Oi pessoal!

Sei que tem quase um século que não atualizo, DESCULPEM-ME! (Kayene ajoelhada implorando perdão com as mãos entrelaçadas em súplica)

Estava com muitos problemas pessoais, a vida da muitas voltas, né?.. Enfim... O importante é que agora estou convicta e determinada a terminar TODAS minhas fics já começadas.

Espero conseguir postar um capitulo de Brilho de uma Esmeralda por mês.

Aproveitando, estou revisando os capítulos anteriores mas, vou com calma! :)

Please! Deixem reviews e façam uma autora feliz! :)

Bejinhos e divirtam-se!

Disclaimer: Sakura Card Captor pertence ao grupo Clamp. A história sim, é de minha autoria. :)

...

Capítulo 13

O Rei, o príncipe Toya e o general Yue fizeram o percurso em coches, numa cavalgada definitiva para decidir se estariam em paz ou amaldiçoados pelo resto da vida.

A comitiva japonesa estava muito bem guardada por soldados chineses que haviam sido incumbidos de protegerem os senhores nipônicos com suas vidas. O Gerenal Yui achou desde o começo, isto, um pequeno exagero; dispor de tantos guardas assim para um viagem tão curta, tanto em extensão quanto em tempo de estadia.

"Acredito que não haja necessidade de tantos guardas para tão pequena viagem! Temos alguns samurais conosco também. Mas o imperador fez absoluta questão! Acho isso um tanto estranho!"

Permaneceu em silêncio, pensando consigo mesmo e deixou para comentar com Toya ou mesmo sua alteza numa ocasião mais propícia. Resolveu deixar esses pensamentos de lado por um tempo pois uma outra preocupação reinava em sua cabeça: 'Se esse príncipe ousar, mas mesmo que em pensamentos, fazer minha flor de cerejeira infeliz, eu juro por minha honra que o cortarei em pequenos e minúsculos pedaços. Mesmo que depois eu vá ser punido como traidor, morto e esquartejado! Eu Juro!' com esses nebulosos pensamentos, segurou o punho da Katana com toda a força e ira que possuía.

Percorreram todo o trajeto em silêncio, cada um fechado em seus próprios e nublados pensamentos. Tudo transcorreu tranqüilamente, até que os coches desaceleraram e por fim, pararam.

O monarca Nipônico, seguido do filho mais velho e seu fiel amigo, chegaram, enfim, ao castelo de veraneio de interior da família dos monarcas chineses para irem ao encontro da tão estimada e querida princesa Sakura e assim, tirar a prova dos nove. Conhecendo a espontaneidade da princesa como os três conheciam logo e imediatamente já saberiam o rumo de seus humores dali pra frente.

A preocupação estava estampada nos rostos daqueles honrados homens. Seus corações batiam aflitos e com sentimentos conflituosos no entanto, reinava um único pesar: saber se a tão adorada princesa estava em boas mãos e se estava feliz com aquela repentina união.

Desceram dos coches. Seguidos dos guardas adentraram o castelo, sendo bem recepcionados pelos servos que ali se encotravam.

A princesa correu com um enorme sorriso para os braços do homem dos seus 40 anos que entrara no castelo.

"Papai!"

Toya e Yue vinham logo atrás. Ela se alegrou ainda mais.

"Toya! General Yue" Ela os cumprimentou com um enorme sorriso de alegria ao olhar em seus rostos visivelmente abatidos. "Vocês parecem estar muito cansados! Venham, entrem! Aqui é muitíssimo acolhedor e aconchegante!"

"Que surpresa agradável tê-los aqui conosco!" Puderam ouvir a voz grave do príncipe que vinha recepcionar os recém-chegados. Shaoran desceu uma pequena escada logo à entrada do saguão principal do castelo. Sakura esticou-se para olhar o dono daquela tão adorada voz. Seus ricos olhos esmeralda eram meigos, entretanto, não conseguiu esconder o fogo da paixão. Abriu um enorme sorriso para o esposo.

Yue, perspicaz como uma raposa, nestes pequenos segundos, percebeu o clima que havia entre os dois. Sentiu um misto entre ciúmes e alívio.

"Vim despedir-me. Preciso voltar ao Japão. Não posso ausentar-me por tanto tempo assim do nosso país." disse Kinomoto para a filha que não desgrudava do pai.

"Ah! Eu entendo, papai." Comentou a moça, fazendo um pequeno beicinho terminou. "Mas bem que poderiam permanecer um pouco mais antes de irem".

A essa altura, Kero e Tomoyo que estavam dentro, chegaram. Juntamente com Ériol, cortes, logo se apresou em recepcionar o monarca.

Entraram e foram levados para os apartamentos designados a eles.

Já era começo da noite quando eles adentraram seus quartos para descansar um pouco antes de se alimentarem. Desde que souberam da chegada da família real japonesa por Ériol no dia anterior, os empregados tiveram que adaptar-se para receber tantas pessoas, num espaço de tempo tão apertado.

À hora marcada estavam todos na ante-sala de refeições. Mesmo famintos aproveitaram para conversar com o recém casal. Kinomoto logo ficou com o coração em paz ao perceber que Shaoran era um rapaz digno de total confiança juntamente a Ériol, que era alguém muito elegante e honrado. Depois de alimentarem-se retiraram-se para seus quartos e descansaram.

Depois de tamanho 'stress psicologico'. nervos maltratados puderam relaxar ao perceberem que Sakura estava bem e feliz.

Sem combinar previamente, logo cedo, bem antes do nascer do sol, Toya e o general Yue já estavam de pé. Encontraram-se por coincidência nos corredores ainda dentro do castelo. Aproveitaram para dar uma volta pelas redondezas. A essa hora já havia pessoas transitando pelos arredores para começarem com os afazeres do dia. Aproveitaram para pedir a alguém que os guiassem pelo castelo e pelos arredores. Foram imediatamente acompanhados pelo guardas pessoais e por ordem do monarca da China deveriam estar sempre junto com os príncipes ou o rei. E ficou bem claro que incluídos nesta ordem também estavam Shaoran e Sakura.

Mesmo assim o príncipe Toya quis argumentar com os guardas reais chineses.

"Não há necessidade de nos acompanhar. Levarei minha espada e também já estarei sendo acompanhado de um melhores guerreiros do Japão." O príncipe Toya dirigiu-se para um dos guardas. Mas para a sua surpresa o guarda lhe respondeu que todos tiveram ordens exclusivas para não se ausentar de maneira nenhuma. Quanto mais proteção tanto melhor. Toya e Yue entreolharam-se com o canto do olho.

"Algo está a acontecer neste país? Há aqui alguma rebelião ou algo do gênero?" Perguntou Yue a um dos guardas, desconfiado.

"Não nos é permitido dizer nada a respeito. Seria melhor conversarem com vossa alteza real o príncipe Shaoran ou mesmo o senhor Ériol! Eles saberiam explicar melhor a situação em que nos encontramos."

Então resignados, resolveram, mesmo assim, conhecer os arredores. Saíram em silêncio.

O ar era realmente muitíssimo agradável. A temperatura estava levemente fria. A esta hora já estava amanhecendo. Uma névoa fina cobria a vegetação dando ao cenário uma beleza digna de uma belíssima pintura.

Andando pelos caminhos encontraram um córrego. Estavam em silêncio. Yue, como sempre, mantinha-se em total alerta. Ele carregava duas espadas presas do lado direito ao obi preto amarrado em sua cintura. Ele era canhoto. Este fato não era algo muito corriqueiro na sociedade Japonesa, no entanto, dava uma enorme vantagem na hora da luta.

Em dado momento, quando estavam caminhando no percurso do córrego, Yue, rápido como um felino e astuto como uma raposa, pressentindo uma presença, agarrou o bainha da katana com a mão esquerda e numa velocidade assustadora correu em direção a mata virgem.

Toya, já intuindo o que havia acontecido e conhecendo a capacidade e os talentos do amigo samurai ficou a espera, também segurando o punho da sua espada. Os dois guerreiros que os acompanhavam montaram guarda junto ao príncipe. Tinham ordem de protegerem a família real japonesa com suas vidas.

Em menos de dez minutos, o renomado general retornou com um homem de estatura baixa, aparentando ter quarenta anos de idade, cabelos cumpridos, muito pretos, olhos da mesma cor e uma barba rala com uma trança fina na ponta. Em seu rosto, redondo e largo, havia uma cicatriz profunda, na face esquerda; mostravam uma vida de guerras, lutas e dificuldades. Trajava um camisolão grosso, inteiramente marrom escuro, preso a cintura por um cinturão largo de couro, igualmente marrom. Um tecido grosso cobria-lhe a cabeça; parecia um capuz, também marrom. Os cabelos cumpridos eram vistos caindo de dentro desse capuz. Uma bota de couro de camurça marrom completavam aquele visual tribal.

Yue o surpreendeu e o capturou, rendendo-o. Seu olhar tinha a intenção de matar. Era como uma faísca de ódio. Seus dentes estavam rangendo um contra o outro.

"O que exatamente é este homem?" foi a pergunta de Toya para Yue.

"Parece um guerreiro de tribos Mongóis, que vivem no centro deste continente. Senti que havia alguém nos seguindo desde que entramos nessas áreas. Já estava muito incomodado com a presença. Resolvi agir sem comentários para não ser percebido. Não é preciso ser muito inteligente para dizer que há algo fora do normal acontecendo aqui. Achei estranho o imperador da china ordenar para tantos guerreiros virem conosco como guardas. Desde então, minhas atenções tem sido redobradas. O mais prudente seria voltarmos para dentro do castelo e fazer um interrogatório incisivo neste homem."

E assim foi feito...

Ao chegarem ao castelo, os guardas que estavam com os dois japoneses, reportaram a seus superiores o ocorrido e estes prenderam o homem em correntes pesadas e muito fortes num calabouço.

Ainda era bastante cedo mas, Ériol que já estava de pé acompanhou toda a estranha movimentação. Percebendo que não havia mais condições de esconder os fatos e a situação, foi ter com Shaoran. Mesmo estando muito constrangido apresou-se em bater à porta do quarto dos recém-casados.

Shaoran e Sakura estavam já acordados mas ainda deitados na cama. Shaoran brincava com os cabelos sedosos da moça deitada em seu peito nu. A porta bateu bruscamente quatro vezes.

"Quem pode ser?" dizia Shaoran revirando-se para ver o que estava acontecendo. Mais quatro batidas... Ele caminhou ate a porta abrindo-a com cara de poucos amigos. Os cabelos despenteados e desarrumados davam ao homem um ar de pura sensualidade. Para sua total surpresa deu de cara com o discreto Ériol.

"Desculpe-me, meu príncipe. A última coisa no universo que eu desejava fazer era ter que bater à sua porta, mas a situação é de extrema urgência! Preciso lhe falar imediatamente." murmurou a Shaoran.

"Não me assuste, diga logo o que houve!?" Shaoran com a voz sonolenta e rouca exclamou em tom de indagação.

"Sem rodeios. O general Yue capturou um espião mongol enquanto ele e Toya estavam caminhando pelas redondezas. É preciso tomar uma atitude urgente com relação aos recentes acontecimentos e aos japoneses. O príncipe Toya e principalmente o general Yue estão indagando aos guardas, desconfiados. Creio ser impreterível uma reunião para esclarecer os fatos e o ocorrido." O rosto sonolento de Shaoran foi substituído por um outro apreensivo.

"Parece-me que fiquei sem alternativas. Vou tomar a responsabilidade de conversar com o pai de Sakura para reportar o que nos ocorre. Convoque uma reunião com o Rei, Toya e o general logo depois do café" disse também num murmúrio.

Entrou e encontrou a jovem senhora esparramada na cama. 'Como é bela!' Ele aproximou-se e a beijou com ternura.

"Temos que levantar, minha deusa de olhos verdes. Houve um incidente muito sério agora pela manhã."

Sakura ao ouvir a expressão "incidente sério" arregalou os olhos dando um pequenino saldo na cama. "O que houve?"

"Não se preocupe!" disse-lhe beijando a testa com ternura, tentando acalma-la, percebendo que havia deixado-a apreensiva. "Pelo que Ériol disse é algo sério, mas está sob controle."

"Ah! Você não poderia me contar? Talvez eu possa ajudar em alguma coisa!" Disse com rosto dengoso capaz de derreter qualquer marmanjo.

"Certo... Você venceu, me fisgou completamente. "É irresistível esse seu charme!" Ele disse acariciando-lhe o rosto e sentando-se na cama começou uma pequena explanação:

"Eu já comentei muito superficialmente que estamos passando por algumas dificuldades e que é muito perigoso sair pela redondezas sozinha sem um guerreiro ou algum guarda pessoal." ela consentiu com a cabeça com um sim, atenta as palavras do jovem príncipe.

Ele continuou: "Pois então, indo direto ao ponto e sem dar rodeios, o império mongol invadiu a china há algum tempo atrás. Nós nos defendemos e expulsamos os Mongóis do nosso território. Acreditávamos que estava tudo resolvido. Mas infelizmente, nos últimos dias, uma movimentação estranha e as escondidas vem sendo percebida. Encontramos alguns espiões mongóis em território chinês. A paz que achávamos que havia sido conquistada foi substituída por uma guerra psicológica. Os espiões mongóis capturados são levados a interrogatório contudo, preferem morrer sem dizer uma palavra se quer. Não conseguimos saber os reais planos do imperador Khan, nem a movimentação deles. Agem em silêncio, às escondidas. Mas uma coisa é certa. A estratégia do imperador Khan é criar um terror psicológico. Eles ficam como ratos, a espreita, nos observando. Percebemos que há uma comunicação entre os espiões, acreditamos que sejam águias treinadas".

Shaoran parou por um segundo suspirando. Se deu conta nesta hora que a esposa nem ao menos piscava, com os olhos arregalados.

Ele aproximou-se e beijando seus lábios com carinho completou:

"Não se preocupe, minha flor, estamos tratando disto. Agora preciso trocar-me." Sakura o segurou pelo braço delicadamente.

"E o que foi o incidente sério que ocorreu esta manha?" pergunta Sakura antes que o esposo pudesse se levantar da cama.

"Ah, sim!" Ele já ia esquecendo. "O General Yue capturou um espião esta manhã enquanto caminhava com seu irmão pelas redondezas. Preciso reunir-me com seu pai e seu irmão o quanto antes para pô-los a parte desta situação que acabo de lhe contar. Convoquei uma reunião para esclarecer os fatos."

Já estava a hora do café. Todos os dias pela manhã à mesma hora, Tomoyo vinha com Kero de guarda costas, para trazer a refeição matinal do casal. Kero aproveitava para se refestelar no meio do jovem casal e comer o que sua senhora lhe oferecera.

"É realmente muito guloso. Aposto que já comeu um gigantesco pedaço de carne, não é?"

O enorme leão escondeu a cara entre as patas para demostrar vergonha.

Shaoran estava visivelmente tenso. Comeu pensativo e em silêncio. Sakura deduziu que seria mais prudente manter esse silêncio para que o marido pudesse pensar melhor.

"Gostaria que me acompanhasse nesta reunião, minha princesa! Acredito que sua presença será primordial" Ele disse num ímpeto. Pedindo o apoio da esposa.

Ela arregalou os olhos.

"Claro, meu amor! Se eu puder ajudar estarei muito feliz em te acompanhar." Disse abrindo um enorme sorriso e foi observada por Kero que a intimidou com olhos de interrogatório.