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oOo HI NO HANA oOo
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Autora: LadyKitsune12
Censura: +18 anos
Gênero: Ação, Aventura, Amizade, Mistério, Romance, Universo Alternativo.
Avisos: Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo e Violência.
Sinopse: Haruno Tsubaki era muito diferente de sua irmã gêmea, tanto em sua aparência, quando em sua personalidade. Muitos acreditavam que ela era uma tensai. Muitos acreditavam que ela era habilidosa e madura além de seus anos. O que ninguém sabia, era que aquela não era a primeira vida de Haruno Tsubaki.
Notas:
~ Harry Potter e Naruto não me pertencem.
~ Essa é uma fanfic fem!Harry MdM reencarnação.
~ Não houve o massacre do clã Uchiha.
~ Foi o Sandaime que se sacrificou para selar a Kyuubi.
~ Kushina não morreu no ataque.
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oOoOo Capítulo 4 oOoOo
oOo Sai... Shin... e Itachia! Equipe 3 decidida! oOo
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– Haruno-san?
Tsubaki estava tão distraída, ainda um tanto chocada por descobrir que Itachi seria seu jounin-sensei, que não tinha notado a aproximação dos dois garotos. Virando o rosto, ela se deparou com a face sorridente de Kurihara Shin, logo atrás dele, exibindo um sorriso tranquilo, estava Okumura Sai.
Por um momento, Tsubaki se permitiu analisar aqueles que seriam seus companheiros de time.
Shin era um pouco mais alto do que ela, com os cabelos cinza azulados lisos e um pouco compridos, que tocavam levemente seus ombros. Sua pele era clara, com olhos escuros. Ele usava uma roupa simples, mas prática: uma calça de algodão preta e jaqueta azul com detalhes em um tom de laranja envelhecido. Duas bolsas de kunais presas, uma em cada perna, enquanto uma outra bolsa de armas presa em sua cintura.
Sai tinha a sua altura e, se ninguém soubesse, poderia se pensar que ele era uma criança ilegítima de algum Uchiha, isso devido a pele incrivelmente pálida, os cabelos negros e os olhos escuros. Ele estava usando uma calça de algodão cinza e uma jaqueta azul escura com detalhes em preto. Ele tinha as mesmas bolsas de kunais presas em suas pernas, assim como a outra presa em sua cintura, contudo, presos do outro lado da sua cintura, estavam dois pergaminhos.
Os dois garotos estavam usando seus hitaiates em suas testas, mostrando com orgulho a prova de que eram shinobis.
– Você está bem, Haruno-san? – Questionou Sai, com uma expressão um pouco preocupada, quando Tsubaki não respondeu.
– Daijoubu Sai-kun, Shin-kun. Eu só estava um pouco distraída. – Respondeu em um tom tranquilo, retomando sua postura calma, enquanto sorria para os dois meninos. – E não precisam ser tão formais comigo. Somos nakama agora.
Suas palavras pareceram surpreender os dois garotos.
Tsubaki não estranhou isso.
Durante todo o período em que esteve na academia, ela manteve uma distância cortês com todos, sendo Hinata a única exceção. Ela nunca se referiu a ninguém pelo primeiro nome, ou gostou que alguém a chamasse pelo primeiro nome. Não era como se ela acreditasse ser superior, ela apenas era um pouco mais apegada a etiqueta que a maioria. Seus pais tinham lhe dado uma longa explicação, antes mesmo dela receber as memórias de sua outra vida, sobre etiqueta e como ela deveria tratar as pessoas que não eram da família. Ser educada e, ainda assim, manter uma distância confortável.
Contudo, agora a situação era diferente.
Shin e Sai eram seus companheiros de equipe. Eles eram nakama. No conceito shinobi, nakama era família. Um nakama era alguém em que você iria depositar toda a sua confiança e segurança… alguém com quem você seria capaz de contar, não importa qual fosse a situação. Era por isso que, um tratamento formal era inútil e sem sentindo.
– Vocês estavam dizendo? – Questionou, chamando a atenção dos dois novamente, esperando que sua distração não houvesse lhe custado alguma informação importante.
– Iruka-sensei disse que só iremos nos reunir com nosso jounin-sensei após o almoço, então pensamos que seria uma boa ideia almoçarmos juntos. – Explicou Shin, um grande sorriso iluminando seu rosto.
– Compartilhar uma refeição é um bom jeito de trabalharmos a interação como equipe. – Comentou Sai, exibindo um sorriso mais discreto em seu rosto.
Tsubaki sorriu ao escutar aquilo.
Internamente, ela estava aliviada ao ver a forma espontânea como seus companheiros a convidaram para o almoço e estavam dispostos a estabelecer um bom elo. Ela sabia que não era algo fácil de se desenvolver. Ela tinha escutado história de outros shinobis mais velhos, sobre como algumas equipes eram incapazes de estabelecer um elo de confiança, acabando por se tornar um verdadeiro fracasso.
– Eu adoraria. – Afirmou, levantando-se de sua cadeira. – Vocês têm algum lugar em mente?
Os dois sorriram amplamente, antes de Shin agarrá-la pelo pulso e puxá-la para fora da sala, enquanto Sai revirava os olhos, antes de segui-los para fora da sala.
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Se Sai e Shin pensavam, por um momento, que Tsubaki agiria como as outras garotas, ao ser levada para o pequeno restaurante de okonomiyaki, eles estavam muito enganados. A própria garçonete que os atendeu, que era uma civil um pouco mais velha do que eles, tinha ficado surpresa, quando Tsubaki tinha pedido 11 coberturas diferentes: camarões, ovo, macarrão frito, tofu frito, repolho, nori, katsuoboshi, bacon, pimenta em conserva, raiz de bambu e lula.
Internamente, Tsubaki estava rindo das expressões de seus dois amigos, enquanto virava seu okonomiyaki na chapa. Eles teriam que se acostumar com seu apetite e o fato de que ela se recusava a sacrificar suas refeições, para algo tão idiota como 'vaidade'. Além do mais, qualquer caloria que ela ingeria era rapidamente gasta em sua rotina de treino.
– O okonomiyaki de vocês vai queimar. – Comentou, cortando um pedaço de seu próprio okonomiyaki e comendo-o com um sorriso satisfeito.
Ao escutarem as palavras da rosada, os dois garotos foram rápidos em virar suas panquecas, para então cortarem um pedaço e começarem a comer.
– Talvez devamos conversar sobre as habilidades um do outro? – Sugeriu Sai, engolindo sua comida, enquanto estendia a mão em direção a caneca de chá verde. – Seria melhor se soubéssemos o que cada um é capaz de fazer, durante uma missão.
Fazia sentido.
Tsubaki sabia que se sentiria muito menos pressionada em uma missão, se ela soubesse até que ponto seus companheiros seriam capazes de se manter por conta própria.
– Eu sou bom em ninjutsu e taijutsu, e sou ótimo com armas. Já Genjutsu… posso me libertar de um, mas além disso, não posso fazer muita coisa. – Comentou Shin, parecendo um pouco pensativo, enquanto falava, brincando com um pedaço de okonomiyaki em seu hashi. – Meu controle de chakra está um pouco abaixo da média, mas posso fazer todos os jutsus da academia com facilidade e sei mais quatro jutsus: três rank-D e um rank-C. Eles são: Kage Shuriken no Jutsu (Jutsu Shuriken das Sombras), Shunshin no Jutsu (Jutsu de Teletransporte), Endan no Jutsu (Jutsu Explosão de Fogo) e Shikomi Shindan no Jutsu (Jutsu Disparo das Agulhas Preparadas). Tenho uma boa força física e flexibilidade, mas minha resistência começa a diminuir depois de dez minutos de confronto.
"Esse é um belo arsenal." Pensou Tsubaki acenando em sinal de que tinha entendido, enquanto bebia um pouco de seu próprio chá verde.
– Eu sou bom em taijutsu e genjutsu, mas meu forte é ninjutsu. Em especial o meu kekkei genkai. – Explicou Sai, sua voz tranquila enquanto pegava um guardanapo da mesa. Em sua outra mão, um pincel.
Tsubaki não se envergonharia de dizer que ela tinha engasgado com o chá, ao escutar a forma tão casual com que Sai admitia ser portador de um kekkei genkai. Seus olhos verdes, imediatamente, se fixaram nas mãos do moreno, observando a forma limpa e precisa com que se moviam sobre a folha de guardanapo. Apenas alguns segundos depois, ele baixou a folha sobre a mesa, exibindo o desenho de um pequeno pássaro. Era simples e sem qualquer detalhe em especial, mas foi quando Sai fez o selo do carneiro com a mão direita, que Tsubaki entendeu que os detalhes do desenho era o que menos importava. Imediatamente, o desenho ganhou vida e o pássaro se desprendeu do papel, começando a voar sobre a mesa, antes de voltar para o papel, voltando a ser um simples desenho.
Com os olhos arregalados, Tsubaki não conseguia deixar de pensar nas infinitas possibilidades daquela técnica. Sem mencionar o tipo de adversário perigoso e aliado precioso que Sai se tornaria, quando ele fosse capaz de dominar completamente aquela habilidade.
– Eu ainda estou desenvolvendo a técnica. – Admitiu Sai, mas ele ainda exibia um sorriso satisfeito. – Quanto maior a criatura que eu desenho, mais chakra eu uso, por isso estou me focando em treinamento de chakra no momento. Também tenho uma boa habilidade com armas e domino todos os jutsus básicos da academia, eu também sei mais dois jutsus rank-C: Moguragakure no Jutsu (Jutsu Esconder-se Como uma Toupeira); e outro que eu criei; Sumi Bunshin no Jutsu (Jutsu Clone de Tinta). Minha força física e agilidade são boas, e eu estou treinando a minha resistência.
Tsubaki suspirou internamente.
Aqueles dois, principalmente Sai, tinham confiado a ela suas habilidades e suas fraquezas. Sai tinha exposto seu kekkei genkai em desenvolvimento, mesmo sabendo que era um assunto delicado.
Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto, enquanto olhava com carinho para os dois. Se eles estavam dispostos a expor-se dessa forma, confiando nela desse jeito, ela não seria covarde em não retribuir tal gesto.
– Sou boa em genjutsu, e muito boa em ninjutsu e taijutsu. Sou mediana com armas, apesar de estar treinando com um par de leques de batalhas no último ano. – Afirmou, mantendo sua voz calma, enquanto cortava mais um pedaço de seu okonomiyaki. – Não tenho muita força física, mas minha velocidade e agilidade estão acima da média, assim como meu domínio de chakra. Tenho muita resistência e minhas reservas de chakra tem duas vezes o tamanho da média shinobi. Domino todos os jutsus da academia, também dominei três jutsus rank-D, dois rank-C e um rank-B até o momento: Shunshin no Jutsu (Jutsu de Teletransporte), Kuki Hassha-tai no Jutsu (Jutsu Balas de Ar), Kirigakure no Jutsu (Jutsu de Ocultação na Névoa), Mizu Bunshin no Jutsu (Jutsu de Clone de Água), Mizudeppo no Jutsu (Jutsu Pistola de Água) e Shinku Renpa (Condas de Vácuo).
Shin soltou um longo assovio, um olhar impressionado em seu rosto.
– Sugoi. Você é mesmo uma kunoichi no tipo ofensiva, Tsubaki-chan. – Elogiou Shin, impressionado com os jutsus que a garota tinha lhes dito.
– Honto dayo niisan. Nós poderemos nos tornar uma excelente equipe ofensiva assim. – Comentou Sai sorrindo, porém ele não tinha deixado de notar que a garota tinha dito 'dominado'. Ele poderia apostar facilmente, que a rosada estava trabalhando em muito mais jutsus.
Sai sabia que Tsubaki não tinha dito sobre outros jutsus, não por não confiar neles, mas por que ela, muito provavelmente, não tinha conseguido um bom domínio sobre eles. Naquele momento, eles estavam revelando seus pontos fortes e fracos, as coisas que seriam capazes de fazer para ajudar e apoiar um ao outro em uma missão. Se ela dissesse que poderia fazer algo, sem realmente estar cem por cento segura de sua eficácia, poderia condenar todos a morte.
– Eu… eu também possuo um kekkei genkai. – Admitiu por fim, olhando para os dois garotos de forma firme, enquanto tentava esconder seu próprio nervosismo.
Dessa vez, foi a vez de Sai e Shin engasgarem com seus chás, enquanto encaravam a rosada com surpresa.
Uma coisa era um órfão com kekkei genkai.
Muitos clãs tinham sido exterminados durante o ataque da Kyuubi, e não seria estranho que um órfão do clã poderia ter sobrevivido. Também haviam casos de crianças abandonados no portão da vila, que poderia manifestar algum tipo de habilidade única.
Mas algo completamente diferente, era uma criança de família civil afirmar ter um kekkei genkai. Sem qualquer tipo de ligação com um clã, e uma linha 'limpa' de sangue shinobi, era quase impossível algo assim acontecer. Basicamente, essa criança seria a primeira de um novo clã.
Um primeiro usuário.
Sai e Shin se entreolharam por um segundo.
De repente, Haruno Tsubaki se tornou ainda mais misteriosa aos seus olhos.
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Itachi suspirou satisfeito, depois de desarmar a última armadilha na varanda do quarto de Tsubaki.
Como era 'tradição' para um jounin-sensei, ele estava visitando os quartos de cada um de seus alunos, antes de encontra-los após o almoço. Ele ainda estava sorrindo com sua sorte. Quando o Hokage o tinha chamado em sua sala, há três meses, questionando seu pedido de 'transferência' da linha de frente para a se tornar um jounin-sensei, Itachi tinha sido nervoso.
Ele sabia que muitos o considerariam jovem para o cargo. Ele só tinha dezoito anos, dezenove no começo de junho. Normalmente, um shinobi só se torava um jounin-sensei depois dos vinte anos. Isso devido a experiência de vida, que muitos acreditavam ser necessária para a função. Porém, Itachi não via muito problema nisso. Ele tinha se tornado um shinobi aos sete anos de idade. Tinha sido líder de um esquadrão de ataque ANBU aos onze. Ele, com toda a certeza, poderia lidar com um grupo de genins inexperientes.
Depois de uma longa conversa com o Hokage, ele finalmente conseguiu receber o cargo de jounin-sensei. Era lógico, no entanto, que o Yondaime não tinha lhe oferecido o cargo sem colocar uma condição: ele deveria ter sucesso completo com sua primeira equipe genin. Para aqueles que não compreendiam o trabalho, parecia algo simples… e simples era a última palavra, que poderia descrever aquela condição. Era considerado impossível, se ter sucesso completo com uma equipe genin, principalmente a primeira.
Mas Itachi queria provar que ela poderia ser um jounin-sensei tão bom, quanto o seu próprio jounin-sensei, Nara Shikaku, tinha sido para ele. Foi Shikaku que o ensinou a relaxar em muitos momentos, liberando-se da tensão constante que tinha pressionado seus ombros em sua juventude, como o herdeiro prodígio de seu clã. Foi Shikaku que o ensinou a ser forte para proteger aqueles que lhe eram preciosos. Itachi queria ser um jounin-sensei.
Foi por isso que ele tinha ficado confiante, durante o sorteio das equipes.
Itachi tinha ficado surpreso no começo, ao saber que as equipes eram, literalmente, sorteadas. O Hokage fazia com que cada jounin-sensei escolhesse um envelope aleatório em uma cesta. Dentro do envelope, estaria a foto de seus futuros alunos.
Era chocante, mas ele tinha ignorado o choque em favor da alegria, ao reconhecer Tsubaki em uma das fotos. Ele sabia que a rosada era uma kunoichi talentosa, com um grande potencial a ser explorado. Ele já estava acostumado à sua personalidade, suas habilidades e seus desejos. Os outros dois ele não conhecia, mas ele estava confiante de que seriam bons alunos, com base no desempenho que eles tinham tido no exame final da academia.
– Ara, se não é Itachi-kun. Espreitando o quarto de meninas, quando elas não estão?
Itachi corou, ao escutar aquilo, mesmo que ele houvesse reconhecido a voz com facilidade.
Olhando para a varanda ao lado da que estava, ele viu seu senpai, Hatake Kakashi. O jounin de cabelos prateados exibia aquela mesma postura descontraída, enquanto seu único olho visível estava fixo no pequeno livro laranja em sua mão.
– Kakashi-senpai, não é adequado ler pornografia em público. – Repreendeu, abrindo a janela do quarto de Tsubaki.
No segundo em que abriu a janela, Itachi amaldiçoou, sacando sua tantoo e bloqueando cinco kunais que voaram em sua direção. Tenso, ele analisou o espaço à sua frente por mais alguns segundos, antes de relaxar visivelmente.
"Aquela espertinha… colocando um gatilho de baixa pressão, que seria acionado ao abrir a janela… ela ficou muito melhor em armadilhas." Pensou, não conseguindo impedir-se de sorrir, enquanto guardava sua tantoo.
Kakashi, que estava observando seu kouhai, não conseguiu esconder sua própria surpresa. Ele teria esperado armadilhas na casa de uma criança de família shinobi, como tinha acontecido na casa de Naruto e Sasuke, quando ele tinha ido espiar o quarto dos dois garotos. Porém, a família Haruno era civil… não deveria haver armadilhas…
Olhando para a janela no quarto que ele deveria entrar com um pouco de desconfiança, ele decidiu gastar alguns instantes, procurando por armadilhas. Apenas no caso…
Itachi entrou no quarto e sorriu, notando o ambiente arrumado e tranquilo. As paredes eram pintadas em um tom lilás suave. Havia duas grandes prateleiras cheias de livros e pergaminhos. A cama de solteiro arrumada, onde repousava um panda de pelúcia. Itachi sorriu ainda mais, caminhando até a cama e pegando o ursinho de pelúcia.
Ele se lembrava bem daquele urso.
Ele tinha sido o único a ganhar o panda para Tsubaki, quando os dois tinham ido para o festival de primavera da vila, no mês passado.
Seus olhos correram para a mesa de estudos do quarto, no tanto os três porta-retratos sobre ela. Em um, uma Tsubaki de seis anos estava com sua família, com a imagem da academia ao fundo… uma foto tirada em seu primeiro dia na academia… a segunda foto mostrava um Tsubaki mais nova, talvez cinco ou quatro anos, segurando a mão de uma menina muito parecida com ela… Tsubaki e sua irmã… as duas estavam usando quimonos de inverno e uma paisagem nevada era o fundo da foto… a última foto, fez com que Itachi sorrisse ainda mais. Eram Tsubaki e ele no festival da primavera no mês passado. Itachi estava vestindo uma yukata azul escura simples, enquanto Tsubaki estava vestida com uma bonita yukata verde com bordados de lírios brancos. Tsubaki estava abraçando o panda de pelúcia com uma das mãos, enquanto a outra segurava uma ringo ame.
Colocando o panda no lugar e deixando tudo exatamente como era, Itachi saiu do quarto. Um sorriso em seu rosto. Quando estava terminando de armar todas as armadilhas de Tsubaki novamente, ele viu Kakashi saindo do outro quarto. Seus ombros estavam caídos, e Itachi podia ver a expressão cansada, mesma sobre a máscara do jounin mais velho.
– Alguma coisa errada, Kakashi-senpai? – Indagou um pouco preocupado.
– Iie… é apenas mais um quarto de uma adolescente civil. – Lamentou Kakashi, fazendo com que o moreno risse. – Confesso que fiquei um pouco esperançoso, depois de ver você desviando daquela armadilha.
Itachi sorriu de uma força um pouco presunçosa.
Para a infelicidade de Kakashi, não havia duas Haruno Tsubaki.
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A sala de aula tinha voltado a ficar cheia após o almoço.
As novas equipes genins estavam reunidas em seus pequenos grupos. Algumas conversavam amigavelmente, outras apenas ignoravam a presença um do outro.
Tsubaki estava sentada tranquilamente no fundo da classe, entre Sai e Shin.
Eles estavam em silêncio, mas não um silêncio desconfortável e frustrado. Aquele era o silêncio de quem não precisava expressar-se com palavras, ou forçar uma conversa para mostrar que estavam se dando bem. Eles estavam perfeitamente bem, fazendo aquilo com que estavam confortáveis.
Tsubaki estava lendo um livro de fuuinjutsu.
Sai desenhando em um caderno.
Shin brincando de lançar kunais para o alto, apenas para pegá-la de volta quando caíam.
Os jounin-senseis começaram a aparecer aos poucos, levando suas equipes.
Se Tsubaki fosse sincera, ela estava um pouco nervosa com encontrar com Itachi naquele momento. Tudo seria diferente e ela não sabia como eles agiriam agora. Antes eles eram apenas amigos, que treinavam e se divertiam juntos. Agora, mais do que antes, Itachi seria seu superior e sensei.
"Espero que não fique estranho…" Desejou internamente. Ela odiaria que sua relação com Itachi se tornasse estranha, já que eles se conheciam antes da formação da equipe.
– Time 3, me sigam! – Chamou uma voz que Tsubaki conhecia muito bem.
Inspirando lentamente, ela fechou seu livro, guardando-o dentro de sua bolsa, antes de se levantar e seguir para fora da sala de aula, junto com Sai e Shin.
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Itachi se escorou na proteção de ferro do mirante do parque, que ficava no centro da vila, enquanto seus olhos escuros analisavam com cuidado seus três alunos. Ele tinha escolhido aquele lugar de propósito, já que aquele tinha sido o lugar que seu antigo jounin-sensei havia levado sua equipe no primeiro encontro.
Olhando para os dois meninos de sua equipe, Itachi se perguntou se algum membro de seu clã tinha 'escorregado'. Okumura Sai poderia, facilmente, se passar por uma criança Uchiha. Itachi notou que o garoto tinha uma postura tranquila, enquanto exibia um sorriso passivo. Seria muito fácil confundir o menino com algo não perigoso.
"Até mesmo eu poderia cometer o erro de subestimá-lo, se não tivesse lido seu histórico." Pensou, lembrando-se das avaliações que Iruka tinha feito do menino, nos testes de infiltração e armas.
Seus olhos se voltaram para o segundo integrante masculino de sua equipe: Kurihara Shin.
Shin parecia ser o oposto de Sai. Exibindo um sorriso amplo e confiante, com as mãos atrás da cabeça. Sua postura era descontraída e Itachi podia identificar o brilho de um brincalhão nos olhos escuros de Shin. Isso era algo bom, já que os brincalhões poderiam se tornar os melhores estrategistas, com o impulso certo.
Por fim, seus olhos se voltaram para a única integrante feminina de sua equipe: Haruno Tsubaki.
Itachi precisou controlar seu sorriso, ao ver o grampo de cabelo que ele tinha dado a ela, enfeitando a lateral esquerda de seus cabelos rosados. Para sua surpresa, ela não estava usando seus típicos qipao, ao invés disso, ela usava um par de calças shinobi de algodão preta, junto com um haori verde claro, que ficava um pouco caído sobre seus ombros finos, deixando à mostra a blusa de tela que ela usava. Tsubaki tinha lhe dito que passaria a usar uma roupa mais confortável, quando se graduasse. Algo que não restringisse seus movimentos.
Com o hitaiates de Konoha em sua testa, a postura altiva e confiante, e aquela roupa… agora, mais do que nunca, Tsubaki não parecia ser uma civil.
"Ela se tornou uma kunoichi de verdade." Pensou, sorrindo internamente.
– Por que não começamos com as apresentações? – Sugeriu, exibindo um sorriso tranquilo, querendo fazer com que os três ficassem confortáveis em sua presença. – Meu nome é Uchiha Itachi, tenho 18 anos e sou membro do Clã Uchiha de Konoha.
Tsubaki sorriu de lado ao escutar a apresentação simples.
"Regra número 1 da vida Shinobi, nunca revele informações importantes sobre si mesmo." Pensou ela com diversão. Tudo o que Itachi tinha dito, era exatamente o que eles já sabiam.
– Sou Okumura Sai, tenho 13 anos e sou órfão. – Falou Sai, seu sorriso tranquilo nunca vacilando, enquanto ele oferecia o mesmo número de informações que Itachi tinha dado.
– Kurihara Shin, 13 anos, irmão mais velho do Sai-kun e órfão. – Apresentou-se, sua voz soando alegre e descontraída, mas não cedendo qualquer tipo de informação a mais.
– Haruno Tsubaki, 13 anos, sou da família civil Haruno de Konoha.
"Parece que eles entendem a regra número 1. Isso é bom." Pensou Itachi contente de não ter que martelar as regras shinobi em cada um de seus alunos.
– Vocês três parecem ótimos, então vamos encerar por hoje. Afinal, vocês precisam descansar e se preparar para amanhã. – Declarou, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.
Tsubaki estreitou os olhos.
Ela conhecia aquele sorriso. Era o mesmo sorriso convencido que Itachi dava, quando eles estavam treinando e Tsubaki pensava que seria capaz de vencê-lo, antes que ele a derrubasse no chão com algum movimento que ela não tinha previsto.
– E o que, exatamente, acontecerá amanhã sensei? – Perguntou, sua voz soando perigosamente doce, enquanto um sorriso meigo se desenhava em seus lábios. Se Itachi estava planejando alguma brincadeira…
Itachi engoliu em seco, decidindo tomar cuidado com suas próximas palavras. Ele não queria ter de lidar com uma Tsubaki irritada.
– Não é de conhecimento comum, mas dos 30 genins formados, apenas 12 melhores são aprovados. – Revelou, vendo com satisfação a postura dos três se tornando mais tensa. – Para escolhermos quem são os doze mais adequados para se tornarem genins oficiais, cada jounin-sensei aplica um teste. E amanhã eu irei testar vocês três, e só passaram aqueles que eu acreditar serem mais adequados para a função, os outros serão enviados para a academia.
Tsubaki escutou com atenção antes de franzir um pouco a testa com as palavras do jounin mais velho. Havia tanta contradição escondida nas palavras de Itachi.
– Então, me encontrem amanhã no campo de treinamento 22, às cinco horas. – Falou, enquanto se virava para ir embora, antes de parar com uma expressão pensativa. – Oh… talvez fosse uma boa ideia não comerem nada antes do teste. Seria muito ruim se vocês acabassem vomitando. – Comentou, com um sorriso sádico em seu rosto, antes de desaparecer em um redemoinho de folhas.
Tsubaki estreitou os olhos.
Itachi estava aprontando alguma coisa. Ela conhecia aquele Uchiha bem o suficiente, para saber que ele estava planejando alguma coisa.
– Esse teste… será que é algo tão terrível, que poderia nos fazer vomitar, como Itachi-sensei disse? – Indagou Shin, olhando para seus dois colegas de equipe.
– Hm… Só consigo pensar em duas coisas, terríveis o suficiente para fazer genins recém-formados vomitarem: assassinato e tortura. – Opinou Sai, tremendo internamente com a ideia. Ele sabia que shinobis eram, por regra, assassinos e que havia uma unidade na vila especializada em tortura e interrogatório. Ele só não esperava que algo assim fosse exigido dele, logo após ter deixado a academia.
"Talvez… por isso… que apenas 12 de 30 sejam aprovados no final." Pensou, sentindo a bile subir por sua garganta.
Tsubaki permitiu-se soltar uma risada desdenhosa com a ideia de Itachi querer que eles matassem, ou torturassem qualquer um, como um teste. Itachi era um pacifista em seu coração. Ele sempre procurava o método mais pacífico possível para cada situação, mesmo quando ele tinha que matar, ela sabia que Itachi o fazia de forma rápida e menos sofrida para sua vítima.
Sai encarou Tsubaki um pouco surpreso com a risada.
– Do que você está rindo, Tsubaki-chan? – Perguntou Shin, um pouco surpreso ao escutar a rosada rindo.
– Itachi nunca nos faria matar ou torturar. – Afirmou tranquilamente, sua voz carregada de convicção.
Os dois garotos se entreolharam surpresos. Não apenas pela convicção na voz de Tsubaki, mas pelo fato de que ela não havia usado qualquer tipo de sufixo, ou mesmo acrescentado o 'sensei' ao nome do jounin. Ser tão informal com alguém, não era algo que a garota fazia. Eles entendiam a informalidade que eles, agora, compartilhavam… mas Uchiha Itachi era seu superior e seu jounin-sensei… eles não esperavam que ela fosse tão informal com um superior.
– Você… parece estar muito segura disso, Tsubaki-chan. – Comentou Sai, olhando para a companheira, que apenas sorriu de forma malandra em sua direção.
– Chame de intuição feminina. – Brincou, piscando para o garoto de cabelos escuros. – Além do mais, algo me diz que ele está planejando algo diferente. Seu último comentário era quase… uma provocação.
Sai e Shin compartilharam um sorriso.
Mesmo que Tsubaki aparentasse ser do tipo estratégica, que planejava cada segundo com grande cuidado, ela era mais do tipo instintiva. Ela confiava em sua inteligência para ajudar a criar boas estratégias, mas ela confiava, acima de tudo, em seus instintos.
– O que você tem em mente, Tsubaki-chan? – Perguntou Shin, sorrindo de lado.
Tsubaki sorriu de lado.
Ela tinha um palpite sobre o que Itachi poderia estar planejando.
Se tudo desse certo, e Sai e Shin lhe ajudassem, ela sabia exatamente como agir.
Oi galerinha do meu coração xD
Desculpa a demora com o cap, mas eu tinha que atualizar Alma de Prata, sem mencionar que eu comecei uma nova fic: Beloved.
Mesmo com o atraso, espero que estejam gostando de como a fic está indo. O próximo capítulo será o teste de Itachi =D Alguma ideia do que vai acontecer? xP
Espero que estejam gostando da fic e não se esqueçam de conferir as minhas outras duas fanfic: Pokémon Alma de Prata e Beloved. Ambas são cross HP ;)
Beijinhos no kokoro e até a próxima õ/