::.Sinopse.:: Ao terminar os estudos, Rony e Hermione se casam. Por ironia do destino ela morre logo depois, em um parto complicado. Rony sem agüentar a dor, toma uma poção, morre e vai parar no Limbo, lutando pelo amor de sua vida e para poder cuidar de seu filho recém nascido.

::.N.A.:: Esta é uma songfic baseada na música do Pearl Jam "Black"... música maravilhosa, por sinal!!! É inspirada no futuro romance (espero!!!) de Rony e Hermione. É uma fic dramática, mas linda! Espero que vcs gostem!!! Ah, por favor: me mandem REVIEWS, ok??? Beijinhos...

´¯`·.¸¸» Na escuridão da sua ausência (Black do Pearl Jam) «¸¸.·´¯`

Capitulo I

*¨* Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay,

Folhas sobre lonas vazias, folhas intocadas de argila

Were laid spread out before me as her body once did.

Estavam espalhadas diante mim como um dia o corpo dela esteve*¨*

  Ronald Weasley ainda estava deitado em sua cama, o mundo havia se findado para  ele há uma semana atrás. Nada mais lhe fazia sentido na vida, nada importava agora. "Pra que viver se não a tenho?" se perguntava. A casa estava vazia e o que antes era alegre, agora é a mais profunda solidão. Já tentara melhorar, mas nem da cama conseguia se levantar, tamanha a tristeza.

  Lembrava-se de cada gesto dela, seu sorriso, seu jeito de sabe tudo, seu perfume, seus olhos... seu beijo. Tudo que olhava, lembrava ela. As lágrimas vinham aos seus olhos com tanta freqüência que seu rosto sempre permanecia molhado. O que mais queria no momento era morrer... não, na verdade o que ele mais queria era ela ao seu lado: viva.

  Tinham tantos planos! Tantas coisas pra fazerem juntos! Tantas promessas a cumprir! Por que tinha que ser com eles? Por que o destino tinha que escolher a eles para lhes pregar esta peça? Por que o destino tinha que lhe tirar sua Hermione? Por que???

  O inverno estava chegando e as últimas folhas de outono caiam na janela de sua casa. A casa que eles haviam comprado com tanto sacrifício assim que se casaram. Uma simples e arrumada casa em Londres. A casa que tanto sonharam... a vida que tanto planejaram.

  Nada poderia ser pior que esta vida sem o seu amor.  Era Hermione quem cuidava dele, alias, de tudo. Ela sempre sabia o que fazer, não importa o que houvesse.Perdera muito mais do que uma esposa, perdera uma amiga! Demoraram tanto tempo para descobrirem que realmente estavam apaixonados, dois anos juntos e agora isto? Precisava morrer. Precisava e iria morrer, já estava decidido! Um veneno, uma faca, qualquer coisa serviria para que pudesse realmente findar esta amarga e injusta vida. Rony levantou-se e revirou seu armário, procurando algo. Achou um vidrinho pequeno com um líquido azul dentro... uma poção fatal que aprendera a fazer para se defender de possíveis comensais. Levou-o até a cozinha e parou para pensar como faria isso. Talvez até encontrasse sua amada quando morresse, isto o encorajou ainda mais. 

  Olhou para o relógio e resolveu adiar sua "partida", pois já estava quase na hora de seu amigo Harry aparecer. Desde que Hermione mor... enfim, desde que ela se foi, o amigo vinha todos os dias consola-lo e ajuda-lo a cuidar das coisas. Guardou a poção no bolso das vestes e sentou-se na beira da cama para espera-lo.

  Ouviu uma batida na porta. Não queria abri-la, mas sabia que era Harry. Nunca poderia manter a porta fechada para ele, seu verdadeiro amigo. O caminho até a porta parecia-lhe extremamente longo, parecia que ia cair a qualquer momento. Abriu a porta e um homem com cabelos negros rebeldes, olhos muito verdes e uma cicatriz no centro da testa estava parado com um olhar piedoso. Sentiu suas lágrimas voltarem aos seus olhos, não conseguiu segurar... chorou. Chorou como só conseguia quando estava ao lado de Harry.

- Chore Rony! Chore que chorar faz bem... – dizia Harry, com o amigo ao seu ombro – Eu estou aqui... conte comigo!

:.: Estavam no sétimo ano em Hogwarts. Muitas regras da escola haviam sido reformuladas, pois a ascensão de Voldemort já havia sido confirmada e todos temiam os ataques que ocorriam todos os dias. Dumbledore exigia que os alunos nunca andassem sozinhos e que jamais saíssem a noite. Estas regras, como sempre, nunca eram respeitadas por um "certo trio" que tinham o dom de se meterem em confusão.

  Harry enfrentara Voldemort, pessoalmente, mais uma vez após seu encontro com ele no torneio tri bruxos. O garoto era sempre quem descobria o que Voldemort planejava e, para isso, contava com o apoio de seus amigo Rony e Hermione.

  Os três andavam sempre juntos e, com isto, geravam vários comentários e suspeitas. Harry já se cansara de ouvir que ele e Mione tinham um namoro secreto, mas sabia que era Rony quem realmente gostava dela e ela dele. Rony e Hermione costumavam brigar sempre pelos motivos mais banais. Ambos se gostavam, mas eram teimosos (e tímidos demais) para admitirem isto.

- Mione, quer parar de citar sempre este livro quando eu te pergunto algo sobre a escola – dizia Rony exaltado a garota.

- Não tenho culpa se você não leu Hogwarts Uma História e eu sim – Hermione sempre com seu jeitinho sabe tudo – Não foi por falta de recomendação, pois sempre lhe disse para lê-lo.

- Tenho coisas mais importantes para fazer.

- Ah é? E o que são estas coisas por exemplo? – disse Hermione com uma voz descrente.

- Um exemplo é que vou convidar uma garota para o baile de inverno - e disse num tom de ironia – Sabe, ir com alguém pra se divertir e quem sabe mais.

- Se isto é mais importante para você... problema seu! Está pensando em convidar quem?

- Provavelmente Padma Parvat, sabe... a da corvinal?

- Aquela com quem você foi no baile de inverno do 4º ano? – Hermione perguntou com um ar de irritação – Bom pra você. Eu notei que ela está muito mais bonita e mais popular, né?

- É... – no fundo era Hermione quem Rony gostaria de convidar, mas achava que provavelmente a amiga já tinha par – E você Mione, vai com quem?

- Não sei ainda.

- Mas alguém já te convidou? – perguntou esperançoso.

- É lógico que já! Você deve achar realmente que ninguém se interessa por mim, não é Ronald Weasley??? – dizia Hermione zangada – Saiba que duas pessoas me convidaram e eu só não me decidi com qual eu vou ainda.

- Pois é você quem sabe! Eu só perguntei por educação mesmo, nem estava interessado em saber de seus namoricos.

- Como você é grosso Rony! – Hermione disse isso indo em direção a saída do salão comunal da grifinória – Espero que você se divirta com a Padma amanhã.

- E irei! – o garoto falou esta frase quase aos berros pois Hermione já ultrapassara o quadro da mulher gorda.

  Rony, no fundo não gostava de brigar com Hermione. Ele se sentia tão bem perto dela que, quando estavam longe, Rony sentia um vazio, uma falta. Sabia que sempre gostou dela, mas nestes últimos anos este sentimento estava quase incontrolável... Mione mexia com sua cabeça e estava sempre em seus sonhos. No início o garoto lutou contra este sentimento mais depois percebeu que era uma batalha perdida. Hermione havia crescido muito nestes anos em Hogwarts. Não era mais aquela garota de dentes grandes e cabelos volumosos do 1º ano. Agora ela já era uma mulher. Uma bela mulher que Rony gostava muito e sabia que não poderia viver sem. :.:

- Por que Harry??? Por que Mione??? Eu a amava tanto... tanto!!! – dizia Rony aos prantos no ombro do amigo.

- Nem tudo tem explicação, infelizmente tinha que ser assim! – Harry respondeu também com lágrimas nos olhos.

- Eu sinto tanto a falta dela.

- Eu também Rony, eu também!!!

:.: Hermione olhava por todas as partes no meio da multidão de alunos que se aglomeravam no Salão Principal tentando se acomodarem na hora do almoço. Olhou para a mesa da grifinória até que encontrou, sentado em uma das pontas, quem procurava.

- Harry! Preciso te perguntar uma coisa – disse sentando-se ao lado do amigo – Você já tem par para o baile de inverno?

- Tenho! Vou com a Gina. Ela estava sem par e como eu e ela estamos nos damos bem desde o ano passado, achei melhor convida-la... por que? – Harry perguntou intrigado.

- Droga! Bom, é que eu disse para o Rony que tinha par, mas na verdade não tenho.

- Por que vocês dois não vão juntos?

- Porque Rony vai chamar a Padma Parvati – Hermione disse este nome com uma voz arrastada – para ir com ele.

- Estranho, ele não me disse nada. De qualquer forma, conversa com ele, pois, ele ainda não convidou a Padma.

- Eu não! O Rony está se achando o máximo desde que virou goleiro da grifinória.

- O problema é que vocês dois são muito orgulhosos Mione! – disse Harry ao mesmo tempo que tentava cortar um pedaço de carne no prato.

- Orgulhosos??? Não vejo o porquê. Vou ver se encontro alguém que ainda esteja sem par. Ah Harry, me faz um favor? – disse com uma voz um tanto melosa.

- Claro Mione!

_ Não fala para o Rony desta conversa, ta? Não quero que aquele chato fique tirando sarro de mim.

- O Rony nunca faria isto, mas já que prefere eu não falarei nada pra ele.

- Obrigada Harry. Deixa eu ir que vou ter muito trabalho pela frente. Bom apetite!

- Boa sorte na sua procura! – disse Harry com a sua boca cheia de comida. :.:

_ Venha Rony... vamos nos sentar – disse Harry conduzindo o amigo até uma poltrona que havia ao lado.

  Era muito triste ver Rony naquele estado, mas pior ainda era que sabia que nunca mais veria a amiga. A tristeza daquela casa estava impregnada até no ar, pois Harry podia senti-la. O garoto tentou convencer Rony a passar algum tempo em sua casa, mas o amigo disse que não queria.

  Hermione sempre ajudou Harry em suas descobertas e desafios, principalmente contra Voldemort. A amiga sempre fora muito inteligente. Vivia pra lá e para cá com pilhas de livros.

- O que vai ser da minha vida sem ela Harry? Me diz! O que eu faço? Não sei mais viver sem ela. Nunca vou conseguir esquece-la! – dizia Rony aos soluços.

- Claro que não Rony! Não é para esquece-la mesmo! Procure não sofrer, mas nunca esquecer.

- Não tenho mais vontade de viver Harry... quero morrer!!!

- Jamais diga isto novamente Rony – disse Harry exaltado – E seu filho? Você não pensa nele, não?

- Sei que você cuidaria muito bem dele Harry. Eu não sei nem cuidar de mim sozinho, quanto mais de uma criança recém nascida. É melhor ele continuar na sua casa, ele vai ser mais feliz lá. Não sei nem se conseguirei amá-lo já que ele foi o causador disto tudo.

- Não diga besteiras Rony. Ficar com o Jonathan talvez faça com que você melhore. Você precisa se recompor para ele. Não deixe que ele cresça sem os pais, como eu cresci.

- Mais é que ele é tão parecido com Mione... os mesmo olhos... é tão difícil para mim Harry! – Rony parara de chorar.

:.: O vestido cinza brilhoso já estava passado e dependurado no cabide ao lado de sua cama. O quarto estava vazio, pois Hermione demorara no banho e com isso fora a última a ir para o quarto se arrumar. O baile já devia ter começado a esta hora.

  Acabara de colocar o vestido, o cabelo já arrumara também em um coque frouxo e só lhe faltavam as sandálias que havia deixado no armário perto da saída. Foi até lá e, como o armário estava uma completa bagunça, teve que entrar nele e procurar a sandália.

  Quando estava procurando, ouviu a porta do armário se abrir e  ao olhar em direção da porta viu uma silhueta muito conhecida.

- O que está fazendo aqui Rony? – perguntou ainda abaixada.

- Estou procurando minha gravata que emprestei ao Harry. Achei que talvez estivesse aqui. O que você está fazendo aí no chão... se escondendo? – Rony perguntou inocentemente.

- Mas é claro que não! Você acha que sou mulher de me esconder? E me esconder de quem? E Por que?

- Talvez se esconder de mim, pois não encontrou nenhum par para o baile de inverno – disse em um tom irônico. 

-Pra sua informação eu vou com Simas Finnigan – respondeu levantando-se e ficando muito próxima de Rony devido ao pouco espaço do armário – Não que eu tenha que te dar alguma satisfação – completou indo em direção a porta – E com licença, ele deve estar me esperando.

- Aposto que você deve ter implorado para ele ir contigo ao baile – disse Rony maldosamente.

  Hermione se enfureceu ao ouvir isto e foi para cima de Rony, com a intenção de talvez esgana-lo.

- Mione, a porta! – neste meio tempo a porta defeituosa do armário bateu as costas da garota deixando-os trancados e sozinhos. :.: