Capitulo 30- Dom

Um uivo alto cortante atravessava a noite calma e abafada de Hogsmeade, provavelmente a última do ano. Numa casa no alto de uma colina, na saída do vilarejo, um garoto passava por mais uma noite de tortura. Do lado de fora, apoiados na cerca que ladeava a casa, três garotos de aparentes treze anos olhavam pesarosos para a casa à frente. Dividiam uma sacola de doces de uma loja que ficava na entrada do povoado.

-Não podemos ajudar-falou Sirius. Não era uma pergunta. Era a afirmação de um fato. Fato que os levava a estarem em frente à Casa dos Gritos, na última noite de verão do ano, quando deveriam estar em seus dormitórios dormindo.

Tiago e Pedro não responderam. Não havia o que falar. Tudo o que poderia ser feito para ajudar Remo já estava sendo feito. Eles estavam andando o mais rápido que podiam com a transformação em animagos. Esperava-se que dentro de alguns meses Sirius já pudesse modificar algumas coisas em sua aparência. E na próxima Lua Nova, Pedro e Tiago descobririam em que animais se transformariam. Não havia mais nada a ser feito até lá.

Tiago deu as costas para casa e rumou de volta para a Dedosdemel. Não suportaria ficar mais um único minuto ouvindo os uivos do amigo sem poder fazer nada. Sem questionar ou hesitar, os outros dois foram atrás.

Sabrina estava sentada no parapeito da janela de seu dormitório na torre da Corvinal. Olhava preocupadamente para os jardins de Hogwarts. A lua cheia brilhava e uma pequena parte do lago podia ser vista.

Ela percebeu o exato instante em que Sirius pisou no castelo. Sabia que ele estava acompanhado de Tiago e Pedro, e que os três caminhavam devagar pelos corredores sombrios do colégio, cobertos pela capa da invisibilidade que já começava a ficar demasiada pequena. Não estavam acompanhados de Remo. Mas ela não se preocupou. Sabia onde ele estava. Assim como sabia que os quatros marotos vinham tramando alguma coisa realmente grandiosa. Sirius nunca lhe contara nada disso, era leal aos amigos, mas ela simplesmente sabia. Do mesmo jeito que sabia seu nome. Sabia que nas noites mais frias do ano, Sirius costumava sentar-se na beira do lago para pensar. E ultimamente os pensamentos dele vinha-na preocupando.

Fechou os olhos e quase pode ver os três se encaminhado calados para a torre da Grifinória, voltando de mais uma ida noturna e ilegal a Hogsmeade. Concentrou-se em Sirius e pode perceber que estava angustiado. Decidiu que talvez ela devesse esperar a Lua cheia passar para ir falar com ele. Seus pensamentos se aprofundaram mais ainda nos deles, sem que ela percebesse

Ele estava preocupado com Remo e com mais alguma coisa que ela não conseguia saber o que era. Com alguma transformação. Inconscientemente vasculhou mais fundo a mente dele. Era extremamente difícil fazer isso. No passado conseguira entende-lo facilmente. Mas agora sua mente estava cheia de barreiras que ela não conseguia quebrar e de portas fechadas que ela não podia abrir, algumas por respeito e outras pelo fato de que o próprio Sirius não as abria.

A imagem de um cão negro apareceu diante de seus olhos e ao mesmo tempo em que ela entendeu o significado daquilo sentiu o desespero tomar conta dela. Saiu rapidamente do transe que havia entrado sem perceber e, na sua agitação, acabou por cair no chão do dormitório.

Por pouco ele não percebera sua presença. Sirius ainda não havia se dado conta de que a velha ligação entre os dois tinha voltado desde que eles haviam feito as pazes naquele verão. E por enquanto ela não pretendia falar. Estava muito mais forte que antes e isso a assustava, ao mesmo tempo em que não podia deixar de explorar o mundo de possibilidades e vantagens que isso trazia.

Passou a mão pela testa e percebeu que estava molhada de suor. Percebeu também que estava extremamente cansada. Haviam esgotado todas as suas forças na incursão noturna que fizera. Não estava mais acostumada com aquilo.

Resolveu ir se deitar. Fora longe demais para uma única noite.

Estávamos na masmorra de poções. A velha cachaceira de poções andava por entre os caldeirões supervisionando as poções. Se derretia em elogios para Snape q despejava criticas para as poções dos Grifinórios.

Sirius e Tiago estavam sentados um ao lado do outro em carteiras a minha frente, Pedro estava desesperado ao meu lado enquanto eu cochichava o que ele deveria fazer para que a poção ficasse azul escuro, e não laranja.

Eu passei os olhos pelo resto da sala. A professora – o costume de xinga-la fazia com que eu esquecesse com freqüência seu nome –, derretia-se em mais um elogio ao ranhoso. Não que eu achasse injusto. Isso era algo que nem mesmo os marotos poderiam negar, Severo Snape era em exímio preparador de poções. Sirius e Tiago estavam concentrados em suas poções. Concentrados demais. Qualquer um que resolvesse olhar para os dois por alguns instantes perceberia que suas vestes estavam ligeiramente estufadas na parte da frente. Os dois haviam passado a aula inteira recolhendo ingredientes para alguma poção. E eu não precisava ser um exímio fazedor de poções para perceber que aqueles ingredientes só poderiam resultar em duas coisas, ou a poção não daria certo e explodiria, ou ela não daria certo e soltaria um fedor horrível. O pior, é que eu desconfiava que eles soubessem disso.

O sinal indicando o término da aula de poções tocou. Sirius e Tiago jogaram todo o material dentro da mochila e correram apressados para fora da sala. Eu não me preocupei. Sabia que eles estariam esperando na saída das masmorras. Não por mim e por Pedro, mas sim por Snape. Ele ainda não havia recebido nenhum "tratamento especial" naquele ano. Ainda.

Guardei meu material despreocupadamente e observei Snape sair das masmorras já com a varinha nas mãos. Ele também sabia.

Tiago e Sirius aguardavam encostados na parede no final do corredor. Todos os Grifinórios e Sonserinos mais precavidos já haviam percebido isso e se mantinham a uma distancia segura. Os mais Sonserinos mais espertos haviam ido embora.

Snape se adiantou segurando firmemente a varinha. Ao que parecia pretendia passar desapercebido.

-Onde você pensa que vai Ranhoso?-perguntou Sirius

Sirius começara. O que significava que seria Tiago a lançar o feitiço

Snape não respondeu ao invés disso ergueu a varinha e lançou um expelliarmus na direção de Sirius que conseguiu desviar milagrosamente.

-Está ficando bom nisso Ranhoso-falou Tiago-Mas ainda precisa treinar muito para chegar ao nosso nível.

-Jamais me rebaixaria ao nível de vocês-falou Snape

-Ele está com a língua afiada hoje, não Almofadinhas?-perguntou Tiago

-Afiada demais para o meu gosto-completou Sirius com os olhos brilhando.

Eu prendi a respiração. Estava dado o sinal para Tiago começar. Olhei a minha volta. Todos prendiam a respiração e tinham os olhos voltados para o trio no meio do circulo. A exceção de Hayla e Lily.

Hayla me olhava como que perguntando se eu não ia fazer algo para impedir e Lily se concentrava única e exclusivamente em lançar olhares de ódio mortal para Tiago. Devolvi o olhar de Hayla e dei de ombros. Afinal, o que eu podia fazer para impedir aqueles dois? Só esperava que eles não fossem longe demais.

Tiago sacou a varinha e num rápido movimento fez com que Snape ficasse pendurado de cabeça para baixo.

-Como é ver o mundo de cima ranhoso?-perguntou Sirius e parte dos alunos presentes riram.

-Finalmente ele está onde sempre quis-falou Tiago- Só mesmo assim para ficar acima da população bruxa.

-É o máximo que você vai chegar, com isso-declarou Sirius

-Ao contrario de vocês, que nunca conseguirão nem isso-Declarou Snape furioso.

-Cuidado com o que fala!-disse Sirius sorrindo-Limpar!-falou apontando a varinha na direção da boca de Snape. Logo ele estava espumando, e não era de raiva.

-Esse feitiço é realmente útil.-falou Tiago

-As detenções serviram para alguma coisa-completou Sirius

Quando Tiago se voltou novamente para Snape. Uma voz e um feitiço irromperam do circulo que fora formado.

-Expelliarmus-gritou Lily.

O feitiço atingiu Tiago o derrubando no chão. O atordoamento com a situação fez com que ele deixasse Snape cair.

-O que você pensa que está fazendo Evans?!-berrou ele enquanto massageava a cabeça que havia batido de encontro a pedra dura e fria do chão da masmorra.

-O que VOCÊ pensa que está fazendo Potter?-respondeu furiosa- você não tem o direito de fazer isso com ninguém!

-O que eu deixo de fazer ou não, não é da sua conta Evans!-respondeu Tiago.

Lily ficou lívida de raiva, porém no momento em que ia responder a velha cachaceira de poções apareceu.

-O que está acontecendo aqui?-perguntou ela.

-Nada-apressou-se Sirius

-Potter. O que é isto na sua cabeça?-perguntou apontando para o galo que se formara na cabeça de Tiago. Desde que Tiago e Sirius entraram na escola que ela andava doida por um motivo para aplicar detenções que durariam no mínimo duas semanas.

-Um acidente-respondeu Tiago frio encarando Lily.

Se Lílian ficou surpresa com a atitude dele, não demontrou

Ela percorreu os alunos com o olhar e se deteve em Snape

-Sr. Snape-chamou-está acontecendo algo que eu deva saber?

-Não-respondeu Seco. Ele jamais iria apelar para a ajuda de um professor. Iria se vingar de Sirius e Tiago pessoalmente.

Dando por fracassada a tentativa de deter Sirius e Tiago a velha deixou o corredor de poções.

-Vocês me pagam-ameaçou Snape quando passou por Tiago e Sirius para ir ao salão principal.

Sabrina olhava para a mesa da Grifinória. Os quatro marotos mantinham as cabeças muito juntas e ela não precisava de nenhum artifício para descobrir que estavam tramando algo. Pam e Lily haviam sentado-se à mesa da Corvinal naquela noite e já haviam lhe contado o acontecimento nas masmorras. Ela sabia que Lily estava de extremo mal-humor e prestes a ir falar com Tiago e lhe agradecer por não ter dito nada sobre o feitiço que ela lhe lançara. Pam tentava anima-la falando sobre futilidades que Sabrina concordava ocasionalmente. Mas sua mente estava muito longe daquela conversa. Concentrava-se nos quatro Marotos, ao mesmo tempo em que resistia com todas as suas forças a "ver" o que Sirius tramava.

Fazia dois dias que ele tinha percebido que a ligação voltara. Ela sentira isso, embora desde a última lua cheia não acessara mais a mente dele. Estava na hora dos dois conversarem e ela esperava que fosse naquela noite, mas pelo que parecia ele estaria ocupado. Concordou com alguma coisa que Pam lhe perguntava e voltou a olhar para a mesa da Grifinória. Sirius levantou a cabeça e a encarou. Parecia que eles iam conversar naquela noite.

Sirius, Tiago, Pedro e eu estávamos na sala do jardim. Era a vez de descobrirmos no que Pedro iria se transformar. Tiago teria de esperar pela próxima lua nova. Não haviam ingredientes suficientes para duas poções. E o estoque só seria reposto no próximo mês, quando as folhas e ervas necessárias teriam crescido o suficiente.

-Muito bem Pedrinho-falou Tiago- precisamos de uma gota do seu sangue.

-E não faça o mesmo escândalo que o Almofadinhas-lembrei me referindo a vez que Sirius tivera de furar o dedo para saber em que animal se transformaria.

Pedro soltou uma risada ao lembrar da cena, mas mesmo assim parecia nervoso. Eu nunca entenderia aqueles três, o que há de tão apavorante em uma gota de sangue.

Pedro estendeu a mão, fechou os olhos e virou a cabeça na direção contraria. Eu suspirei inconformado. Nem pareciam Grifinórios. Retirei uma agulha do bolso e furei o dedo dele. Uma pequena, mas suficiente, gota de sangue caiu dentro da poção.

-Conjure logo o feitiço, Pedro-ordenou Tiago

Pedro tirou a varinha das vestes se concentrou e conjurou o feitiço.

Por alguns instantes nada aconteceu e eu achei que talvez o feitiço tivesse dado errado, mas então a poção começou a atingir a cor cinza e o que pareciam pequenas estrelas começaram a formar uma imagem no centro da bacia de pedra.

Sirius foi o primeiro a se pronunciar.

-Um rato?-perguntou incrédulo

-É... Um rato-falou Pedro. Parecia decepcionado.

Ficamos em silencio por mais alguns instantes, certamente nenhum de nós esperava por um rato.

Tiago olhou para a expressão de decepcionado de Pedro. E seu rosto se iluminou

-Para que esse desanimo todo?-perguntou ele alegre

Pedro olhou para ele sem entender

-Um rato pode ser realmente útil!-falou ele- ainda mais agora que a capa está ficando pequena para nós quatro. Você pode se transformar em rato e ir no bolso de um de nós. Ou pode apertar o nó do salgueiro lutador sem termos que travar aquela batalha com ele, ou ainda pode espiar os sonserinos! Do que você está reclamando? Um rato no grupo vai ser realmente útil!

-Está falando sério?-perguntou Pedro, os olhos brilhando

-Claro-respondeu Tiago animado- Ou você acha que esse cachorro inútil que nós arranjamos vai servir para alguma coisa além de latir?

Pedro sorriu e pareceu se animar verdadeiramente. Eu e Sirius nos entreolhamos. Tiago era realmente um ótimo amigo. Ele e Pedro agora começavam a traçar planos para o futuro. Planos que incluíam colocar um rato na cama de Severo Snape. Juntei-me aos dois a fim de parecer que concordava que um rato poderia ser realmente útil no futuro. Sirius, porém pegou a capa da invisibilidade e saiu da sala.

Sabrina estava sentada na beira do lago, escondida pelas sombras e longe de qualquer curioso que resolvesse olhar pelas janelas.

Estava pensando no motivo pelo qual ela estava ali. Ela e Sirius tinham uma ligação. Ambos sempre souberam disso, embora depois que os dois brigaram haviam bloqueado tudo que tivesse haver com o assunto. Uma magia antiga que eles haviam despertado sem saber.

Ela e Sirius ainda eram crianças, não tinham mais que seis anos cada um. Estavam em uma viagem pelo México com os pais dela e naquele dia visitavam um templo mágico. Haviam tido uma discussão naquela manhã, nada sério, coisas de crianças, mas não se falavam. Em determinada parte da excursão ao templo, ela se distanciara do guia e de seus pais e enveredara por um caminho estreito e pouco utilizado. Sirius a seguiu. Os dois andaram em silencio até chegarem à uma ampla sala com um lago cristalino bem no centro. As paredes eram cobertas de inscrições em um idioma antigo. Ela se adiantou em direção ao lago e se mirou nele. Sirius sentou-se ao seu lado. Os reflexos dos dois se fundiam na água.

-Me desculpe-pediu Sirius subitamente

Ela olhou para ele com lágrimas nos olhos. Sorriu e o abraçou.

-Promete que nunca mais vamos brigar?-perguntara

-Claro.-respondeu ele sorrindo.

Ela também sorriu e pegou uma pedra afiada da margem do lago. Vira duas garotas fazendo isso uma vez. Elas prometiam uma a outra nunca mais brigarem.

-Vamos fazer um pacto-disse a Sirius

Ele a olhou confusa. Ela explicou.

-Um pequeno corte na minha mão, e um na sua-falou repetindo as palavras das garotas- e os dois

sangues se unem. E nós seremos para sempre amigos.

Ele aceitou. Naquela época ainda não tinha medo de sangue. Pegou a pedra que ela segurava e fez um corte na palma de sua própria mão. Ela o imitou. Juntaram as mãos naquele que seria não apenas um pacto de sangue. Então quando os dois sangues se misturaram, aconteceu.

Uma luz envolveu os dois e um turbilhão de cores e sons encheu a sala. O espectro de uma mulher surgiu diante deles. Ela ainda se lembrava das palavras que ouvira naquele dia.

"Um pacto foi feito

Com sangue, alma e coração

Não poderá ser desfeito

Uma união foi selada

Um dom e uma maldição lançada"

Na hora nenhum dos dois entendeu as palavras da mulher. Eram muito novos e estavam assustados demais para pensar sobre o assunto, de modo que foram embora o mais rápido que podiam.

Somente semanas depois é que perceberam. Tornaram-se capazes de ler a mente um do outro. Não exatamente ler. Não podiam saber com precisão os pensamentos que passavam pela cabeça do outro, mas podiam perceber suas emoções, sabiam quando estavam com raiva, medo, quando precisavam da companhia um do outro. No início era tudo muito divertido, mas à medida que entravam cada vez mais nesse mundo as coisas começaram a se complicar. Não conseguiam mais controlar as vezes que "vasculhavam" a mente um do outro, fazendo-o muitas vezes sem intenção. Podiam sonhar o que o outro sonhava, e com o tempo deixaram de apenas perceber para também sentir o que o outro sentia. Quando ele estava triste, ela podia sentir, era quase uma dor física. E então ela chorava, não só por sentir o que ele passava, mas por saber como ele estava e não poder evitar. Foram noites sem dormir vendo as imagens dos pesadelos dele, de seu sofrimento com a família. De seu medo.

Quando teve idade suficiente para procurar em livros o que aquilo significava descobriu tratar-se de uma magia antiga.

A sala em que eles estiveram era de uma antiga comunidade bruxa, usada para selar, acordos. De guerra, de amor, de lealdade e até de ódio. Quando eles prometeram serem amigos para sempre e haviam usado o sangue para isso, despertaram a magia que havia na sala e com ela o que o livro chamava de "O Dom de Ler Almas"

E agora esse dom voltara e com mais força.

Ela sabia que as coisas seriam mais difíceis, mas ela não escolhera voltar, o pacto não podia ser desfeito, lembrou. Estivera apenas adormecido durante o tempo em que estiveram brigados.

Sabrina suspirou cansada. Tudo voltaria a ser como antes, ou talvez muito pior, agora que os dois estavam mais velhos, e as emoções mais complexas.

Sentiu ele sentar-se ao seu lado coberto pela capa da invisibilidade. Após alguns segundos, ele jogou a capa no chão. Continuaram calados não havia muito a ser dito.

Sirius a avistou sentada na beira do lago. Embora soubesse exatamente onde ela estivesse. Sabia que Sabrina estava confusa e angustiada e, com certa surpresa, descobriu que ele também. Embora não pudesse ler seus pensamentos, apenas suas emoções. Não tinha dificuldade em deduzir sobre o que ela estava pensando.

Toda a dor de saber o que acontecia com o outro. A dor física que sentiam. A impotência de pouco poder fazer para ajudar. E ainda chamavam aquilo de Dom. Era mais uma maldição.

Chegou a beira do lago e sentou-se ao seu lado. Continuou calado. Não sabia o que dizer.

-Parece que vai começar tudo de novo-falou ela

-É... Acho que não temos saída. Não escolhi voltar-falou Sirius amargo

-Nem eu-declarou Sabrina- mas ambos sabíamos que isso podia acontecer.

-Eu sei. De qualquer maneira, talvez tenha sido melhor assim.-falou Sirius se forçando a acreditar no que dizia

-Você acha?-perguntou Sabrina. A amargura embargava sua voz- Eu não acho. Não quero voltar a sentir tudo aquilo. Não quero sonhar seus sonhos, nem sentir seus sentimentos, nem não poder controlar isso.

-Não foi isso que você fez há algumas semanas.

-Não controlei-respondeu seca- não pude evitar.

-Deveria-respondeu Sirius. Ele estava furioso. Não com Sabrina, mas com o fato de que teriam de passar por tudo de novo. Todos os dias. Sentir as mesmas dores, cada vez mais forte. Noites em claro. E não poder fazer nada.

Lágrimas escorreram da face dela e ele se arrependeu imediatamente de ter falado de forma tão seca.

-Desculpe-pediu sinceramente- Desculpe Nina-pediu novamente voltando a chamá-la pelo apelido de infância.- É que eu não gosto disso tudo. Você sabe.

-Eu sei-respondeu e abraçou Sirius

-Nós vamos achar uma saída para isso tudo-falou pouco certo de suas palavras

-Que não demore muito-ela completou- Por que dessa vez, vai ser tudo bem pior.

Sirius consentiu. Ele já sabia.

-Você demorou-falou Tiago assim que Sirius pisou no salão principal. Somente nós ainda estávamos acordados

-Tive de resolver uns assuntos.-respondeu Sirius

-Que assuntos?-perguntou Pedro

-Hum...Uns assuntos. Nada importante-disse estendendo a capa para Tiago e agradecendo.

Sem dar maiores satisfações subiu para o dormitório.

-Sirius-chamou Tiago. Ele se virou.-Se não quer contar, não conte... Mas se precisar...Nós estaremos aqui.

Sirius sorriu agradecido e voltou a subir as escadas.

-Ele não confia na gente?-perguntou Pedro incerto

-Acho que não é isso Pedrinho.-falei- Acho que ele não está pronto para falar...

-O que você acha que é?-me perguntou Tiago

-Não sei-respondei sinceramente- Mas deve ser alguma coisa muito grave.

Tiago concordou. Eu sabia que ele estava pensando em um meio de fazer Sirius falar o que quer que fosse.

-É.-concorodou ele- Já faz algumas semanas que ele tem andado meio estranho

-Espero que depois de hoje, isso passe-falou Pedro.

Eu concordei intimamente, embora achasse que isso não fosse acontecer com tanta facilidade.

Sirius trocou de roupa e se jogou na cama. Estava cansado e confuso. Tudo o que ele queria era dormir. Quando estava quase adormecendo tudo o que desejou foi não sonhar.

oi gente. Gostaram??? Espero q sim... o capitulo saiu meio curto e totalmente focado nos dois mais eu acho q com informações suficientes não?e justificadas...eu acho.... espero que tenham gostado...! agora vamos aos agradecimentos

Edwiges-

Natalia lupin-primeiro…obrigada por comentar minha song!!!!a culpa não eh minha se eu te fiz chorar...a culpa eh da Jk por acabr com uma amizade como a dos marotos..!!!mas obrigada pelos elogios a song!!!! Agora quanto a fic...Godric...bom eu não vou responder...quem sabe um dia eu conto...quem sabe não..quem sabe? o Tiago é mt ciumento..síndrome de possessividade!!!hahaha!de vez em quando ele dá uns ataques...calma...eles só tem treze anos!!! Não vá pensando maldades deles não!!! eles não são tarados que nem os desenhos da disney! Gênio forte do Tiago e da lyly? Forte mesmo...aposto q a cabeça do Tiago ta doendo até agora!!acrerdite...eu e meus amigos estamos mt perto em questão de idiotices...acho q eh influencia!encher???podia ter escrito mais uumas 10 paginas de comentraio q eu não me importava!Ah...eu sabia q vc era a nathy lupin sim..! não se preocupe...te reconheci!

Flavi-não demorei para atualizar viu???q bom q vc gosta da fic! Valeu pelos elogios...não esquece de comentar!

Potterish-

Sheila-valeu!!!! Obrigada pelos muitos elogios! Eu retrato a amizade entre eles, como eu acho q tem q ser...mas q bom q agrada. Tiago e Pam... o casal que dá o q falar! Quem sabe o q vai acontecer com os dois???quem sabe???A bel é um verdadeiro anjinho do pau oco!!!! Aquela garota ainda vai aprontar mt! E o sirius foi a grande estrela desse cap. vc naum acha??? Naum esqueça de comentar

Aluada-Q bom q eh a melhor T/L q vc já leu...!espero não ter decepcionado nesse capitulo! Totalmente focado na Sabrina e no sirius... continue comentando ok??

CdG-

Thata-oi...vc já leu o cap. inteiro...já deu sua opinião...mas não está livre de deixar seu coment. Registrado! A aula de advinhação deles... eu ainda acho q eh uma boa hipótese ele grávido...o q vc acha??? Ia ficar realmente engraçado...eu espero mesmo q vc continue lendo!!!valeu....e não esquece de deixar registrado o comentario!!!msn so naum vale!

Ju lupin-com ela quem? A patrícia...eh uma boa hipótese...provavelmente vou...quem sabe...povinho relaxado mesmo esse do fórum...mas td bem eu perdôo!!!(como se eu tivesse escolha!!!) sabe...eu devia ter feito eles baterem de cara na parede...só para eles aprenderem a não se meter em qualquer buraco que acham! Mas o q achou desse cap???comente!

Andromeda-vc realmente repetiu as coisas...!!!é faltou alguém dizendo..mas poxa...o Sirius tava grávido, merecia atenções especiais! Vai que ele entra em depressão??? Tiago apaixonado vai ser triste? Vai ser hilário...ele e a cara de tapado...não pq...Potter q se preze tem q ser lerdo com as mulheres!!!o Sirius é lindo de qualquer jeito!!! E continue comentando!

Fanfiction-

Marcelinha madden-nossa..isso td foi ciume do sirius...mas será q depois dessa cap. vc naum snete um pouquinho de pena da Sabrina? Tadinha...ela sofre...e o Tiago eh lerdo...fazer o q? pelo menos com mulher ele eh...e eh impressão minha ou vc eh meio anti-potter...td bem q o harry eh um culpa naum eh dele eh da JK!!!