou embora, vou estudar na França. Preciso de um tempo longe do Harry. Quero organizar minha cabeça.

-Não adianta fugir dos problemas, Cecília – ele passou uma mão nos cabelos dela, em sinal de carinho.

-Escute bem, só você pode me chamar de Cecília. – ela sorriu e ele retribuiu o sorriso – Vou sentir sua falta, mas vou dar um jeito de nos vermos.

-Acho melhor não nos vermos.

-Como assim? – Ciça arregalou os olhos – Você não gosta mais de mim, é isso?

-Claro que não é isso! Não seja tola! Mas você precisa ter um relacionamento razoável com seu pai, comigo por perto duvido que isso seja possível, e eu nunca fui uma boa influência para crianças.

-Eu não sou criança! – ela disse se endireitando no banco – Sou uma pré-adolescente!

-Nossa, isso muda muito as coisas. – ele abriu um belo sorriso.

-Mas eu posso te escrever não é?

-Pode sim, e eu responderei com prazer. – ele olhou para a direção onde Hermione estava impaciente e depois para o relógio – Acho melhor você ir, está na sua hora. Não queremos perder o trem não é? – ele disse se levantando.

-Eu até que queria perder esse trem. Mas é como você disse, não se deve fugir dos problemas. – ela também se levantou.

-É isso aí. – ele deu um abraço de despedida.

-Nem sempre as coisas terminam bem, não é, Draco?

-Não, Ciça, se não está bem é porque ainda não acabou.

-Ciçaaa, está na hora! – Hermione gritou.

-Tenho que ir, tchau.

-Tchau.

FIM

N/B: Gente, que triste... Acabou! Sério, acabou!

Foi tão bom betar pra Tataya! Ela escreve bem pra caramba! Ouve minhas sugestões sem noção, de vez em quando, e ainda tem umas idéias geniais...

Bom, gente... Eu também estou esperando a continuação, ansiosa, porque eu adorei a Ciça... Só que, no fundo, o Draco estava melhor... Acho bom ele aparecer na continuação, viu, Tataya? Aliás, acho bom ter continuação...

Olha, adorei mesmo. Pena que acabou, e parece que durou tão pouco!

Bom, gente, beijo p'cês...

E Tataya, obrigada por confiar a mim sua fic. Obrigada por tudo, valeu, mesmo!

"Supremum vale", pessoal,

Srta. Blé.

N/A: Acabooooooouuuu! Dois anos e meio de fic e finalmente chegou ao fim! Nada é o que parece foi meu primeiro projeto, não teve uma grande aceitação, mas eu sei que quem deu uma chance para essa fic não se arrependeu! Então um super beijo para Rebeca, para Camy, para Lika e para a Ly que acompanharam a fic.

Um beijo para Bia que lê isso desde muito tempo mesmo. Pro pessoal da época da escola que incentivaram. Para Elle Black que me ajudou com o enredo durante um bom tempo. E para Maria que betou lindamente essa fic que vai estar para sempre no meu coração.

Em alguns meses vai rolar uma continuação, mesmo que seja só para satisfazer a Camy e a Ly que pediram. Rsrs

Obrigada pela paciência e por aceitarem as minhas loucuridades.
Tataya Black.