Fic republicada por pequenos probleminhas... o Segundo cap está em andamento (quase acabando), mas eu já vou agradecer as reviews que recebi qd a fic estava no ar, agradeço no final da fic...

Não teve alterações no texto, ou seja, não foi editada, apenas republicada.. quem mandou review e quer ler seu agradecimento é só ir no final da pégina! Bjus!


A Filha do Mal

Capitulo I

Um dia, pouco antes de eu entrar pra Hogwarts o Rony me disse um tanto chateado o que exatamente o Chapéu Seletor dissera quando ele fora selecionado. O Chapéu lhe disse: "Ah! Mais um Weasley! Eu sei exatamente o que fazer com você!" e o pôs na Grifinória. Todos da minha família foram Grifinórios. Então eu fiquei pensando se o Chapéu também diria isso para mim. Mas não disse. Porque eu sou diferente.

Weasley, Virgínia. – chamou-me a Profª Minerva.

Vai lá Gin! Grifinória! – eu ouvi os gêmeos berrando feito dois idiotas.

Segui até o fatídico banquinho de três pés e sentei-me à espera da sentença.

Oh! Estou errado ou você é mesmo uma Weasley? – o Chapéu me perguntou. Apenas essa frase e minha paciência já havia se esgotado.

Por que? Ta cego e não consegue ver a cor dos meus cabelos? – perguntei mentalmente num péssimo humor.

É! Esse seu temperamento apenas confirma...

Confirma o quê, idiota?

- SONSERINA! – foi o que ele berrou para todo o Salão.

O que se seguiu foi um silêncio mortal. Nem mesmo a mesa da Sonserina dava vivas por ganhar mais um componente. Os Grifinórios me olhavam brancos como giz. Os Sonserinos torciam o nariz. Os professores olhavam uns para os outros. Ignorei os olhares e me levantei indo me sentar à mesa da Sonserina. Sentei-me em frente a um loiro magrelo do segundo ano que mais tarde eu saberia quem ele era. Eu também estava bem em frente ao famoso trio grifinório. Potter, Granger e Rony me olhavam como se eu fosse um trasgo. Meus outros irmãos, Percy, Fred e George conversavam agitados entre si. Minerva pôs fim ao silencio chamando outro aluno para sua sentença.

O que faz a nossa mesa, Weasley? – o loiro magrelo perguntou com certo sarcasmo na voz.

Não viu? Fui selecionada, idiota! – rebati sem nem olhar para ele.

Uh! A Weasley é nervosinha! – ele debochou – Não precisa se estressar comigo afinal seremos companheiros de casa. Bem Vinda a Sonserina, Weasley. – ele disse me estendendo a mão com dedos longos e pálidos. Eu olhei para ele e em seguida para o trio maravilha que olhava o gesto do garoto com horror. Então eu apertei a mão dele e sorri.

Talvez eu deva me apresentar. – ele disse soltando minha mão. – Sou Malfoy, Draco Malfoy.

Hum! Sei! Já ouvi falar de você.- ele arqueou a sobrancelha direita em estranheza.

Como poderia?

Meus irmãos falam mal de ti a todo instante. – eu disse rindo enquanto apontava a mesa Grifinória com um aceno da cabeça. Malfoy olhou para eles com olhos cinzas faiscantes e virou-se novamente para mim, mas sem o ódio nos olhos e sim indiferença.

Como se a opinião deles importasse para mim. Acha que me importo?

Não. Não parece. – eu disse indiferente olhando para a mesa dos professores, visto que Dumbledore iria começar seu discurso.

Vocês devem estar se perguntando se eu fiquei decepcionada por ter ido para a Sonserina. E eu digo: Não! Fiquei é muito feliz! Decepcionados ficaram os meus irmãos, o Potter e a Granger. Mas que diabos! Eu não devo nada a eles. Principalmente para o Cicatriz e a Sangue-Ruim. Estão estranhando meu modo de falar? É! Realmente para uma Weasley isso soaria mal. Eu fui criada da mesma forma que meus "inúmeros" irmãos, com os mesmos princípios, mas de família a gente só herda o sobrenome e o sangue, não as idéias. Eu tenho as minhas idéias. Só eu sei o que se passa dentro do meu coração e da minha mente, e isso ninguém pode mudar.

Acabado o banquete eu já ia rumando para o Salão Comunal da Sonserina junto com os demais alunos e o monitor quando senti uma mão violenta puxando meu braço.

Vai aonde mocinha? – virei-me e dei de cara com Fred. Ao lado dele estavam George, Rony, Potter e Granger. "Ah! Que ótimo!" – pensei.

Dá pra soltar meu braço? – falei com azedume.

Não antes de a gente fazer uma visitinha amistosa na sala do Dumbledore... – Fred disse.

Aquele chapéu só pode estar maluco! – George continuou.

Onde já se viu! Por a nossa caçulinha na Sonserina? – Fred novamente. Sabe, às vezes essa mania que eles tem de um completar a frase do outro me irrita.

Eu não vou a lugar nenhum! – disse tentando soltar meu braço.

Ah você vai sim! – agora era Rony quem falava.

Gin, você não entende? – Granger com seu ar "sabe-tudo" – Acorda! Você caiu na Sonserina! – ela gesticulava.

Acorda você Hermione! Eu vi muito bem em qual casa eu caí.

Mas Gin... – Cicatriz falante.

Não se mete Harry! – eu berrei de volta. Ele se calou arregalando os olhos verdes em cima de mim.

Não vai por bem? – Fred perguntou.

Não vou de maneira nenhuma!

Ah então vamos ver! – Fred rapidamente me pegou no colo e me jogou em seu ombro. Eu bati violentamente nas costas dele tentando me soltar.

Me solta seu trasgo!

Olha a boca mocinha!

Hey! O que está acontecendo aqui? – olhei para mais essa voz intrusa e dei graças a Merlin ao ver que era o monitor da Sonserina. – Não podem fazer isso!

Não se mete cobrinha verde! Ela é nossa irmã e a gente faz com ela o que quiser. – Rony disse cheio de coragem. Pobre Rony, é uma aberração quando ele tenta bancar o machão. Prova disso é que o monitor apontou a varinha para Rony e ele recuou amedrontado.

Ela pode ser sua irmã Weasley, mas ela agora é uma Sonserina e está sob minha responsabilidade no caminho para o Salão Comunal. – o garoto disse de uma maneira ameaçadora.

Ah vai procurar a tua turma Knogs! – Fred disse impaciente. – Sabes muito bem que não pode usar a varinha dentro da escola contra outros alunos, ainda mais no primeiro dia de aula. Você não vai nos impedir de fazer nada!

Ah é Weasley? Vamos ver o que Snape dirá sobre isso. Alunos Grifinórios no corredor Sonserino tentando impedir uma aluna Sonserina de entrar no Salão. – ele deu uma boa olhada no Potter e deu um risinho sarcástico – E olha que fato interessante! Se o Potter está junto, é confusão na certa! Eu vou avisar o Professor Snape e pode apostar que a Grifinória vai perder pontos logo na véspera do primeiro dia. – Ele disse se virando para ir embora. Eu admito que ele era um imbecil! É obvio que nós não ficaríamos ali esperando o Snape chegar.

Há Palhaço! Até a vista otário! – Fred disse me carregando corredor adentro e os outros ao seu encalço.

Eu não quero ir à lugar nenhum! Será que minha opinião não conta aqui? – eu estava indignada. Não queria ir a lugar nenhum. Aliás, eu queria sim. Queria ir para o meu dormitório, na minha cama!

Não. Sua opinião não conta, visto que somos maioria aqui. – George falou num tom divertido. Detestei aquele tom.

E agora? – Granger perguntou quando chegamos a entrada da sala de Dumbledore – Alguém sabe a senha?

Há! Pensei que você soubesse Hermione, afinal você sempre sabe de tudo! – eu disse azeda.

O que é isso Gina? – Granger tinha grandes olhos castanhos arregalados para mim no meio de uma espessa massa capilar crespa. Às vezes ficava difícil achar o rosto da Granger no meio de todo aquele cabelo! – Você sentou a mesa Sonserina por meia hora e já está agindo como um deles?

Eu apenas dei de ombros ao comentário dela. Estava mais preocupada com a cena patética que estávamos protagonizando: Um bando de cabecinhas ruivas à porta de Dumbledore, eu pendurada nos ombros de Fred... realmente ridículo!

Ora, ora, ora! O que vocês desejam uma hora dessas a porta de minha sala? – ouvimos a voz irritantemente divertida de Dumbledore atrás de nós. – Vamos, entrem! – Ele passou a nossa frente e disse algo parecido com "tortinhas de abóboras" e em seguida a passagem se abriu revelando uma grande escada em espiral.

Subimos a tal da escada e quando chegamos na sala Fred ainda continuava comigo no colo.

Ok Fred, eu já estou aqui. Não vou sair correndo. Pode me por no chão agora?

Ah claro irmãzinha. – e me colocou sentada numa poltrona. Afundei na poltrona e cruzei os braços com cara de poucos amigos.

Muito bem. Para vocês estarem todos aqui a uma hora dessas quando deviam estar em seus dormitórios, eu imagino que temos um problema sério aqui. – Dumbledore disse olhando-nos por baixo dos óculos de meia lua.

Temos sim. O problema está sentado naquela poltrona. Atende pelo nome de Virgínia Weasley. – Potter disse isso. Senti minhas orelhas esquentarem. Aquilo não era da conta dele.

Dumbledore se esticou um pouco para me olhar melhor.

Ah sim! A caçula Weasley...

Nós queríamos saber se o senhor poderia ceder o Chapéu Seletor para mais uma tentativa de seleção. Nós achamos que pode ter havido um engano. – Granger parecia receosa.

Impossível Hermione. O Chapéu nunca errou em suas escolhas. – Dumbledore disse para o desespero dos outros e alegria minha.

Desculpem meu atraso. – a porta se abriu revelando Percy junto com Minerva que trazia consigo o Chapéu Seletor. Revirei os olhos entediada quando Percy veio até mim.

O que houve Gina?

E como eu poderia saber? – menti. Era tão difícil enxergar que eu não era como eles?

Gininha, você foi para a Sonserina. Casa dos Bruxos das Trevas. – ele falava calmamente como quem falava a uma criança. Ta certo que eu ainda era uma criança, mas ele estava exagerando para se dirigir a alguém com 11 anos de idade. – Na nossa família todos são Grifinória. Como pôde ir para a Sonserina? – ele estava demonstrando um certo carinho do qual ele não tinha costume. Percy era sempre estressado e chato.

Para você ter ido para a Sonserina deve ter acontecido algo aqui – ele disse baixinho, colocando a mão no meu peito na direção de onde estaria meu coração.

Pode ter certeza que sim. – eu me limitei a dizer vendo que todos prestavam atenção na nossa conversa.

Percy então me olhou tristemente e caminhou até os demais.

O que pretendem?

Pedimos ao Profº Dumbledore uma nova seleção. – Granger explicou como se fosse algo obvio.

Não creio que adiantaria. – Percy olhou de volta para mim com cara de cachorro sem osso.

Temos que tentar! Eu não quero a minha irmã metida com um bando de cobras nojentas e asquerosas! – Rony berrava esquecido que estava na frente de dois professores. Três, com a chegada repentina de Snape.

Veja como fala dos meus alunos Weasley! – ele disse num terrível mau-humor. Todos lá em casa falavam mal de Severo Snape, mas eu fui com a cara dele.

Alvo. – era Minerva que pedia a palavra. – Acha mesmo que uma seleção pode mudar alguma coisa?

Minerva querida, eu não acho. Acho que o que está feito, está feito e acabou. – ele viu os olhares desesperados dos meus irmãos e completou. – Mas se a Família Weasley acha melhor tentar, deixemos que eles tentem. – Então Dumbledore pegou o chapéu das mãos de Minerva e veio caminhando até mim.

Então Senhorita Weasley, vamos a sua nova seleção? – ele perguntou todo simpático. Eu forcei um sorriso e me endireitei na poltrona vendo minha visão ser coberta pela escuridão do interior do chapéu.

Ah! Você de novo? – era o chapéu que falava comigo agora.

Não enche e fala logo pra que diabos de casa eu tenho que ir.

Mas eu já disse! Por causa da minha idade eles acham que eu já estou ficando caduco e...

Poupe-me do desabafo?

Ah desculpe. Mas eu mantenho o que disse antes. Sonserina. – disse o nome da casa para todos. Vi de volta a claridade aos meus olhos e todos novamente me olhavam como trasgos. Apenas o Profº Snape tinha um sorriso torto nos lábios crispados.

Bom, como eu disse. Virgínia Weasley é mesmo uma Sonserina. – disse Dumbledore calmamente enquanto guardava o Chapéu em algo que lembrava um pedestal.

Não pode ser professor! – Granger estava mais preocupada com meu futuro do que eu própria. A preocupação dela me comoveu tanto... Me levantei da poltrona e fui rumando para a porta.

Eu não tenho mais nada pra fazer aqui. Vocês me fizeram perder bons minutos de sono.

Espere Weasley. – era Snape. – Eu a acompanharei até a Sonserina.

E saímos da sala. Fomos boa parte do caminho em silencio. Eu apenas ouvia o farfalhar da capa de Snape pelo corredor. E eu fui pensando sobre o rumo que minha vida estava tomando. A poucas horas eu estava na Estação se despedindo de meus pais que tinham a certeza de que eu seria uma grifinória bem sucedida como toda a família fora. E agora eu estava ali, rumando para o Salão Sonserino ao lado de Severo Snape. Aquilo era de fato estranho. Mas eu não me sentia como um peixe fora d'água, acho que me sentiria assim se tivesse realmente ido para a Grifinória.

Puro Sangue. – Snape disse na entrada do Salão Comunal. Aquela masmorra era fria e escura, exceto pela luz do fogo que crepitava na lareira.

Então Weasley. Eu não achei que viveria para ver alguém da sua família na Sonserina. – Snape falou sem demonstrar emoção.

A vida é feita de surpresas. – me limitei a dizer. Snape ergue as sobrancelhas.

Tão nova e já filosofando tanto! Espero que suas filosofias não atrapalhem seu desempenho como aluna Sonserina. – ele disse com desprezo.

Pode ter certeza que não, professor. – eu estava realmente com preguiça de discutir com ele. Eu sabia que ele não faria nada comigo, afinal eu era da mesma casa que ele. Rony vivia reclamando que Snape defendia os Sonserinos.

Tomara que o seu sangue não lhe permita repetir as mesmas tolices de todos da sua família que já passaram por Hogwarts. Agora vá dormir. Não é bom que se atrase em seu primeiro dia de aula.

Boa noite professor. – eu disse subindo as escadas que levavam ao dormitório. Fui tateando as paredes geladas no escuro e isso me arrepiou por dentro.

Quando entrei no dormitório eu apenas via silhuetas de garotas deitadas em suas camas cobertas por grossos cobertores verde e prata. Ainda tinha uma cama vazia no canto da parede, era a minha. Meu malão já estava ao pé de minha cama e nele já estava meu uniforme verde e prata com o brasão da Sonserina, com a cobra de Salazar Slytherin.

Troquei-me no escuro e deitei-me na cama, mas o sono demorou a vir. Era bom estar na Sonserina. Aquilo confirmava todas as minhas idéias e pensamentos. Confirmava o que eu queria, dizia-me que não era um mero engano. Mas havia o lado ruim. Eu tinha visíveis cabelos vermelhos e sardas por todo o rosto. Era uma Weasley. Pobre, Com livros e vestes de segunda mão. Algo humilhante para quem pertencia a Sonserina. Eu sempre tive um certo bloqueio quando se tratava da minha família, mas naquela hora, quando meu destino começava a ser traçado, eu podia perceber que estava na família errada. E foi pensando nisso que adormeci, pensando em quão longo seria o dia seguinte, tendo que agüentar todos me olhando torto e talvez até alguns Sonserinos me censurando.

E foi exatamente assim que aconteceu no outro dia. Logo que me levantei vi que as camas ao lado já estavam vazias, mas as ocupantes do quarto ainda estavam se arrumando. Peguei meu uniforme e fui direto ao banheiro. Tomei um rápido banho e me vesti. Era estranho me ver dentro daquele uniforme. Lembrei-me de quando brincava de me vestir de estudante, com os uniformes dos meus irmãos. Lembrei-me exatamente da figura que eu era quando tinha uma gravata vermelha e dourada pendurada em meu pescoço, e via então a grande diferença, agora com a gravata verde e prata. Até achei que o novo uniforme combinaria mais comigo. Continuei me olhando no espelho, agora para meus chamativos cabelos vermelhos. Tentei prende-lo de várias formas diferentes, mas era inútil. Eu seria reconhecida como uma Weasley há quilômetros de distancia. Conformei-me com ele solto e liso cobrindo quase metade do meu dorso. Saí do banheiro, mas talvez seria melhor que eu tivesse ficado lá. Dei de cara com minhas companheiras de quarto me analisando.

Olha só! Uma Weasley na Sonserina. Como isso seria possível? – falou uma loirinha com certo sarcasmo na voz. Eu fiquei calada e elas continuaram.

Ah! O Chapéu é um idiota mesmo, como ele mandaria uma garota pobre, com vestes e livros de segunda mão e amante de trouxas para cá? – desta vez foi uma garota de pele pálida e grandes olhos azuis.

Da mesma maneira que ele mandou idiotas pra cá, ao invés da Lufa-Lufa. – respondi indiferente.

Olha como fala garota senão...

Senão o que? Vai me lançar um feitiço? Ah faz-me rir! – eu dei uma grande risada na cara delas.

O que há contigo Weasley? – agora era uma garota com cabelos negros e cacheados que até aquele momento estava calada. – Eu já ouvi falar de sua família e nunca ouvi dizer que eram arrogantes como você.

Pois é querida! – eu irônica. Adoro ser irônica. – Eu penso que de família só herdamos o sangue e o sobrenome, não as idéias. – essa minha frase as fez sorrir.

Então parece que temos uma verdadeira Sonserina aqui. – a loira disse

E que foi criada do lado da luz – a pálida completou. Eu já disse que odeio isso? Acho que já...

Isso é de fato uma grande coisa! Bem vinda a Sonserina Weasley. – a de cabelos cacheados me estendia a mão. Forcei um sorriso e apertei sua mão. Não que eu havia engolido as primeiras grosserias, eu apenas tinha "guardado-as" no Caderninho de Anotações de Virginia Weasley. – Sou Sarah Percman. – ela se apresentou.

Alishia Storm – disse a loira.

Andrew McListen – a pálida.

Virginia Weasley. – apertei a mão de todas elas.

No nosso dormitório há mais duas garotas, mas elas já desceram.

Hum, elas não quiseram esperar pela seção "Humilhe a Weasley"? – perguntei sarcasticamente. As garotas coraram um pouco e mudaram de assunto.

Eh.. vamos descer? Estamos atrasadas para o café.

Sim, vamos. – eu disse jogando minha pobre e velha mochila nas costas.

As garotas desceram na frente e eu fui ficando para trás. Não estava a fim de ir batendo papo com elas logo cedo. Meu mau-humor matinal não permitia. Enquanto fazia minha caminhada sozinha (a essas alturas elas já estavam longe) eu ouvi uma conhecida voz atrás de mim.

Hey Weasley! – era um esbaforido Malfoy que berrava correndo atrás de mim. Parei onde estava, mas não me virei para vê-lo. – É verdade que os Weasleys levaram você até Dumbledore para uma nova seleção? – agora ele estava ao meu lado.

Bom dia pra você também, Malfoy.

Ah bom dia. Mas então?

Sim, é verdade. – eu disse entediada.

E não deu nenhuma diferença?

Olhe a cor da minha gravata e o emblema em meu peito. Vês alguma diferença? – eu estava ficando irritada.

Calminha ae Weasley. Não, não vejo. Mas não precisava ser grossa.

Eu apenas dei um sorrisinho torto pra ele.

Mas então, animada para começar as aulas? – ele mudara de assunto cordialmente. Era evidente que ele estava tentando pegar amizade. Eu só não entendia bem o porquê. Entendi apenas depois.

Um pouco. Sabe como é, com seis irmãos treinando magia nas férias em cima de mim eu já tenho certa noção de Magia. – disse recomeçando minha caminhada. Malfoy foi me acompanhando.

Serio Weasley, não leve a mal, mas... como você os agüenta?

Aí é que está Malfoy. Eu NÃO agüento!

Ele riu. Me fez rir também. E também me fez reparar que ele ficava lindo quando sorria.

Chegamos ao Salão Principal e nos sentamos à mesa Sonserina. Eu queria estar bem longe dali quando o Correio chegasse. Era evidente que meus irmãos haviam matracado tudo aos meus pais sobre a maldita seleção. Já bastava escutar pelos corredores coisas do tipo "Uma pobretona na Sonserina", um berrador seria humilhação demais.

Está nervosa Weasley? – era Malfoy chamando minha atenção.

Nervosa? Porque estaria? – eu disse tentando disfarçar mordendo uma torrada.

Então está esperando alguma coisa. – ele continuou.

Esperando o que?

Sei lá! Alguma coisa que venha pelo Correio. Você não pára de olhar pela janela!

No exato momento em que ele disse isso as corujas invadiram o Salão. Vi quando uma coruja negra e de penas reluzentes deixou um embrulho para Malfoy, mas não vi o que era, visto que estava preocupada se viria algo pra mim. Eu já estava esperançosa pela demora, mas minha alegria logo terminou quando uma coruja quase cega veio até mim. Não se parecia com um berrador. Era apenas uma carta. E eu me lembro até hoje de cada linha ali contida.

"Virginia,

Não vamos lhe enganar dizendo que estamos orgulhosos com sua Seleção, pois seria uma grande mentira. Confesso que ficamos decepcionados. Sua mãe está em prantos até agora. Mas entendo que se foste selecionada para a Sonserina é porque tem algo diferente dentro de você. E eu espero que isso não persista. Espero que seja algo pequeno, como apenas uma ambição boba, sem maiores danos.

Peço-te, meu anjo, que não se 'envenene' com o pessoal da sua Casa. Eu sei que terás que passar sete anos com eles, mas por favor, evite se contaminar. Os Sonserinos não merecem confiança. Mas como seu pai, eu estarei dando um voto de confiança a você.

Amamos-te muito

Seu Pai

Arthur Weasley"

Eu podia ser uma Sonserina, mas ainda tinha um pouco de sensibilidade. Tampei os lábios com as mãos numa tentativa frustrada de segurar o choro. Aquelas palavras calaram fundo no meu coração. Meu pai ainda tinha esperanças à meu respeito. Pena que eu o decepcionei muitas vezes ainda.

Malfoy percebeu que eu não estava com uma cara muito boa.

O que foi Weasley? Alguma noticia ruim? – ele disse encompridando os olhos cinzentos sobre a minha carta. Dobrei-a rapidamente.

Não é nada importante. – me limitei a dizer levantando e jogando minha mochila nas costas.

Hey, onde vai Weasley?

Me deixa em paz Malfoy!

Seu horário, Weasley. – Disse o monitor Knogs esbarrando comigo. Tomei o horário da mão dele e lhe proferi um xingamento. Fui correndo de volta para o salão comunal que àquela hora estava vazio. Me larguei numa poltrona e comecei a chorar. Chorei muito. Tanto que não percebi que alguém entrara no salão e sentara ao meu lado.

Qual é Weasley? Vai perder o primeiro dia de aula pra ficar ai chorando?

Me esquece Malfoy! – Ele estava me olhando com uma expressão que eu não consegui identificar. Os olhos do Malfoy são inexpressivos. Hoje, depois de tantos anos eu ainda tenho dificuldades em ler através de seus olhos em certas situações.

Tudo bem. – se levantou e foi seguindo até a entrada do Salão.

Espera Malfoy. – Eu enxuguei as ultimas lágrimas, me levantei e peguei minha mochila, segui na direção dele que estava parado, mas ainda de costas para mim. – Porque você se preocupa comigo?

De repente uma estranha coloração vermelha invadiu a face pálida dele. Foi até engraçado vê-lo corar.

E quem disse que me preocupo com você? – me lançou um olhar indiferente. Aquilo me fez rir.

Ta bom Weasley... – ele continuou. – O que acha de uma amizade?

Amizade?

É. Você vai conviver comigo por seis anos, o mínimo é que nos toleremos não é? – ele perguntou como se fosse obvio.

Ah... é. – eu dei de ombros. – O trio é que iria adorar isso. – Quando eu falei isso os olhos de Malfoy se iluminaram. Então ele parou a minha frente e estendeu a mão com dedos longos. Apertei a mão dele e seguimos para as aulas.

Ali estava começando uma amizade que me traria alegrias e problemas.


Bom.. agora vou agradecer as reviews que recebi... eu fui obrigada a deletar a fic e então perdi todas as reviews, mas como sou uma menininha esperta () eu deixei todas as reviews no meu email esperando pelo momento de respondê-las...

Muitississississiiimo obrigada pelo carinho!

Vamos ao individual agora:

Kathiene: É, você tem razão quando diz que o trio maravilha não vai gostar nadinha da amizade entre Gina e Draco.. e posso te garantir que esses dois ainda vão aprontar muuuito juntos! E como já era de se esperar, eles serão um casal, mas muita agua ainda irá rolar por debaixo dessa ponte.. rs .. Fico muito feliz que tenha gostado do 1º cap... bjão

Ronnie Weezhy: Hum, apenas me perdoe por não estar escrevendo tão rápido! a facul me ocupa todo o tempo... mas vale esperar.. bjão!

Dre: Pois é, Gina arrogante era algo que eu tb não tinha pensado.. e um dia do nada me veio isso na ideia.. taí o resultado.. espero que goste da continuação! Beijos!

Tina Granger: A Sonserina é apenas uma confirmação do caráter da Gina, coisa que é de dentro dela... e definitivo.. talvez... rs... Beijos

Miaka: É, o fato da Gina ser Sonserina e ainda por cima amiga do Draco (p/ não dizer melhor amiga hein) é algo importantissimo p/ o desenvolvimento da fic! .. Grande Beijo, continue acompanhando!

Ashley Malfoy: Brigada linda! Espero q goste do proximo.. bjuss

Angelina Michele: Ahá! Aposto que já estava achando que eu ia esquecer de vc né Lina.. Justo vc que passa horas no msn me dando força p/ continuar... Sabe que na verdade, sem vc essa fic não sai! .. Grande Beijo!

Anna Lennox: Obrigada pelo "original"! Bjus

Bruna Black e Mione Malfoy: Foi nisso que pensei quando comecei.. numa ideia diferente.. espero que esteja sendo diferente o bastante... alias.. quer algo mais diferente ainda? Então continue lendo... prometo fortes emoções! rs... Beijoss!

Bruna: Poxa Bruna.. muito obrigada pelos elogios... eu não acho que eu escreva tão bem assim.. (a Lina costuma de dizer o mesmo que vc! rs).. o primeiro cap não ficou EXATAMENTE como eu queria, mas o importante é que está agradando.. e quanto a capa... fico mais feliz ainda que tenha gostado! Levei horas p/ fazê-la (por mais simples que ela seja! rs).. Beijos!

Fabi-Chan: Olha só.. minha fic é uma privilegiada por vc não ler D/G ... comece a carreira por aqui então! rs.. mas é realmente outra gina, como vc disse.. e esqueça o Cicatriz! Pelamordi Merlin! O Harry não merece a Gina! rs.. Beijos

Sweet Nightangel: Valeu! Continuo assim que der.. facul pega pesado! rs.. Beijos

Gabi Malfoy: Calminha aí... a pressa é inimiga da perfeição! quem vê pensa! haha.. Bjus!

S2-SaKy-S2: Aii desculpe por te fazer esperar.. e esperar... já deve ter até desistido né.. mas é que o 2º cap está dificil p/ sair.. uma por falta de tempo e outra pela ideia que tive... mas garanto que não se arrependerá!.. Mt obrigada pelos elogios à persnalidade da Gina... Beijos!

E é isso pessoal... mt obrigada mesmo!.. Vcs não perdem por esperar..

Beijos

Pequena Kah