17º Capitulo

Mais do que uma janela

Abriu os olhos encontrando apenas escuridão. Sentou-se na cama e olhou para as cortinas negras que estavam em frente da janela, sua mãe tinha-a proibido de abrir as cortinas.

"-Ver a noiva no antes do casamento dá azar. Ele não te poderá ver antes de entrares na igreja!"

Levantou-se e caminhou até ao banheiro.

Era o dia, o dia que tanto ansiava, o dia do seu casamento.

"Casar com Draco Malfoy! Quem o diria? Nem eu, se fosse há três meses atrás."

Olhou-se ao espelho e sorriu antes de voltar para o quarto. Seus olhos pousaram no relógio e sobressaltou-se vendo que ainda eram 4 da manhã.

"Não importa mesmo. Não consigo dormir, sinto-me nervosa. E ele se arrepende no último momento? Pode encontrar uma loira perfeita enquanto vai para a igreja, e pensar "Porquê uma ruiva com sardas quando posso ter uma loira magrela?", AH! Mas porque penso nisto, não posso pensar nisto. Ele não me vai deixar! Pois não?"

Sentia o coração bater cada vez mais forte e um sentimento de medo invadiu-a.

Começou a andar de um lado para o outro do quarto com as mãos na cabeça. Sentia-se extremamente nervosa, pensar que ele poderia deixá-la no último momento parecia-lhe tão improvável, mas ao mesmo tempo tão normal.

"Será que ele também esta nervoso? Impossível, ele é Draco Malfoy, não fica nervoso, nem ansioso, nem com medo. Nesta altura deve de estar a dormir descansado."

Mas ela enganava-se.

- - -

Seus olhos encontravam-se fixados nas grandes cortinas.

"Mas porque minha mãe tem a mania de superstições? Eu quero vê-la! Quero abrir aquela janela e ir ter com ela, sei que se a vir fico menos nervoso. Quer dizer, eu não estou nervoso….Afinal um Malfoy não fica nervoso."

Levantou-se da poltrona e começou a caminhar pelo quarto escuro enquanto imaginava os cenários mais estúpidos.

Ele no altar, esperando impacientemente, e ela não aparecia.

Podia vê-la toda sorridente com o Potter bobo, que curiosamente seria o padrinho dela de casamento, ambos deitados na areia de uma praia, rindo-se dele.

"Não! Ela não me vai deixar, e muito menos trocar-me pelo Potter. Isso é impensável….não é?"

Suspirou longamente, enquanto sentia o coração pular no peito. Não aguentava mais….

"-Que se dane, tenho que a ver." – Disse para si mesmo, abrindo as cortinas.

Assim que o fez, pode encontrar a ruiva com as suas também abertas. Saltou para a janela dela, e ela sem pensar duas vezes disse:

"-Vens dizer que não te queres casar mais, não é? Eu sabia, eu sabia! Encontras-te uma loira perfeita não foi? E agora vais abandonar-me."

"-O quê? Não!"

"-Não? Não vens dizer isso?"

"-Não, vim certificar-me que tu não fugias com o Potter."

"-Quem pensas que sou?"

"-Olha quem fala, tu também pensavas que eu te ia trocar ou abandonar."

"-Estou nervosa, nunca me casei."

Ele sorriu abraçando-a. Sentiu a ruiva suspirar profundamente e apertou-a mais contra si por isso.

"-Eu também nunca me casei. Parece que estamos ambos nervosos, mas logo passará. Tu não vais fugir pois não?"

"-Nunca fugiria de ti. E tu?"

"-Eu não vou trocar-te por nenhuma, e muito menos abandonar-te."

Ela sorriu antes de puxar o loiro pelo pescoço de modo a beijá-lo.

- - -

"-Como é possível Ginny não estares nervosa?"

"-Ora Hermione eu confio no meu noivo."

"-Preciso de te lembrar que vais casar com Draco Malfoy? Ele é imprevisível."

"-Não precisas não Hermione, eu sei bem. Mas ele não me vai fazer sofrer, eu tenho a certeza. Ele arriscou muito em enfrentar meus irmãos pelas inúmeras vezes que veio cá a casa, ele não vai desistir agora. E tu, quando pensas em casar com o Harry? Quero que os meus padrinhos também se casem."

A morna riu, enquanto apertava o vestido da ruiva.

"-Eu e o Harry já conversámos sobre isso, e decidimos dar o nó também, e ele propôs que tu e o Draco fossem os meus padrinhos."

Ginevra gargalhou olhando para a amiga que sorria divertida.

"-Tenho imenso gosto em ser tua madrinha Hermione, mas o Draco….ah eu convenço-o. Mas agora ajuda-me a meter a grinalda, porque senão ele desespera em frente do altar e ainda pensa que eu o abandonei."

- - -

"-Certo, eu não estou em pânico." – Murmurou ele para o seu reflexo no espelho.

"-Nada filho." – Concordou Narcisa aproximando-se dele, de modo a ajeitar a gravata cinza dele e de por umas madeixas loiras para trás das orelhas. – "Blaise e a mulher chegaram, é melhor irem para a igreja."

Draco concordou com a cabeça e em seguida saiu do quarto sobre o olhar atento da loira que sorria feliz. Sabia que o filho ficaria bem nas mãos da ruiva, sabia que ela era a melhor mulher que ele poderia ter arranjado.

- - -

"-Lembra-me para nunca mais casar! Ela está a demorar, e o pior é que o Potter também ainda não veio. E se ela……"

"-Draco, tem calma, tu próprio me disseste que ela te garantiu que não fugia de ti."

"-Eu sei disso Blaise, mas pode ter-se arrependido na última hora."

"-Aqui a Mary também chegou atrasada á igreja, é assim, as noivas chegam sempre atrasadas. Respira!"

"-Não sei se percebeste Zabini mas eu estou a respirar, se respirar um pouco mais vou hiper ventilar."

Blaise riu antes de ouvir a marcha nupcial tocar e olhar para a porta.

Draco fez exactamente o mesmo que ele, num ritmo mais rápido, e ficou abismado a olhar para a ruiva.

Ela encontrava-se linda. Com um vestido branco, justo, de alças finas que traçavam no pescoço. A tiara de diamantes brilhava por causa da luza do sol que entrava pelos vidros da igreja.

O sorriso dela era radiante e Draco sentia o coração bater cada vez mais rápido com a aproximação dela.

Assim que chegou ao pé dele olhou dentro dos olhos cinzas e não pensou em mais nada. Era certamente a decisão mais certa da sua vida, e não teve dúvidas de responder um Sim quando o padre lhe perguntou se o aceitava como seu marido, assim como viu que ele também não teve a mais pequena duvida na reposta.

Sentiu os dedos entrelaçarem-se nos seus e sorriu antes de sentir os lábios do homem nos seus. O primeiro beijo de casados.

"Casada com Draco Malfoy!"

"-Vamos para a nossa casa?" – Perguntou ele ao ouvido dela no final da noite.

A ruiva olhou em volta, aquele tinha sido um dia inesquecível, apesar de ela não se lembrar de muito. Tinha uma vaga ideia de os convidados sorrirem, de seus pais estarem felizes, de Molly e Narcisa se terem emocionado, de seus irmãos terem cumprimentado o loiro.

Sim, podia não lembrar-se de tudo, pois seria impossível absorver tudo á sua volta se ela apenas pensava que estava casada com o homem perfeito, mas as lembranças que tinha daquele dia, durariam para sempre.

"-Só falta uma coisa para o dia ser realmente memorável." – Disse ela levantando-se da cadeira.

"-O quê?"

"-Uma dança."

Ele sorriu pegando na mão dela e puxando-a para a pista de dança. Envolveu a ruiva pela cintura e puxou-a de encontro ao seu corpo.

"-Lembraste da nossa primeira dança?" – Perguntou ele fazendo-a sorrir. – "Tu disseste que eu dançava mal."

"-Estávamos a dançar muito afastados. Mas quando me puxaste eu até me senti tonta com o teu perfume, com o teu calor."

Ele sorriu dando um beijo carinhoso nos lábios dela.

……

Mexeu-se dum lado para o outro sentindo-se presa nos braços dele. Que mania que ele tinha de a abraçar com força impedindo-a de sair da cama assim que acordava. Mas não podia negar, estar nos braços do homem que amava era a melhor sensação do mundo.

"Talvez se me mexer muito, muito mesmo, ele acorde"

"-Será que não podes parar quieta? Estou a tentar dormir mais um pouco."

"-Estás a ficar repetitivo, Estrelinha." – Perguntou tentando controlar o riso à medida em que sentia o abraço dele a apertar.

"-O que é que a menina quer dizer com isso?"

"-Quero dizer que já ouvi essa frase antes!"

"-E queres dizer que adoraste tanto acordar nos meus braços naquele dia quanto hoje."

"-Isso é em parte verdade…"

"-Em parte?"

"-Sim… Porque eu gosto cada vez mais de acordar a teu lado, cada vez mais de estar a teu lado, cada vez mais de te beijar…"

"-Hum… Devia casar mais vezes contigo só para ouvir isso todos os dias!"

"-Tão convencido que ele é!"

"-Mas um convencido que tu adoras!"

"-Vais deixar-me aqui sozinha? Nesta mansão enorme?"

"-Eu volto mais tarde ruiva! Tenho assuntos a tratar! Coisas em Gringots!" – Respondeu dando-lhe um beijo – "Volto mais logo."

"-E o que é que é suposto eu fazer entretanto?"

"-Porque é que não vais ver a tua mãe? Não vais lá à uns dias! Aproveitas e convidas os teus pais e a minha mãe para o jantar. Assim não te sentes sozinha."

"-Vou fazer isso."

Viu o marido sair de casa antes de ela própria fazer o mesmo.

- - -

"-Gininha! Meu amor! Estava com tantas saudades!" – Disse-lhe a mãe, abraçando-a com força assim que ela entrou na sala de estar.

"-Mãe eu vim cá faz três dias. Boa tarde Narcisa." – Cumprimentou voltando-se para a loira.

"-Boa tarde querida. O Draco?"

"-Foi até Gringots. Tinha um assunto a resolver. Mas pediu-me para vos convidar para o jantar de hoje."

"-Óptima ideia! Preciso trocar umas ideias com o meu filho…"

"-Sobre?"

"-Sobre uns assuntos que eu e a Narcisa estivemos a discutir." – Respondeu Molly.

"E que assuntos são esses?" – Perguntou desconfiada.

"-Queremos apenas saber se o nosso neto vai demorar muito a chegar?"- Replicou Narcisa.

"-Neto? Mas que neto?" – Perguntou confusa.

"-O primeiro Weasley-Malfoy é obvio!"

"-Mas mas… Eu e o Draco nem sequer pensamos nisso ainda! Por Merlin! Nós só estamos casados à 5 meses!"

"-E querem esperar até quando? Até daqui a dez anos?"

"-Não mas…."

"Eu ainda queria poder agarrar o meu primeiro neto no colo Ginevra!"

- - -

"-Então como foi em Gringots?"

"-Correu tudo bem. Como foi na casa da tua mãe?"

"-Lembra-me para não voltar lá tão cedo."

"-Porquê?"

"-Porque a primeira coisa que a minha mãe e a tua perguntaram foi pelo neto delas!"

"-Qual neto?"

"-O Weasley-Malfoy! Vê se isto cabe na cabeça de alguém! Nós mal casamos!"

"-Bem não é nada que não se possa providenciar…" – Respondeu simplesmente enquanto beijava o pescoço da mulher.

"-Draco! Isto é sério!"

"-Eu não disse o contrário Ginevra! Agora vamos lá providenciar o tal neto antes que elas cheguem para jantar."

"-Eu vou chamar a tua mãe!"

"-Não, não vais! Tu vais tratar dos teus negócios como do costume enquanto eu fico aqui como sempre!"

"-Nem penses que eu te vou deixar sozinha em casa nesse estado!"

"-Mas que estado afinal? Só me desequilibrei momentaneamente."

"-Momentaneamente hoje, ontem e no dia anterior."

"-Não é nada, ok?"

"-Se não é nada porque é que não posso chamar a tua mãe?"

"-Porque eu não lhe quero dar trabalho. Mas se tu prometeres ir trabalhar agora eu prometo que vou vê-la depois de almoço."

"-Combinado. Mas não sais da cama até lá. Não quero que te aconteça nada. Se precisares chama os elfos, mas não te levantes."

"-Tudo bem…"

- - -

"-O que é que a tua mãe disse?" – Perguntou mais tarde, durante a noite.

"-Nada de especial."

"-Nada de especial?"

"-Disse que eu não andava a comer e por isso as tonturas, satisfeito?"

"-Eu só estou preocupado…."

"-Eu sei. Mas está tudo bem, não tens de te preocupar Draco."

"-Mas se isso voltar a acontecer promete que vais ao St. Mungus."

"-Não vai voltar a acontecer…"

"-Mas se…"

"-Eu prometo que se voltar a acontecer eu vou ao St. Mungus."

"-Óptimo."

"-Não disseste a nenhum deles, pois não?" – Perguntou preocupada à mãe.

"-Não disse o quê?" – Questionou ele abraçando a mulher por trás.

Molly fez um sorriso divertido ao ver a cara de pânico da filha.

"-Nada Draco. Coisas da minha mãe. Vamos lá para fora?" – Mas antes que ele tivesse tempo de responder a ruiva empurrou-o em direcção ao jardim.

"-Charlie!" – Gritou quando sentiu o irmão a eleva-la no ar.

"-Parabéns maninha! Não deve ser fácil aturar um Malfoy durante um ano inteiro!" – Disse pousando-a e apertando a mão do loiro – "Boa tarde Malfoy."

Ele apenas acenou voltando-se para a mulher. Estava por demais ansioso para sair daquele antro de ruivos e voltar para casa.

Viu os gémeos a aproximarem-se e a ajoelharem-se em frente da ruiva. Qual seria o plano deles desta vez?

Ambos, um de cada lado, encostaram o ouvido à barriga da ruiva para muito espanto dela.

"-Olá bebé!"

"-Olá sobrinho favorito!"

"-Tens tratado bem do nosso sobrinho?" – Perguntaram ao mesmo tempo fazendo o loiro arregalar ainda mais os olhos.

"-Fred! George! Levantem-se imediatamente!" – Ordenou a ruiva ao que eles obedeceram imediatamente.

"-Mas Gin nós só queremos saber do nosso sobrinho… Mesmo que ele seja metade Malfoy!"

"-Ginevra?" – Chamou puxando-a pela mão – "Não te esqueceste de me dizer algo?"

"-Era para ser surpresa…." – Murmurou.

"-Há quanto tempo sabias?"

"-Desde que vim falar com a minha mãe… Por causa daquelas tonturas…"

"-Mas isso foi à mais de uma semana!"

"-Eu sei mas… Hoje fazemos um ano de casados, queria contar-te num dia que fosse especial… "

"-Podias ter dito naquele mesmo dia… Ia ser tão especial quanto hoje…"

"-Isso quer dizer que gostaste da notícia?"

"-Não. Isto que dizer que eu adorei a noticia e que este é o melhor presente que me poderias ter dado hoje." – Respondeu suavemente beijando-a com vontade – "Mas e afinal? Como está o sobrinho deles?" – Perguntou passando a mão no ventre ainda liso dela – " Ou direi, como está o meu filho?"

Ela não respondeu apenas sorriu, e era um sorriso maravilhoso, radiante que fez com que ele tivesse certeza da resposta.

Sem aviso ele ergueu a ruiva no ar, e rodou algumas vezes, fazendo-a rir. Deixou que ela se abraçasse ao seu pescoço e ficaram assim durante segundos apenas abraçados.

"-Já disse que te amo?"

"-Hoje não o disseste ainda Draco….e eu mereço, afinal carrego o teu descendente no ventre."

"-Eu amo-te….e tu mereces por outras razões também."

Ela olhou para o marido que sorria e perguntou:

"-E que razoes são essas Sr. Draco Malfoy?"

"-Como se não soubesses!"

…..

"-Draco!" – Chamou a ruiva baixo, abanando o braço do loiro.

O homem moveu-se um pouco, mas continuou dormindo tão profundamente como estava.

"-Draco! Draco, querido acorda." – Murmurou ela ao ouvido dele, fazendo-o mover-se mais um pouco e voltar-se para ela, com os olhos um pouco abertos.

"-O que foi ruiva, ainda é tão cedo…são….3 e meia da manhã….dorme amor, e deixa-me dormir."

"-Mas é que eu quero bolo de chocolate."

"-Tu queres o quê!" – Perguntou ele em choque sentando-se na cama e olhando a mulher que sorria inocentemente.

"-Bolo de chocolate."

"-Estás louca mulher! Ninguém no seu perfeito juízo deseja bolo de chocolate a estas horas da noite. Dorme, verás que a vontade passa."

"-Não passa….eu já tentei…eu quero bolo de chocolate." – Disse ela com cara chorosa.

"-Ruiva, isso é estranho."

"-Não é nada! Estou grávida de cinco meses, lembras? É normal as mulheres grávidas terem desejos….ou queres que nosso filho nasça com cara de bolo de chocolate?"

"-Primeiro amor, não será filho, mas sim filha. E depois, ela não vai nascer com cara de bolo de chocolate, só porque tu não comeste quando o desejavas."

"-Mas eu quero….e se não comer, não te deixo dormir, e isto é uma promessa Draco Malfoy."

O loiro suspirou, antes de olhar a mulher que começava a ficar irritada, ou assim parecia, e perguntou:

"-Se eu for fazer o bolo de chocolate e tu comeres, tu deixas-me dormir?"

"-Sim."

O homem levantou-se e saiu do quarto, deixando para trás uma ruiva sorridente e feliz consigo própria.

Algum tempo depois ele entrava no quarto com um bolo acabado de fazer, e pousou o prato quente no centro da cama. Ginevra partiu uma fatia e comeu-a rapidamente, sorrindo.

"-Mais satisfeita?"

"-Muito mais….e, uau Draco eu não sabia que cozinhavas tão bem. Acho que pudemos mandar os elfos embora, tu fazes o trabalho deles."

"-O sono está a fazer-te mal….acho melhor dormires." – Resmungou ele deitando-se.

"-Só depois de comer mais uma fatia."

Ele riu, vendo a mulher partir uma nova fatia.

Quando ela se sentiu sem desejo, deitou-se a lado dele, e Draco passou o braço por cima dos ombros dela e puxou-a para si, aconchegando-a.

"-Obrigada, por seres tão bom marido."

Ele deu um beijo nos lábios dela e em seguida viu a ruiva fechar os olhos.

Finalmente podia dormir o resto da noite.

….

Desceu as escadas devagar, a enorme barriga não ajudava muito. Caminhou até ao hall de entrada onde lhe apareceu um elfo que lhe disse.

"-A Senhora ter visitas. Sua mãe e a mãe do amo."

"-Certo." – Disse ela rolando os olhos imaginando a tarde agradável que teria, visto as duas futuras avós, serem avós babadas.

Assim que o elfo desapareceu a ruiva viu tanto sua mãe como Narcisa chegarem-se perto dela.

"-Não devias de estar de pé querida."

"-Ora Narcisa, eu não estou doente nem invalida apenas grávida."

"-Nos sabemos filha, mas Narcisa tem razão, é melhores ires-te sentar, antes que aconteça algo ao nosso netinho."

Ginny bufou, enquanto sentia sua mãe puxa-la pela mão direita e Narcisa apoiá-la pelas costas.

"-Meu filho é um marido desnaturado. Ele devia era de deixar de trabalhar."

"-Ora porquê?"

"-Não é óbvio Ginny. Meu filho devia de estar a fazer-te companhia, afinal estás quase de final de tempo."

A ruiva riu por causa da preocupação delas e em seguida disse:

"-Não se preocupem, ele não vai nascer hoje."

"-Não é como se pudesses saber. Eles nascem sem aviso filha, quando tiver que ser será."

"-Eu sei, mas não será hoje. Meu filho não vai nascer hoje."

"-Filha!" – Disse a voz de Draco da porta. – "É menina. Não entendo porque ateimas que é um filho! Eu já te disse que é uma filha."

"-E sabes isso porque?"- Perguntou ela divertida, enquanto ele cumprimentava Narcisa.

Draco caminhou até ela, e ajoelhou-se à frente dela sorrindo. Pousou o ouvido na barriga dela durante segundos, depois elevou a face de modo a ficar face a face com a mulher e disse murmurando, de modo a só ela ouvir:

"-Ela disse-me."

Ginny puxou-o para si pela gravata, de modo a beijá-lo.

"-E já agora que nome pensam lhe dar?"

A ruiva olhou para a mãe e disse:

"-Bem nós pensamos em: Liam se for menino, e Elina se for menina." – Respondeu a ruiva.

"-Liam Weasley Malfoy!" – Disse Molly.

"-Elina Weasley Malfoy!" – Disse Narcisa.

"-Óptimos!" – Disseram as duas ao mesmo tempo, fazendo com que Draco olhasse espantado para elas e Ginny ri-se.

Entrou no quarto lentamente ao perceber que a mulher adormecida sobre a cama.

Vê-la dormir sempre foi algo que adorou fazer. Adorava-o desde que tinha acordado com ela em cima do seu peito, depois de ter passado a noite no quarto dela por ter ficado trancado fora de casa. Adorava ainda mais vê-la dormir assim, de lado, com as mãos pousadas no proeminente ventre.

Pé ante pé caminhou até à cama, descalçando-se antes de se deitar cuidadosamente ao lado da mulher. Passou a mão pelo ventre da ruiva aproximando os lábios à zona de pele descoberta da barriga dela.

"-Olá bebé…" – Sussurrou de encontro ao ventre da ruiva – "O papá está aqui Elina."

Não pode deixar de sorrir ao sentir o bebé a dar um pontapé exactamente no local onde a sua mão repousava.

"-Já falta pouco bebé…." – Sussurrou de novo sentindo outro pontapé, coisa que acontecia cada vez com mais frequência.

Entrelaçou os dedos da mão com os da mulher ainda adormecida e esticou-se, ficando no nível dela.

Não demorou muito para ele próprio cair no sono, sem sequer perceber que a mulher a seu lado estivera acordada durante todo o tempo.

- - -

"-Draco?" – Chamou suavemente passando as nãos no cabelo dele.

Ele, ao contrário do habitual, abriu os olhos num instante, fitando-a preocupado.

"-Está tudo bem? Precisas de alguma coisa? Estás a sentir alguma dor?" – Perguntou de uma só vez enquanto se sentava na cama.

Com um sorriso a ruiva fez o marido deitar-se na cama e voltou a passear as suas mãos pelos cabelos loiros.

"-Tem calma amor. Está tudo bem comigo. Não é desta que ela nasce."

"-Mas não estás a sentir nada mesmo? Espera! Tu disseste ela? Finalmente admitiste que tinha razão!"

"-Talvez tenha admitido…."

"-Óptimo! Porque eu adoro quando me dás razão…" – Sussurrou beijando-lhe os lábios.

"-Vamos jantar? Acordei cheia de fome."

"-E o que é que a minha ruiva quer para o jantar? Qualquer coisa que queiras mando os elfos preparar."

"-Nada de elfos esta noite, ok?"

"-Então?"

"-Eu quero que cozinhes para mim… Seja o que for."

"-Não prometo nada como o bolo de chocolate…"

"-Não importa. Queres ajuda?" – Perguntou ao sentir o corpo do marido a afastar-se do seu enquanto ele se levantava da cama.

"-Só quero que fiques aqui deitadinha… Volto já!" – Deu um selinho rápido nos lábios da mulher antes de sair do quarto.

- - -

"-E o que é que a minha princesa achou do jantar?" – Perguntou à ruiva depois de um dos elfos ter recolhido as bandejas do jantar.

"-Estou a pensar seriamente em distribuir peças de roupa por todos os elfos da mansão. O jantar estava delicioso. Não sabia que tinha um marido tão prendado."

"-Não é só na cozinha que eu sou prendado e a menina sabe disso."

"-Sim eu sei…." – Respondeu aninhando-se mais nos braços dele.

"-Amanhã vais ficar em casa?" – Perguntou acariciando as mãos dele que estavam pousadas sobre o seu ventre.

"-Maior parte do dia. Tenho de ver algo na Diagon-Al, não me demoro mais do que meia hora. Mas porquê?"

"-Por nada de especial…"

Não sabia porque mas desde que ele entrara naquele quarto à algumas horas atrás sentira a urgência de não se separar dele, como se algo pudesse correr mal se o fizesse.

Mas nada ia correr mal, não agora que estava nos braços dele.

"-Tens a certeza que não queres que chame a tua mãe?"

"-Tenho."

"-Mas ela não se vai importar de ficar aqui contigo."

"-Não vai acontecer nada Draco. E como tu mesmo disseste é só meia hora, nada pode correr mal nesse espaço de tempo."

"-Mas eu ficava mais descansado se estivesses acompanhada."

"-Eu não vou a lugar nenhum mesmo. Prometo-te que não saio da cama até tu voltares."

"-Mas prometes mesmo!"

"-Sim prometo. Já te podes ir embora."

"-Não sais da cama e qualquer coisa grita pelos elfos."

"-Sim Draco." – Beijou-o longamente antes de o ver afastar-se em direcção à porta do quarto.

"-Cuida-te. Eu volto já."

Ela revirou os olhos e suspirou de alívio ao vê-lo sair pela porta.

Não foi difícil cumprir a sua promessa, ou pelo menos não foi tarefa complicada nos dez minutos que se seguiram. A gravidez avançada provocava dores no seu corpo, impedindo-a de estar na mesma posição durante muito tempo.

"Não tem mal se eu caminhar até à varanda pois não? Eu prometi-lhe que não saía da cama… Mas a varanda é a três ou quatro passos da cama… Não vais haver problema…"

Levantou-se vagarosamente, até porque o seu estado não lhe permitia outro ritmo, e com passos lentos andou até à varanda.

"Bem disse que não havia problema… Além do mais as minhas costas estavam a matar-me!"

Apoiou as mãos no parapeito da varanda olhando em redor. Porém a sua apreciação foi interrompida por uma dor aguda no ventre.

"Ok Ginny, respira…. Foi por te teres levantado… Basta voltares à cama e tudo ficará bem…"

Assim que a dor abrandou, alguns segundos depois, caminhou até à cama. Mas antes que pudesse alcança-la uma nova dor se fez sentir, mais forte que a anterior.

"Respiração calma… Tenho de respirar calmamente…. O Draco está quase a chegar…"

Recompôs-se da segunda onda de dor e deitou-se sobre a cama com as mãos no ventre.

"-Calma bebé…."- Sussurrou calmamente enquanto acariciava o ventre "-O papá está a chegar Elina…."

De novo uma dor, exponencialmente maior que as duas anteriores, fazendo a ruiva gemer.

"-Vamos Elina… espera só mais um pouco…" – Mal conseguia falar, tamanha era a dor.

"Acima de tudo calma…."

Mas não demorou muito para que o seu pensamento mudasse drasticamente, demorou apenas o tempo de uma contracção.

"Eu vou matar o Draco! Ele tinha de ter saído logo agora! Eu sabia que ele não devia ter saído! Não podia ter saído!"

"-Elina… não faças isso com a mamã…."

"Isto não faz sentido…. As contracções deviam ser mais espaçadas… E onde raio está o Draco que não aparece?"

Alisou o ventre com as palmas das mãos, e gradualmente a dor foi desaparecendo até que não sentia mais nada.

- - -

Atirou o casaco para cima de um dos sofás da sala de estar e dirigiu-se para a escadaria.

"Os elfos tratam disso…" – Pensou enquanto subia calmamente as escadas com um pequeno embrulho na mão.

De repente ouviu um grito que o fez disparar escada a cima.

"-Ginevra!" – Chamou preocupado entrando no quanto de rompante.

Viu a mulher deitada na cama, com a face vermelha e um semblante de dor. Caminhou até à cama desesperado atirando para o lado o embrulho que segurava.

"-Ginevra! Fala comigo. Está tudo bem?" – Estava atrapalhado, completamente, e isso via-se não só na sua face, como também se ouvia na sua voz.

"-Eu… eu estou be…" – As palavras saíram abafadas enquanto ela tentava suprimir um grito – "É agora Draco…."

"É agora Draco…."

As palavras ressoaram na sua cabeça sem fazerem o mínimo significado.

"-Vai nascer…" – Murmurou agarrando a mão dele com força.

Draco estacou por um segundo, sem saber o que fazer. No instante seguinte levantou-se e sem nunca largar a mão da mulher começou a procurar freneticamente algo na mesinha de cabeceira.

"-Aqui está!" – Exclamou ao encontrar o pequeno botão de transporte em forma de chupeta. - "Vamos ruiva…"- Ajudou-a a levantar-se e ergueu-a nos braços.

Pouco se lembrava dos minutos que se passaram a seguir. Quando deu conta já estava completamente rodeado de Weasleys.

"-A culpa foi minha…" – Lamentou-se – "Não me devia ter demorado tanto… Se eu não me tivesse demorado tanto isto não tinha acontecido."

"-Não fiques assim Malfoy" – Ouviu ao seu lado ao mesmo tempo que sentia uma mão a ser pousada no seu ombro.

Ergueu a cabeça das mãos e olhou para o lado só para encontrar Ron Weasley.

"-Não foi culpa tua. O bebé ia nascer de qualquer maneira…"

E pela primeira vez na vida ele foi capaz de agradecer a Ron Weasley.

"-Obrigado." – Murmurou.

Não se sentia menos culpado por ter deixado a ruiva sozinha.

"Tudo por causa dum estúpido presente! Se acontecer algo…."

"-Não vai acontecer nada…" – Ouviu a sua mãe a sussurrar a seu lado.

"-Mas a cara dela…. Ela parecia estar a sofrer tanto. E se algo estiver errado?"

"-Nada está errado. A dor é algo que faz parte Draco. Eu não estava propriamente sorridente quando tu nasceste. Na realidade tive vontade de esganar o medi-bruxo que assistiu o teu parto." – Disse fazendo o filho esboçar um pequeno sorriso –"Não tens de te preocupar com a Ginevra nem com o bebé… Vai tudo correr bem. E depois, a dor é algo momentâneo, da próxima vez que a vires ela vai estar com o maior sorriso que possas imaginar."

Sentiu os braços da sua mãe a envolverem-no afastando a preocupação. Agora tudo o que restava era ansiedade.

Três horas. Estava naquela sala à mais de três horas. E naquele tempo todo quase desesperara uma dúzia de vezes. Já tinha contado todas as placas do tecto, todas as pintas nos ladrilhos debaixo dos seus pés, já tinha até tentado enumerar todos os nomes de todos os Weasleys e nada. Absolutamente nada sobre a sua ruiva.

Levou as mãos à cabeça pelo que parecer a milésima vez naquela tarde. Mas dessa vez, ao contrário das outras, foi interrompido.

"-Draco Malfoy?" – Chamou uma rapariga entrando na sala.

Levantou-se no mesmo segundo e caminhou até ela, sendo seguido pelos restantes presentes da sala.

"-Como é que ela está?"

"-Correu tudo bem?"

"-E Como está o bebé?"

"-Quando podemos vê-la?"

"-Silêncio!" – Ordenou a rapariga – "Sr. Malfoy faça o favor de me seguir. Os outros têm de esperar mais uns minutos."

Draco seguiu sem pensar duas vezes a rapariga, deixando para trás uma série de Weasleys zangados.

"-Como é que ela está? Posso vê-la?"

"-Estamos a chegar Sr. Malfoy." – Apontou-lhe uma porta mesmo em frente – "Parabéns Sr. Malfoy. Agora tem duas mulheres para tomar conta."

Draco sorriu de uma forma que ele próprio chamaria de idiota, mas quem podia culpa-lo por se sentir o homem mais feliz à face da Terra?

Entrou no quarto vendo de imediato o cabelo ruivo da sua mulher. Ela encarou-o com um sorriso maior do que podia alguma vez imaginar, a sua mãe estava certa.

Caminhou até ela olhando atenta para o bebé que dormia tranquilo nos braços da mãe.

"-A nossa Elina…" – Sussurrou ao beijar a testa da mulher –"Olá bebé…." – Murmurou passando de leve o dedo indicador sobre o punho cerrado da recém-nascida.

"-Não vais pegar nela?" – Ele apenas a olhou preocupado.

E se fizesse algo errado? E se magoasse a bebé?

Pegou-a cuidadosamente, com medo de fazer algo errado. Se antes o sorriso era evidente na sua face agora era-o ainda mais.

Acaricio lentamente as mãozinhas do bebé, balançando-a lentamente. Viu a pequena a abrir os olhos lentamente enquanto lhe apertava o dedo indicador.

"-Tem os teus olhos" – Sussurrou-lhe ao ouvido enquanto lhe acariciava os cabelos loiros.

"-Mas aposto que vai ter o teu sorriso." – Sussurrou-lhe de volta.

"-Que embrulho é aquele?" – Perguntou ao vislumbrar um pequeno embrulho no chão do quarto.

"-Era um presente para a Elina. Foi por isso que me demorei na Diagon-Al." – Respondeu apanhando o pequeno embrulho e passando-o à mulher.

Ginevra abriu o embrulho vagarosamente de onde tirou uma fina correntinha de ouro com uma pequena medalha circular. De lado da medalha um E gravado a azul escuro e no verso um W e um M entrelaçados.

"-É perfeita." – Murmurou colocando a correntinha em torno do pescoço de Elina.

Sentiu uma pressão sobre o seu tronco mas não ligou. Desde que a ruiva engravidara que era comum acordar com um dos braços dela por cima do seu tronco e por vezes uma das pernas.

Mas algo estava estranho aquela manhã. Sentiu umas mãozinhas pequenas sobre o seu peito e depois um beijo lambuzado na sua face.

Abriu os olhos só para encontrar uns muito azuis a fixarem-no.

"-Mas quem és tu?" – Perguntou fazendo-se de desentendido – "Ginevra?" – Chamou a mulher que estava deitada a seu lado –"Sabes da Elina?"

"-Papá!" – Gritou a rapariguinha abraçando-se a ele.

"-Bom dia princesa!" – Respondeu fazendo-lhe cócegas.

A pequena saltou do peito do pai e aninhou-se nos braços da mãe.

"-O que é que as minhas princesas querem fazer neste Domingo?"

"-E que tal tu fazeres bolo de chocolate só para começar bem o dia? Enquanto isso eu arranjo a Elina."

"-Como a minha ruiva quiser."

- - -

"-Elina, fofinha! Não corras!" – Draco perseguia literalmente a filha que insistia correr em torno da mesa da cozinha, coberta de bolo de chocolate.

A pequena deu mais uma volta à mesa enrolando-se em seguida às pernas da mãe.

"-Anda cá diabrete!" – Ordenou em to divertido pegando ma pequena ao colo.

"-Se não a consegues controlar agora que mal começou a correr não queiras imaginar como vai ser daqui a uns anos"

"-Não te preocupes… Esta ruiva aqui vai ser uma Slytherin, não vais Elina?"

A rapariguinha apenas sorriu lambuzando o pai de chocolate.

"-Elina volta aqui!" – Chamou correndo atrás dela pelo jardim.

"-Não!" – Gritou de volta antes de começar a correr em torno da piscina.

"-Vais cair Elina. Volta aqui agora!"

"-Eu disse que não serias capaz de controla-la quando crescesse. " – Disse fazendo o marido parar de correr.

"-Muito engraçadinha Ginevra. Que tal parares a tua filha agora?"

"-O que é que ela fez desta vez?"

"-Pediu-me para brincar com ela enquanto eu estava a tratar duns papéis."

"-Qual é o mal disso?"

"-O mal disso é que ela simplesmente agarrou nas folhas que eu lia e saiu do escritório com elas."

"-É uma verdadeira Slytherin! Saí ao pai!" – Comentou divertida – "Eu se fosse a ti recomeçava a correr atrás dela… Parece que os teus papeis vão conhecer o fundo da piscina."

"-Elina Weasley Malfoy!" – Gritou fazendo com que a pequena estacasse imediatamente.

Caminhou até ela, pegou-a ao colo e tirou-lhe as folhas da mão.

"-Não voltes a fazer isso, ok?" – Tentou repreender mas falhou miseravelmente. Viu a ruivinha a fazer beicinho e a irritação que sentia passou de imediato –"Não fiques assim fofinha. Vamos dar as folhas à mamã e depois vamos brincar, ok?"

"-Bela forma de a repreender" – Sussurrou-lhe ao ouvido enquanto segurava as folhas.

"-Sabes que eu não lhe resisto." – Sussurrou de volta ao ver Elina a chama-lo ao longe.

"-Depois quem atura a Slytherin mimada és tu."

"-Não te preocupes ruiva, logo arranjamos um Gryffindor para tu mimares" – Rebateu beijando-a em seguida.

"-Eu vou deita-la."

"-Não te esqueças da historia…"- Lembrou -" Eu já subo."

Ele soprou-lhe um beijo e ajudou a pequena a subir as escadas.

"-Vamos Elina! Pára de saltar na cama!" – Pediu enquanto ajudava a filha a deitar-se.

"-Conta!" – Pediu ela.

Draco deitou-se na cama e depois de aconchegar a filha nos braços pensou por um momento. Tinha a história ideal para lhe contar.

"-Era uma vez um belo príncipe que vivia num grande castelo. Ao lado desse grande castelo havia outro, onde ninguém morava. Mas certo dia uma linda princesa mudou-se para o castelo vazio. Era uma princesa linda, com longos cabelos ruivos e o sorriso mais bonito que o principie alguma vez vira. Mas havia um problema!"

"-Qual?" – Perguntou Elina meio ensonada.

"-O problema era que o príncipe e a princesa não gostavam nada um do outro."

"-Porquê?"

"-Não sei…. Só sei que um dia o príncipe descobriu o segredo da bela princesa!"

"-Qual?"

"-A princesa gostava dele."

"-E ele deu-lhe um beijinho?" – Draco riu antes de responder.

"-Sim, ele deu-lhe um beijinho."

"-E…depois?" – Perguntou entre bocejos aninhando-se mais nos braços do pai.

"-E depois eles casaram-se e tiveram a filha mais linda do mundo." – Olhou a pequena que dormia nos seus braços –" A filha mais linda do mundo…. Chamada Elina…"

"-Adorei a tua história." – Ouviu sussurrar à entrada do quarto.

"-Estás aí à muito?" – Perguntou enquanto se levantava e caminhava até ela.

"-Desde o principio…."

"-E o que achaste?" – Perguntou enquanto lhe beijava suavemente o pescoço.

"-Achei que precisas de melhorar a tua narrativa… Principalmente o final!"

"-Qual é o mal do meu final?"

"-Ora! Não estava certo!"

"-Como não?"

"-Tinhas de ter falado do irmãozinho da princesa Elina." – Comentou casualmente enquanto se deitava na cama.

"-Isso quer dizer que vamos ter um Gryffindor para mimar?" – Indagou deitando-se sobre ela.

"-Quer dizer exactamente isso!" – Respondeu fazendo o sorriso dele aumentar – "Sabes que mais, as avós vão ficar radiantes!"

"-Vão, mas não tanto quanto eu." - Respondeu beijando-a carinhosamente em seguida. – "E pensar que tudo começou graças a uma janela."

"-Na verdade Draco" – Começou ela, aninhando-se nos braços dele. – "Era bem mais do que uma janela." – Murmurou adormecendo em seguida.

- - - - - Fim - - - - -

N/A: Aqui ficou o longo e ultimo capitulo…. Esperamos realmente que tenham gostado tanto como nós gostámos de o escrever…Esta foi uma das melhores fics de se escrever, não só porque a escrevíamos juntas mas porque as ideias fluíam sem dar-mos por isso. Adorámos ler os vossos comentários, capitulo após capitulo, dando ideias ou simplesmente elogiando de forma bem querida! Foi realmente óptimo…Eu (Kika) por vezes tinha dificuldades de responder a tantos comentários, mas sempre me lembrava o bom que era recebe-los e então continuava a agradecer…

Miaka: É a frase foi querida, mas no nosso ver este capitulo é mais querido. E foi enorme. Esperamos que tenhas gostado do final…..e que comentes. JINHOS!

Paulinha Malfoy: Bem, esperamos que este capitulo tenha superado o anterior. Nós achamos que sim, é um capitulo fofo e longíssimo. Esperamos que tenhas gostado desta fic, que não teve drama, foi só paz e amor. JINHOS!

Carol Malfoy Potter: E aqui ficou o casamento, e não só….também ficou uma linda filha, e a noticia de um menino. Bem, mais uma fic que terminou….nem tudo dura para sempre….esperamos que tenhas gostado. JINHOS!

Ginny Molly Weasley: Coitados dos irmãos Weasleys? Bem, eles até não sofreram muito, nem foram maus. E esperamos que tenhas gostado do casamento, e do resto do capitulo…assim como também esperamos que tenhas gostado da fic. JINHOS!

aNiTa JOyCe BeLiCe: Também deste risada com este capitulo? Ele ficou bom? Ao menos ficou grande não foi? Esperamos que tenhas gostado deste glorioso e enorme final. JINHOS!

KatieRadcliffe: É, romance foi o que não faltou, fui super romântica, sem drama, sem crises, foi uma fic leve…mas a intenção sempre foi essa. Esperamos que tenhas gostado do final….JINHOS!

Nina: Não demoramos a actualizar, e mais uma vez o capitulo foi super romântico, também não havia como não ser, foi o final. Bem esperamos que tenhas gostado…JINHOS!

Franinha Malfoy: Light! Sim muito, muito light, mas foi essa a intenção desde o início. O que achaste do final? Ficou bom? JINHOS!

Pois é pessoal, mais uma fic que acabou……eu (RUTE) e a Kika queremos sem duvida alguma agradecer-vos todos os comentários, todos os elogios. Esperamos que se tenham divertido….nós divertimo-nos muito a escrever esta fic, esperamos que tenhas gostado.

MUITO OBRIGADA!

Ah não esqueçam de comentar!

JINHOS!

Rute Riddle

Kika Felton

1/8/2005