(EDITADO) – 31/12/2010

Olá minna!Aqui estou com a minha mais nova fanfic: 'Yuki no Haru', eu espero que seja do agrado de você a idéia de escreve-la faz bastante tempo, mas só hoje(é...hoje), eu vim pôr minha idéia em prá leitura!

Disclaimer:Inu&CIA não me pertencem, mas um dia eu vou falsificar um contrato de direitos autorais, e todos eles serão meus!



Cap.1.:O acordo

- Eu te odeio! - exclamou um garotinho, sentado em uma cerca.

- Te odeio duas vezes mais do que você me odeia! - esbravejou uma menina, em resposta, debruçada sobre a mesma cerca.

As duas crianças discutiam incansavelmente, trocando adjetivos nem muito agradáveis ou apropriados para um vocabulário infanto-juvenil, o que sempre causava uma grande balburdia que acabava em idas à sacerdotisa Kaede, que tratava machucados.

- Menina ignorante!

- Já disse para me chamar de Kagome!É muito difícil? KA-GO-ME! – replicou a garota franzina, as faces vermelhas de pura indignação.

Kagome era uma garotinha de sete anos, com cabelos negros e ondulados que iam até o meio das suas costas. Os pequenos braços estavam cruzados de forma aborrecida e forte, o que formava vincos no quimono azul celeste com estampas de pétalas de flor de cerejeira. Seus grandes e expressivos olhos castanhos se estreitaram por fúria, ao ouvir seu companheiro praguejar.

- Eu não sou obrigado a te chamar pelo nome, sua víbora!

- Então eu não tenho que te chamar de InuYasha!

InuYasha tinha 8 anos e era dono de estreitos olhos dourados que nada mais transmitiam um irrefreável e quase absurdo grau de profunda insolência. O príncipe do reino Inutai, contrariando as boas maneiras que alguém com seu grau de importância possui, apenas parecia ignorar tenazmente qualquer espécie de respeito para com as damas.

-Você é uma tapada! – gritou, irritado.

-Baixinho! Pirralho!

- Eu sou mais velho do que você!

- Mas é mais baixo! Uns cinco centímetros!

- Ao menos não sou um obeso como você!

-Você me chamou de quê?!

- Além de gorda, é surda? – a calma na voz infantil só que só fez a irritação da pequena princesa aumentar.

Ambos contaram mentalmente até dez. Nada daquilo levaria a algum lugar.

Olharam-se como se quisessem estabelecer uma comunicação silenciosa. O orgulho de ambos era quase palpável, o que os tornava incapazes de vomitar o absurdo que era um pedido de desculpas.

A comunicação muda foi decifrada, no entanto.

-Balofa! - falou brincalhão.

-Baixinho! - disse sorrindo.

E como se nada houvesse acontecido, os dois começaram a correr pelo extenso jardim do reino Higurashi. Da sala pessoal do rei eram observados por seus pais.

- É sempre assim: primeiro brigam e depois ficam brincando por aí. – comentou a mãe de InuYasha, Izayoi, aparentemente dando pouca importância ao fato de que as crianças estavam quase se aniquilando verbalmente há alguns instantes.

- Precisam de algum tempo para se entender melhor, é apenas isso. Há muito pouco tempo InuYasha está aqui; é uma situação nova para ele. – comentou a mãe de Kagome, quase como se tranqüilizasse a si mesma.

-Infelizmente já teremos de partir, já que viemos apenas para revê-los e para que InuYasha e Kagome se conhecessem. – o rei de Inutai se pronunciou.

- Exatamente. – o rei Higurashi massageou de leve um dos ombros, olhando pela janela. – Já que a partida de vocês logo se aproxima, acho apropriado que agora tratemos dos negócios. – foi dado um suave, porém não imperceptível ênfase na última palavra.

- Claro. Nanase, Izayoi, retirem-se, por favor. – soou a voz polida do rei Inutai, mesmo que não se tratasse de um pedido que as duas pudessem se dar ao luxo de negar.

Ambas assentiram com a cabeça, saíram da sala e rumaram até os aposentos da rainha Higurashi. Chegando lá, sentaram-se e iniciaram uma conversa, enquanto tomavam chá.

-Izayoi, às vezes me preocupo sobre o que os dois irão pensar desta nossa atitude ao crescerem. – disse pensativamente, enquanto tomava um gole de chá.

-Também penso sobre isso. Imagino que não irão ficar muito satisfeitos em saber que estão noivando desde a infância e ninguém nunca tomou a iniciativa de lhes contar ou pedir suas opiniões. – e por mais que parecesse algo quase calamitoso, Izayoi pronunciou tudo com um ar de completa diversão.

- Acho o mesmo, mas eles terão de entender que é para o bem de todos. Com este casamento, os reinos Higurashi e Inutai se tornarão aliados. Não haverá mais discórdia e guerras entre humanos e youkais. Ou assim espero.

Aquilo era, de certa forma, uma verdade. Nesta época, o mundo era dividido em dois únicos grandes reinos: O reino Higurashi, que representava o reino dos humanos, e o reino Inutai, que representava o dos youkais. Nesta época, também havia muitos conflitos e preconceitos, vindos tanto da parte dos humanos quanto da parte dos youkais. Então, para amenizar a situação, os reis dos dois reinos decidiram se aliar, com a pretensão de que humanos e youkais vivessem em harmonia.

- É o que eu também desejo, minha amiga. Só não me sinto muito à vontade com a idéia de que meu filho possa ser infeliz com isso. Também me preocupo com a não seja bom para eles.

- Ando refletindo muito sobre essa possibilidade, mas nós não podemos ficar aflitas tão cedo. Ainda irão levar anos para que isso ocorra. E, talvez, neste futuro distante, eles possam compreender os motivos que nos levaram a fazer isso. – retrucou Nanase, enquanto enchia sua xícara de chá novamente.

-Assim espero, Nanase.

De repente a porta é aberta por uma Kaede segurando os braços das duas crianças, que estavam todas sujas de lama, e que pareciam estar emburradas uma com a outra novamente.

- Com licença, Sua Majestade. Peguei esses dois brigando no chiqueiro.

- É tudo culpa dela! Essa doente jogou lama em mim primeiro! – InuYasha nem ao menos perdeu tempo em se defender.

- Mas isso foi porque você me chamou de feiosa! - rebateu Kagome.

- Chega, crianças! Agora não é hora para desculpas esfarrapadas. O que vocês irão fazer é tomar um banho. – cortou Nanase, antes que as duas crianças incansáveis recomeçassem. - Por favor, Kaede, peça para Hanna dar um bom banho neles.

- Pode deixar, Sua crianças.- e saiu com os dois.

-Esses dois... Não param de brigar nem por um minuto. – Izayoi lamentou.

-Não se preocupe; quem briga se ama. – Nanase pareceu tão certa do que dizia que a outra mulher preferiu não se opor.


- Adeus, amigos. - o rei Inutai abraçou o rei Higurashi e beijou a mão de Nanase, em seguida.

- Sentiremos saudades de vocês. Não se esqueçam de escrever. – Nanase delineou os lábios em um sorriso acalorado.

-Pode deixar. Apesar do extenso tempo que ficaremos sem nos ver, nos encontraremos de novo.

Enquanto isso, InuYasha e Kagome estavam sentados não muito longe dali.

-Você vai embora hoje? - perguntou Kagome, enquanto brincava de arrancar pétalas de rosa.

-Vou voltar para casa. – respondeu InuYasha, meio à contragosto, enquanto observava a noite que chegava. Esfregou os pequenos pés na grama rente para aquecê-los.

-Sabe, InuYasha... eu vou, sentir... sentir sua falta. – Kagome pronunciou as palavras tão baixo que nenhuma pessoa normal poderia escutar.

Mas o meio-youkai não era uma pessoa normal.

- Ahn...?

- Apesar de você ser um grosso, arrogante e sem educação. – ela apressou-se em completar; as ofensas a faziam se sentir muito mais confortável.

- E apesar de você ser uma gorda feiosa, chata e tapada... Eu vou sentir saudade das brincadeiras na lama.

As orelhas caninas de InuYasha se agitaram suavemente ao ouvir a voz macia de sua mãe chamá-lo.

-Uhn, então... Adeus! - disse Kagome, de pé, brincando com a barra de seu quimono amarelo.

- É. – espreguiçou-se, não dado a dramas ou despedidas entusiásticas. Os pequenos pés se impulsionaram e agora ele corria para onde estavam seus pais. - Até mais, Kagome!

A pequena apenas ficou parada onde estava. E ficou ali, quieta e paciente, até a carruagem começar a distanciar.

"Ele me chamou pelo nome?", pensou Kagome, ainda perplexa.


Piscou uma, duas, três vezes. Parecia estar em estado catatônico. Os longos dedos bronzeados haviam se tornado frouxos ao redor da xícara de porcelana chinesa. Não havia movimentos, não havia vozes, não havia zumbidos. Não havia nada.

A não ser o som nada lisonjeiro de chá se derramando sobre o colo da adolescente perplexa e emudecida, que negligenciara o fato de precisar segurar firmemente a xícara de porcelana.

Ela tinha uma vaga idéia de estar sendo chamada. Alguém parecia estar repetidamente falando algo como "Kagome, reaja!". Oh, sim, definitivamente alguém a estava chamando.

E ela tinha certeza que reagiria se pudesse. Se conseguisse. Estava se sentindo meio tonta e tentou se recordar do motivo. Contou mentalmente até vinte e então remontou as palavras de seus pais, uma por uma, silenciosamente.

Não demorou muito para que finalmente lembrasse. E, diabos, preferiria nunca ter lembrado.

- Querida...?

Sentiu seu pai tocar sua mão. Sua juvenil mão de dezessete anos. Sua juvenil mão de dezessete anos que – Kagome estava certa – não queria de jeito algum ter que usar um anel de casamento.

E então a palavra marcante, cruel, de seus pais começou a ecoar irritantemente em sua pobre cabeça despreparada:

Noivo.

Noivo.

A princesa nunca quis assassinar tanto alguém quanto naquele momento.

CONTINUA...

Fim do primeiro capí sei que não ficou dos maiores, mas é porque o primeiro capítulo a gente nunca consegue fazer algo muito grande(eu pelo menos não consigo ¬¬)mas eu prometo, prometo, prometo que prometo que o próximo vai ser é porque eu também não gosto muito de capítulos pequenos.

Eu espero do fundo do meu coração que vocês tenham gostado desse primeiro capítulo.

KISSU KISSU

JA NE