Bom, este é o primeiro de Inuyasha que escrevo!Devo dizer que a inspiração demorou a surgir, mas voilá! Aqui está.Muitas pessoas, quando lerem, vão mandar e-mail dizendo: "você é louca ou o quê?" Outras irão dizer: "como conseguiu imaginar tudo isso?" Mas o importante para mim quando escrevo este fanfic é a minha própria diversão, pois adoro escrever!Eu sei que muitas pessoas simplesmente ODIARÃO o que escrevi, mas sinceramente falando, eu não vou me importar!O fato é que imaginei, e resolvi escrever o que imaginei!Pronto, falei!Qualquer coisa, o meu email está no profile.
Ah, e como vocês já devem saber, os personagens de Inuyasha são de propriedade de Rumiko Takahashi...
NOTA: Agradeço a Miko Kawaii por ela ter me cedido o espaço dela por algum tempo ( e a Lele por ter me ajudado com algumas coisas). Na "mudança" que ocorreu entre eu, Angel-san, e Miko, acrescentei algumas coisas na história, além de mudar o nome do fic. "Segredos Perdidos no Tempo" agora é "A Face de um Segredo". Boa leitura!
C A P Í T U L O I : "A luta derradeira interrompida"
Era agora ou nunca!Naraku tinha que ser derrotado!
Inuyasha e todos os outros, inclusive Sesshoumaru, estavam lá, fazendo de tudo para derrotarem aquele que tantos problemas havia causado.Mas Naraku, mais poderoso do que nunca devido aos poderes da jóia, conseguia sair ileso de todos os ataques, até mesmo das Lanças de Diamante da Tessaiga de Inuyasha, na impossibilidade do meio-youkai usar as Escamas de Dragão.
Próximo dali, Kagome, Miroku, Sango, Shippou, Kouga e Jaken tentavam se defender do miasma de Narak e ao mesmo tempo atacar os outros youkais que o vilão havia criado para matá-los.Kagome já estava com poucas flechas e não sabia o que fazer quando se visse sem mais nenhuma.Miroku só podia contar com seus amuletos, pois com insetos venenosos por perto, não podia abrir o Buraco do Vento. Jaken, sem poder fazer muita coisa, apenas utilizava seu bastão de duas cabeças para matar quem chegasse perto.
Minhas flechas estão acabando! – gritava Kagome – Como queria poder acabar com muitos de uma vez só!Ai que raiva!
Fique despreocupada, Kagome – disse Kouga – Eu posso proteger você muito mais que aquele cara de cachorro!
Ei Kouga! É melhor você tomar cuidado com o que diz – falava Shippou – Se o Inuyasha ouvir isso, vai matar você!
Osso Voador! – gritava Sango – parece que quanto mais matamos, mais deles aparecem.
E esses malditos insetos – dizia Miroku – só estão esperando para me matar quando abrir o Buraco do Vento.
Naquele instante, Inuyasha era arremessado para longe por Naraku.
INUYASHA! – gritaram os três, mais Shippou.
Idiota! – gritou Sesshoumaru – Não se convenceu que um meio-youkai fraco como você não será capaz de derrotar Naraku?Deixe este trabalho para quem sabe fazê-lo!
Cale a boca Sesshoumaru! – respondeu Inuyasha – Quando eu matar Naraku o próximo vai ser você!Lanças de Diamante!
Mas o ataque de Inuyasha não consegui atingir Naraku, que se esquivou a tempo.
Me matar? – sorriu o vilão – Acham mesmo que qualquer um de vocês tolos serão capazes disso?Saibam que ninguém conseguirá me vencer!
Maldito...- murmurou Inuyasha entre os dentes.
AAAAAHHHHH!
O grito de Shippou desviou a atenção de Inuyasha.Um dos youkais havia criado um imenso abismo, que ameaçava aumentar ainda mais. E, Kagome, ainda por cima, quase caiu dentro do precipício, se não fosse Kouga a segurá-la.
Maldição!
E agora, Inuyasha?O que será mais importante para você? A minha derrota ou a vida de seus amigos? – provocou Naraku..
Sem dar atenção ao que Naraku dizia, Inuyasha corria em direção aos outros, quando uma flecha purificadora o ultrapassou, atingindo vários youkais e purificando o miasma.
O quê? Uma flecha purificadora? Mas a Kagome...
Ele voltou o rosto para a direção contrária da flecha.Era Kikyou.
Kikyou...
O sorriso sarcástico de Naraku desapareceu de seus lábios ao ver a sacerdotisa. Querendo ou não, a presença dela ainda o balançava. "Maldito Onigumo..." pensava ele.
O que foi, Naraku? Por acaso essa sacerdotisa ainda o distrai?
Humpf! Sesshoumaru, você perdeu uma boa oportunidade de ficar calado!
E a luta continuou.
Enquanto isso, mais youkais surgiam e iam na direção dos amigos de Inuyasha. Kouga, que continuava a segurar Kagome, sentia que não conseguiria mais segurá-la se o abismo aumentasse de tamanho.
Cara de cachorro, se quer fazer alguma coisa útil, faça agora antes que todos nós sejamos levados para o fundo desse abismo!
CALE ESSA MALDITA BOCA, LOBO FEDIDO! –gritou Inuyasha com raiva – Quem disse que não vou fazer alguma coisa?
Inuyasha! – gritou Kikyou – Se quiser viver, é melhor ficar onde está senão o único morto nesta batalha será você!
Maldição!O que você quer que eu faça, Kikyou?Se eu não acabar com o Naraku todos vão morrer!
Nesse mesmo instante, Kagome, que tentava alcançar o pescoço de Kouga, soltou sem querer a mão do rapaz, caindo no abismo.
NÃO! – gritaram Kouga e Inuyasha, desesperados.
Kikyou pegou duas flechas e atirou, e um enorme poder purificador se espalhou no céu.E continuou a atirar, até o miasma se dissipar quase que por completo.Tudo se clareou e Inuyasha pôde ver o corpo da garota em queda livre.Rápido, correu em direção dela e saltou pegando Kagome em pleno ar.
Magnífico! – ironizou Naraku – Nada me faz mais feliz do que ver o desespero estampado no rosto desse meio-youkai. Pena que seja tão difícil mudar essa sua cara, Sesshoumaru...Adoraria ver como é a sua cara de desespero!
Nada do que você diga irá me fazer desviar do meu propósito, Naraku!E o meu propósito é única e exclusivamente DESTRUIR VOCÊ!
Entretanto, nada, nenhum golpe da espada do irmão de Inuyasha, fazia efeito contra a poderosa barreira de Narak. E cada vez mais youkais surgiam para lutar.
Não tenho escolha – murmurou Miroku, desatando a amarra da mão direita – BURACO DO VENTO!
Miroku, não! – gritaram todos. Mas já era tarde. Miroku estava sugando todos os youkais que via pela frente, incluindo os insetos. Não demorou muito para desmaiar, rendido pelo veneno. Sango, montada em Kirara, voou ao seu encontro.
Miroku, fale comigo!
Sango! – gritou Kagome, já em terra firme – Leve Miroku pra longe daqui!
Sango pôs o rapaz nas costas de Kirara e voou o mais alto que pôde, contudo alguns youkais começaram a persegui-los acirradamente.
Sango, cuidado!
OSSO VOADOR! – gritou a exterminadora. A arma girou, matando todos os youkais antes de voltar às mãos da garota. Nesse instante, Sango viu um templo abandonado ao pé de uma montanha coberta de nuvens, não muito distante do local da luta e decidiu levar Miroku até lá.
Em meio a tudo isso, Inuyasha retornava a luta contra Naraku, mas como os ataques de Sesshoumaru, as da Tessaiga também não adiantavam muito. E ainda tinha as ironias de Naraku para irritá-lo.
Vejam só – dizia o vilão – dois irmãos lutando lado a lado para me derrotar...Huh, huh, huh...Que comovente!
Pare de falar besteiras, seu maldito!
Naraku, acho melhor você ficar calado se quiser ter uma morte rápida e indolor.
Huh, huh, huh, o que você está falando Sesshoumaru? Por acaso acha que é mais forte do que eu? Que pode me derrotar? Pois saiba que isso é IMPOSSÍVEL!
A armadura que envolvia Naraku cresceu e foram atiradas em direção aos dois irmãos como farpas medonhas. Inuyasha teve uma certa dificuldade para se desviar de todas enquanto Sesshoumaru, apenas com o vento de sua espada, as dissipou.
Ataque ridículo!
No entanto, Sesshoumaru quase não escapou do miasma, que veio logo depois. Desviou rapidamente, antes que Inuyasha usasse a ferida do vento.
Sssenhor Sssesshoumaru! – gritou Jaken, que lutava ao lado dos outros. Inuyasha já começava a se cansar.
Naraku, desgraçado! – pensava o meio-youkai – Como posso derrotá-lo? Ele ficou muito mais poderoso desde a última batalha e eu não posso usar as Escamas de Dragão da Tessaiga!
Ao mesmo tempo em que Inuyasha pensava num modo de vencer, Kagome finalmente ficou sem flechas. Kikyou também já começava a se preocupar com ínfima quantidade que ainda tinha e os outros já davam sinais de cansaço.
Não podemos continuar assim. – dizia Kikyou. – precisamos nos afastar desses youkais.
Sim, concordo – respondeu Kagome – Consegue pensar num jeito?
Seria ótimo se pudéssemos nos juntar a Sango e ao Miroku. – disse Shippou.
É...será que o Miroku está bem?
Naquele exato instante, Sango cuidava do monge febril. O templo que ela havia avistado era muito estranho, pois não tinha imagens budistas ou de deuses, apenas uma espécie de altar com uma imagem de mulher deitada com as mãos sobre o peito, vestida de maneira simples, mas que conservava algo de imponente. Sango sentia um calafrio, apesar de não sentir nenhuma energia maligna naquele local.
Sango?
Monge, finalmente acordou!
Onde estamos? E os outros?
Acho que num templo. Os outros continuam lutando.
Continuam? Por que não vieram conosco?
Há muitos youkais lá fora ainda, Miroku.
E por que você não está lá?
Não posso deixar você aqui!
Um barulho sacudiu o templo e logo o prédio era destelhado. Os youkais haviam descoberto o esconderijo dos dois. Sango ajudou Miroku a montar novamente na Kirara e fugiram, indo o mais alto que puderam. Kagome, que naquele momento era mais uma vez salva por Kouga, avistou os amigos, e desesperada gritou para Inuyasha.
Inuyasha! Ajude a Sango e o Miroku!
O meio-youkai, vendo todos em perigo, abandonou novamente a luta contra Naraku e correu para ajudá-los.
Huh, é por isso que você jamais me vencerá Inuyasha – disse Naraku – Você se preocupa demais com seus amigos.
É mesmo, Naraku? – sorriu Sesshoumaru – Pois é por causa desses amigos do Inuyasha que eu poderei lutar sem ninguém para me atrapalhar.
Ou...que medo...Huh, huh,huh...
Inuyasha, naquele momento, corria além de seu limite para ajudar aqueles que eram mais valiosos para ele. Kikyou usava sua penúltima flecha.
Por mais que os destrua, sempre tem mais!
Ô cara de cachorro, usa logo algum ataque dessa tua espada e acabe com isso!
É muito fácil falar, seu lobo fedorento! Não é a sua mão que vai ficar queimada!
Inuyasha, ajude a Sango e o Miroku!
Kikyou pegou a última flecha e atirou na direção dos youkais que perseguiam os dois. Inuyasha, entendendo a intenção, disparou.
ONDA EXPLOSIVA!
O ataque atravessou a terra e o céu, destruindo tudo, atingindo até mesmo o que restava do templo em que Sango e Miroku se abrigaram. Mas não foi suficiente para purificar o ar que começava a ficar mais e mais carregado de miasma.
Fujam – disse Inuyasha aos demais – aproveitem que o número de youkais diminuiu e vão para longe daqui.
Inuyasha...
Vão! – mandou, sem deixar Kagome terminar.
Porém, naquele instante uma grande explosão vinda da terra iluminou o céu, obrigando todos a cobrirem seus olhos, incluindo Naraku. Sesshoumaru sentiu a Tenseiga pulsar, assim como Inuyasha sentiu a Tessaiga, que foi envolvida por um brilho dourado.
Mas... o que está acontecendo? – disse Inuyasha, sem entender.
Sesshoumaru sacou a Tenseiga, que pulsava cada vez mais forte, sendo envolvida pelo mesmo brilho. As espadas pareceram ter vontade própria nas mãos de seus donos, porque se direcionou sozinha ao céu e todo o brilho das duas espadas, a Tenseiga de Sesshoumaru e a Tessaiga de Inuyasha foi tragado para o infinito, dissipando todo o miasma que infectava o ar. Naraku pressentiu uma força espiritual no lugar, uma energia que jamais havia sentido, muito maior que a de Kikyou.
Senhor Sesshoumaru, parece que a nossa luta terá que ser adiada mais uma vez...
Já está fugindo, Naraku? Parece que essa onda de luz não lhe fez muito bem.
Huh, huh, huh, Senhor Sesshoumaru, pense o que quiser! Vou deixá-lo viver por enquanto, assim como Inuyasha!
Essa frase é minha!
Inuyasha, vendo Naraku ir embora, gritou.
Naraku, não vou deixar você fugir! Tome isso! ESCAMAS DE DRAGÃO!
Porém, mal disse isso, a Tessaiga voltou ao normal inexplicavelmente. Inuyasha tentou inutilmente transformá-la novamente no canino, mas não conseguiu.
Maldição! O que aconteceu?
Sesshoumaru assistiu a tudo, mas não se importou muito. Voou para longe, com Jaken agarrado a sua estola. Sango, Miroku e Kirara se juntaram aos outros.
Miroku, você está bem? – perguntou Shippou e Kagome.
Enquanto Kagome e Sango cuidavam de Miroku, Inuyasha desistira de transformar a Tessaiga ao perceber que Kikyou também ia embora. Tentou falar algo, mas não conseguiu. Por fim, conseguiu dizer.
Obrigado por nos ajudar...Kikyou.
Não precisa tanto. – respondeu a moça, séria – Você sabe muito bem que eu também quero destruir Naraku e farei de tudo para conseguir.
Mas...
Adeus, Inuyasha. – e ela se foi.
Kagome via tudo ao longe, com uma dor no coração. Kouga, percebendo que por hora tudo acabara, se despediu da garota, agarrando as mãos dela.
Kagome, me perdoe, eu não consegui matar o Naraku, mas prometo que da próxima vez eu vou conseguir. E pode ter certeza que, tão logo eu destrua o Naraku, iremos nos casar, certo?
Er...
As orelhas de Inuyasha se mexeram nervosamente quando Kouga pronunciou a palavra "casar". Imediatamente, ele esqueceu tudo, a espada, Naraku, Kikyou, para correr na direção de Kagome e afastá-la do youkai lobo.
Quem você pensa que é, lobinho!
Alguém melhor do que você, cachorrinho! Até logo, Kagome!
E Kouga desapareceu num pé de vento.
Já está melhor, Miroku? – perguntou Shippou.
Eu ainda não consigo me levantar...
Mas que loucura você fez! – repreendeu Inuyasha – Abrir o Buraco do vento com os insetos venenosos por perto!
Se não tivéssemos nos abrigado naquele templo, os youkais teriam acabado com a gente.
Templo, Sango?
Sim, Shippou, tinha um templo próximo àquela montanha. Foi lá que ficamos.
Nossa, a gente nem percebeu! – disse Kagome.
Será que aquele prédio era mesmo um templo?
O que você quer dizer com isso, Miroku? – perguntaram todos.
Mesmo envenenado, eu podia sentir uma energia estranha naquele lugar. Não era maligna, poderia até dizer que trazia alguma paz, mas...
Mas o quê, monge?
Sango, aquilo não era um templo... Era um...túmulo.
CONTINUA...
Estão gostando? O primeiro capítulo foi bem grande, não?Preparem-se, porque escrevo muito! E vai ficar cada vez mais emocionante! Por que a espada de Inuyasha não se transforma mais em canino? De quem era aquele túmulo onde Sango e Miroku se abrigaram? E aquele poder espiritual imenso que foi capaz de assustar Naraku? Essas e muitas outras perguntas serão respondidas ao longo da história. Não percam!
Angel-san.