Em Busca da Felicidade

Cap. 6

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"Pode o mundo desabar, pode tudo se acabar, onde for preciso eu estarei... Vou ficar até eu ver o seu sorriso aparecer, e eu estarei aqui."

Lentamente a visão voltou. Não lembrava-se de onde estava, mas assim que abriu os olhos, a corrente de lembranças foi voltando, dolorosamente. Reparou melhor no ambiente onde se encontrava: era um quarto grande, prateleiras com uma cômoda ao lado esquerdo; ao direito, uma enorme varanda que estava com as cortinas fechadas; em frente, um enorme guarda-roupas um pouco ao lado a porta. Reparou como estava vestida e viu que as roupas não eram as mesmas de ontem. A curiosidade de como havia se trocado estava crescendo, até que a porta foi cuidadosamente aberta.

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-Chou? - ao ser chamado, ele levou um susto. Estava praticamente no mundo da lua.

-Sim, Tokio?

-Tudo bem? - A mulher sorria gentilmente, fazendo se perguntar novamente "como uma mulher dessas estava com um homem daqueles?"

-Sim, e com você?- "Claro que ela não estaria bem, aquele canalha brigou com ela de novo!".

Sabia perfeitamente quando eles brigavam. O humor, aliás, o mau humor de Saitou piorava e ele havia ido dormir lá... Estava cogitando perfeitamente ir encontrar-se com aquele homem, mesmo sendo asqueroso... Ainda estava com as palavras vivas na memória.

"-E então, o que achas? Onze milhões, mais um escritório só para você, e a mulher que ama? Tudo em troca de uma única informação e um pequeno servicinho...- Um sorriso surgiu no rosto, era um sorriso sarcástico- Se é que me entende... - Pegou um cigarro em um dos bolsos e o acendeu.- Sei que deve ser um pouco difícil para você... Um cara tão... BOM... Mas acredito que, se pensar bem, verá que não sairá perdendo nada!

Chou continuava sem reação, o homem perdia a paciência.

-Deixarei você com seus pensamentos. Mais tarde eu o procuro. - E saiu do mesmo jeito que chegou, misteriosamente."

-Ei, dormiu de novo foi?- Disse Tokio, balançando-o.

-Ele vive no mundo da lua, mesmo. - Chou surpreendeu-se. Não O havia visto chegar, e o humor mudou novamente, agora para pior.

-Hum! O que faz aqui?

-Bem... Eu MORO aqui.

-"Pelo jeito, mais uma vez, ela voltou com ele...Por que ela não me vê, droga?"

A decisão dele havia sido tomada.

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Eram oito horas e Sano estava pontualmente na casa de Megumi. Haviam marcado de se encontrar para comprarem a fantasia.

-Ela reclama quando chego atrasado, mas agora quem demora é ela... - falava Sano contrariado, olhando para o nada.

-Vai ficar olhando pra frente ou vai abrir a porta, como todo bom senhor educado faria? - Disse Megumi ao lado dele. Como não a viu sair, era um mistério. Sano sorriu de lado.

-Você demorou, raposa.

-Você que não me viu, cabeça de galo. - Ele saiu do carro e abriu a porta para que ela entrasse.

O trajeto até o shopping foi feito um tanto silencioso, e ainda lembrava como tinha sido a noite passada.

(-Quem é o danado que ousa me acordar? - Fala Sanosuke ao telefone.

-"Sano, preciso de você. Eu não posso falar muito bem o que é, mas só peço que vá até a casa de Megumi e a traga até o meu apartamento. Depois te explico tudo."

-Uau, cara, quem morreu?

-"É a Kaoru, Sano, ela está sendo ameaçada."

-"Shishio!" - Pensou Sanosuke. - Chegarei aí em 20 minutos!

Após desligar o telefone, ele pega o celular e disca um número. - Mestre?

-"Sim?" - Responde a pessoa na outra linha.

-Eles começaram a agir.

-"Não se afaste deles de modo algum, Sanosuke. Vou tentar falar com Saitou" - O outro desligou.)

Megumi também não estava acordada. Estava preocupada com Sano: ele não era de ficar calado por tanto tempo. Talvez estivesse cansado da noite passada. Ainda não entendia bem aquela história toda. E aquela garota... Ela perturbou Sano. Será que ele sentia algo por ela? A cabeça dela rodava em perguntas.

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Yahiko ficou à porta do quarto de Tsubame. Já havia a chamada muitas vezes, mas não obteve respostas. Às vezes escutava-a chorar, e o coração dele estava apertado. Tae havia chegado, mas como quarto dela ficava embaixo, pela graça de Deus ela não havia resolvido subir. Esperaria nem que fosse por dias.

Estava quase cochilando quando ouviu a porta sendo aberta, levantando-se prontamente. Ela finalmente tinha resolvido sair do quarto, mas Yahiko começou a temer pelo que seria da vida dele sem ela.

-Tsubame... - Ele falou, aproximando-se. Viu as mãos dela apertarem-se, e não sabia se era nervosismo ou com medo dele.

-Eu... Eu fiquei com medo, Yahiko. - Ela anunciou, a voz chorosa, tremida. Yahiko começou a suar frio.

-Eu perdi o controle, Tsubame... Não foi minha intenção, eu nunca faria nada que pudesse te fazer mal ou que você não quisesse. - Ele levantou o rosto dela e ela o olhou.

-Eu sei... - ela respondeu com um sorriso no rosto. Ela parecia saber o que ele estava pensando. Como ela conseguiu encantá-lo tanto assim? - M-Mas... Eu não estou pronta...

-Eu não me importo, Tsubame.

-Mas, Yahiko...- Como aquilo era difícil falar. Aqueles olhos... Aproximou a mão quase que inconscientemente do rosto dele e acariciando-o, sentindo o coração doer. Talvez fosse melhor terminar com ele.

-Por favor, fique comigo. - Ele parecia também ler a mente dela. Mais lágrimas saíram dos olhos de Tsubame, e Yahiko a puxou para perto de si, num abraço mudo.

-Eu te amo tanto... - Ela sussurrou.

-Então fica comigo.

-Você não duvida disso?

-Disso o quê?

-Que eu te ame?

-Jamais. - Ele falou sorrindo.

-Eu fiquei com medo... de que você não me quisesse mais...

-Eu sempre vou te querer, independente de qualquer coisa. Eu-Eu T-te Amo. – Ele falou com certa dificuldade. "O que será que a Kaoru diria se me visse dizendo isso?"

Espionando-os estava Tae, que sorria. Eles realmente se gostavam, coisa difícil hoje em dia.

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-Bem, eles chegaram aqui por volta das cinco horas e encontraram o apartamento todo revirado, com estas inscrições nas paredes: "Morte, você será a próxima!" e "Devolva-nos o que nos pertence!" - Reportava um jovem policial a Saitou.

-Só isso?

-Sim, senhor.

-E onde se encontram o senhor Himura e a senhorita Kamiya?

-A senhorita Kamiya não se encontrava em condições de falar e, como estava acompanhada por todo o dia do Senhor Himura, deixamos para depois o depoimento. O Senhor Himura deixou esse cartão com o endereço dele, dizendo que não sairiam de lá antes de tudo ser esclarecido. E, como medida de segurança, mandamos um policial com eles.

-Certo. Fez muito bem, policial. - O policial sorriu e retirou-se, era difícil ser elogiado por Saitou.

Chou aproximou-se.

-Achou algo? – perguntou Saitou.

-Nada. Acho que só com a Senhorita Kamiya que poderemos obter mais respostas... Afinal era ela que sabia de tudo que havia na casa.

-E ela também deve saber o que eles querem... -"apesar de eu já fazer uma idéia". - Completou mentalmente Saitou.

-Saitou-san, ainda vai precisar de mim?

-Por quê?

-Eu preciso sair. - Saitou o olhou de lado, surpreendido.

-Não, pode ir, acho que vimos tudo que precisávamos ver aqui. Mas antes peça para que tudo que for observado, fotografado e anotado seja mandado para mim e sem desculpas.

-Sim, senhor. - Chou o olhou com raiva. Apesar de ser arrogante, não deixava de ser um ótimo detetive.

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-Misao! - Era a quinta vez que Aoshi a chamava.

-Eu já vou! - Gritava a menina pelo interfone. - Estamos sozinhos hoje e eu não sou mil! Até a Megumi deu no pé!

Aquele dia estava um inferno. A Bolsa de Tokyo estava péssima e sem Sano ou Kenshin, sobrava tudo para Aoshi; e sem Megumi ou Sayo, sobrava tudo para Misao também.

Misao entrou como um furacão na sala de Aoshi, cheia de papéis, e colocou tudo em cima da mesa dele.

-Não faço a mínima idéia do que seja isso, mas como Sanosuke ou Kenshin-san não estão, mandaram isso para o senhor.

-Aqueles dois me pagam! - Aoshi tirou o paletó e afrouxou a gravata. Misao nunca o tinha visto nervoso, e o simples movimento dele fazendo aquilo a estava deixando nervosa e vermelha. - Não fique parada aí, me ajude! Vá chamar alguém da recepção!

-S-sim, senhor! - Ela falou séria.

Aoshi parou com o "senhor": ele era tão velho assim? Mas não era hora para esse tipo de pensamento. A empresa estava um caos e tudo estava nas mãos dele! E a maldição da festa era depois de amanhã. Percebeu depois que ela ainda estava parada ali.

-Misao?

-Sim?

-Por que está parada aí?

-Aoshi-sama falou sério quando disse que iríamos à festa depois de amanhã?

-Eu... - Aoshi encarou os olhos da sua secretária. Seria certo cancelar agora?

-Aoshi-sama? - Misao já estava ficando sem fôlego com ele olhando-a daquele jeito.

-Eu vou, Misao. Agora volte ao trabalho! - Ele voltou a fazer as coisas dele quando viu que ela novamente ainda o estava encarando. - O que foi, Misao?

-Err... Vamos de quê?

-Amanhã de manhã, se estiver tudo calmo, iremos decidir tudo, okay?

-Sim! - Ela disse, alegre.

-Agora mais alguma pergunta?

-Não.

-Então volte ao trabalho!

Dessa vez, Misao saiu da sala.

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-Manchete de hoje: "Apartamento da nova namorada do empresário Himura é assaltado." - Leu Yumi. - Que lindo... - Shishio riu, sarcasticamente. - Isso foi obra sua?

-É, podemos dizer que indiretamente sim.

-Qual será o próximo passo?

-Anda muito curiosa, querida. - Disse Shishio, levantando-se da cama. - A propósito, o que anda fazendo todas as tardes?

-Você sabe muito bem. - Ela falou, levantando-se também e seguindo-o para o banheiro.

-Por isso gosto de você. Além de bonita, é esperta.

Yumi sorriu de lado.

"Mais do que você imagina", ela pensa.

-Mas acredito que seja inteligente o suficiente para não se meter onde não é chamada. - Shishio entrou no box do chuveiro.

-Mas esse assunto tem a ver comigo! - Retorquiu Yumi, tirando a roupa e entrando com ele.

-Eu sei. - Disse ele, beijando o ombro dela. - Mas somente saiba o essencial. Se eu precisar de você, será chamada. E, depois, sua parte já foi muito bem feita.

"Aoshi", lembrou Yumi.

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A luz, no começo, incomodou aos olhos. Ao abri-los melhor, deu de cara com Kenshin encarando-a na beira da cama, de frente para ela, e os olhos se encontraram. Lágrimas começavam a se formar nos olhos de Kaoru, que levantou da cama e correu para os braços de Kenshin, que a segurou como se fosse a mais preciosa jóia, sentindo as lágrimas dela no peito dele.

-Calma, Kaoru-dono.

-Tudo está doendo. - Disse ela, abraçando-o forte.

-Eu sei, eu sei. - Kenshin acariciava-lhe a cabeça quando Kaoru o encarou.

Um sorriso de conforto ele lhe deu, e ela acariciou o rosto dele.

Os corações batiam mais rápido, e Kaoru aproximou-se lentamente dele, que fazia o mesmo, e os lábios dos dois se encontraram num tímido beijo.

-Kenshin... - Kaoru não sabia o que estava sentindo.

-Melhor... comermos, sim?

Não era hora para aquilo, ele sabia.

Continua...

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Notas: Se alguém quiser me matar, acharei muito justo, afinal quase dois meses e meio sem atualização XDD Mas eu avisei que sou demorada nessas coisas. :P Pra vocês terem uma idéia, faz mais de um ano que eu não consigo escrever o ÚLTIMO capitulo de um fic :P O povo deve tá desesperado, né? Mas não se preocupem, eu jurei dá mais atenção nesse fic! :P Mas bem, gostaria de agradecer a Shampoo-sama que, como sempre, está me ajudando aqui e a Lala-chan também! XD E a quem me incentivou a sair do bloqueio! :P E ah! No último capítulo ele saiu sem divisórias pq a estava com problemas, mas eu as coloquei, até porque ficaria sem lógica eu colocar nos outros 4 e no 5º não colocar O.o... E eu mudei meu e-mail! Agora é , quem quise falar comigo pelo msn: e no icq: 76402351

Respondendo Reviews:

Lili-chan: Obrigada! Você tem notícias das webfanfics?

Shampoo: Você ia saber primeiro que todo mundo mesmo, nem venha reclamar de nada! XD E obrigada por me ensinar a mexer nesse troço doido ¬¬''

Nika Himura: Eu colokei, mas a tava arrumando essas coisas, e eu recolokei o cap umas 4 vezes e nada, então deixei assim :/ Mas non foi minha culpa!

Yasmin Kamiya: De nada e digo o mesmo, obrigada por ler a minha fic! A sua fic está linda e estou animadissima pra ler o proximo capitulo!

Mikazuki: Tou postando XDDD Depois de 2 meses e meio, mas tou! XDDD Seremos amigas sim, se depender de mim XD Hey! Alguém aí quer entrar pro GDOAPCMDZ? Grupo de Apoio as Pessoas com Medo de Zebras!

Lan Ayath