A Promessa

Epílogo I - Família


Julho, 2006.

"Vocês vieram de carro?" Foi o que saiu dos lábios de Molly Weasley quando escutamos o barulho de motor vindo do lado de fora - com certeza meu pai estava se divertindo.

Sim, nós viemos de carro. Nós viemos de carro porque Draco não usa mais pó de flu desde o último ano de Hogwarts. Perder um dos colegas no meio do fogo, como ele me contara em nossa primeira semana, não havia sido uma de suas melhores experiências, e qualquer coisa que o lembrasse disso sempre era seu último recurso. Até o fogão da casa era por indução. Ainda me acostumava a assar coisas no forno elétrico.

"Ele ainda não tem uma motocicleta, mãe." falei enquanto tirava uma jarra de limonada da geladeira.

"E ele precisa?" Fiz que não com a cabeça, um sorriso nos lábios. "Imaginava que não. Mas vocês poderiam ter vindo nos visitar antes de ter começado o verão." escutei em silêncio a repreensão velada, concordando mentalmente com a bruxa. Eu tão deveria tê-lo trazido no Natal. Ao mesmo tempo, não poderia reclamar do final de ano que passamos em Paris.

"Vamos visitar mais, mãe." E era verdade. Agora que havíamos nos acostumado com nosso relacionamento, depois de nove longos meses, não seria mais tão difícil leva-lo para os almoços de domingo. Talvez não fosse nem tão traumático aquele dia para mim, depois de tantos não muito bons passados com o bruxo moreno que antes me acompanhava.

Molly sorriu antes de voltar sua atenção para a mesa, que era posta com um toque de sua varinha. Foi apenas quando ela virou-se para chamar os meninos que a vi com uma expressão confusa, e eu mesma voltei minha atenção para onde estava a parte masculina de minha família.

"O que foi?"

"Está fazendo trinta graus lá fora." ela começou - sim, claro que estava fazendo trinta graus, estávamos no meio de um verão insuportável. "Por que ele está de manga comprida?"

E havia chegado a parte, finalmente, que poderia acabar com nosso domingo. Eu abria minha boca para explicar o porquê de meu namorado estar fervendo numa roupa quente demais? Eu mudava de assunto? Ia embora? Parece que meu silêncio foi resposta suficiente para minha mãe lembrar-se de quem estava na frente dela, e de todo seu passado.

"Oh." Era agora que ela iria começar a tratá-lo mal? Ela falaria alto sobre aquilo apenas para deixa-lo desconfortável? Por favor, por favor, por favor, não implique justo com isso, mãe.

"Ele acha que mostrar isso aqui é um sinal de desrespeito." disse a única coisa que poderia para tentar acabar com aquela situação, e meu nervosismo só aumentou quando vi Draco na soleira da porta. Oh merda, porque ele tinha vindo para cá?

"Achei que tivesse ouvido você me chamar." Péssima hora para ler minha mente - e ele escutou aquilo também, sabia pela confusão que passou pelo seu rosto. E provavelmente o bruxo também ouviu algo de Molly, porque pela sua nova expressão séria, eu sabia que o que Draco mais queria naquele segundo era aparatar dali. E ele detestava aparatar. "Melhor eu voltar-"

"Draco," Foi minha mãe quem o interrompeu. "Você pode levantar as mangas."

Aquela aceitação foi a melhor coisa de todo o almoço - e eu não precisava ler mentes para saber que aquilo também valia para o bruxo.


"Pelo sorriso dos dois, assumo que a última viagem foi ótima." Foi a primeira frase que escutei após colocar a primeira garfada de carne na boca.

"Eu estou sempre com um sorriso," escutei o moreno falar enquanto mastigava o bife acebolado, olhando meu irmão revirar os olhos. "Graças ao seu filho, senhora Weasley."

"Puxa saco." Percy murmurou, antes dele mesmo morder uma cenoura.

"Você chamando alguém de puxa saco." Não pude deixar de observar.

"Fred teria adorado ver isso." Quem disse foi George, que como todos os outros homens da mesa, ignorava a marca negra que mesmo desbotada, era ainda bem visível no antebraço do bruxo ao meu lado direito. "Percy perfeito casou com alguém pior que ele."

"Quando você vai se livrar desse cabelo púrpura, cabeça de beterraba?" Percival atacou.

"Fred teria raspado em menos de um minuto." Eu ajudei.

"E usado um feitiço para nunca mais crescer." E George completou, me fazendo lembrar do quanto os almoços com meus irmãos podiam ser divertidos. "A próxima cor vai ser amarela, em homenagem ao novo membro de nossa família." Ele disse, dando uma piscadela para Draco, e era eu quem revirava os olhos agora: divertidos, desde que me deixassem de fora das provocações.

"Fred teria adorado ver isso." Não que isso algum dia fosse acontecer, meus irmãos esquecerem de me atormentar.

"Ronald também." disse, o nome de nosso irmão mais novo saindo de minha boca já sem a dor de um ano atrás.

Por um momento, esqueci completamente onde estávamos e com quem estávamos. Era como nos anos antes de toda aquela guerra, com nossa mesa cheia, sem faltar ninguém. Ao menos havíamos completado outra vez a família com mais integrantes do sexo masculino, e nós tão precisávamos começar a equilibrar aquela quantidade absurda de homens com algumas meninas ruivas.

Era tão estranho, e ao mesmo tempo bom, o quão confortável me sentia ao pensar sobre crianças agora. Era tão totalmente irritante Blaise, o bruxo que considerava praticamente meu irmão, escolher justo aquele minuto para sentir-se tão confortável quanto eu.

"Eu disse, isso aqui é muito melhor do que os almoços com Voldemort." Preciso admitir que a cara de Draco ao escutar aquilo foi impagável. "Lembra como era agradável almoçar com aquele par de cobras?" Também preciso admitir que a falta de noção de meu mais novo cunhado era faraônica, mas aparentemente toda a família já havia se acostumado com aquilo. "Vermelho-sangue nunca foi bem minha cor. Prefiro muito mais um puxado para o ferrugem. " Na verdade, tinha quase certeza que aquilo havia sido combinado apenas para todos observarem o loiro quase engasgar. "Exagerei?"

Meu pai parecia se esforçar para não rir enquanto minha mãe balançava a cabeça. E Draco, que mesmo sentado ao meu lado não parecia exatamente confortável com aquela conversa combinada com sua marca à mostra, finalmente abriu a boca após engolir quase um copo inteiro de água.

"Você exagerando, Zabini? Imagina." vi o bruxo falar, limpando a boca com um guardanapo de papel. "Sempre sutil." E sem nenhum sorriso, ele voltou a comer.

Não que Blaise fosse deixa-lo em paz, justo agora.

"Eu sei, eu sou tão sutil quanto você foi no meu casamento." Nada. "Demorar quase um ano para vir conhecer a família de sua namorada, você não tem vergonha nessa sua cara albina?" Os lábios finos que eu amava continuavam perfeitamente retos. "Às vezes você me lembra tanto seu pai que é assustador." Enquanto os olhos claros pareciam assassinar Zabini, de novo e outra vez. "Vamos Malfoy, me dê alguma coisa. Só eu estou falando. Você está me constrangendo aqui."

E foi novamente engraçado como todos ficaram no mais absoluto silêncio quando meu sonserino fez menção de abrir a boca. Troquei olhares com Percy, o único que não parecia tão curioso para ouvir o que viria - como não, até eu estava!

"Pelo menos eu sei quem é meu pai." E Zabini fingiu estar machucado.

"Aquele-que-não-deve-ser-contrariado e te deu uma tatuagem com dezesseis anos, acho que todos lembramos desse." E eu finalmente entendi porque Percy não parecia tão curioso com o desenrolar daquelas provocações. Eu deveria já ter me acostumado com isso, esse dois realmente eram como dois irmãos. E como dois irmãos, eles simplesmente não sabiam quando parar.

"Aquele-para-quem-sua-mãe-queria-"

"Draco, modos!" Parei aquela fala, meio rindo, meio nervosa.

Mas ninguém estava incomodado com aquelas farpas trocadas, pelo contrário: fazia tempo que não via George rir daquele jeito sincero. Até mesmo minha mãe sorria, enquanto revirava os olhos.

"Isso mesmo, modos, Draco! É por isso que você é minha cunhada favorita, Ginevra," Blaise me disse, voltando-se para o resto da mesa com um meio sorriso. "Porque a ruiva não o deixa falar sobre as abridas de perna de mamãe."

"Onde eu estava com a cabeça quando me casei com esse aí?" Veio de Percy, que sentava do meu lado direito.

"No mesmo lugar onde eu estava quando aceitei o pedido de namoro desse sonserino." respondi, ignorando as próximas falas que ouvia o par de cobras trocar.

"Eu preciso de um firewhisky." Soltei um risinho ao ouvir tal frase vir justo de Percy.

"Charles e Bill estão perdendo o melhor almoço dos últimos tempos." E outro, ao ver a cara de surpreso de Percival ao ver meu pai falando aquela última frase. "Então Draco, minha filha ainda não nos contou como vocês dois se reencontraram."

"Você ainda não contou pro papai?" quase não escurei Percy cochichar, uma ponta de incredulidade na voz. Era óbvio que eu não tinha contado para o papai, mas depois que quase um ano, eu muito me xinguei por não ter pensado em inventar alguma versão e deixar a pergunta em aberto para ser feita justo hoje.

"Na despedida de Percival e Blaise." E eu estava prestes a me intrometer naquela história antes que um daqueles dois sonserinos pudesse fazer um estrago, quando ouvi Zabini pigarrear. A próxima frase que veio me fez ver que já era tarde demais para tentar evitar virar o assunto da mesa, novamente. "Gostaria de adicionar alguma informação, Zabini?"

"Por que ele perguntou justo isso?" Percy verbalizou meu único pensamento.

"Na verdade, sim." Blaise disse, tendo no rosto um dos sorrisos mais prazerosos que já o vira dar.

"Claro que tem, ele sempre tem alguma coisa para adicionar."

Incrivelmente, a frase que veio a seguir prendeu minha atenção.

"Você já falou para sua nova família como observava a ruiva nos tempos do colégio?" E pela primeira vez naquele almoço, Draco pareceu realmente incomodado. Era imperceptível para quem não o conhecia como eu conhecia - como Zabini conhecia. Porque assim que o moreno reparou nos olhos claros do irmão de consideração, ele continuou. "Oh, você não falou." Ele com certeza não havia mencionado aquela parte. "Nem pra ela."

"Zabini-"

"Você secava nossa irmã, fuinha?" George parecia tão surpreso quanto, bem, quanto todos naquela mesa - todos menos Percival.

"Você sabia disso?" sussurrei, mesmo sabendo que ele não me explicaria nada agora.

"E nossos almoços só ficaram mais ruidosos." Percy suspirou.

"Estava mais para 'desejava tirar um pedaço', cunhadinho." Foi a resposta descarada que veio. "Você vê, Ginevra era impossível. E não era por causa do quatro-olhos, eu garanto." Tão, tão sutil. "Mas ela era uma Weasley, e por ser uma Weasley, era completamente fora de cogitação, não importava o quanto a vermelha tinha um maravilhoso par de pernas. Ginevra tinha - tem - uma beleza que o colégio inteiro via, além de um temperamento teimoso que tanto combinava - combina - com a cabeça dura de Malfoy. Ginevra tinha tudo que ele desejava ter, e tê-la, de fato, seria a única coisa que realmente irritaria Lucius. Então ela era impossível. Proibida. Tão desejada."

"Zabini-"

"Você morria de vontade de fazer tudo que está fazendo desde os tempos de Hogwarts, confesse." O silêncio que se fez por parte de meu namorado confirmava aquela frase. "E se não fosse tão teimoso, se eu não tivesse insistido tanto e te deixado tão disposto a me mostrar que não, você não queria transar-"

"Blaise Zabini!" Quem interrompeu foi, mais uma vez, eu.

"Oh, céus!" Percy lamentou. "Oh, céus." E lamentou mais uma vez, ao ver que todos naquela mesa, com exceção de nós dois, estavam se divertindo com a discussão daqueles dois.

"Ora vamos, nós costumávamos imaginar a cara que ele faria com você a levando para passar férias de verão." Zabini continuou, seus olhos pretos encontrando os meus. "Mas Nascissa nunca viraria a cara para você, amor." ele me afirmou, um leve sorriso nos lábios.

Enfim deixei os meus imitarem o gesto, na minha memória a mulher que visitamos no último sábado.

"Ela não virou, Blaise."

...

Eu não poderia ter imaginado um almoço melhor. Com certeza nunca passaria pela minha cabeça George conversando civilizadamente com Draco Malfoy, muito menos este último trocando informações sobre trouxas com meu pai - ao menos não na época da escola. Sentada no banco de couro da Mercedes, cantarolava a música que tocava na rádio enquanto observava a paisagem ainda tão cheia de sol naquela tarde de verão, um sorriso bobo nos lábios.

Um sorriso tão verdadeiro, ao sentir mais uma vez o que andava me fazendo dar mais e mais sorrisos naquelas últimas semanas.

"Espero que eu também te faça sorrir de verdade." escutei de meu namorado, sua mão quente encontrando a minha por um breve momento. "Vermelha, quando você está feliz você pensa muito alto." ele continuou, como se lendo meus pensamentos. E ele estava fazendo de novo. "Não me olhe assim, foi você que fez a magia ser uma regra nessa casa." Quase comentei que estávamos num carro naquele instante, e eu sabia que ele continuava me escutando. "Estou apenas fazendo o que sou obrigado a fazer."

"Não lembro de te obrigar a ler minha mente, fuinha." Fiz questão de pensar e dizer em voz alta. "Ainda assim, você continua fazendo isso, dia após dia."

"Eu só arranco os pequenos detalhes. E tem certos momentos que você gosta dessa minha qualidade. E eu nem preciso ler sua mente pra saber que tenho razão." Exibido.

"Nem foi tão difícil, foi?" disse, voltando meus olhos para ele, minhas mãos pousando sobre o tecido verde do vestido que ele andava a adorar.

"Você torna as coisas mais fáceis."

"Você realmente me queria em Hogwarts?" não pude mais evitar a pergunta. Mantendo os olhos claros na estrada, Draco fez que sim com a cabeça. "Para irritar seu pai?"

"Era um dos motivos. Você também tinha o melhor par de pernas de toda a escola." ele admitiu, o meio sorriso que eu aprendi a amar nos lábios. "Mas você tinha irmãos demais."

"O que eu tinha?"

"Eram irmãos demais para eu considerar tentar, Vermelha." Draco respondeu, não entendendo minha pergunta.

"O que eu tinha que você não poderia comprar?" refiz a questão que estava me deixando curiosa desde o almoço.

"Você tinha uma escolha." Meus olhos foram direto para a marca, já parecendo tão desbotada contra o sol. "E amor. Você tinha tanto amor."

"Você tem isso agora." ele me olhou de relance, deixando uma risada escapar. "O que foi?"

"Eu continuo não tendo escolha, Vermelha." E por um instante, a frase me deixou confusa. É claro que ele tinha escolha! Ele era completamente- "Não te amar nunca foi uma possibilidade, então não, eu não tenho escolha." ele explicou, sua mão livre alcançando a minha. "Mas eu me contento com o amor."

"Use isso nos seus votos e você vai ganhar minha família inteira." Bobo.

"Boba." Revirei os olhos, voltando a observar a tarde ensolarada.

"Acho que está na hora de contarmos." disse, depois de um tempo em silêncio. A ideia inicial foi desconsiderada assim que pisamos no jardim de meus pais - vamos fazer os dois me aceitarem primeiro, o que acha? "Meu pai pode não ficar exatamente feliz no começo," Mas eu já duvidava daquelas palavras, lembrando de como os dois haviam se dado melhor do que poderia imaginar. "Mas minha mãe fica pelos dois. E nós podemos visitar Narcisa." Vi as sobrancelhas quase brancas franzirem, e continuei antes que ele pudesse dizer qualquer coisa. "Não é como se fossemos capazes de esconder por muito mais tempo, eu já estou quase estourando!"

"Exagerada como sempre, Vermelha." bufei ao escutar aquilo, minhas mãos rearrumando novamente o cinto de segurança ao redor de minha barriga. "Deixa isso aí." Sua mão impediu a minha de esticar mais a faixa cinza escura. "E sim bruxa, antes que você verbalize, eu quero Leo mais do que eu quero me casar com você."

Parei no mesmo instante de puxar o cinto.

"E é assim que você me pede em casamento." Filho da mãe. "Lembro de alguém me falando que faria isso tão bem que eu não teria como dizer não."

"Abra o porta luvas." estava pronta para falar o quão não romântico aquilo era quando o loiro insistiu. "Abra, e se você não gostar, pode gritar o quanto quiser comigo."

Abri. E no meio de caixas de CDs, um envelope branco com o meu nome.

'Eu, Draco Lucius Malfoy, prometo te amar e te aceitar em todas as suas formas - até mesmo quando estiver redonda, Vermelha. Prometo passar o melhor café -agora descafeinado - todas as manhãs e sempre que for necessário, me mudar para o sofá. Você me fez aprender o que era amor, e eu nunca vou esquecer. Isso que temos provavelmente só se acha uma vez na vida, e para mim, pode acreditar nessas palavras, é para o resto da minha vida. E mesmo quando os desafios aparecerem, não importa quais, se algum conseguir nos separar, eu sei que nós sempre encontraremos o caminho de volta, um para o outro.'

Era tão irritante aquela quantidade massiva de hormônios.

"Falhei?"

"Você pode melhorar isso." limpei uma lágrima enquanto respondia.

"Olhe no seu bolso." ele disse, e eu nem mesmo sabia que havia um bolso naquele vestido. Aparentemente havia. Assim como havia algo frio ali dentro - uma chave? "Eu ia te pedir em casamento semana que vem. E eu sei que o que estou fazendo aqui pode não ser exatamente romântico, mas não ia aguentar mais uma semana com um anel no bolso enquanto você se perguntava grávida para onde estava indo nosso relacionamento."

"Isso é uma chave." apontei o óbvio, mal percebendo que entrávamos por portões conhecidos - era a casa que havíamos visto há meses atrás! "Draco-"

"Sim, essa é a sua chave." E por um momento, eu imaginei algo muito clichê seguindo. "Não Vermelha, eu não vou dizer que é a chave do meu coração. Contente-se comigo afirmando que para tê-lo, você não precisa de uma chave." Draco desligou o carro, enfim virando-se para mim. "Olhe melhor." E eu olhei outra vez para a chave em minha mão direita. E só então que reparei que a chave não era a única coisa que estava reluzindo contra o sol. "Casa comigo, Ginevra."

O beijo que trocamos falou por mim. Em segundos, o cinto que me prendia no banco era aberto e eu ia parar sobre meu futuro marido, no banco do motorista. Meus lábios encontravam os dele outra e outra vez, e eu não conseguia evitar o sorriso ao pensar como tudo parecia estar do jeito que deveria, tudo tão certo, mesmo com as imperfeições que ambos tínhamos. Eu havia sofrido tanto anos atrás, havia ficado tão desesperançosa em encontrar alguém que me completasse, em encontrar a alegria no dia a dia novamente. Agora, quase explodia de felicidade.

"Então sua resposta é?" Ele perguntou quando quebramos o beijo, um rubor quase adorável em seu rosto.

"É claro que sim, Polaco." respondi, como se houvesse alguma outra possível resposta.

"Polaco, fuinha." O bruxo disse, sacudindo a cabeça. "Você realmente me ama."

"Prometa que nunca vai duvidar disso."


Nota da autora: Gente, depois de meses sumida, estou aquiii! É a primeira parte do fim da fic, pensei em dividir para conseguir postar mais cedo! Sorry pela demora, meu tempo ficou muito escasso esses meses, mais um pequeno bloqueio que sempre tenho em finais, pra quem me conhece.

Esperem a proxima parte até o começo do mês que vem! E quem estiver acompanhando, me conta o que achou de tudo! Vou adorar ler.

E para quem curte DG, e gosta da minha escrita, comecei outra fic chamada Escarlate: roupas de segunda mão.

Beijo, e até breve,

Ania.