Mirok sentiu os sentidos voltando ao seu corpo. Sua cabeça estava girando logo que tentou abrir os olhos, então os fechou rapidamente.
"Onde eu estou?" – pensou o monge, percebendo a ausência da grama debaixo de si. Espere... grama? Sangue... E teia também veio a sua mente. E o youkai também... Ele fez uma tentativa inútil de se sentar no futon em que estava deitado, mas logo notou que os ferimentos não estavam totalmente curados. Então limitou-se a abrir os olhos novamente... Uma coisa era óbvia: estava na casa da senhora Kaede.
"Sango...?" – seus olhos pareceram tristes ao ver os pulsos enfaixados da jovem... Podia ter certeza de que os tornozelos dela também estavam enfaixados... Lembrava-se perfeitamente daquelas raízes.
Mas por que ela tinha aquela expressão tão triste? Talvez, os ferimentos estivessem doendo...
Naquele fúnebre silencio, ele pode ouvir um murmúrio.
"Mirok...!" – Sango sentiu os olhos encherem-se lágrimas ao ver que o monge estava acordado. Mesmo que ele estivesse deitado, ela o abraçou. Nesse momento, o rapaz sentiu aquelas gotas de água salgada molharem suas vestes. Ele ficou consciente de que sua expressão era melancólica... não queria vê-la chorando... muito menos daquele jeito.
A jovem logo se separou dele, tentando fazer as lágrimas pararem de descer por sua face. Tinha que ser forte, sabia disso. Já havia derramado lágrimas demais...
"Mirok..."
"Por que você foi?"
"Do... do que você está falando?"
"Não era pra você ter aparecido na luta."
"Mas..." – a raiva começou a aparecer em seus olhos. – "você estava correndo perigo! Como você queria que eu não fosse!"
"Eu apenas não queria que você se machucasse, Sango."
"Não me interessa...! Você poderia ter morrido se eu não aparecesse!"
"Seria melhor se eu tivesse morrido, do que você ter se machucado... Sango, olhe os seus pulsos..." – a jovem abaixou os olhos para ver os pulsos enfaixados. Por um momento ela permaneceu assim. Um momento em que Mirok achou que finalmente ela tinha entendido, mas estava enganado. A franja chegava a cobrir os olhos dela.
"Você só pensa em si mesmo? E como eu fico? Como fica o meu coração!" – ela levantou os olhos, furiosa, ao mesmo tempo em que o monge arregalava os olhos. – "não me importo se eu tivesse perdido a vida, pelo menos saberia que você ficaria vivo! Você não consegue entender isso!"
Ela se levantou, virando-se de costas pra ele. Mirok tinha razão, ela estava com os tornozelos enfaixados.
"É melhor eu sair antes que eu mesma mate você, Mirok." – ela já estava saindo da cabana, quando escutou algo.
"Sango... antes que você me mate, saiba que... eu estou feliz que você esteja bem..." – ela olhou de esguelha para ele, e pode vê-lo sentado no futon, com um singelo sorriso no rosto.
Silencio.
"Lembra que eu disse que não iria morrer antes de dizer tudo a você?" – ela ficou quieta, ainda de costas pra ele. – "Sango, aishiteru."
"O que?" – a jovem sentiu o ar esvair-se de seus pulmões. Como ele podia dizer aquilo daquela forma! Veias começaram a pulsar em sua cabeça. – "Mirok, eu vou te matar..."
"Agora que você já sabe, então fique a vontade" .
"Seu canalha... como você pode dizer isso assim!"
"O-o que eu disse?" o.o'
"Se eu dissesse isso pra você, o que você faria! Você é mesmo um baka!"
"Mas o que eu disse de tão grave assim?"
"Aishiteru!"
Silencio.
"Sango... quer dizer que você também me ama?"
"Já chega!"
"E-ei, espera, Sango... Sem violência, por favor... Ahhhhh!"
CENSURADO
OoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoOOoO
Já estava de tarde e Sango encontrava-se na beira de um lago. Observando o reflexo do por-do-sol... Lentamente, ela percebeu alguém se aproximando.
"Sango, você está bem?" – Mirok perguntou, sentando-se ao lado dela. A jovem o encarou, sem entender a pergunta.
"Estou... por que?"
"É que acabamos discutindo naquela hora e eu nem perguntei como você estava..."
"E falando nisso, você não deveria estar aqui. Você não pode fazer esforço, Mirok."
"Não se preocupe com isso . Já me sinto melhor" n.n
"Hmmm..." – Sango olhou-o, desconfiada. Mas depois voltou o olhar para o lago. – "você não acha que eles estão demorando, Mirok?"
"Hai... Mas não tem problema. Não íamos poder sair atrás dos fragmentos no estado em que você está."
"Olha quem ta falando." – ela olhou para Mirok, sarcástica. – "você é o único estropiado aqui."
"Hehehen.n' Era só pra descontrair" n.n'
"n.n'"
O sorriso continuava na face de ambos.
"Mirok... quanto ao que você disse hoje mais cedo..."
"Hu?"
"Eu... sinto o mesmo... por você." – Mirok voltou os olhos para ela e a beijou no rosto.
"Que bom."
Ela ficou surpresa com o beijo, mas tentou inutilmente esconder o rubor. No entanto, logo em seguida, cruzou os braços, levantando uma sobrancelha.
"Só uma coisa, Mirok... que história era aquela da camponesa?"
"O que?" o.o
"Não se faça de burro. Estou dizendo daquela conversa que estava apenas você e a camponesa na Floresta do Inuyasha."
"Ah, bom... ora, e o que é que tem?"
"Como "o que é que tem"! O que você fez com ela!"
"Nada... – Mirok ainda a encarava, confuso. – Mas pode ficar tranqüila, porque eu não fiz isso aqui."
Ele colocou a mão sobre o peito dela. Sango sentiu as veias voltarem a pulsar em sua testa.
"O que você pensa que está fazendo!"
PLAFT
"Ai... sabe, eu senti falta dessa dor, mas você poderia maneirar um pouquinho, né? Esqueceu que eu to machucado?" – Mirok estava com a mão no lugar onde havia levado o doloroso tapa.
"Pra mim está ótimo, porque eu posso acrescentar mais alguns machucados."
"Hehehen.n' Não, obrigado. Eu dispenso essa parte..."
"Já que você não quer, aí é que eu vou fazer mesmo" – Sango tinha uma expressão maléfica.
"Ai, meu Deus... Por que eu fui falar isso?" – ele foi se afastando dela, mesmo estando no chão. – "Sango, você não teria coragem de bater em alguém nesse estado, né?"
CENSURADO
"Ai... sim, teria..." – murmurou Mirok, estatelado no chão. Sango já estava se distanciando, furiosa.
"E anda, porque eu tenho que trocar os seus curativos!"
"Andar! Como você quer que eu ande desse jeito que você me deixou!"
"Ora, dá o seu jeito!"
Mirok suspirou.
"Ai... não entendo... Como eu posso me apaixonar pelas mulheres violentas? Desse jeito não vou sobreviver até o casamento..." u.u"
"S-S-Sango?" O.O
"Ahhhhhhhhhhhhh!" – O grito do monge conseguiu até espantar os pássaros das arvores.
Até quando será que ele iria sobreviver...?
Quanto a isso, tiraremos nossas próprias conclusões n.n'
Fim
Fim! o/
Pois é, chegamos ao final da fic n.n Não tenho muito o que comentar sobre esse ultimo capitulo, então... Apenas quero agradecer de coração a todos vcs que acompanharam a fic, mesmo que não tenham deixado nenhuma review o/
DOMO ARIGATOU! -fazendo reverencia-
Desculpem qualquer coisa, e obrigada pelas reviews do ultimo capitulo:
-Marina
-Talissa
-Marcella
-claKawaii
-Amanda e Luana
Amo vcs! n.n
Bom, então... ate a proxima fic o/ Ou ate o msn xD
Bjs!
Kiyuii-chan