N.A.: OI GENTE! Então, minha amiga também me indicou NCIS: LA para assistir, que eu amaria por ter o LL Cool J. Mas o que me deixou curiosa mesmo foram os episódios crossover entre Hawaii 5.0 e NCIS: LA. Como eu já amava H50, me deixei levar pelo spin-off de NCIS (o original também é muito bom, mas ficou sem graça com a morte da Ziva e a saída do DiNozzo).
Ontem, ao assistir ao E17 da S02 ("Personal"), tive um estalo para uma fanfic. E aqui estamos! Aproveitem o show!
HI GUYS! So, my best friend told me about NCIS: LA and said I would LOVE IT because is a tv show with LL Cool J. But what spiked my curiosity were the Hawaii 5.0 / NCIS: LA crossover episodes. I am already in love about H50 and let myself go with the NCIS spin-off (the original one is also really good, but is no more that fun without Ziva and DiNozzo). Yesterday, waitching the S02E17 ("Personal") an idea just caught me really hard. And here we are! Enjoy the fanfic!
DISCLAIMER: NCIS: LA does NOT belong to me. What a shame. At least we can play, right? / NCIS: LA NÃO ME PERTENCE. Que pena. Pelo menos podemos brincar, né?
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"Ele estava apontando uma espingarda para você. Foi legítima defesa."
Já faz mais de um ano desde o incidente na loja de conveniência. As únicas lembranças daqueles dias complicados são as duas cicatrizes dos tiros que recebeu. Enquanto permaneceu internaco no Pacific Beach, Hettie o visitou que entregou uma pasta com informações atualizadas sobre o pai. E, por mais que ela estivesse certa, ele ainda não conseguia entender o motivo de tanta...maldade. O homem que ele chamou de "pai", que amava e de quem esperava receber o mesmo sentimento em troca, nunca deixou brecha para uma verdadeira conversa.
O jovem detetive sabia disso. No fundo, ele sempre teve a consciência que nunca teve culpa de nada. Só queria entender. Ter respostas. Era seu direito como filho...
"Gordon morreu em 1998, num acidente de carro."
Hetty o conhecia bem. Sabia que completar aquela sentença com um "sinto muito, senhor Deeks" de nada adiantaria, porque a verdadeira perda para o rapaz aconteceu durante toda a sua vida. Não através da morte de seu pai violento e alcoólatra. Isso infelizmente nunca calou a voz em sua cabeça que implora por alguma calmaria.
Sua vida voltou ao normal. Bem, ao menos o normal que Deeks conhecia no mundo em que vivia. Retornou ao trabalho como elo entre a LAPD e o NCIS. De vez em quando entrava em missões como agente disfarçado e sumia da sede, mas sempre avisava à Hetty e pedia para ela dizer que ele entraria em contato em determinado tempo.
Aquela, por sorte, não foi uma semana de disfarces. Trabalhou quase que exclusivamente com o NCIS e sua única tarefa com a Polícia foi terminar seus relatórios de casos.
Por uma ocasião que ele só poderia descrever como "milagre", até mesmo Sam elogiou suas ações durante os dois casos em que trabalharam naqueles dias. E agora, depois de alguns drinks com a equipe e um tempo distraindo sua mente, estava em casa.
Monty dormia todo largado, de barriga para o ar, encostado no lado esquerdo da cama de seu dono. Deeks saiu do banheiro secando os cabelos com uma toalha e vestido somente com calças de moleton. Fez um afago atrás das orelhas de Monty e deitou-se para dormir.
Hetty determinou que o domingo fosse de folga para todos. A menos que houvesse um caso urgente.
- Ótimo. Amanhã promete ser um dia daqueles pra surfar. Vamos ficar o dia todo na praia, Monty. Você vai adorar.
E em pouco tempo o detetive caiu num sono que tinha tudo para ser tranquilo.
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- SEU INÚTIL!
BAM. O primeiro soco. Quando o pai já chegava gritando, Marty sabia que seria uma noite complicada e provavelmente terminaria no hospital. De novo. Sua mãe correu para tentar separar mais uma sessão de espancamento, mas acabou tornando-se também o alvo dos socos e chutes do marido.
- Marty, VAI EMBORA! CORRE!
- Não vai fazer isso! Você é um desperdício, sua mãe e eu éramos felizes antes de você resolver atrapalhar tudo! SEU BASTARDO MALDITO!
O homem afastou a mulher com um safanão e avançou pra cima do menino, que não teve a menor chance. Recebeu mais socos e chutes em várias partes do corpo. Sentiu uma ou duas costelas amolecerem e uma pontada forte no lado direito do peito. Tossiu algumas vezes, sentindo o gosto metálico do sangue começar a invadir sua boca. De alguma forma conseguiu levantar-se e correr escada acima, entrando no próprio quarto.
- MARTIN, VOLTA AQUI AGORA! A culpa é sua, Roberta! Foi você quem colocou esse verme dentro da MINHA CASA!
Passos pesados foram ouvidos pelo garoto. Ele abriu a segunda gaveta de sua cômoda e achou o que estava procurando. Desceu as escadas cambaleante, adrenalina e dor correndo em suas veias.
Chegou na cozinha em tempo de ver o homem bêbado e extremamente violento apontar uma espingarda para a mulher. Seu coração saltou como louco em seu peito.
- PAI! Deixa ela em paz! - gritou em desespero, erguendo o revólver com as duas mãos e apontando para o monstro.
Monstro este que virou-se, apontando agora o cano da espingarda para o menino. O sorriso insano de bebida e insanidade maléfica enfeitou o feio rosto.
Os dois atiraram ao mesmo tempo. Apenas um corpo recebeu o tiro que acabaria com anos de sofrimento e agonia.
Marty acabou caindo devido ao coice do revólver. O buraco di tiro de espingarda ainda fumegava à milímetros de seu rosto. Chegou a arranhar sua orelha esquerda e cortar alguns fios de seu cabelo.
Gordon John Brandel caiu num baque, sentindo a dor lancinante de um tiro que, para a sorte dele, não foi letal.
Sirenes na rua indicavam que a emergência foi acionada. Provavelmente por algum vizinho que, mais uma vez, não aguentou ver mãe e filho sofrendo tantos abusos.
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- PAI, NÃO!
O detetive acordou num salto, sentando-se e ofegando como se tivesse acabado de competir numa maratona. Sua respiração rápida e rasa; seu corpo dolorido como se o espancamento sofrido aos onze anos de idade fosse algo ocorrido minutos atrás.
Lá se foi o tal "sono tranquilo" que ele estava querendo.
Passou as mãos trêmulas pelo rosto e sentiu lágrimas caindo sem cerimônia. Xingou num suspiro e saiu do quarto. Monty o seguiu até a cozinha, sempre alerta e pronto para proteger seu humano.
Deeks afagou a cabeça do amigo canino e depois pegou uma garrafa com água na geladeira. Foi com ela até a sala, bebendo quase a metade de uma vez. Ia ligar a televisão para distrair a cabeça quando viu Monty muito concentrado em tentar rasgar um envelope pardo que estava no chão, próximo à porta.
- Hey...Hey, Monty! O que é isso, hein? Dá aqui.
Tirou o envelope do cachorro, que fez um som de choro e depois deitou-se no tapete, bocejando.
Deeks abriu a carta com cuidado, tirando duas folhas de papel do envelope.
Uma delas estava digitada. Impressão a laser. As palavras fizeram o sangue do detetive gelar:
"Ele nunca foi seu pai".
A outra folha continha um resultado de exame de DNA.
Gordon John Brandel não era o pai biológico de Martin A. Deeks.