O que será do amanhã?

Betas: Ana Ackles e MarySPN. Meninas muito obrigada por não terem me abandonado, apesar do tempo que precisei para por a vida em ordem. Vocês são demais! Beijo estalado!


Nota do autor:

Queridos leitores, mil desculpas a cada um de vocês por tanta demora na atualização desta história. Sei que para quem estava acompanhando é frustrante a espera e alguns até acharam que a fic estava abandonada, mas não estava. Eu jamais faria isso. Por amor a história e por repeito a vocês. A vida mudou e surgiram coisas que precisaram muito do meu tempo a da minha atenção, mas me organizei e estou de volta. Quem ainda estiver por aqui, espero que goste do capítulo quentinho que estou postando. Agradeço a todos que leram e em especial a cada um que dedicou um tempinho a me deixar algumas palavras nos comentários. Muito obrigada mesmo. Continuemos, então! Beijos a todos.


... - Prometa. – E intensificou as carícias.

- Huummm... aah... eu prometo.

- Ótimo! - Afastou-se do moreno. - Agora nós dois precisamos urgentemente de alívio. – Sorriu, tirando a própria roupa, às pressas, sob o olhar faminto de Jared – Vem, vou encher a banheira...

Capítulo 17

Livre a seu lado

"O seu amor me iluminou/ Da solidão nada restou/ Foi tudo embora de uma vez.../ ...Baby, eu não vou pedir mais nada/ Se tiver você pra mim/ Vou te dar tudo que eu tenho/ Te fazer feliz..." Baby - Banda Malta

O banho morno, com espuma perfumada, foi imensamente prazeroso. Carinhos intensos, carícias ousadas, beijos demoradamente deliciosos e um deixando o auge de seu prazer nas mãos do outro.

Mal terminaram de se enxugar e já se olhavam com desejo renovado. Não tinham como impedir a paixão de se expandir e fazer seus corpos, ainda úmidos do banho, se quererem outra vez. Então, não se esquivaram, apenas deixaram acontecer.

- Vem cá... vem ser meu. – Jensen puxou Jared para si, tomando posse de sua boca.

O moreno, de olhos fechados, retribuía o beijo intenso de Jensen. Iria com ele onde quer que fosse e seria dele sem nem pensar muito, pois quem estava no comando era seu descompassado coração. Tudo que Jared queria era ficar nos braços fortes daquele loiro, desfrutando da paz e do desejo arrebatador que sentia quando estava ao seu lado.

Interrompeu o beijo por um instante e segurou entre as mãos o rosto bonito de Jensen.

- Olha... não sei exatamente como você se sente com a relação a nós dois, mas... eu preciso te dizer, antes de... de... - Jared começou a falar timidamente, porém bastante decidido a revelar à Jensen o que lhe ia à alma, sem medo do que viria depois. - ...quero que saiba que apesar de nos conhecermos há pouco tempo... quando estou com você, parece que não há outro lugar onde eu devesse estar. Eu nem sei como isso vai ser possível... tantas coisas podem nos afastar... mas quero muito ficar contigo. Quero muito mesmo. - Estava apaixonado pela primeira vez na vida.

- Eu também quero... quero tudo com você... tudo que você quiser. – O coração de Jensen, que durante vários anos trancou-se em si mesmo, negando-se a amar, aos poucos abria as portas para que Jared entrasse e fizesse morada.

Uniram-se num abraço apertado, que dizia muito do que estavam sentindo um pelo outro. Começaram um beijo suave, mas logo estavam em chamas, beijando-se avidamente.

Não era mais possível esperar. Foram andando agarrados até à cama onde o mais velho sentou, puxando Jared para seu colo. O moreno segurou o rosto de Jensen e desenhou sua boca carnuda com a ponta dos dedos, seguindo o mesmo caminho com a língua quente e úmida, enlouquecendo-o.

O loiro enfiou as mãos nos cabelos macios de Jared, puxando-os levemente para traz e afastando um pouco seus rostos. – Tem certeza que quer? Estou louco por você, mas posso esperar. Não quero te forçar a nada, eu...

- Shhhhh. Me sinto tão livre a seu lado! Não vou negar que dá uma puta ansiedade, mas... não tenho medo de nada quando estou contigo. – E deu um daqueles seus sorrisos que derretiam o coração de Jensen.

Então o loiro, parou de pensar e agiu. Umedeceu seus dedos com bastante saliva e, enquanto suas línguas se embolavam em suas bocas, acariciou a entrada quente do moreno, iniciando a preparação para estar dentro dele, de preferência, em um tempo brevíssimo.

Jared recebeu com certa estranheza o toque tão íntimo, porém a excitação que já tomava conta de seu corpo, só aumentava, pois apesar de algum incomodo, sentia muito prazer com as carícias que Jensen lhe fazia.

Rolaram pela cama com mãos e bocas vorazes, experimentando cada pedacinho um do outro e falando coisas inebriantemente indecentes.

Jensen aproveitava para deixar Jared bem relaxado, pois queria que ele sentisse o máximo de prazer e o mínimo de dor. Ás vezes, via um tantinho de apreensão nos olhos outro, então o beijava mais, o apertava mais em seus braços e com sua língua, fazia o corpo de Jared estremecer de puro tesão.

O moreno ia se entregando às carícias e deixando que Jensen o tocasse sem restrições. Estava adorando sentir a boca deliciosa daquele loiro em torno do seu pau completamente duro e quando sentiu a língua atrevida de Jensen brincar no lugar mais íntimo de seu corpo, gemeu alto e soltou um palavrão, fazendo o mais velho dar um sorrisinho satisfeito e pensar de modo bem safado: "Parece que ele gostou..."

Lambeu um pouco mais aquela parte quente de Jared, enquanto o masturbava com uma das mãos, até deixá-lo com a respiração tão ofegante que seu peito subia e descia muito rápido, em movimentos irregulares.

Depois apanhou o lubrificante e o preservativo na gaveta da mesinha de cabeceira e ajeitou-se entre as pernas do mais novo, que o olhava atento, procurando não ficar nervoso.

Jensen já estava no auge do autocontrole. Mesmo assim, sabendo ser a primeira vez do moreno, procurava agir com tranquilidade, pois queria que Jared confiasse nele, ou mais ainda, se confiasse a ele, sem medo de experimentar. Parou por um instante o que fazia e prendeu seus olhos nos do outro.

Jared já nem conectava mais os pensamentos. Várias sensações inundavam seus sentidos, mas olhou para Jensen e sorriu. Entendeu que o outro estava pedindo sua permissão para continuar.

- É só isso? – Falou num falso tom de desdém, com uma voz rouca e um jeito atrevido, divertido. – Juro que pensei que tinha mais alguma coisa...

Jensen sorriu de volta, gostando do atrevimento do outro. – Ah, tem mais sim, a brincadeira ainda nem começou... . - Lambuzou os dedos com bastante gel e lubrificou bem a entrada de Jared, que prendia o lábio inferior entre os dentes, enquanto se deixava preparar. Em seguida, o loiro espalhou um pouco de lubrificante também no próprio membro, já com o preservativo e rijo de tanta excitação. Empurrou suavemente os joelhos de Jared em direção ao peito, para que ele ficasse bem exposto e facilitasse a penetração. Jared fechou os olhos, um pouco envergonhado pela exposição, mas logo sentiu a boca irresistível de Jensen sobre a sua. Foi um beijo forte, profundo, preliminar do que viria a seguir.

Jensen, então, começou a entrar em Jared. Como era a primeira vez que ele se entregava a alguém, Jensen podia senti-lo muito apertado, apesar de toda preparação que havia feito, por isso ia penetrando bem devagar, se enfiando em pequenas quantidades e se mexendo de forma suave, para que ele pudesse se acostumar aos poucos com a sensação de ser tomado e sentisse prazer, além da dor que certamente estaria presente.

Os olhos de Jensen não deixavam os Jared, atento a cada expressão feita pelo outro, a cada gemido de prazer ou de dor que escapava de seus lábios e a cada vez que ele remexia vagarosamente o quadril, tentando ajeitar melhor o encaixe para se sentir mais confortável.

Totalmente dentro do corpo delicioso daquele moreno, Jensen estirou-se sobre ele e brincou com beijinhos em seu pescoço. Mordeu sua orelha e o ouviu gemer seu nome bem baixinho.

- Tudo bem? – A voz de Jensen estava rouca de tanto desejo.

- Não... – Fez uma pequena careta. - Sim. Dói um pouco... mas eu pensei até que doesse mais. – Jared falou mordendo os lábios.

- Estou tomando cuidado para não machucar você, mas a dor inicial não tem muito como evitar. Vem, enlace suas pernas em mim e pode confiar, vou te fazer sentir tanto prazer, que você vai até mesmo se esquecer da dor.

Jared encarou Jensen um tantinho desconfiado, porém atendeu ao seu pedido e o envolveu com suas longas pernas, respirando fundo enquanto Jensen se movia um pouco mais forte e tomava para si a sua boca, num beijo ardente que nada permitia pensar.

O moreno apertava as costas de Jensen com força extrema e mordia seu ombro, marcando a pele, provavelmente, por dias, enquanto o loiro entrava e saía de seu corpo em movimentos intensos.

Em um determinado momento, Jared sentiu o loiro alcançar um lugar dentro de si que o fez gemer alto, tamanha a intensidade do prazer que sentiu. Então Jensen repetiu várias vezes e mais rápido e mais profundamente, deixando Jared completamente fora si.

A entrega de Jared e as suas mãos apertando o corpo de Jensen estavam levando o loiro a perder o pouco autocontrole que ainda tinha, afogado num mar de delícias. Quando percebeu, arremetia com força sobre aquele homem enorme, que agora era inteiramente seu.

Os corpos iam e vinham num movimento aquecidamente vigoroso. O moreno sentia seu membro sendo massageado entre seus abdomes e o pau de Jensen devidamente encaixado em sua abertura quente e estreita. O suor dos corpos indicava que um êxtase físico invadia os dois homens, e os amantes sabiam que não aguentariam segurar o gozo por muito mais tempo.

Jensen, então, levantou um pouco o corpo e alcançou o membro duro de Jared, o masturbando no mesmo ritmo em que investia dentro dele, fazendo o moreno gozar com um longo e alto gemido, se despejando dentro do outro quase em seguida, pois não conseguiu conter-se ao senti-lo se contraindo ao chegar ao clímax.

Jensen deixou seu corpo cair sobre Jared, que o abraçou e segurou sua nuca apertando-o contra si.

Seus corações ainda batiam forte, enquanto a respiração retornava pouco a pouco ao ritmo normal.

Ficaram assim por alguns instantes, depois Jensen retirou-se do corpo de Jared, livrou-se da camisinha, limpou mais ou menos a si mesmo e ao outro, com uma toalha que encontrou na cabeceira da cama e deitou de lado encarando o mais novo com um olhar sonolento e feliz. O moreno também sentia seus olhos pesados e seu corpo totalmente relaxado, parecia afundar na cama. Puxou o braço de Jensen para cima de seu peito e segurou-o ali. Olharam-se mais uma vez cheios de carinho e lentamente adormeceram. O dia tinha sido exaustivo e um cochilo veio bem a calhar.

J2

Jared estava deitado de bruços com os braços sob o travesseiro e Jensen, deitado de lado bem junto a ele, com um dos braços e uma das pernas sobre o corpo do moreno, dormiam angelicalmente após o vigor do sexo.

A noite havia sido longa e cheia de experimentos deliciosos. O dia já clareara, porém seus corpos ainda pediam um pouquinho mais de lânguido e prazeroso descanso.

J2

Longe dali, Tahmoh aguardava inquieto, por notícias sobre a denúncia que fizera na 7ª delegacia do NYDP no centro do Queens, onde tinha alguns conhecidos, enquanto se consumia em pura frustração.

Nem mesmo ele entendia por que queria tanto aquele rapaz. Afinal, apesar de lindo, ele era apenas um miserável. Mas o que Thamoh sentia quando o via não podia ser considerado normal. Saber que ele estava se negando a ficar consigo era imensamente frustrante e o deixava raivoso, já que era obsessivo com o que lhe despertava a atenção. Acontecera algo parecido no passado e tinha sido impossível lidar com o insucesso daquela conquista. Ainda bem que o objeto do seu desejo não estava mais presente neste mundo, pois só de pensar que alguém que o havia rejeitado ainda respirava, despertava-lhe ímpetos de vingança. "E daí que eu fique parecendo um vilão de novela?" "Foda-se!" "Não vou dar moleza pra viadinho nenhum que me rejeite." "Quero esse indigente e o policialzinho dele tão ferrados que se arrependam do momento que resolveram ficar juntos."

J2

Um tanto antes das 8:00 horas da manhã a campainha tocou no apartamento de Jensen, quebrando a atmosfera de paz que envolvia os amantes.

O detetive acordou, levantou-se e vestiu rapidamente uma calça de moleton, indo logo atender. Não queria que a campainha tocasse novamente, para que Jared não acordasse e pudesse descansar um pouco mais.

"Quem será assim tão cedo?"

- Bom dia. Sr. Ackles?

- Sim. Bom dia, no que posso ajudá-los?

- Detetives Sterling Brown e James Stuart da 7ª delegacia do Queens. Nós recebemos uma denuncia que cita seu nome e queremos que nos acompanhe até a delegacia.

- Denuncia? Do que se trata?

- O senhor tomará ciência na delegacia. E, a propósito, também queremos falar com seu amigo Jared... – O detetive conferiu o nome no celular – Padalecki.

- Eu não sei onde ele...

- Por favor, senhor Akles, não dificulte as coisas. Sendo também um policial, já sabe como tudo funciona. Sabemos que ele está aqui em seu apartamento. Chame-o e vamos até a delegacia para que vocês possam prestar os devidos esclarecimentos. Sem demora, por gentileza.

O detetive Brown foi educado, porém taxativo, não deixando espaço para réplicas. Jensen aquiesceu. Achou melhor não entrar em um embate. Foi até o quarto e acordou Jared suavemente, enquanto pensava num jeito de lhe falar da situação, sem desesperá-lo. "Que droga! Ele já passou por tanta coisa, merecia um pouco de paz..."

- Jay...

- Huumm...

- Jay... você precisa acordar agora, meu Grandão. Temos que resolver um problema. – Fazia carinho em seus cabelos enquanto o chamava. Jared virou de frente, afastou os cabelos do rosto e esfregou os olhos, tentando despertar.

- Bom dia. Já é tarde? Temos que ir? – A voz ainda sonolenta.

- Ainda é cedo, mas apareceu uma questão que precisamos resolver. Não quero que você se preocupe, ok? Vai dar tudo certo.

Jared sentou-se imediatamente. Agora com a mente já mais desperta. Olhou para o loiro e percebeu que algo estava errado.

- Jensen, que cara é essa? O que aconteceu?

- Tem dois policiais na sala e estão esperando por nós para irmos até a delegacia no Queens. Há uma denúncia contra nós. – Jared se pôs de pé num estalo. Passou as mãos no cabelo ajeitando-os para traz e tentou visualizar onde estavam suas roupas. Jensen percebeu que ele havia ligado a "função fuga", então tentou acalmá-lo. – Jared fique tranquilo, a gente vai resolver isso.

- Eu prometi estar com as crianças agora pela manhã. Tenho que ir para lá. Elas já passaram por coisas demais, não vou deixá-las. – Enquanto falava, andava agitado pelo quarto, procurando o que vestir. Jensen via que Jared parecia um animal enjaulado, os instintos todos em alerta. – Como eu posso sair daqui sem passar pela sala?

- Jared, não podemos deixar de acompanhá-los. Seja lá o que for essa denúncia, a gente tem que encarar. Vamos à delegacia ver do que se trata e aí tomamos as providências necessárias. – Jensen tentava agir com a razão. – Pegue no armário algumas roupas minhas, se vista e jogue uma água no rosto, bem rápido. – Jared ia fazendo o que Jensen falava, mas a cabeça estava com um só pensamento: como sair dali. Definitivamente não queria ir até a delegacia.

- Jensen, quem a fez a denuncia?

- Não sei. Eles não quiseram dizer. – O detetive já estava quase pronto para sair quando ouviu a voz de um dos policiais apressando-os apesar de ter passado pouquíssimo tempo desde que fora chamar Jared.

- Se eu entrar numa delegacia eles não vão me deixar sair de lá e...

- Termine de se vestir e fique calmo. - Foi até a sala.

- Por que a demora senhor Ackles? Já devíamos estar a caminho.

- Só mais uns minutos, por favor. Já estamos quase prontos. – Voltou ao quarto e começou a revirar lençóis e travesseiros procurando algo. – Onde está?

- O que você quer? O que está procurando?

- Meu celular. Não consigo encontrá-lo e não temos tempo. – Continuou revirando tudo e então avistou o aparelho debaixo da calça que vestia na noite anterior. – Ah! Aqui está. Caramba só tem 1% de bateria, tenho que ser rápido. – Jensen conseguiu enviar uma curta mensagem antes que o celular desligasse. Certamente, os policiais na sala não esperariam ele colocar o aparelho para recarregar.

- Jensen eu ainda acho que eu não deveria ir... me ajude a fugir daqui.

- Jay, você não pode passar a vida fugindo, confie em mim vai dar tudo certo. E escute, não diga nada, mantenha-se em silêncio, ok? Eles vão se apegar a qualquer coisa para acusá-lo seja lá do que for. Entende? – Jared fez que sim com a cabeça. - Então, independente do que seja, fique calado. Você já pensou em alguma coisa? Faz alguma ideia do que pode ser?

- Não sei... Só posso pensar no professor Penniket, ele sabe de tudo. Se for ele... Jensen, eu preciso fugir.

- Isso não é nada bom, mas vamos manter a calma e nada de fuga. Assim você nunca vai ter paz. – Tocou o rosto de Jared e o fez encará-lo. - Agora você não está mais sozinho. Eu estou aqui, certo? Vou te ajudar a solucionar essa história de uma vez por todas. Prometo. – O moreno assentiu nervosamente com a cabeça e respirou fundo. – Vamos, então.

Os dois entraram no carro dos detetives, rumo à delegacia.

J2

Mitch Pileggi era o capitão da 7ª delegacia do Queens. Tinha ambições políticas e aguardava ansiosamente por um caso que pudesse promover sua imagem e colocar seu nome na mídia. Ainda mais agora que estava sendo investigado pela corregedoria, acusado de desobedecer a normas de conduta, desrespeitar direitos individuais e cometer abuso de poder. Tudo um "grande exagero", segundo ele. Então achou muito interessante quando um assíduo parceiro de golfe, Thamoh Penniket, ligou e jogou uma bomba em suas mãos. Ainda não tinha certeza de nada, mas iria investigar esse caso com muita atenção, pois talvez fosse a chance que estava esperando para mostrar sua competência e ficar conhecido do grande público, afinal casos com crianças envolvidas, sempre rendiam muitas reportagens e isso seria bom para expor seu nome positivamente e tirar os corregedores de seus calcanhares.

- Com licença, capitão. – O detetive Brown entrou na sala de Michi e fechou a porta. – Os dois sujeitos que o senhor pediu para buscar estão na sala de espera. Quer que os traga para cá?

- Como eles reagiram à abordagem?

- Só falamos diretamente com o Ackles e ele tentou negar que o outro estava no apartamento, mas logo depois admitiu a presença dele e foi chamá-lo. Já o tal de Jared ficou o tempo todo em silêncio e parecia... um tanto agitado. Cá entre nós acho que esses dois estão se pegando.

- Então temos um casal? Bom... muito bom... Vamos ver se conseguimos pegar uns ratinhos, ou melhor, uns pombinhos. Talvez essa história possa render... – O capitão Pileggi, sentado em sua confortável cadeira atrás de uma grande mesa, falava mais para si mesmo que para o detetive, pensando em como tirar proveito daquela situação. - Mande o detetive Ackles entrar. O tal de Jared, você acomode na sala de interrogatório e deixe... marinando um pouco. Eu mesmo vou interrogá-lo.

- Sim senhor.

J2

Um cheiro de bolo sendo assado espalhava-se pela casa e misturava-se a um delicioso aroma de café fresquinho.

Ainda era cedo, mas um a um, os atuais habitantes da casa foram sendo acordados e tendo seus apetites despertados por aquele cheirinho que dava água na boca.

Devin havia dormido como uma pedra. Há dias não dormia tão bem. Fora vencido pelo cansaço, físico e emocional, do dia intenso que passara. Não sabia para onde iriam, mas aquela noite tinha sido reconfortante. Ainda sentia-se bastante inseguro e um tanto arisco com os donos da casa, apesar de ser muito bem tratado por eles. Estava ansioso para conversar com Jared e saber o que fariam e para onde iriam quando saíssem dali.

- Bom dia senhora... – Devin foi entrando de mansinho na cozinha.

- Bom dia! E me chame apenas Sam, querido. – Samantha o cumprimentou com um largo sorriso. – Venha, sente-se. Vou lhe servir um grande pedaço de bolo de laranja e um copo de café com leite quentinho.

- Muito obrigado. – Devin ensaiou um leve sorriso, estava um tanto sem graça, afinal não estava acostumado a sentar-se em uma mesa e ter tanta fartura no café da manhã.

A casa virou um burburinho com todos acordando, falando, comendo, rindo. Samanta e Jim se desdobravam para atender a todos e nem se importavam com todo o trabalho que estavam tendo, a casa estava viva, alegre, uma bagunça deliciosa.

Jim olhava para Sam e via seu sorriso feliz. Era o que lhe bastava, não precisava de mais nada.

- Loretta, o Jay já não deveria ter chegado? – Devin falou um pouco acima do ruído no ambiente.

- Querido, ele vai chegar. Talvez se atrase um pouco, mas não precisa se afligir, mesmo que demore, ele vai voltar pra nós.

O menino olhou para Loretta com ar preocupado, mas não disse nada. Ela, por sua vez, sorriu para ele e fez, mentalmente, um pedido aos céus para que tudo desse certo.

J2

Mark Sheppard acordou com o toque do celular. Apanhou o aparelho que estava sobre mesinha de cabeceira e leu uma mensagem que não compreendeu muito bem à princípio: Mark, eu estou sendo levado à 7ª delegacia do Queens. Vou precisar da sua ajuda.

Sentou-se na cama e releu a mensagem.

"No que você se meteu Jensen?"

Levantou-se com cuidado para não acordar sua esposa, que dormia tranquilamente ao seu lado, e foi se trocar. O dia prometia ser difícil e nem daria tempo para fazer seus trinta minutos de meditação matinal. "Deveria ser proibido alguém ficar encrencado antes das 8 da manhã..."

Continua...

Resposta a reviews não logados:

Sarah

Olá! Como é bom reler seu comentário carinhoso agora que consegui voltar a postar! É esse tipo de incentivo que faz a gente jamais desistir de escrever, mesmo que a vida fique enrolada em algum momento. Sei que estou longe de ser mestre na escrita, mas agradeço por suas palavras. Fico feliz que esteja gostando da história e desejo que possa voltar a acompanhá-la. Nossos meninos ainda vão ter que enfrentar uns obstáculos, mas a vida é feita de desafios, né? Vamos torcer para que o amanhã permita que eles fiquem juntos. Muito obrigada mesmo por ler e deixar um comentário tão gentil. E mil desculpas pela demora em atualizar. Um beijo!

G 1970

Olá! Sim, se passou muito tempo, mas como sempre disse, nunca abandonaria uma história sem terminá-la. É que a vida quase nunca avisa quando as mudanças vão chegar e muitas vezes levamos um algum tempo até colocar tudo nos eixos novamente. Mas aqui estou atualizando a fic e lhe agradecendo por ler e comentar. Desculpe pela demora. Espero que goste do novo capítulo. Um beijo.

Lena

Olá! Que coisa boa saber que você está gostando da história! Sim, há muito sofrimento na vida dos nossos meninos, mas quem sabe juntos eles consigam apoiar um ao outro e ter um pouco mais de paz, né? Desculpe-me pela demora em atualizar. Obrigada por ler e comentar. Tomara que você possa voltar a lê-la e conhecer o final dessa história de amor. Um beijo!

Luana

Olá! Não Luana, a fic não foi abandonada! Eu jamais faria isso! A vida ficou complicada e outras coisas tomaram meu tempo e exigiram minha atenção, porém aqui estou de volta e atualizando a história. Que bom saber que você estava gostando! Tem capítulo novinho a sua espera, tomara que goste. Obrigada por ler e comentar. Desculpe a demora. Um beijo!

Guest

Olá! Sim, me chamo Denise. É uma pena não saber como lhe chamar. Coloque um nome ou apelido para eu poder direcionar melhor minhas respostas aos seus comentários. Que, aliás, são muito gentis! Fico muito feliz mesmo por você estar gostando da história. Eu consegui finalmente colocar a vida em ordem e voltar a postar, então tem capítulo quentinho para ler. E você tem razão, os nossos meninos merecem um pouco de paz, será que vão conseguir? A cena do espelho tinha exatamente o objetivo de fazer os leitores sentirem o que você sentiu. Bom saber que deu certo! rs Desculpe-me pela demora em atualizar. Obrigada por ler e comentar. Um beijo!