Capítulo I – O casamento de Rony

Dois dias depois do baile de formatura, as aulas acabaram. E agora somente restava a todos aproveitarem muito bem as férias. Hermione segundo o combinado iria para casa, aproveitar as férias, enquanto Severo Snape iria organizar todos os detalhes para o jogo de quadribol. Depois sim, iria para a casa de sua irmã Lauren. Claro, ele jamais havia lhe falado que tinha uma irmã, mas teriam muito tempo para descobrir essas coisas agora que iriam juntos para França. Ela iria fazer faculdade de Transfiguração e ele iria continuar as pesquisas contra as Maldições Imperdoáveis e dar aulas no curso avançado de Magia Negra.

Vinte dias depois do termino das aulas, se realizaria o casamento de Rony e Padma Patil. Rony iria jogar no . Não seria o maior salário, mas aquele era seu time do coração. Por insistência de Arthur Weasley o casamento seria realizado a moda dos trouxas, em uma igreja, com padre e juiz., e principalmente, todos sem exceção em vestes trouxas. Hermione, sarcasticamente dissera que assim seria melhor. Se eles se casassem no modo dos bruxos, jamais poderiam se separar pois o divórcio seria impossível ao passo que no mundo trouxa...

Fora ela quem arranjara o local: uma capelinha discreta no centro de um parque trouxa, discreta, pequena e muito enfeitada. Claro, enfeitar foi algo muito rápido, pois em menos de cinco minutos, Hermione e Gina com as varinhas em punho preparam tudo.

Ela e Severo Snape haviam combinado que ele iria até a casa dela, pois o local do casamento era a três quadras dali.. No horário combinado a campanhia soou e ela abriu a porta, sorridente, enquanto abraçava e beijava o homem que estava ali.

- Eu estava com saudades de você..

- E eu não, decerto!? – respondeu ele, beijando- a . – Você nem sabe, está me dando um trabalhão muito grande esta história do jogo de quadribol. Eu fico correndo atrás dos outros e depois ainda me acusam de ditador... – disse ele, fingindo-se de bravo.

- Ora, Severo. Não tente me enganar, você adora esse papel de ditador. – respondeu ela, abraçando-se nele.

- Você está bonita, Mione! Linda como sempre... – Hermione trajava um vestido trouxa esvoaçante, com um chapéu, ideal para casamentos durante o dia.

- E você, não sei se eu já lhe disse que você fica muito bem, assim trajado de trouxa. – Severo Snape estava com um terno azul escuro, muito bem arrumado e com os cabelos organizados.

- Já disse sim.

- Convencido.. Vamos.. não podemos nos atrasar.. – disse ela, saindo e fechando a porta.

- Mas que feio, senhorita Granger.. não me convidou nem para um café. E depois ainda diz que me ama. Francamente!

- Eu amo você! – disse ela, parando na frente dele, e beijando-o apaixonadamente. – Mas isso não impede que nós estejamos atrasados.. –disse ela, puxando-o pela mão.


Os Weasley e os Patil estavam na porta da capela recepcionando os convidados. Muita gente havia sido convidada. Logo na entrada, encontram Lilá e Simas conversando animadamente com Dino Thomas.

- Olá Mione. Olá, professor Snape!

- Oi gente. – disse Mione.

- Olá. – disse Snape, seriamente.

- O senhor já sabe que o meu pai....- perguntou Lilá para ele.

- Sim, Srta. Brown, eu já sei.. – disse Snape, começando a rir em seguida.

- Sabe, que me contaram que a Padma queria desistir de casar? – falou Lilá, baixando o tom de voz.

- Quem contou, a Parvati? – perguntou Dino.

- Sim, e disse que ela só vai casar porque esta esperando um bebê...

- Vamos, Severo.. Senão daqui a pouco, segundo as novidades da Lilá, a Padma já se casou novamente, do que dessa vez com um dos gêmeos que ela não lembra o nome. – disse Hermione contrariada, e em seguida eles foram em direção a entrada da capela.

- O que tem o Sr. Brown, Severo?

- Bom, ele.. ele sucumbiu as exigências da filha... – disse Snape rindo...

- Ora, Severo. porque você não conta para a Srta. Hermione de uma vez que finalmente aquela idiota da Sybila conseguiu o que queria? – ouviu-se a voz de Lúcio Malfoy chegando e juntando-se a eles.

- A charlatã? – perguntou Hermione.

- Pois é!!!! Como vai, Srta. Hermione? – disse ele, beijando a mão da moça.

- Bem, e o senhor?

- Lúcio, como sempre uma entrada triunfal? – perguntou Snape, cumprimentando o amigo..

- Pois é, Narcisa pelo jeito, quer chamar mais atenção que a noiva.. E falando nisso, queria saber porque Arthur me convidou para a festa.

- Onde os Malfoys aparecem, a festa é sucesso certo! – disse Snape debochando..

Lúcio Malfoy somente fez uma careta para ele.

Os três ( Hermione e Snape de mãos dadas) foram caminhando até a entrada da capela, e viram Remo Lupin, acompanhando por Louise Hoock, vindo naquela direção.

- Severo, olha lá o Remo... – disse Lúcio Malfoy indicando o lado direito com um movimento de cabeça.

- Pois é... – disse Snape enquanto ele e Hermione se voltavam para o lado indicado.

- Não é o lobisomem ainda se deu bem??? – perguntou Lúcio, com uma ponta de indignação na voz.

- Não fale assim dele, é uma ótima pessoa.

- Tá, Severo! Olhe, Srta. Hermione, não pense que Severo é sempre assim, ele está com essa pose de bom moço, só porque a senhorita está aqui, senão...

- Ora Lúcio.... – disse Snape, sendo interrompido com a chegada de Remo e Louise Hoock.

- Como vão todos? Severo, Lúcio, Mione..

- Bem e você, Remo e Madade Hoock? – cumprimentou Lúcio Malfoy.

- Bem, Remo! Louise!

- Como vai o senhor? E a senhora?

Nisto o grupo chegou a entrada da capela. Remo Lupin e Madame Hoock se adiantaram e cumprimentaram Molly e Arthur Weasley que estavam muito orgulhosos. Os pais de Padma também estavam sorridentes, e se aditaram quando grupo chegou. Hermione cumprimentou os Weasleys com grande felicidade, dizendo torcer para Rony que ele encontrasse seu caminho agora que a vida dele mudaria radicalmente. Molly beijou-a com lagrimas nos olhos, enquanto Arthur cumprimentava Severo Snape. Lúcio adiantou-se para cumprimentar os Weasley, quando percebeu que Narcisa chegara. Hermione voltou-se e a observou. Ela parecia ter sua idade, quando muito, e estava muito bem vestida, parecendo mesmo uma moça. Era elegante, porém exagerada para uma cerimônia simples como aquela.

Hermione e Severo entraram na Igreja e viram Richard Brown, sentado de mãos dadas com Sybila, tendo ao lado Frank e Melissa Longbotton. A mãe de Neville conversava com o filho que ao ver Hermione levantou-se e veio correndo dar-lhe um beijo. Já Frank parecia estar fazendo piadinhas a respeito do par.

- Severo.. coitado do Sr. Richard. Aquela mulher é uma idiota..

- Cada qual com seu igual. – sentenciou ele, vendo Richard levantar-se e vir naquela direção.

- Srta. Hermione! – cumprimentou ele, abraçando- a . – Severo!

- Como vai o senhor? espero que ainda bem.. – disse ela não conseguindo se conter.

- Pensei que você não fizesse como esses dois. – disse Richard para Hermione.

- Mas eu simpatizo com o senhor, queria seu bem. – disse Hermione séria, sob risos de Snape e Malfoy que havia voltado a cena.

- Viu Richard. Se você depender do nosso apoio, está morto! – disse Snape.

- Severo, vou lá na frente, Harry está me chamando. – disse ela, beijando- o de leve.

Hermione foi caminhando em direção ao altar. Harry e Rony estavam no altar juntamente com Parvati e Sirius Black que eram os padrinhos de Padma. Harry e Rony abraçaram Hermione juntos, quase a derrubando no chão. Parvati e Sirius vieram cumprimentar Hermione.

- Hermione, acho que daqui a uns 15 dias vamos inaugurar a loja. – contou Parvati.

- Mesmo? Que ótima noticia.

- Pois é, e queremos convidar você e aquele SER – disse Sirius apontando para Snape. – para a inauguração..

- Nós iremos com certeza, Sirius. Obrigado pelo convite.

- Eu poderia ter convidado o SER, no treino de Terça-feira, mas como acertei um balaço nele, sem querer- Sirius sorriu ironicamente- fiquei receoso.

- Imagino como foi sem querer, Sirius. – retrucou Parvati., enquanto Hermione sorria.

- Foi mesmo, só queria ver se ele ainda era um bom goleiro. – respondeu ele inocentemente. E quanto a você, Rony? Nervoso?

- Um pouco. – respondeu Rony vermelho como um pimentão, afrouxando o nó da gravata e cuidando a porta da capela.

Quando Hermione saiu de perto deles, os três começaram a conversar em voz baixa.

- Severo, e a quanto a Marca negra? A minha não desapareceu. – disse Lúcio Malfoy.

- Nem a minha! – disse Richard.

- Estou muito preocupado com isso, mas não tive coragem de falar com ninguém ainda. Talvez devêssemos esperar mais um pouco. – disse Snape.

- Mais o que Severo? Deveria Ter desaparecido naquele instante. Todos nós sabemos que ele só irá sumir o dia que o Lord estiver morto. – disse Richard.

- Sim, nós precisávamos falar com mais algum comensal, para ver.. è que fomos os únicos que o traímos talvez tenha algo a ver com isso.

- Duvido Lúcio, embora seja uma hipótese. Semana que vem começa os julgamentos, e vamos Ter que depor. – disse Snape. – E não sei, talvez nós três tenhamos que responder pela acusação de sermos Comensais.

- Você também? – perguntou Richard. – mas fazem muitos anos que você não participa das atividades realmente. Sempre foi um espião.

- Pois é.. Não dá para confiarmos cegamente nestes aurores. O sonho do Moody era conseguir trancafiar o Trio de Ouro em Askaban, esqueceram? – disse Snape.

- Mas e Alvo? – quis saber Lúcio.

- É por isso que estou tranqüilo, enquanto ele estiver do nosso lado, não corremos grandes riscos.

- Ainda bem. – disse Richard.

- Richard eu preciso falar com você, assim sem aquela purgante por perto. – disse Frank, se aproximando.

- Nunca gostei das suas definições, Frank. Mas sou obrigado a concordar que aquela mulher sim é uma purgante... – disse Snape.

- Sybila Purgante! – disse Frank cantarolando no ouvido de Richard..

- Eu ainda te mato, Frank. Eu juro!

- Que meda!!!! – disse Frank Lonbotton, rindo.- Você está namorando a Sybila, agora agüenta. – continuou ele, caminhando até um dos bancos, pois o sino acabara de tocar.

Severo foi sentar-se junto a Lúcio e Narcisa (que parecia ser a noiva).

No altar, Hermione e Harry de um lado e Parvati e Sirius de outro lado, assistiam a cerimônia., a entrada de Padma foi triunfal, ela estava linda.. com um vestido gelo que escondia a barriguinha de quatro meses de gravidez. A cerimônia foi linda. Molly e Gina choravam discretamente. Harry e Hermione também encheram os olhos de lágrimas. Já, Neville chorava copiosamente, sendo consolado por Alícia. Rony ficava mais vermelho a medida que mais palavras iam sendo pronunciadas, e por fim o padre e o juiz os declararam casados.

Os noivos foram muito cumprimentados e todos rumaram para a recepção, onde alguns tópicos ocupavam a atenção de todos, como a inauguração da loja de Parvati e Sirius; o namoro de Sybila e Richard e o jogo de quadribol. Harry contou a Hermione, que realmente Snape fazia juz ao título de ditador que haviam lhe dado. Ele comandava o time com mãos de ferro. Mas segundo lhe contara o seu padrinho Sirius desde que Severo Snape era o capitão do time eles jamais haviam perdido uma partida.

Neville e Alicia estavam dançando próximo as eles, e Harry comentou que a Srta. Parkinson estava alojada na casa dos Longbotton até o inicio das aulas, por causa da prisão de seu pai, sob a acusação de Comensal da Morte. Harry queria saber a cerca dos julgamentos dos Comensais. O que deveria ser dito e quem seria ou não condenado. Hermione sabia que o Trio de Ouro corria riscos, inclusive Snape, embora ela não conseguisse perceber o porquê. Ouvira algumas conversas que falavam sobre a perda de poder de Dumbledore, ao contrário do que poderia se esperar, e isso a amedrontava muito. Os aurores, em especial os comandados por Moody, estavam se voltando contra Dumbledore sem motivo aparente. Ela sabia que se Dumbledore caísse antes do julgamento, Severo Snape seria condenado da certa. Suas atividades de Comensal da Morte não eram segredo para ninguém deste meio.

Quando a festa terminou já era noite.


Hermione foi caminhando de mãos dadas com Snape pela rua deserta. Quando chegaram na casa dela, ela abriu a porta e convidou-o para entrar e tomar o citado café..

- E seus pais, não voltaram o consultório? – perguntou ele, sentando-se no sofá.

- Não, ainda não... – disse ela, sentando-se ao lado dele, e contando –lhe ao pé do ouvido, com um sorriso maroto, que os pais tinha ido participar de uma palestra e só voltariam de manhã...... Ao terminar de falar ela beijou- o ...


Naquela noite, na Mansão Malfoy, Draco estava caminhando com o anel de brilhante em suas mãos... Desde a formatura ele alimentava a esperança que o Lord estivesse vivo e que o segredo estivesse naquele anel. Planejando isso, ele conseguira pegar Moody e lhe aplicar uma Maldição Imperius, para que este fosse contra as ordens de Dumbledore. Na verdade Draco queria ver seu pai em Askaban, por Ter traído seu mestre. Seu rosto de assombrou ao lembrar que seu padrinho, talvez a única pessoa no mundo que gostava dele, também iria para lá, caso Dumbledore não depusesse a seu favor.

Ele lastimou que isso ocorresse, mas ver seu pai preso era sua prioridade. Ele e o covarde do Richard Brown. Queria ver o fim do Trio de Ouro, os três atrás das grades de Askaban.. Mas e o padrinho? – pensou ele novamente.. – Depois dou um jeito de tirar ele de lá, vou mesmo precisar dos poderes daquela sangue-ruim......

Draco deu um sorriso maldoso e frio, enquanto continuava tentando decifrar o segredo do anel, para trazer seu mestre de volta.