Σας αγαπώ, Αμαζώνα μου


— Amuado de novo, Miro? — perguntou Aioria, observando o amigo. Há dias que ele estava assim... Calado e perdido. Desde que Shina parara de falar com ele.

— Eu não entendo, Aioria... — disse olhando para o amigo: — O que foi que eu fiz? Do nada... Assim, de repente... — estalou os dedos: — Ela passou a me ignorar...

— Já tentou falar com ela? — perguntou, encarando a paisagem a sua frente.

Um vento suave soprou. Balançando os cabelos dos dois Cavaleiros. Miro baixou a cabeça e sorriu tristemente:

— Já... Ela diz que não é nada, mas continua me ignorando... — lembrou-se de todas as vezes que tentara se reaproximar, fôra ignorado deliberadamente.

O Cavaleiro de Escorpião suspirou e Aioria não conteve aquela pergunta:

— Você a ama, não? — Miro o fitou e pensou em como responder àquela pergunta.

Já a respondera em seu íntimo, e muitas vezes sentira raiva de si mesmo por estar admitindo aquilo, dizer em voz alta não era o que desejava fazer. Era como se tornasse real aquilo que sentia... Era confuso... Pensava que se mantivesse aquele segredo isso o deixaria protegido... Mas... esse pensamento era tolice. O que importava esconder de Aioria? Escondendo ou não... Não mudaria a dor e solidão que estava sentindo... Precisava conversar com alguém, e o Leão o entenderia, era seu melhor amigo, também estava apaixonado, não fazia sentido esconder isso dele...

A pergunta ecoando em sua cabeça: "Você a ama, não?" E a resposta era uma só...

— Você não imagina o quanto... — se viu respondendo: — Eu já sentia algo mais por ela antes de tudo isso, mas eu não sabia definir o que era. Para mim era uma grande amizade, mas quando ela simplesmente parou de falar comigo, eu percebi que era algo muito mais forte, algo que eu sequer soube denominar a princípio... Talvez, até por medo de me entregar ao que eu sempre julguei uma fraqueza... — disse se lembrando de quando comentara com Aioria sobre ela se deixar levar por uma bobagem quando se apaixonara por Seiya... estava ele agora, sentindo na pele o que denominara erroneamente como "bobagem" e "fraqueza".

— É... Eu sei como se sente... — comentou Aioria. Ficaram alguns instantes em silêncio. Aioria queria poder dizer-lhe algo que o ajudasse. Apesar de Miro não levar a sério o que ele dizia sobre Shina estar apaixonada por ele, isso era claro. Mas Miro insistia em acreditar que ela ainda amava o Cavaleiro de Pégaso. O Cavaleiro de Leão retoma a palavra: — Fale com ela de novo! — disse, veemente. Miro o encarou um tanto desanimado:

— Você acha que ela vai me ouvir? — perguntou, o Escorpião inseguro.

Aioria se espantou. Miro nunca fôra inseguro:

— Nem que ela não queira ouvir... — Miro o encarou e ele continuou: — Pense... Não pode ficar pior... Ela já não está falando com você mesmo... — Miro sorriu, sem emoção.

É... Aquilo fazia sentindo. Ele podia arriscar, afinal, não tinha mais nada a perder...

— É... Você está certo. — seus olhos adquiriram um brilho determinado quando encarou Aioria e sem hesitar, se afastou do amigo rumo à cabana de Shina.

— Boa sorte, Miro... — murmurou vendo o cavaleiro de Escorpião se distanciar. Sorriu consigo mesmo, queria ter um pouco daquela coragem para resolver seu problema, mas ele tinha algo a perder... algo importante demais.

A caminhada era longa, cada passo que dava o deixava mais nervoso, mas também mais decidido. Não podia desistir agora. Tinha que ir até o fim.

Já estava noite quando chegara na cabana de Shina. Bateu à porta.

Estava com os nervos à flor da pele. Não conseguia pensar em nada para dizer-lhe, por isso desistiu de ficar pensando bobagens. Falaria o que estivesse sentindo.

Bateu novamente. Esperou alguns minutos e nada, procurou sentir seu cosmo... É... Estava vazia.

— Droga, Shina... Onde você está? — olhou ao redor, enquanto sua mente buscava a resposta para aquela pergunta. Quando a idéia pareceu surgiu de repente e correu para aquele local o mais rápido que pôde.

Seus pensamentos num turbilhão.

Não sabia o que pensar, não sabia o que diria, só sabia que tinha que descobrir o que estava havendo, tinha que saber o motivo de ela o estar ignorando.

Não teria paz se não o fizesse.


Shina estava sentada sobre aquela mesma pilastra; as pernas dobradas contra o corpo, os braços abraçando os joelhos. O vento brincava com seus cabelos, jogando-os contra seu rosto e pescoço.

Chorava novamente, mas em silêncio, apenas as lágrimas escorriam por seu rosto.

Se apaixonar...

Não podia haver nada mais doloroso. Mas desta vez, a dor era maior. A certeza de que ela não amara realmente Seiya viera ao sentir aquele sentimento. A dor que sentira ao julgar amar Pégaso, em nada se comparava a dor que sentia agora... Admirara a ternura com o qual ele a tratara e isso unido à Lei da Amazonas, a confundiu.

Mas agora era diferente...

Amava Miro...

Como se recuperaria desta vez?

Olhou para o céu, a noite estava linda. As estrelas brilhavam intensamente e a lua cheia era a testemunha de sua dor. Apesar do vento suave, não estava frio.

Sua atenção fôra atraída ao ouvir o som de passos na areia. Pôde sentir o cosmo do Cavaleiro de Ouro já bem perto.

Fechou os olhos. Não queria vê-lo! Não queria falar com ele! Ser obrigada a ignorá-lo, quando o que queria na verdade era abraçá-lo, beijá-lo, dizer o quanto o amava! Lutar contra isso era o que mais a machucava.

A presença estava mais forte e quando se voltou, viu-o entrando correndo no local. Ficou de pé e o encarou.

Miro parou a poucos metros de distância.

Fitava-a intensamente. Seu coração batia em disparada, não só por causa da corrida, mas principalmente, por causa da decisão que tomara. Por causa do que aconteceria quando, finalmente, dissesse a ela tudo o que sentia.

Shina reparou que os olhos do Cavaleiro de Escorpião não traziam o brilho divertido que sempre o acompanhara quando estava com ela, mas um brilho resoluto, e também triste, que a tocara.

Ele a estava confundindo! E isso a irritava extremamente!

— O que faz aqui, Cavaleiro? — perguntou ela rispidamente, visivelmente perturbada.

Por que ele não podia simplesmente esquecer que ela existia? Eles passaram anos sem aquele convívio. Poderiam continuar assim, pensava, mas sabia que de sua parte, aquilo era uma mentira. Manter Miro afastado a estava torturando.

Miro fechou os olhos ao notar a característica frieza na voz dela.

Desde que se tornaram mais próximos, ela nunca mais se referira a ele como Cavaleiro ou Escorpião, sempre o tratara pelo seu nome. Aquilo o ferira. Respirou fundo e, fitando-a novamente, se aproximou:

— Eu tinha que falar com você... — disse em tom baixo, nunca desviando seus olhos do rosto dela.

— Eu preciso ir, Escorpião... — tentou passar por ele, mas o Cavaleiro se colocou a sua frente, encarando-a seriamente:

— Me diga... — exigiu: — O que eu fiz para que me trate dessa forma? — perguntou.

Não conseguia entender o que estava acontecendo. O que fizera de tão grave para merecer aquele tratamento frio e indiferente?

— Eu já disse que não houve nada! Por que insiste nisso! — disse irritada.

Queria se ver longe dele! Por que ele não podia deixá-la em paz? Já não bastava o que tinha feito!

— Droga, Shina! — ele desviou o olhar e baixou a cabeça. Deslizou as mãos pelos cabelos, num gesto exasperado, mas que Shina achou extremamente sensual, recriminando-se em seguida. Ele continuou: — Pensei que fôssemos amigos! Nunca imaginei que fosse capaz de simplesmente me ignorar desta forma! — disse irritado, e então a fitou por alguns instantes, antes de tornar a falar: — O que foi que eu te fiz? — em um tom suave e triste:

— Miro... — o modo com que ele falou a tocou. Seu nome dito por ela, lhe acendeu uma chama de esperança. Ele estava sendo sincero. Shina sabia disso. Mas precisava ficar longe dele, esquecê-lo. Aquela era a única forma de manter distância sem precisar revelar o que estava sentindo.

— Não vê que está me ferindo com esse comportamento? — disse suavemente, mandando o orgulho às favas.

Negar isso seria mentir para si mesmo e precisava ser sincero com ela, começando por ser sincero com seus próprios sentimentos:

— Ora, Miro, você é um Cavaleiro de Ouro! — tentou se defender atrás de um "escudo" pouco convincente: — Todas as mulheres babam por você; tem todos que quer aos seus pés! Qual é a diferença de não ME ter aos seus pés? Incomoda-te o fato de não ter conseguido me "domar"? — aquelas palavras o magoaram ainda mais.

Ele se encolheu num ato reflexo, como que para se proteger do que ouvira.

Era isso? Uma vingança? Ela queria provar que ele não conseguiria tê-la? Por isso se aproximou dele?

Não, não podia ser isso. Ela não seria capaz. A conhecia... ela não faria isso com ele...

— O que é isso! Uma vingança por aquela bobagem que eu disse naquele dia! Achei que você tinha me desculpado! Não acredito que você seja traiçoeira como o símbolo de sua constelação... É isso, Shina! Você é uma cobra, literalmente! Que envolve sua presa, a fascina e depois dá bote quando ela menos espera! — Shina estreitou os olhos.

Quem ele pensava que era? Aquele Escorpião presunçoso!

Shina avançou na direção dele:

— Você é um cretino! — o Cavaleiro de Escorpião se irritou com a atitude da Amazona:

— Eu não posso acreditar que você seja assim! Eu prefiro que você me diga, pelo amor dos deuses, que eu fiz algo de muito errado do que pensar que você é uma pessoa tão baixa e mesquinha! — vendo que a Amazona se calara, Miro perdeu completamente a paciência.

Queria ver o rosto por sob a máscara, pois sabia que ela não conseguiria mentir se ele pudesse olhar em seus olhos.

Shina não viu o movimento, apenas sentiu o deslocamento de ar que arranhou levemente a sua pele... E no segundo seguinte... Ouviu sua máscara ir ao chão, partindo-se em pedaços.

Deu um passo para trás, assustada, não acreditando que Miro fôra capaz de fazer aquilo... De desrespeitá-la daquela forma. Seu coração que já batia forte, acelerou o ritmo, fazendo-a sentir uma dor no peito, e sua respiração ficar ofegante escapando pelos lábios entreabertos. Os olhos verdes, que Miro via pela primeira vez, brilhavam pelas lágrimas que escorriam pelo rosto delicado. Aquela cena o tocou.

Sentira-se mal, pois sabia que o acabara de fazer era um desrespeito, mas precisava olhar em seus olhos, saber o motivo que a levara a ignorá-lo daquela forma.

— Por... Por que fez isso? — perguntou. A voz rouca. Os lábios trêmulos fascinaram Miro.

Sem se conter, aproximou-se dela. Estavam tão perto que a respiração de ambos se confundia.

— Me diga... O que eu fiz, Shina? — a proximidade causava um estremecimento nos corpos de ambos.

A mão esquerda do Cavaleiro subiu para tocar a face da Amazona e secar as lágrimas que ainda escorriam copiosamente pelo rosto delicado.

— Por que fez isso, Miro? — repetiu, debilmente. — Não sabe o que significa? —perguntou com a voz entrecortada:

— Não me importaria de morrer pelas suas mãos. — o polegar traçara suavemente o lábio inferior, fazendo a Amazona suspirar e fechar os olhos. Miro não resistiu ao ver àquela entrega e inclinou-se em sua direção:

— Eu não poderia matá-lo, Miro... — murmurou inconscientemente. — Mesmo que eu quisesse... — Miro sorriu e tocou os lábios dela com os seus. Apenas um leve roçar.

A língua do Cavaleiro de Ouro de Escorpião circundou a boca de Shina, acariciando seus lábios delicadamente. Sentiu-a ceder à carícia e entreabrir os lábios e sem mais se conter, pôs-se a explorá-la sensualmente.

Miro a enlaçou pela cintura, pressionando seu corpo contra o dela, apertando-a com força contra si, enquanto se apossava da boca delicada de maneira faminta. O beijo era voraz e profundo. As mãos do Cavaleiro passavam pelas costas e quadris de Shina possessivamente.

A sensação de tê-la em seus braços, de estar tocado seu corpo, abraçando-a e beijando-a daquela forma descontrolada era indescritível. Nunca em sua vida imaginara que viveria sensações tão intensas.

Shina fôra pega de surpresa, mas não demorara a corresponder ao beijo com igual arroubo e abandono. As mãos que percorriam incessantemente suas costas, a estavam incendiando e tudo o que ela queria, era intensificar aquelas sensações. Os braços enlaçaram o pescoço de Miro, e Shina enredou os dedos na massa de cabelos azuis cacheados, tão macios e sedosos.

Estavam ficando sem ar e Miro interrompeu o beijo. Os lábios se separaram e o Cavaleiro de Ouro a fitou e o que viu o deixou embevecido. Ela mantinha os olhos fechados, os lábios, vermelhos e inchados, entreabertos, como se ainda estivesse sentido as sensações e o sabor do beijo que trocaram. Sem se conter, Miro deslizou os lábios pelo rosto dela.

— Miro... — ouviu a voz rouca e ofegante: — Per favore... Diga-me que não está brincando comigo... — ele mordiscou o lóbulo da orelha esquerda dela, arrancando um suspiro, sorriu:

— Eu jamais brincaria com você, Shina... A amo tanto, tanto que nem sei como colocar em palavras... — disse e se afastou, encarando-a com desejo, paixão, mas acima de tudo, amor, expresso nos olhos azuis. Sentiu quando ela pegou suas mãos e o puxou lentamente até as ruínas de um Templo.

— Então não diga... Mostre-me, Miro... — o pedido ateou fogo nas veias do Cavaleiro de Escorpião. Miro avançou, tomando-a em seus braços e calando-a com um novo beijo ainda mais sequioso que o anterior, enquanto a deitava perto de uma pilastra caída. Estariam protegidos caso alguém passasse por ali.

As mãos de Miro deslizavam errantes pelo corpo da Amazona, enquanto esta o acariciava nas costas e pescoço. Sentia os lábios que se moviam sobre os seus deslizarem pelo rosto, até o lóbulo da orelha, que chupou e mordiscou levemente. Shina deslizou as mãos pelas costas de Miro até tocar a barra da camisa que ele usava e começou a erguê-la. O Cavaleiro se afastou um pouco, apenas para retirar a camisa e jogá-la num canto qualquer. Gemeu ao sentir as unhas longas de Shina arranharem levemente suas costas.

A Amazona suspirou quando sentiu a mão esquerda de Miro deslizar a alça de sua roupa, e os lábios percorreram seu rosto até o pescoço, demorando-se em acariciá-lo, chegando ao ombro, que mordeu levemente, arrancando um gemido abafado. A mão direita correndo pela coxa.

— Amo você, Shina... — disse beijando-a novamente.

— Ti voglio bene, Miro... — suspirou quando os beijos de Miro desceram para sua garganta. Ele se afastou e fitou-a nos olhos. Shina se surpreendeu ao ver os olhos brilhantes de Miro e o sorriso devastador.

As carícias ficaram mais ousadas e os gemidos, não mais contidos, expressavam todo prazer e satisfação de estarem juntos, desfrutando daquele momento de felicidade e plenitude.

No afã da paixão que os consumia, desnudaram-se rapidamente.

Miro se ajoelhou ao lado do corpo nu da Amazona, e percorreu-o com seus olhos febris e apaixonados. Nunca vira uma mulher tão linda em toda a sua vida. Suas mãos deslizavam lentamente pelo corpo dela, acariciando-a sem pressa. Vendo, fascinado, a pele delicada se arrepiar e estremecer sob seu toque. Seus olhos se voltaram para o rosto dela e sorriu ao vê-la de olhos fechados, os gemidos abafados, os lábios entreabertos, a respiração ofegante.

Tocou-lhe o rosto suavemente, acariciando-lhe a face.

— Shina... — ouviu-o. — Olhe para mim... — murmurou e viu os olhos dela descerrarem e as esmeraldas brilhantes de amor e desejo o fitarem. Ele tomou a mão dela na sua, e beijou-lhe os dedos. Shina acompanhou o gesto, emocionada. Viu-o levar sua mão em direção a seu rosto, incitando-a a tocá-lo: — Me toque... — murmurou.

As mãos dela se moveram tímidas e trêmulas, mas em intensas carícias pelo corpo do Escorpião. Deslizou os dedos pelo rosto, as têmporas, nariz, faces, lábios... Miro gemia suavemente, de olhos fechados, deliciado com aqueles toques suaves. Um gemido mais alto escapara, ao sentir os lábios da Amazona lhe tocarem o pescoço. Ela o mordiscava levemente, enquanto as mãos deslizavam pelas costas másculas.

As mãos de Miro percorriam as laterais do corpo desnudo da Amazona e a fizera se deitar no chão, sob ele. O Cavaleiro era muito maior que ela. Os ombros largos, os braços fortes, o peito viril, os quadris estreitos, as pernas longas e musculosas. Seu corpo a cobria completamente e a fazia se sentir frágil e protegida ao mesmo tempo.

Shina entreabriu as pernas, acomodando-o. Sentindo-o completamente contra seu corpo. Os cabelos de Miro caiam por sobre os ombros, acariciando suavemente seu peito, que subia e descia no ritmo de sua respiração ofegante.

Os olhos dele a fitavam intensamente. Percorriam-lhe o rosto. A Amazona se sentia acariciada por aquele olhar. Era tão intenso, que não conseguiu evitar ficar corada, mas não a deixava intimida, apenas envaidecida. Aquele olhar lhe dizia o quanto era querida, o quanto era amada.

Seus lábios roçaram os dela, enquanto seus olhos se fitavam numa adoração muda. Miro procurou as mãos de Shina e entrelaçou seus dedos aos dela, tomando-lhe os lábios, e impulsionando seu quadril contra o dela, penetrando-a. Tomando-a, amando-a.

A Amazona não pode conter o gemido de dor escapando do beijo que trocava com o Cavaleiro. Virando a cabeça para o lado, enquanto respirava pesadamente. Miro a fitava preocupado e começou a distribuir doces e suaves beijos por todo seu rosto e pescoço, dando a ela tempo para se acostumar a seu corpo.

— Te quero, Miro... — murmurou em seu ouvido, quando ele beijava seu pescoço.

Miro estremeceu ao ouvi-la, se afastou e a encarou apaixonadamente. Seus olhos azuis escurecidos de desejo fitavam os verdes de Shina tão febris quando os dele.

Movimentou seu corpo contra o dela lenta e profundamente. Ambos gemeram extasiados com as sensações que os arrebatara. Os movimentos começaram lentos, e conforme os gemidos e as necessidades de seus corpos aumentavam, o ritmo crescia tornando-se desesperado e apaixonado.

O frenesi os tomara de assalto. Seus gemidos e suspiros escapavam sem controle. As mãos entrelaçadas firmemente. Os corpos se movimentavam em sincronia. As respirações se confundiam, enquanto davam tudo de si para demonstrar ao outro o quão forte era o amor e o desejo que sentiam.

Com um gemido alto, Shina sucumbiu ao prazer, enquanto ainda sentia as investidas vigorosas de Miro contra seu corpo. A Amazona sorriu, estava radiante. Nunca pensou que viveria tamanha felicidade. Nos braços de Miro, ela descobriu o que era ser verdadeiramente amada. Ele a tomou com carinho e cuidado, sem pressa, vivenciando o prazer que sentiam, juntos, fazendo-a se sentir especial... Nunca imaginou que estar com alguém fosse tão maravilhoso, a sensação de se sentir completa era assustadora, indescritível e viciante.

Miro também não demorou a atingir o ápice. O corpo do Cavaleiro desabou sobre o dela, exausto e satisfeito, e Shina o abraçou. O Escorpião sentia seu corpo ainda sendo tomado por deliciosos e incontroláveis espasmos. Fôra mágico. Perfeito. Especial. Sentia-se feliz por sentir e compartilhar aquela emoção com ela. Shina se entrega de forma tão aberta e apaixonada, que só o fizera amá-la ainda mais. A sensação de tê-la em seus braços, em delírio e êxtase por seus carinhos, seus beijos era indescritível. Queria que aquela sensação não acabasse nunca... E sabia que nunca acabaria. Não deixaria que acabasse. Seria sempre intenso, forte e mágico.

Retirando-se do corpo dela, Miro a puxou sobre si. Acolhendo-a em seus braços protetoramente, sentido-se letárgico. Os tremores que tomavam seu corpo serem refletidos nos dela, e a mesma sensação de paz e satisfação que o tomara.

Ficaram em silêncio alguns instantes. Apenas se abraçando, sentindo a presença reconfortante do outro. O calor de seus corpos colados. Shina, com a cabeça recostada ao peito do Cavaleiro, ouvia as batidas aceleradas do coração de Miro e este, sentia a respiração ofegante da Amazona lhe acariciar o peito desnudo.

As mãos grandes e fortes acariciavam as costas da Amazona, mantendo-a segura e protegida. Sentia os lábios dele tocando-lhe a testa suavemente. Aquela sensação era maravilhosa. Shina não queria sair de seus braços nunca mais.

Ela ergueu a cabeça de seu peito e se aproximou, roçando os lábios nos dele. Olhando-o nos olhos intensamente, sendo retribuída pelo olhar apaixonado dele. Miro enrolou os dedos numa mecha de cabelos que caia por sobre o ombro de Shina, brincando com ela, sentindo-lhe a maciez e suavidade dos fios esverdeados, enquanto acariciava sua face.

— Eu te amo, Miro... — disse suavemente. — Me desculpe por tê-lo mag... — seus lábios foram calados com um beijo apaixonado que durou alguns minutos. Quando se afastaram, Miro a fitava docemente, com um sorriso nos lábios.

— Nada de desculpas... — disse ele, suavemente. Beijando-lhe a ponta do nariz: — Eu entendo... — ela sorriu e voltou a se aninhar em seu peito, abraçando-o com força pela cintura, sentindo-o envolver seus ombros e apertá-la contra ele. — Eu te amo, Shina... — murmurou sonolento. Shina sorriu.

Adormeceram abraçados depois de uma intensa e apaixonada noite de amor.

Haviam, apenas descoberto o prazer e delícia de estarem juntos, e agora, poderiam desfrutar do amor que sentiam um pelo outro sempre, sem culpa, sem medos... sem sombras do passado.

Fim


Oi pessoal! Bom, quando falei que escreveria sobre este casal, todos me disseram que eles eram intensos e calientes e... Meu primeiro hentai postado! Espero que tenham gostado! Agradeço a todos que acompanharam esta fic e também às pessoas que mandaram comentários: Aurora de Aquário, Naru Misato-san, Megawinsone, Pandora-Amamiya, T.A. Lovely, Lulu-Lilits, Luna Lovegood, Dama 9, Craviée, Aline, Ishtar Canavon Gemini, Dana, Fabu-Washu, Sharon Apple, Misaogap, Ayumi-tenshi, Pri, Mi-chan, Namárië, Nina Neviani, Luna Vamphyrien, Lan Ayath e E-Ifrit, Juliane-chan (não seja má comigo, Juli! O beijo saiu XD Esqueci de lhe agradecer por ter betado o capítulo anterior pra mim, obrigada, Juli!)

Obs: Dana! Olha, eu não fiquei aborrecida com o fato de você querer Aioria e Marin nesta fic, não! É que eu tinha a intenção de fazer um "antes Conflitos do Coração", entende? Aquilo foi apenas um esclarecimento para que ninguém ficasse decepcionado quando a fic chegasse ao fim e não tivesse nada entre os dois. Mas pode apostar, se não fosse um tipo de prólogo da outra, eu não teria coragem de deixar os dois pombinhos sem se entenderem XD! Beijos e muitíssimo obrigada por suas palavras!

Pandora Amamiya, obrigada por ter me incentivado a postar este capítulo! Eu estava super indecisa quanto ao hentai XD!

Beijos a todos e até a próxima fic... ou a continuação de A Luta pelo Amor! (me perdoem pela enrolação com esta fic... mas escrever a batalha ta complicado u.u)

Σας αγαπώ, Αμαζώνα μου — o título do capítulo quer dizer: Eu te amo, minha Amazona, em grego... só não me perguntem como se pronuncia isso XD

Per favore - essa é meio óbvia XD