Amores de Primavera 3

Capítulo QUATRO

Um Amor Para Sempre

"Você não vai dormir, pois não?- a ruiva perguntou, fitando aqueles belos olhos cinzas, e já sabendo a resposta- O que eu posso fazer para você dormir?"

"Pode me contar a história da sua rosa, eu gosto desta. 'A primavera chegou glamurosa..."

"...disposta a se tornar um amor para sempre!' Mais uma vez esta?"

"Sim, até eu decorá-la e poder contá-la um dia."

"Gosta mesmo tanto assim desta história?"

"É minha preferida. Conta para mim, Sra. Virgínia Malfoy?- a ruiva conhecia bem aquele tom casual e sutil dele."

"Quantas vezes quiser, Sr. Draco Malfoy."

Ela deitou-se ao lado dele na cama, aninhando-o em seu peito e cobrindo a ambos. Então começou uma narrativa, usando um tom nostálgico e calmo.

"Eu simplesmente não consigo entender

os corações dos homens

Eles te dizem que te querem

E depois te deixam

-Esta é a primeira vez, você é especial-

Eu acreditei nessas palavras e fiquei tão feliz"

"Aquela certamente tinha sido a primavera da vida de Gina Weasley. Não só a mais intensa, mas até aquele momento, a mais bonita.

Amar Draco Malfoy fazia de sua vida uma experiência formidável, e ser amada por ele tornava tudo melhor ainda.

Draco, no entanto, tinha seus próprios problemas. Ter certeza que amava Gina não bastava para que qualquer um deles fosse solucionado. E era por causa desses problemas que ele tinha que tomar a decisão mais difícil da sua vida: deixar Gina para salvar sua mãe.

Aquela manhã de Domingo surgira tão nebulosa quanto ele. E Draco ainda pôde amar Gina uma última vez antes de escrever aquela carta que deixaria a vida da pequena Weasley cinzenta, principalmente aquela primavera.

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"Você deveria ter me dito que

não gostava mais de mim

Mas não pude ver isto e

Você apenas me apressou

Embora eu xingarei você eu

ainda sentirei a sua falta

Como sou uma garota,

a quem o amor é tudo"

Uma semana após a fuga de Draco Malfoy da escola, a guerra explodiu em Hogsmeade. Faltava apenas alguns passos para que chegasse a Hogwarts, embora todos os feitiços da escola tenham sido reforçados, ninguém achava que eles durariam muito.

Hogwarts em si tinha sido separada, dividida em Alas intransponíveis pelos alunos, visando a segurança de todos. Grupos de amigos tinham sido separados e constantemente conseguiam burlar as regras e se comunicavam através de cartas.

Gina conseguira ficar com Hermione, mas Rony estava numa Ala muito longe da deles. Harry, para variar, estava participando tão ativamente da guerra que todos duvidavam que ele continuaria a ser o 'menino-que-sobreviveu'.

"O que há com você?- Hermione aproximou-se de uma Gina depressiva no salão comunal da Lufa-Lufa, a ala onde estava durante a guerra."

"Se eu te contasse você não acreditaria."

"Por que não tenta? Caso eu acredite eu posso te ajudar.- ela falou, de bom humor."

"É o Draco..."

"Malfoy?"

"Ele foi embora depois de tudo o que passamos."

"Um amor?- Hermione, mesmo perplexa, não deixava de usar o seu tom mais compreensivo."

"O meu amor, sim. Ele agora deve ser um maldito comensal."

Hermione não foi capaz de fazer qualquer outra coisa que não abraçar a amiga e ceder o seu ombro para que Gina chorasse.

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"Ouvi dizer que se você desiste das coisas

muito facilmente

para um homem, ele se entediará com você

Eu não acho que isto seja errado

Uma garota diz que nunca será

enganada novamente

Mas ela se apaixonará novamente"

Fugir de Hogwarts talvez não tenha sido a sua decisão mais acertada, no entanto, foi a mais conveniente.

Gina não achava que era realmente correto ficar parada e protegida numa sala comunal quando, fora daquele abrigo quentinho e confortável, todos estavam sofrendo, lutando e morrendo. Ela não poderia acreditar que 'não ajudar' era o correto a se fazer.

E foi por causa dessas concepções que ela resolveu simplesmente sair de Hogwarts e seguir a sua vontade de lutar.

Descobriu, em poucas horas, que as barreiras não eram tão intransponíveis se você soubesse que feitiço usar, ou nenhum feitiço usar. E ela descobriu também que uma vassoura poderia voar muito mais rápido do que ela imaginava, principalmente se a vassoura fosse a velha e guardada Firebolt de Harry.

A vista de cima da cidade de Hogsmeade não era, definitivamente, privilegiada. A nuvem de fumaça cobria todo o local, e apenas o que ela podia ver eram fachos de luz seguindo todas as direções. Feitiços, obviamente.

A vista de baixo podia ser privilegiada, dependendo do ponto de vista. Se você fosse um comensal, certamente estaria às gargalhadas diante das numerosas mortes por segundo de aurores e bruxos inocentes. Mas se você fosse alguém como Gina Weasley, estaria não só chocado por ver, entre tantos outros conhecidos, sua melhor amiga, Luna Lovegood, morta, mas petrificado por ver o amor de sua vida...matando...

Aquele foi o momento em que Gina odiou Draco Malfoy mais do que tudo na vida. Ver Draco apontar a varinha para Percy, tão friamente, ignorando a posição humilhante na qual ele se encontrava, de joelhos, implorando por sua vida, fora uma sensação indescritível, dolorosa.

"POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?- ela gritou, sem se importar com o mundo desabando ao seu redor, partindo para cima dele e esmurrando-o no peito. Draco não teve dificuldade alguma de segurá-la e impedi-la de continuar batendo."

"Você não entenderia."

"Você é ruim, Malfoy, muito ruim."

Assim que ela terminou de falar, Draco abraçou-a e apontou a varinha para um vulto atrás dela. Falou algum feitiço e estuporou o vulto. Uma luz verde se desfez quando se aproximou de Gina. Era um feitiço Avada Kedavra que o vulto tinha lançado.

"Este vulto teria te matado se não fosse por mim."

"Que me deixasse morrer então. Você acabou de matar um Weasley, não seria problema matar outro. Não seria problema continuar matando..."

"Já disse que você não entenderia."

Draco passou a andar apressado para longe de onde estavam, nas colinas de Hogsmeade. Ela, a passos rápidos, correu atrás dele.

"Tente."

"Tentar o quê?"

"Tentar me fazer entender."

Draco olhou para os lados e puxou-a pela mão até uma caverna escondida entre as colinas. Fez um feitiço que lacrou a entrada e acendeu uma fogueira.

"Aqui estaremos seguros."

"Seguros de quem?"

"Como de quem, Virgínia? Caso não tenha percebido, há uma guerra lá fora."

"Eu percebi, mas estar numa guerra lá fora ou estar com um comensal aqui dentro não é muito diferente.- ela disse com tanto rancor e ódio que Draco estremeceu involuntariamente."

Ele explodiu. Foi uma reação digna de uma fera, realmente. Num instante ele rasgou a manga direita da camisa e deixou que ela visse uma marca negra. Ela era fascinante, Gina tinha que admitir. Incitava-a a olhá-la. A garota passou levemente os dedos sobre a marca e sentiu-o tremer.

"É disso que você tem medo?"

"Sim- ela respondeu quase que mecanicamente."

"É essa merda que você teme, Virgínia? Uma marca idiota num braço?- ela não respondeu- Pois saiba que eu não a teria se dependesse de mim. Mas o livre arbítrio me foi uma opção tirada há muito tempo."

"Eu não entendo."

"Ser comensal não é honroso, Virgínia. Ser comensal não é nada. ABSOLUTAMENTE NADA!"

"Pare de me chamar de Virgínia.- ela mandou, num tom frio- Um Malfoy nunca me chamaria de Virgínia se não me amasse. Draco me chamaria assim, mas eu não te reconheço mais."

Draco escorregou até o chão e escondeu seu rosto entre as mãos. A marca negra ainda brilhava intensamente em seu braço, queimava, mas de algum modo ele já tinha se acostumado a ela.

"Minha mãe está morta.- ele sussurrou."

"Como é?"

"Minha mãe- ele olhou para ela, e Gina percebeu que os olhos dele estavam marejados- está morta."

"NÃO, MALFOY! O MEU IRMÃO ESTÁ MORTO!"

"Seu irmão não está morto, Virgínia.- Gina abriu e fechou a boca algumas vezes- Ou se está, não fui eu que o matei."

"Eu vi você matá-lo, não me venha com mentiras. Eu cansei de mentiras. A sua já me bastou."

"Eu estuporei o seu irmão, Virgínia. Foi necessário, acredite."

"Eu não acredito, Malfoy. Quem mais você matou? Luna?- Draco riu, não conseguiu conter o fino sorriso em sua face."

"Nem a Lunática nem seu irmão estão mortos, Virgínia. Eu tive que estuporar seu irmão porque ele estava sob um feitiço de confusão. Se eu não fizesse isso ele sairia matando não os comensais, mas todos que estivessem lutando contra eles. E a Lovegood está bem segura nesse momento, mas não deve voltar tão cedo. Aquela que você viu era, na verdade, um comensal, sob o efeito da poção polissuco. Ele planejava entrar em Hogwarts disfarçado e abrir passagem para os outros, mas não foi uma idéia muito boa, visto estarmos no meio da guerra. Foi morto por meu pai. E, por acaso, tecnicamente esse comensal morreu para salvar o Ronald, que a essa hora já deve ter voltado para Hogwarts."

No instante seguinte ela estava chorando desesperadamente, sentada encolhida num canto daquela caverna. Ela acreditava em Draco, não sabia porque, mas realmente acreditava que ele dizia a verdade.

"Vamos lá, Virgínia, pare de chorar.- ele pediu, carinhosamente."

Draco abraçou-se a ela e tentou passar tanta segurança quanto possível. Tentou passar todo o seu amor e todos os seus pedidos de desculpa por tê-la abandonado sem nenhuma explicação.

"Por que você fez isso comigo, Draco?- ela perguntou, com a vozinha fraca e chorosa."

"Você deveria ter me dito que

não gostava mais de mim

Mas não pude ver isto e

Você apenas me apressou

Embora eu xingarei você eu

ainda sentirei a sua falta

Como sou uma garota,

a quem o amor é tudo"

(Kiss Korea – Because I'm a Girl)

"Só há duas pessoas que eu possa dizer que amo, Virgínia. Uma delas, eu espero que você saiba, é você. A outra é a minha mãe. Lúcio ameaçou me tirar vocês duas caso eu não seguisse com o destino que ele havia traçado pra mim. Ele já matou a minha mãe, não posso deixar que ele mate você."

Nenhum dos dois pareceu notar a sombra a mais que surgiu naquela caverna. Nenhum dos dois pareceu notar o feitiço proferido que avançou contra Draco. Gina não se deu conta do que tinha acontecido até que sentiu Draco cair no chão e levá-la consigo.

"Sério, filho?- a voz soou segundos depois, com frieza e indiferença."

Ela olhou de Lúcio Malfoy, tão indiferente quanto possível, asqueroso, para Draco, ao seu lado, abraçando-a de um modo tão protetor, o rosto sereno e a pele fria, morto.

"(...)"

Aconteceu tudo tão rápido que Gina só conseguiu processar toda a informação depois de alguns segundos, ainda ouvindo a indagação fria de Lúcio ecoando em sua cabeça, ainda sentindo o corpo frio e inerte de Draco envolvido ao seu.

Num instante Draco a abraçava e pedia que ela parasse de chorar. No outro ele estava caído no chão.

No entanto, Draco tinha reflexos rápidos e estava sempre atento. Ele percebeu a sombra a mais na caverna e ouviu muito bem quando a voz de Lúcio Malfoy falou "Amazzare" e o feitiço voou não contra ele, mas contra Gina. E muito rapidamente ele girou seu corpo e apanhou o feitiço por ela.

E mesmo Gina, enquanto estava pensando sobre tudo aquilo, não percebeu, ou não quis perceber, quão rápido mais pessoas entraram na caverna e estuporaram Lúcio.

"Gina...? Mas o quê...?- era Lupin, ela conhecia muito bem aquele tom. Mas ela não respondeu. Ainda estava chocada e paralisada- Vamos embora daqui, Gina."

Lupin abaixou-se perante Gina e o corpo de Draco, levou uma mão ao pescoço do rapaz e fez uma cara que seria cômica, se o momento não fosse tão trágico. Em seguida desvencilhou Gina, relutantemente, dos braços de Draco e levou-a ao grupo de aurores que estava com ele.

Ordenou que dois levassem-na de volta ao castelo e garantissem que ela estaria bem segura na ala hospitalar, e outros dois, junto com ele, ficariam ainda em Hogsmeade.

A partir de certo momento, vendo que não adiantaria se debater e querer voltar para junto do corpo de Draco, deixou-se ser levada quietamente de volta para Hogwarts. Sequer falara alguma coisa desde que tudo começara. Aparentemente as palavras estavam guardadas e trancadas num local escondido, e não queriam sair.

Ela foi posta em segurança numa das camas vazias da ala hospitalar. Percebeu, vagamente, ao longo de todo o percurso, que em poucas horas que estivera fora Hogwarts não mais estava dividida em alas de segurança. Vários professores ajudavam a desfazer feitiços e mostravam-se, em parte, alegres.

Mas Gina não dispensou muita atenção para isso. Nem mesmo dispensou atenção suficiente para seu irmão, Rony, que aparecera na ala hospitalar ao fim do segundo dia, fisicamente bem, mas a expressão de seu rosto denotava alguma tristeza que ela não soube explicar.

Três dias depois Harry foi levado à ala inconsciente, aparentemente em estado crítico. Mas ao menos havia uma boa notícia: a guerra estava, finalmente, chegando ao fim. Não havia mais Voldemort, apenas comensais. Menos mal.

Gina, ao longo de todos esses dias, não poderia estar pior. Sentia falta de alguém que se tornara necessário em sua vida. Sentia falta do brilho cinzento dos olhos de Draco e das palavras dele. E apenas o que restava era sua lembrança, a saudade, e a rosa que ele lhe deixara..."

"E agora vem a parte que eu mais gosto, certamente.- ele sorriu, parecendo eufórico."

"Acalme-se, ok?- o garoto pediu- Eu posso contar a história sem que você me interrompa sempre."

"Mas eu gosto, tanto da história, como de interromper você e ver sua cara zangada."

"Não é divertido. Então podemos deixar comentários para o fim da história."

"Que já está chegando."

"Sim, já está chegando."

"Srta. Weasley? Posso falar-lhe?- era Madame Pomfrey, que mostrava-se preocupada com ela, depois da pouca recuperação em quase um mês. Gina fez um breve sinal com a cabeça, mas continuou observando a janela à frente de sua cama e apreciando o belo pôr do sol- Você está grávida."

...e um filho. Céus! Um filho de Draco Malfoy. Gina olhou rapidamente para a enfermeira, perguntando-se se ela não estava louca ou algo assim, mas pensando melhor, fazia sentido. Estava atrasada há três semanas e só então, depois da notícia, que Gina relacionava o atraso a uma gravidez.

Ela não soube explicar o que a fizera levantar-se da cama e sair correndo da ala hospitalar, dirigindo-se ao salão comunal da lufa-lufa, onde ainda estavam suas coisas. Passou pelo jardim e viu, ao longe, Rony e Hermione, mas eles provavelmente não deram conta de sua presença.

Ao chegar no salão, abriu seu malão e apanhou a rosa. Olhou-a por vários segundos, e foi então que sentiu uma carta cair em seu colo. Era um pergaminho, enrolado com uma graciosa fita vermelha e um pacote.

"Virgínia Weasley"

Aquela letra... Seu coração disparou. Não podia ser verdade, podia?

"Querida Srta. Virgínia Weasley,

Sinto sua falta, amo você. Isso não tem sido fácil, aliás, tem sido extremamente difícil. Eu estou assustado e eu não sei o que fazer sem você.

Eu sei que quando parti eu não pude ouvir meu coração dizer para eu não ir, e por isso me desculpo. É difícil partir. Mas agora, eu não quero que me interprete mal, eu amo você.

Apenas com você, durante todas as noites que passei ao seu lado, pude me sentir tão simples e claro como só alguém que ama poderia se sentir.

Deixe-me provar, uma vez mais, que eu amo você.

Então diga que você dividirá comigo um único amor. Uma vida.

Com amor,

Draco Malfoy"

Junto com a carta havia um bilhete de viagem, para Paris, para o dia 9 de Julho e um livro.

"Amanhã...?"

Ela apanhou o livro e observou atentamente a capa. Era de veludo negro com uma rosa grande, metade cinza metade vermelha, entrelaçada às letras W e M. O título era 'Nondum amabam...et amare amabam' e, bem abaixo da rosa, as inicias 'D.M.' como sendo o autor.

"'Eu não amo...mas anseio por amar'- era o título do livro. Ela abriu-o e leu uma dedicatória."

"À melhor primavera da minha vida. À melhor mulher. À melhor rosa.

Com o amor de alguémque te ama.

D.M."

E pela primeira vez, em algum tempo, Gina mostrou um belo sorriso no rosto. De algum modo ela sabia que aquela carta não poderia ser falsa. Que aquele livro não poderia ser mentira. De algum modo ela teve certeza que Draco estava vivo.

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Abandonar tudo para viver um grande amor era algo que estava no topo da lista de Gina sobre "O que fazer durante uma vida".

Talvez não tenha sido tão fácil como ela pensava deixar toda a sua família para trás, mas ela não podia renunciar ao amor de sua vida, não sabendo que ele estava vivo e ela estava esperando um filho dele.

"Querida família,

desculpe a falta de despedidas, mas todos sabem como eu as odeio. Desculpe o sumiço, um dia eu volto para vocês. Eu amo cada um de vocês.

Com amor e carinho,

Gina"

Algo breve. Não poderia explicar muita coisa, não poderia se despedir muito bem através de uma carta.

Despachou uma das corujas da torre para que entregasse diretamente à sua mãe. Em seguida, subiu no expresso que a levaria diretamente para a França.

Assim que o expresso chegou e ela desceu na plataforma, procurou por Draco entre todas as pessoas.

Parou o olhar assim que seus olhos se cruzaram com o cinza dos olhos dele. Os dois sorriram e se aproximaram.

"É bom te ter de volta.- ele falou."

"É bom que você tenha voltado."

E então se beijaram. Com tanta vontade que nem mesmo eles poderiam ter previsto.

"Vamos para a nossa casa."

Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, ele já a estava beijando novamente, porém, agora, com muito mais ousadia do que antes.

Ela sentiu suas costas baterem contra a parede, e seu corpo ficou ainda mais colado com o corpo de Draco. E só então ela percebeu que eles estavam num quarto. Ele precisava dela agora mais do que nunca, e vice versa.

Draco tinha a necessidade de sentir novamente a textura suave e macia do corpo dela ao toque de seus dedos e novamente decorar cada curva de seu corpo, e estremecer ao cheiro de flores do cabelo dela. E Gina tinha a necessidade urgente de fazer amor com Draco uma vez mais, agora e sempre, como um amor para sempre."

"É verdade essa história, papai?- Draco sorriu gentilmente para o filho."

"Você sempre vê aquela rosa cinza na sala, não é mesmo? E você conhece o livro da sua mãe.- o filho confirmou."

"Draco.- Gina chamou-o. Os dois se viraram e ela riu- Não você, Malfoy."

O homem mais velho fez um bico emburrado e engraçado e baixou a cabeça. A criança, deitada na cama, sorriu diante da expressão do pai e olhou para a mãe.

"Você não vai dormir?"

"Mas, mãe..."

"Malfoy, por favor, faça o seu ego vivo dormir. Já está tarde para uma criança de 8 anos ainda estar acordada."

"Mas, Virgínia...- ele falou, sem notar, com o mesmo tom que o filho usara."

Gina aproximou-se de Draco, dando-lhe um beijo rápido no lóbulo da orelha, fazendo-o se arrepiar e sussurrou, sutilmente ao seu ouvido.

"Eu pretendia te esperar acordada na cama, mas diante disso me mantenho calada.- Draco olhou de Gina para o filho."

"Draco, filho, vá dormir.- ele falou, muito seriamente e muito rápido e então virou-se para Gina e sussurrou- Pode me esperar na banheira, eu vou em um minuto."

"(...)"

Gina apoiou-se ao peito de Draco, enquanto ele dava alguns beijos leves em seu pescoço e passeava suas mãos pelo corpo da mulher.

"Você mima demais o seu ego, Draco.- ela comentou, completamente relaxado nos braços dele."

"Ele é um Malfoy, meu amor, merece ser mimado. Além do mais, ele é um Draco."

"Refresque um pouco a minha memória, querido, mas quando foi que eu aceitei a idéia absurda de colocar o seu nome no nosso filho?

"Quando eu falei que você tinha muita sorte pelo Amazzare não ser um, feitiço fatal num período de 24 horas e que Lupin sabia o muito complicado contra-feitiço."

"Isso não é um bom motivo para se colocar o nome do pai no filho, não é?"

"Não, mas você aceitou naquela época, alegando que um Draco Malfoy era pouco em sua vida.- ela riu."

"Eu não disse isso."

"Claro que não.- ele beijou-a profundamente, fazendo-a virar-se de frente para ele- Eu disse."

Gina cruzou suas pernas em volta da cintura de Draco, unindo seus corpos e beijou-o de um modo quase selvagem.

Ele deixou-se levar, sempre deixava-se levar pelos encantos daquela ruiva que numa primavera o fez apaixonar-se perdidamente.

"Faz amor comigo agora?"

"De novo?"

"De novo."

FIM!

N/Rbc: um final alegre, estão vendo? Eu não sou tão má quanto pareço...talvez só às vezes...dramático, ok, com uma quase morte, mas feliz...ele não morreu afinal. E era quanto a isso que eu planejava pensar...na idéia original ele morria nos braços dela, para salvá-la, de um modo muito dramático, que eu provavelmente escreveria para tentar fazer alguém chorar...ou eu mesma chorar...mas o resultado foi que ele está vivo e está com ela. E a "continuação" dessa fic será Amores de Primavera 5, mas não digo continuação exatamente porque não vai falar de Draco e Gina, e sim de Harry e Gina (dez anos depois de AdP 3, dois anos depois desse final)...então talvez não interesse muito aos convictos DG...rs...é isso e espero que tenham gostado do final...

E uma coisa. Usei, nesse capítulo, os trechos de uma música chamada Because I'm A Girl, de um grupo Koreano chamado Kiss. Originalmente ela é escrita em koreano, mas nem por isso deixa de ser linda. Além do mais, o clipe dessa música foi o único clipe que me fez chorar, entre todos (e foram muitos, muitos mesmo) os clipes que eu já assisti. Além de ter sido o mais bonito. Vale à pena ser visto, e só a título de informação, ele pode ser achado no google quando botado Kiss Because I'm a Girl, e ele não é em desenho, mas tem uma edição do clipe em desenho. Enfim, é realmente maravilhoso.

A carta de Draco foi baseada em três músicas e devidamente adaptada. Miss you, Love you (Maroon 5), All I Ask Of You (cantada por Sarah Brightman- originalmente da trilha sonora de O Fantasma da Ópera) e Simple and Clean (Utada Hikaru – em inglês, faz parte da trilha final do jogo da Disney, Kingdom Hearts, e realmente merece ser ouvida). Retirei uma ou outra frase e fiz a carta de Draco...

E o nome do livro Nondum amabam...et amare amabam é o nome de uma fanfic DG que eu até agora só vi no Harryoteca (fora do ar) então não sei se está aqui no FF, mas que era muito boa e com um título muito bom também. O nome da autora eu, infelizmente, não lembro, mas fica aqui os devidos créditos de autoria.

E para quem gostar do casal, Amores de Primavera 4 – Rony e Hermione já está no ar. E sabem do que mais? Só para eu extravasar um pouco de um motivo alegre na minha vida: fiquei extremamente feliz por ter minha fic 'Dobby Ficar Feliz em Ajudar' como fanfic destaque no Portal Draco e Gina na semana de estréia...empatou com o primeiro lugar da semana...não é legal? Bem, mas é só uma informação de alguém que de vez em quando fica extremamente egocêntrica (mas não perde o senso de humor...rs...)...

Kika Felton: bem, eu não sei exatamente porque eu não comentei a respeito da Fic, mas acho que foi ou por esquecimento ou porque eu não tenho entrado muito na internet...mas enfim... quanto ao final trágico, eu realmente pensei nele. Na idéia original era ele porque quando eu comecei essa série eu ainda era Harry e Gina convicta e planeja fazer de AdP 5 uma HG, mas depois as coisas mudaram, e não estaria mentindo se dissesse que você foi uma das grandes responsáveis por me fazer mudar de opinião quanto ao shipper mais lindo de Harry Potter. Mas de qualquer jeito, espero que você tenha gostado desse final... algum dia (acredito que não muito distante) eu farei uma fic cheia de sangue e mortes, ok?

Rute Riddle: primeiramente, Rute, o título do capítulo é seu. Eu não sei se você lembra quando, há muito tempo, eu te disse sobre botar o título de uma fanfic sua num dos capítulos de uma fanfic minha. Pois é. Era essa a fanfic que realmente saiu e foi terminada. Espero que tenha gostado do final. Espero, ansiosamente, pela sua NC17 e, seguindo a crise de NCs eu acredito que eu também faça uma... não sei se mudando um pouco a trajetória das coisas, fazer uma DG diferente de todas as outras que eu fiz, mas enfim...e por agora eu preciso urgentemente de algo que faça a minha mente trabalhar...não consigo pensar em muita coisa para escrever, mas ok...

Franinha Malfoy: então...quanto à sua idéia, sobre a rosa que só murchariaquando o amor de Tiago pela Lilly acabasse...eu não sei se foi exatamente a minha fanfic que você leu, porque eu não sei se essa idéia foi só minha ou se alguém mais usou, mas a fanfic, que por acaso faz parte da série Amores de Primavera e é a primeira delas, tem um capítulo chamado Lírios Eternos, que fala justamente do lírio cujo brilho infinito demonstra o amor eterno de Tiago pela Lilly (e que brilha muito mais intensamente quando ele morre tentando atrasar o tio Voldie). Então eu acho que eu não poderia usar a idéia de novo...e não, eu não sou portuguesa, mas adoraria ser porque eu tenho verdadeira paixão pelo sotaque português. Gosto de dizer que sou americo-londrina, mas eventualmente quase sempre sou brasileira com orgulho...rs...e clichê de Draco e Dumbledore? Não...rs...

Lou Malfoy: bem, Lou, uma NC? Acho que nessa fic já tem vários indícios, e eu só escrevo NC quando eu estou realmente inspirada (geralmente quase sempre isso acontece durante as madrugadas)... já comecei a escrever uma NC e em breve pretendo posta-la... muito obrigada pela review e espero que você tenha gostado do final da fic...

Anita Joyce Belice: bem, este foi o último capítulo, mas com certeza outras fics virão... espero que tenha gostado da fic e que agora não ache a Gina tão coitadinha assim...rs...

Beatriz Brito: ok...eu ia ser má, ia ser muito má... mas resolvi ser boazinha...já que não sou realmente anti- DG...aliás, nem um pouco anti-DG e espero que tenha gostado do final...

Miaka: então Miaka...aqui ele terminam juntos...em AdP 5 vai ter uma pequena reviravolta...e vai ser mais HG do que DG propriamente dito e vai ter HL tbm... mas agora to escrevendo uma NC (não muito pesada...tá mais pro 'ousado e violento cômico, humor negro') em que ela com certeza vai ficar com os dois, mas vai terminar só com um...rs...em breve eu posto...

Bela Malfoy: romântico? Eu não achei aquele capítulo muito romântico, prefiro muito mais esse, e espero que você tenha gostado dele...

Carol Malfoy Potter: bem, ele fez. Ele realmente virou comensal, mas foi por um motivo explicado, que eu acho que muitos fariam...espero que tenha gostado e estou, juro que estou, tentando escrever a HG, mas preciso de um tema realmente bom para que a fic saia, no mínimo, aceitável...

Kamila: rs...a primavera mais florida? Que tal à melhor primavera da vida de Draco Malfoy? E espero que tenha gostado do final com eles juntos e tals... eu diria bem romântico...

Rk-Chan: então, primeiramente muito obrigada pela review e já andei sondando suas fics. O que mais me chamou a atenção, e eu realmente gostei disso, foi oc 'toques NC'. Para mim, que sou extremamente louca por NC17 está ótimo, então eu vou gravar e vou ler e assim que terminar eu escrevo review, ok? E vi tbm que você gosta de R/Hr, então, me atrevo a perguntar se você já leu as minhas fics R/Hr...as minhas preferidas são Through The Rain e Through Your Kiss...caso você goste de ler sobre Rony e Hermione, é isso...(eu gosto de escrever, mas não gosto de ler sobre eles...)...

Bjinhos...

Rebeca Maria!