Defining Moments

Por MarauderLover7

Traduzida por Serena Bluemoon

Tradução autorizada pela autora!

Disclaimer: A autora, MarauderLover7, não possui Harry Potter, apenas o plot desta fanfiction. A tradutora, Serena Bluemoon, não possui nem o plot nem Harry Potter, apenas o trabalho de traduzir. Nenhuma das supracitadas ganha qualquer coisa além de satisfação pessoal e comentários.

Sumário: [TRADUÇÃO]De vez em quando, temos esses momentos que nos definem, para melhor ou pior. E o instinto toma o controle... porque, nesses momentos, não pensamos, apenas agimos. São momentos mostram quem realmente somos e do que somos feitos. E nessa hora nós desistimos de nossas máscaras e revelamos quem realmente somos ao mundo. São momentos nos testam e definem a pessoa em que iremos nos transformar.

Aviso: Essa fic acontece dentro do universo da série Innocent, mas não é necessário ler a série para entender a história.

Como sempre, nomes dos personagens foram mantidos no original. Qualquer dúvida, só perguntar.

Espero que gostem da fic tanto quanto eu gostei e, como sempre: comentem! É apenas pelos comentários que posso saber se estão gostando e se a qualidade da tradução está satisfatória. :)

Boa leitura!

Capítulo Um

Sirius

De vez em quando, temos esses momentos que nos definem, para melhor ou pior – Sirius.

Os olhos de James passaram por Marlene, sutis o suficiente para que ela não percebesse, mas óbvios o bastante para que Sirius percebesse. Sirius assentiu levemente. James se levantou. Peter o imitou.

— Vou tentar terminar o dever de Feitiços. — Sirius assentiu mais uma vez. — Mas não consegui fazer o de Poções — falou James, parecendo aflito.

Sirius seguiu a deixa.

— Eu não tô conseguindo o de Transfiguração — falou, torcendo o nariz.

— Eu também não! — concordou Peter, parecendo aliviado.

Sirius e James se entreolharam, mas logo desviaram os olhos.

— Se você me ajudar com Poções — falou James —, eu te ajudo com Transfiguração.

— Pode deixar — disse Sirius.

— Sobe lá pelas seis? — perguntou James. — Quero ir dormir cedo.

Essa, é claro, era a maior mentira de todas. Primeiro, os Marotos faziam o dever de casa no começo da manhã – apesar de estarem atualizados em preparação para aquela noite – e, segundo, planejavam ir dormir só no começo da manhã, se é que iam dormir.

— Eu também — concordou Sirius. Marlene, que escutava a conversa, fez um biquinho. — Teremos outras noites, McKinnon — falou com uma piscadela.

Ela ergueu uma sobrancelha e jogou o cabelo escuro por cima do ombro.

— O que te dá tanta certeza, Black?

Sirius observou James acenar para uma Lily aborrecida e ir embora com Peter o seguindo. Sorrindo, inclinou-se para mais perto da menina do quarto ano, tão perto que seus narizes quase se tocavam.

— Eu simplesmente sei — murmurou. Ele tinha aperfeiçoado essa tática.

Marlene piscou, mas não recuou, como a maioria das garotas. Era um dos motivos para se darem tão bem, como amigos ou fosse lá como as outras pessoas os definissem; ele era um paquerador desavergonhado e sabia disso, mas ela também era e não chegava nem perto de ficar tão incomodada quanto a maioria. Ela inclinou a cabeça levemente, aproximando-os ainda mais – se é que era possível – e disse:

— É mesmo?

— Mesmo — respondeu Sirius. Ele beijou o canto de sua boca rapidamente, afastou-se e se levantou.

— Você é terrível! — falou ela, parecendo bastante envergonhada.

— Está corada, McKinnon? — perguntou. Ela o olhou feio. — Eu acho que está — falou, sentindo-se satisfeito consigo mesmo. — Eu acho que não te vejo corar desde que você tinha doze anos.

— Você claramente não está passando muito tempo comigo, então — respondeu Marlene.

— A gente pode mudar isso — falou ele.

— Vamos mudar então — falou ela, seus olhos escuros encontrando os dele, audaciosos.

— Boa tentativa. Mas estou livre amanhã.

— Qual é o nome dela? — perguntou Marlene.

— Lição de casa — respondeu Sirius.

— Claro, Black.

Sirius revirou os olhos.

— Com ciúmes, é?

Marlene riu.

— Não mesmo. Se está ocupado, vou ter que fazer outros planos. Ei! Morgan! — Um garoto na mesa de Lufa-Lufa se virou. — Vai fazer algo hoje?

Sirius usou uma maldição não verbal no garoto, que se mexeu desconfortavelmente em seu assento.

— Er... na verdade sim — murmurou ele. — Desculpe.

Marlene não era idiota. Sirius supôs que devia ter parado nos furúnculos; o cabelo cor-de-rosa tinha sido um exagero.

— Quem está com ciúmes agora? — perguntou ela.

— Ainda é você. — Sirius deu uma piscadela, acenou alegremente e foi embora. Ele sabia que ela o observava, então parou para conversar com Julianne Price em seu caminho até o saguão.

Ela corou – como sempre corava e, ao seu lado, Katelyn e Sylvia deram risadinhas.

— Oi, Siri — disse ela, batendo os cílios. Lily Evans e Mary MacDonald reviraram os olhos a alguns lugares dali; Mary fingia vomitar em cima de suas batatas e Lily se engasgava com o suco de abóbora, tentando não rir.

— Por favor, por favor, não me chame assim — falou Sirius com uma careta. Ela voltou a corar.

— Então, o que você quer? — perguntou ela docemente.

— Só queria falar um oi — respondeu ele, dando de ombros.

— Acho que você ganhou o dia dela — comentou Marlene. Sirius não a ouviu se aproximar e quase não conseguiu evitar se sobressaltar. Ela passou direto por ele e se sentou com Lily e Mary.

Julianne olhou feio para Marlene e se remexeu.

— Está ocupado hoje?

— Muito — respondeu ele, sério.

Ela pareceu irritada e olhou de soslaio para Marlene.

— E amanhã?

— Ele está ocupado amanhã também — falou Marlene, dando um sorriso modesto para Sirius. — Não está?

— Muitíssimo ocupado — concordou Sirius com um sorriso. — A gente se vê depois, Jules.

— Tchau, Siri — falou ela.

Sirius apertou os dentes, acenou e foi embora de verdade.

— Siri! Espera! — chamou uma nova voz zombeteira quando ele chegou ao Saguão de Entrada.

— Não enche, Seboso — respondeu Sirius, revirando os olhos. Subiu correndo as escadas, pulando os degraus, e quando ouviu passos o seguindo, desviou por uma passagem que o levaria para o quarto andar. Os passos ainda o seguiam.

Sirius rosnou e sem se dar ao trabalho de virar, mirou a varinha por cima do ombro e a acenou rapidamente. Ouviu uma exclamação de dor e se virou, sentindo-se vingado ao ver Snape com o cabelo cor-de-rosa e coberto de furúnculos dolorosos. Era seu feitiço favorito ultimamente.

— Não enche — falou para ele.

— Eu moro aqui também — disse Severus, acenando a varinha para se livrar dos furúnculos. — Eu tenho o mesmo direito que você de andar por aqui.

Sirius revirou os olhos, virou sobre os calcanhares e empurrou Snape ao voltar pelo caminho por onde tinha vindo. Ficou irritado, mas não surpreso, ao ouvir os passos o seguindo. Apertou os dentes.

— Achei que você tava indo para o outro lado.

— Mudei de ideia — falou Snape suavemente.

— Só porque eu mudei de ideia primeiro — rosnou Sirius. — Vai embora, Seboso, antes que eu te obrigue.

— Você não pode me obrigar a nada — falou Snape, seguindo Sirius por outro corredor. — Eu sei que você está aprontando alguma coisa, Black, e vou descobrir o que é.

— Sim — falou Sirius, virando-se. — Você me pegou. Estou aprontando alguma coisa. Feliz? Agora suma nas masmorras e para de me seguir!

— Só estou andando — disse Snape.

— ME DEIXE EM PAZ! — gritou Sirius, cansado. Virou-se, balançando a varinha. Um aceno depois, e Snape estava pendurado no teto do corredor pelos cadarços dos sapatos. Seu rosto pálido começava a ficar manchado de vermelho, se de vergonha ou do sangue que ia para sua cabeça, Sirius não sabia nem se importava. Snape balançou os braços, tentando tirar a varinha das vestes. Ele parece a droga de um morcego, pensou Sirius e fez uma nota mental de contar a James.

— Indo se encontrar com Lupin? — perguntou Snape para suas costas. Sirius apertou os dentes, mas o ignorou. Um baque, um "ai" baixo e passos suaves correram atrás de Sirius; Snape tinha deixado seus sapatos no teto e usava apenas as meias. — Porque ele não vai estar lá.

— Eu sei — falou brevemente.

— Eu o vi — contou Snape.

— Aposto que viu — murmurou Sirius, olhando para o relógio.

— Ele estava com a Madame Pomfrey.

— Ele tá doente — disse Sirius. — Agora cala a boca e vai encher o saco de outro.

— Ela o levou para o Salgueiro Lutador — continuou Snape. — Achei ser um lugar bem estranho para levar uma pessoa doente.

— É, bem, guarde sua opinião pra você mesmo se não se importar.

— Tem alguma coisa errada com Lupin — falou Snape cruelmente.

— Olha quem fala — respondeu Sirius.

— Ele é incomum. Todos os professores gostam dele, mas eu acho que eles também sentem pena.

— Eu vou te fazer ser digno de pena — prometeu Sirius.

— Você pode tentar — falou Snape, girando a varinha. — Então, por que Lupin foi pro Salgueiro Lutador?

— Por que está tão obcecado por ele, hein? — perguntou. Segurou Snape pela garganta, pressionando-o contra a parede do corredor. — Como que isso é da sua conta?

— Só estou curioso — engasgou-se Snape, seus dedos de unhas longas arranhando-o para tentar se soltar. Sirius o deixou cair. Ele escorregou até o chão, ofegante.

— É? Por que não deixa que eu me preocupe com meus amigos e você se preocupa com os seus? Ou ficou sem amigos depois de ter irritado a Lily?

— Só estou preocupado com o bem-estar dos meus colegas de sala — falou Snape, levantando-se, mas empalideceu ao ouvir a menção a Lily.

— Eu me preocuparia com o seu bem-estar — aconselhou Sirius. — Especialmente se continuar me enchendo o saco.

Snape deu de ombros.

— Se você me machucar, não terei escolha além de ir à Ala Hospitalar. E se Lupin estiver doente, como você diz, pode ser que eu consiga vê-lo. Estou certo de que ele me contaria por que foi até o Salgueiro Lutador.

— Tenho certeza que ele não contaria — falou Sirius, virando-se abruptamente. Havia sete passagens secretas por ali, mas se usasse uma delas, Snape a descobriria.

— Ah, então é um segredo? — perguntou Snape.

— Sim — respondeu Sirius. — Um segredo enorme. Maior até que o seu nariz.

— Meu nariz não é tão grande assim — falou Snape, sem notar o feitiço de Ingurgitamento não verbal de Sirius. Pelo menos não até começar a inclinar sua cabeça. — Mas disse que é um segredo? É um bom segredo? Ou é ruim? Porque eu odiaria vê-los expulsos. — Seu nariz já estava do tamanho de um pão e ele estava com dificuldade para andar.

— Certamente — falou Sirius. Snape acenou a varinha para o nariz e o fez diminuir até seu tamanho normal – ainda grande.

— Você já esteve no Salgueiro Lutador? — perguntou Snape ao seguir Sirius.

— Não — respondeu.

— Mentiroso — sibilou Snape, parecendo alegre. — Eu te vi na última vez que Lupin ficou "doente". Você, Potter e Pettigrew estavam se esgueirando pelo jardim.

— Se sabia a resposta, por que fez a pergunta? — perguntou Sirius, completamente cansado dele.

— Para ver se é um segredo muito grande — respondeu Snape.

— Eu já te falei — explodiu Sirius. — É um segredo imenso.

— Obviamente, se você mentiu. Então, vai me contar?

— Por que diabos eu contaria? Você é o maior pé no saco que já tive o azar de conhecer... e, com a minha família, isso quer dizer alguma coisa... e você só quer que a gente seja expulso.

— Por que eu iria querer que vocês fossem expulsos? — perguntou Snape.

— Porque você é um bastardinho invejoso — respondeu Sirius. — É por isso. Você não aguenta que James é melhor do que você em tudo. Você tem medo de perder Lily pra ele. Eu vi o jeito que você fala dele. É doentio. É como se você tentasse fazer lavagem cerebral nela. E Remus, você não gosta dele, porque... bem, eu não sei. Mas suspeito que tenha algo a ver com ele ser uma das pessoas mais legais, porque é o que te faz parecer um idiota detestável ainda maior do que já é.

A expressão de Snape era amargurada.

— E você? — perguntou ele. — Deixe-me adivinhar. Eu também tenho inveja de você.

— Sebo, eu acho que você tem inveja de todo mundo — falou Sirius. — Mas se eu tivesse que adivinhar seus motivos quanto a mim, provavelmente seria porque eu sei voar em linha reta numa vassoura, porque eu peguei mais garotas do que você conversou e porque eu sei como usar um chuveiro.

— Você se acha muito, Black — falou Snape.

— Eu acho que eu fui bastante modesto na verdade — respondeu Sirius. — Eu nem mencionei que sei abrir um shampoo. — Snape corou num tom feio de rosa. Por um segundo, Sirius achou que tinha acabado com sua confiança e que ele voltaria para o Salão Comunal de Sonserina e ficaria por lá o resto da noite, mas estava tristemente enganado.

Snape ergueu os olhos, os dentes amarelos à mostra num sorriso.

— É isso que Lupin está fazendo no Salgueiro Lutador? Aprendendo a abrir shampoo?

Sirius rosnou.

— Não, Seboso.

— Então o que ele está fazendo?

Sirius jogou os braços para cima.

— Sabe de uma coisa? Se está tão interessado assim, por que não vai lá ver?

A expressão de Snape azedou.

— Não posso. A árvore... Lembra do Davey Gudgeon?

— Tem um botão — contou Sirius, frustrado. — Encontre um galho longo e aperte. — E aí o Moony vai te comer e você nunca mais vai me encher, pensou alegremente. Riu sozinho. E aí franziu o cenho. Não, espera...

— A árvore? — perguntou Snape. — Apertar o botão da árvore?

Não. Não, não, não. Moony vai me matar. E Snape. E aí o Moony vai se matar.

— Não foi o que eu disse — falou Sirius, atrapalhando-se com as palavras. — Eu retiro o que disse.

Snape sorriu.

— Tarde demais.

Ah, não é, não, pensou Sirius com uma carranca, sacando a varinha.

Obliviate! — gritou, mas Snape pulou para desviar e saiu correndo, as vestes esvoaçando atrás dele. Sirius foi atrás, ainda tentando apagar os últimos minutos de sua memória, mas Snape foi rápido demais, bloqueando os feitiços. — Sebo... Snape, espere! — gritou Sirius.

— Boa tentativa, Black — respondeu Snape, ainda correndo. — Pedis Offensio!

Sirius não ergueu a varinha a tempo e caiu quando foi atingido pelo Feitiço de Tropeço. Droga. Droga, droga, droga! Sirius se levantou e pegou seu espelho.

— James Potter — falou, a voz trêmula ao correr pelos corredores.

— Padfoot? — perguntou James quando seu rostro entrou em foco, emoldurado pelo dormitório masculino. — Onde você tá? Wormtail e eu estamos esperando há tempos.

— Prongs, eu fodi com tudo — falou. — M-muito.

— O que aconteceu? — perguntou James com severidade. — Onde você tá?

— Entrando... entrando no Salão Comunal — respondeu.

— Senha? — perguntou a Mulher Gorda.

— Disparates. Jamie, eu não quis fazer isso, juro! — Sirius corria, subindo as escadas para os dormitórios dois degraus de cada vez. Ele chegou ao quarto patamar e abriu a porta.

— Não quis fazer o quê? — perguntou James, sua voz saindo do espelho e dele próprio, sentado na cama e amarrando o cadarço.

Sirius jogou o espelho na cama e se virou para James.

— Eu não quis — ele quase soluçou. — Moony... Eu contei pro Seboso... o Salgueiro.

A expressão de James era mortífera.

— Você fez o quê? — perguntou ele.

— Eu contei pra ele, pro Seboso... o botão, a árvore e aí ele saiu correndo...

— Snape foi ver o Moony? — perguntou James. Sirius achava nunca tê-lo visto tão bravo. Peter, sentado em sua cama, só parecia assustado.

— Me desculpe! — gritou Sirius.

James saiu correndo do dormitório sem falar mais nada. Provavelmente foi contar pro Dumbledore, Sirius pensou tristemente.

— Ele esqueceu o outro pé do sapato — falou Peter, confuso.

— Sério, Wormtail — ralhou Sirius —, acho que ele não liga. — Sirius só queria se afundar no chão. James certamente o odiava e, pela manhã, quando Remus descobrisse o que tinha acontecido, ele também odiaria. Sirius ficou deitado, afundando-se em autopiedade, até que algo lhe ocorreu. Sentou-se.

James não teria ido ao professor Dumbledore. Não havia tempo. Não na mente de James, pelo menos, se Sirius o conhecesse tão bem quanto achava conhecer. Ele foi salvar o Seboso, percebeu, respirando fundo, trêmulo. Seus olhos foram para o criado-mudo de James. Havia uma revista de Quadribol, uma caixa fechada de Feijãozinhos de Todos os Sabores que ele deixara lá para dar vontade em Sirius, uma cartinha de Godric Grifinória e a varinha de James.

— Não — murmurou Sirius. — Prongs, você tem que ser o maior imbecil do mundo! — Pegou a varinha de mogno e correu até a porta do dormitório.

Não parou até chegar ao primeiro andar, entrando de supetão no escritório da professora McGonagall.

— Senhor Black! — exclamou ela, tão chocada que derrubou o tinteiro em cima da carta que escrevia.

— Sem tempo, professora — ofegou, apertando as costelas. — Snape sabe do Remus. Ele foi pra lá. Eu contei pra ele como entrar, mas eu não queria contar! James foi pará-lo, mas não está com a varinha. — A professora McGonagall o olhou, boquiaberta. — Professora, por favor! — gritou.

— Mas os alunos não deveriam saber — falou ela, piscando.

— Isso não importa agora! — berrou.

Ela assentiu e pegou uma pena. Diretor, ela escreveu. Sirius não esperou para ver o que viria a seguir. Convencido de que ela avisaria a todos que precisassem saber do incidente, ele voltou a correr, indo atrás de James.

— Senhor Black! — Ouviu.

— Agora não, Minnie! — gritou.

— SENHOR BLACK, VOLTE AQUI IMEDIATAMENTE!

— JÁ VOLTO! IMEDIATAMENTE DEPOIS DE TER AJUDADO JAMES! — E então ele estava longe demais para conseguir ouvi-la. Passou correndo pelo Saguão de Entrada – assustadoramente, ele era o único ali e seus passos ecoavam –, passou pelas portas e chegou aos jardins. — Prongs?! — sibilou, sem realmente esperar uma resposta. Mas ainda se preocupou quando não recebeu uma.

Congelou o Salgueiro Lutador sem diminuir e jogou-se pelo buraco na base.

Alguns o chamariam de idiota, vaidoso ou arrogante, ou de tudo isso. Os que o conheciam diriam que sua arrogância era confiança e que era isso que o fazia ser impulsivo, mas que ele era esperto demais para ser idiota. E então, eles provavelmente ririam e concordariam, ele podia ser vaidoso.

Esses grupos de pessoas – amigos, conhecidos ou inimigos –, entretanto, concordariam em uma coisa. Alguns o fariam a contragosto, com algum comentário desdenhoso sobre essa ser sua fraqueza, outros dariam de ombros e assentiriam, enquanto alguns poucos sorririam e sugeririam atrevidamente que esse era um efeito colateral de sua forma Animaga; Sirius Black era muitas coisas, ele diriam, mas ele nunca era desleal.