Nota do autor: As personagens de Card Captor Sakura não me pertencem.

Capítulo 10: A Batalha Final

Era Domingo, o dia da peça de teatro. Eram precisamente duas da tarde e a Sakura estava a tremer.

"Tomoyo, só falta uma hora!" – gritou a Sakura, à sua melhor amiga.

"Calma Sakura, tudo vai correr bem." – disse a Tomoyo, tentando acalmar a amiga.

Nesse momento, o Shaoran e os outros rapazes estavam a ensaiar pela última vez os seus papéis. A Meilin estava com eles.

O tempo foi passando e as pessoas que iam ver a peça começaram a chegar. O Touya veio acompanhado do Yukito e, a pedido da Sakura, o Touya trouxe o Kero, escondido é claro. A mãe da Tomoyo, Sonomi também veio assistir à peça e sentou-se na primeira fila. O Wei e a Yelan sentaram numa fila do fundo.

"O que será que aconteceu ao Eriol?" – perguntou a Sakura. – "Ele não apareceu."

"Não deve ter acontecido nada." – disse a Tomoyo. – "Sakura, tu estás linda."

A Sakura envergava um vestido branco pérola, com um colar cor-de-rosa. A cauda do vestido arrastava-se pelo chão e ela tinha uma tiara sobre os seus lindos cabelos cor de mel.

Nesse momento, o rapaz de cabelos negros, cujo nome é Drew, entrou na sala de teatro, juntamente com um homem de barbas brancas e olhar frio.

"Mestre, é hoje. A carta do vazio vai destruir a Caçadora de Cartas." – disse o Drew.

"Sim e depois eu poderei apoderar-me das cartas mágicas e transformá-las em cartas negras." – disse o homem de olhar frio. – "Mas se essa carta demorar muito tempo… eu próprio me encarregarei de destruir a caçadora de cartas."

"Faltam cinco minutos!" – anunciou a Meilin, entrando na sala onde estavam as meninas. – "Ah Sakura, estás tão linda!"

"Obrigado Meilin." – agradeceu a Sakura.

A Sakura ficou verdadeiramente nervosa, quando os seus colegas que iriam aparecer na primeira cena, entraram no palco.

Nesse momento, a carta do Vazio estava a sobrevoar o teatro onde ia ser exibida a peça.

Lá em baixo, os espectadores estavam muito atentos à peça, menos o Touya, que estava preocupado pelo seu pai não ter aparecido.

"Está na hora de começar!" – gritou a carta do Vazio.

Ela lançou várias esferas negras para vários pontos da cidade. As pessoas começaram a desaparecer e as casas também.

"Agora é a vez deste teatro." – disse a carta do Vazio.

Ela desceu até ao edifício e passou pela parede. Estava num canto escuro da sala. Viu vários alunos que estavam no palco.

"Vou começar por eles!" – disse a carta do Vazio. – "Esfera negra!"

Uma enorme esfera negra apareceu por cima do palco e engoliu os alunos, que começaram a gritar.

As pessoas na plateia ficaram admiradas, mas pensaram que aquilo fazia parte da peça de teatro. O Yukito, o Touya e o Kero puseram-se alerta.

"Tomoyo… eles desapareceram!"

"Não pode ser." – disse a Tomoyo.

A carta do Vazio saiu do seu esconderijo e pairou por cima da plateia.

"É hora de vocês todos desaparecerem! Esfera Negra!"

Várias esferas começaram a acertar nas pessoas, que começaram a fugir rapidamente.

"Cuidado Yuki." – disse o Touya, puxando o Yukito para o chão e evitando que ele fosse atingido.

As pessoas iam gritando, à medida que iam desaparecendo. A Tomoyo, a Sakura e a Meilin subiram ao palco e presenciaram aquela cena horrenda.

A mãe da Tomoyo desapareceu mesmo à frente dela e a Tomoyo ficou paralisada. O Wei e a Yelan foram a seguir, fazendo com que a Meilin soltasse um grito abafado.

"Vamos acabar com isto!" – gritou a carta do Vazio. – "Esfera Suprema!"

Apareceu uma enorme esfera, que se desfez em muitas esferas pequenas e elas começaram a acertar em toda a gente. O Yukito transformou-se em Yue e protegeu o Touya. O Drew e o seu mestre usaram uma barreira para se protegerem, mas saíram de ao pé dos outros para não serem vistos.

O Shaoran apareceu a correr e usou a sua magia para criar uma barreira à volta dele, da Meilin, da Tomoyo e da Sakura. O Kero transformou-se na sua forma normal e protegeu-se.

"Quem é ela?" – perguntou a Sakura.

"É a carta do Vazio." – respondeu o Yue. – "Ela é o oposto das outras cartas de Clow e tem magia negra."

"Oh, então tenho de capturá-la!" – disse a Sakura.

"Nem penses." – disse a carta do Vazio. – "Olha para aqui! Tenho as tuas queridas cartas."

Todas as cartas de Clow que a carta do Vazio tinha roubado apareceram à volta dela.

"Não, as minhas cartas!" – gritou a Sakura.

"Ah, mas ainda faltam seis." – disse a carta do Vazio. – "Venham até mim!"

As seis cartas que ainda permaneciam no livro da Sakura, saíram de lá e apareceram rapidamente à volta da carta do Vazio.

"Pronto, agora já tenho todas as cartas em meu poder." – disse a carta do Vazio.

Nesse momento, o mestre do Drew, de nome Shadow, apareceu à frente dos outros.

"Agora é minha vez de roubar as cartas!"

O Shadow lançou uma bola de fogo contra a carta do Vazio, lançando-a ao chão. As cartas também caíram no chão.

"Quem é aquele?" – perguntou a Meilin.

"É o rival do mestre Clow!" – gritou o Yue. – "O Shadow… mas como é que ele pode estar vivo?"

"Eu não sou estúpido como o mestre Clow. Ele podia ter vivido para sempre, mas quis morrer como todos os humanos normais, mas eu não, eu sou eterno!"

A carta do Vazio levantou-se e lançou uma esfera negra contra o Shadow, mas ele bloqueou-a facilmente.

"Agora vou transformar estas cartas em cartas negras!" – gritou ele.

O Shadow invocou todas as cartas e elas elevaram-se no ar.

"Façam o que eu mando, cartas de Sakura! Tornem-se em cartas negras, agora!"

A Sakura e os outros ficaram a ver, enquanto, uma a uma, todas as cartas se tornavam negras.

"Não!" – gritou a Sakura.

"Ah, agora as cartas são minhas. Fogo!" – gritou o homem e o espírito do fogo apareceu.

Mas o espírito estava diferente. Agora tinha olhos maldosos e o seu corpo era totalmente negro.

"Ataca a Sakura e os outros!" – gritou o Shadow.

Eles tiveram de usar as barreiras para não serem atingidos.

A seguir, o Shadow usou a carta do Vento e da Água para atacar a Sakura, mas o Shaoran protegeu-a.

"As cartas são minhas, não as podes levar." – disse a Sakura.

Só nesse momento é que a carta do Vazio se apercebeu do seu grande erro. Ela lançou repentinamente uma bola paralisante ao Shadow.

"Arghh… tira-me daqui Drew!" – gritou o Shadow.

O Drew apareceu das sombras e parecia assustado.

"Eu… não, vou-me embora!" – gritou o Drew, antes de sair a correr do teatro, deixando o seu mestre para trás.

"Sakura, depressa, transforma as cartas outra vez em cartas de Sakura." – pediu a carta do Vazio.

"Sim!"

A Sakura usou o seu bastão mágico.

"Oh cartas mágicas, oiçam a minha voz. Transformem-se de novo em cartas de Sakura! Agora!"

Uma luz emergiu do bastão e começou a atingir as cartas uma a uma. As cartas começaram a voltar ao normal.

"Ajudem-me." – pediu a Sakura, que começava a ficar cansada porque estava a usar muito poder.

O Shaoran pôs-se ao lado dela e segurou o bastão. A Tomoyo e a Meilin fizeram o mesmo.

E, por fim, todas as cartas voltaram ao normal. Mas o feitiço que impedia o Shadow de se mexer, também se rompeu.

"Agora vocês vão ver!" – gritou ele furioso.

"Vamos todos atacá-lo!" – gritou o Kero.

O Kero lançou uma bola de fogo enorme contra o Shadow. O Yue usou os seus cristais. O Shaoran usou o fogo e a Sakura usou as suas cartas elementares.

O Shadow caiu no chão.

"Temos de acabar com ele de vez." – disse o Shaoran.

"Mas como?" – perguntou o Touya.

"Já sei!" – disse a Sakura, escolhendo uma carta. – "Apagador! Livra-nos deste homem de uma vez por todas!"

A carta Apagador foi em direcção ao Shadow. O Shadow gritou, mas em poucos segundos, tinha desaparecido.

"Desculpem, eu fiz tudo errado…" – disse a carta do Vazio.

"Não faz mal." – disse a Sakura. – "Por favor, transforma-te numa carta."

"S… sim." – disse a carta do Vazio.

A Sakura levantou o seu bastão e tocou na carta do Vazio. Em poucos segundos, a jovem que estava em frente à Sakura, transformou-se numa carta, mas a carta não ficou com o nome de "Carta do Vazio", ficou com o nome "Carta do Arrependimento".

Subitamente, todos os edifícios e pessoas que tinham desaparecido, voltaram a aparecer e a sala do teatro ficou uma confusão. O Yue e o Kero saíram dali a correr para não serem vistos.

As pessoas tinham-se esquecido do que se tinha passado. O espectáculo continuou como normalmente. O pai da Sakura apareceu a meio do espectáculo, ainda um pouco desorientado.

"Oh, que bela princesa. Será que irá despertar com um beijo meu?" – perguntou o Shaoran, que estava a fazer de príncipe.

Eles estavam mesmo a chegar à cena do beijo e a Sakura e o Shaoran estavam extremamente nervosos.

O Shaoran aproximou o seu rosto do da Sakura. Ele fechou os olhos. A Sakura estremeceu ao de leve. Em poucos segundos, o beijo teatral e o primeiro beijo dos dois estava acabado e eles estavam extremamente felizes.

A Sakura, no papel de princesa, abriu os olhos, sorriu, disse umas falas e toda a plateia se levantou e aplaudiu ruidosamente.

"Ela esteve muito bem." – disse o Yukito, que já tinha voltado para perto do Touya.

"Ela gosta dele, daquele fedelho." – disse o Touya zangado.

"Touya, não faças nada para os separar."

"Eu não vou fazer. Mas se ele fizer a minha irmã sofrer, nem sei o que lhe faço." – disse o Touya.

Depois da peça, a Sakura pediu para falar com o Shaoran a sós.

"Shaoran, eu não tinha a certeza dos meus sentimentos até à pouco tempo, mas agora eu sei… eu amo-te!" – disse a Sakura.

"Sakura, eu também te amo muito." – disse o Shaoran.

E mais uma vez, eles beijaram-se e desta vez foi apaixonadamente.

O tempo passou. O Eriol apareceu finalmente perante a Sakura e os outros, mas não se lembrava do que se tinha passado. A Meilin chateou-o tanto que ele já não a podia ouvir. Surpreendentemente, ele revelou que o seu romance com Kaho Mizuki tinha terminado.

A Nakuru tentou atirar-se ao Touya, mas se já não tinha obtido resultados antigamente, agora também não conseguiu nada. Ela decidiu sair e conhecer novas pessoas. Num bar, ela conheceu o Drew, que lhe disse que tinha arranjado um emprego e que iria viver para Londres. A Nakuru ficou radiante com a ideia.

O Spi e o Kero começaram uma rivalidade pela melhor pontuação nos videojogos. O pai da Sakura elogiou muito a filha pela sua actuação.

No dia seguinte, segunda-feira, a mãe do Shaoran mandou convocar a Sakura para ir até ao apartamento dos Li para falar com ela.

"Então Sakura, diz-me, o que sentes em relação ao meu filho?" – perguntou a Yelan.

"Eu gosto dele." – disse a Sakura. – "Amo-o."

"Hum… foste rápida a responder. Gosto disso." – disse a Yelan. – "Bem, como sabes, a viagem para Hong Kong está marcada para hoje.

"Por favor, deixe o Shaoran ficar." – pediu a Sakura.

"Sabes, eu gosto muito de ti e o meu filho parece amar-te profundamente. Vocês farão um casal perfeito." – disse a Yelan. – "Vou deixá-lo ficar em Tomoeda."

"Oh, muito obrigado." – disse a Sakura, abraçando a Yelan.

"Ah, só uma coisa, a Meilin também vai ficar e ela vai estar atenta…"

"A mim?"

"Não, ao meu filho." – disse a Yelan. – "Se ele fizer alguma coisa que te chateie, a Meilin avisa-me."

"Não se preocupe, o Shaoran é um querido." – disse a Sakura. – "Ele nunca me ia magoar."

Nessa tarde, a Yelan partiu novamente para Hong Kong. A Sakura e o Shaoran estavam super felizes por estarem juntos.

A Meilin decidiu que não ia ficar parada e, convencendo a Tomoyo, as duas foram à procurar de namorado. A Tomoyo conheceu um rapaz simpático rapidamente, mas a Meilin não teve a mesma sorte.

Zangada, a Meilin decidiu ir dar uma volta pela cidade e quando viu, estava perto da casa do Eriol. Ela entrou e mais uma vez os dois discutiram um com o outro, mas desta vez ambos acharam graça a isso.

Passou uma semana. A Sakura tinha convidado o Shaoran para ir lanchar com ela. O Kero tinha saído para ir disputar um jogo com o Spi. A Tomoyo estava ocupada com o seu novo namorado e o Eriol também tinha muito para fazer, porque parecia que ele e a Meilin se tinham entendido e estavam a namorar.

Então, como marcado, o Shaoran apareceu nessa tarde.

"Olá Shaoran, entra." – disse a Sakura, deixando que o seu namorado entrasse.

"Então, somos sós nós?"

"Sim, o Touya saiu para ir ter com o Yukito e o meu pai está a trabalhar." – disse a Sakura.

"É melhor assim. O teu irmão tem a mania de andar sempre atrás de nós."

"Pois é, ele às vezes é um bocadinho chato." – disse a Sakura.

Eles riram e deram um beijo.

"Anda, eu fiz-te um bolo, vê se gostas." – disse a Sakura, dando uma fatia de bolso.

O Shaoran provou o bolo e sorriu.

"Está muito bom Sakura."

"Ainda bem que gostas." – disse a Sakura.

O Shaoran aproximou-se dela e beijou-a.

"Sakura, eu amo-te."

"Eu sei Shaoran." – disse a Sakura sorrindo. – "Eu também te amo."

Mais uma vez, eles beijaram-se. Foram para a sala e começaram a assistir a um filme. Tal como tinha acontecido na tarde em que a Sakura começou a pensar que os seus sentimentos para com o Shaoran tinham mudado, os dois adormeceram pacificamente nos braços um do outro.

No quarto da Sakura, uma estranha luz apareceu. Mais tarde, quando a Sakura entrou no seu quarto, encontrou uma carta em cima da sua cama. "O Amor".

Fim!

E pronto, este foi o capítulo final. A Sakura e o Shaoran ficaram juntos e felizes, o Touya e o Yukito também, a Tomoyo arranjou um namorado, a Meilin e o Eriol ficaram juntos e por fim a carta do Vazio arrependeu-se e o Shadow foi derrotado. Espero que tenham gostado da fic. Mandem reviews por favor.

Agradeço a todas as pessoas que leram e comentaram a fic. Espero que tenham gostado do final e que a fic que era para ser one-shot não vos tenha desapontado.