Olá! Bem, eu não ia colocar nenhum capítulo dessa fic no ar até que ela estivesse totalmente pronta. Mas eu realmente gostaria de saber a opinião de vocês. Eu parei de escrever há muito tempo, mas a idéia surgiu de repente e eu coloquei no papel e aqui ela está! Antes de mais nada gostaria de agradecer a Daphne Peçanha , minha Beta, por betar minha história e ter que agüentar meus ataques e meus erros ridículos de português, que foram muitos. Sim, sim, sim Da, brigadão por me agüentar e pelos comentários nos capítulos, os quais eu me divirto tanto lendo.
Gostaria de agradecer também a Jasmin Tuk, que fez a gentileza de ler minha fic antes de todo mundo e ser muito gentil e legal nos comentários.
Espero que gostem! =)N/A: Talvez não sejam todos que gostem do mesmo casal que eu, mas... Não se pode agradar gregos e troianos...
Título: Luz e SombraAutora: Ligia Maria Araki
Disclaimer: Não são meus. São da J.K. Rowling, e eu só to pegando emprestado por um tempo.
e-mail: [email protected]
Capítulo 1-O TRABALHOO tempo passa rápido. Não, o tempo passa realmente muito rápido. É engraçado como às vezes você, se vê numa casa, rodeado de amigos, fazendo a contagem regressiva para a mudança do ano, e em um piscar de olhos, você está novamente em uma casa rodeado de amigos comemorando mais uma vez a passagem de ano. Mas no caso de Harry, o tempo passou rápido demais. E claro infelizmente a casa não estava cheia de amigos.
As coisas haviam mudado. E haviam mudado muito mesmo. Ele próprio mudara demais. O menino magricela de cabelos rebeldes não lembrava em nada o homem que se tornara. Aliás, quem conheceu o "famoso" Harry Potter, o "Menino-Que-Sobreviveu", não diria que ele era o homem que estava sentado em uma confortável poltrona do seu grande escritório, bebendo Vodka pura, hábito o qual ele sustentava, apenas quando algo lhe preocupava.
Desde que terminara Hogwarts, Harry entrara para a Academia de Aurores, e se formara como primeiro aluno da classe. Afinal, ele tinha uma guerra para enfrentar, e tinha todo o peso de uma comunidade em suas costas, a qual acreditava fervorosamente que graças a ele, os tempos de paz voltariam. Mas o que poucos sabiam é que Harry não se formara com "louvor" porque ele tinha uma "dívida" com a comunidade bruxa. Afinal, como seu padrinho mesmo dissera, ele não tinha dívida alguma. O que ele tinha era de carregar a esperança de todo um povo que sofreu, e estava sofrendo novamente, por causa de um louco. Ele se formara com louvor por raiva. Raiva de ter sido traído, pela pessoa a qual ele jamais pensara em ser traído. Ele apenas queria provar que o "amigo", o quase "irmão", estava errado, muito errado quando escolheu ir para o outro lado, e que tudo o que o "amigo" lhe disse, os argumentos que ele apresentou eram totalmente sem fundamentos. Parece que traição estava virando uma tradição de família. Primeiro com pai... Depois com filho...
Agora que "os tempos de paz" tinham voltado, Harry trabalhava em um departamento novo, que fora criado depois que a Guerra terminara. O Departamento de Prevenção a Catástrofes. Um nome estranho, mas era uma facção do Ministério da Magia que não chamava atenção, então para que se preocupar com o nome que ele levava? As pessoas que trabalhavam nesse departamento faziam uma coisa muito simples. Elas espionavam. Como a CIA, do governo trouxa americano.
Quando o departamento estava para ser criado, houveram muitas controvérsias. O Ministério jamais teve um departamento que espionasse seus cidadãos. Achava que isso não era necessário, além de ser uma afronta a população, que até o instante não tinha tido motivos para ser espionada. Contudo, depois de Voldemort, eles viram a necessidade de ter um departamento assim. Mas antes de criá-lo, houve várias, e várias discussões. O novo Departamento iria custar muito dinheiro ao Ministério, a população não iria reagir bem ao que exatamente ele fazia, enfim, todo o tipo de argumento contra foi apresentado. Acabaram por decidir que ele iria ser criado, mas ficaria em total sigilo. Total sigilo não, pois isso não era uma coisa fácil de se conseguir no Mundo Bruxo, ele apenas estaria "longe dos Holofotes" , como se o que fizessem dentro dele, não tivesse muita importância. Um departamento "tímido", "discreto", assim como um gato caminhando no escuro.
O Departamento de Prevenção a Catástrofes era uma divisão que crescera muito nos últimos anos. A maioria dos seus "Agentes" eram Aurores formados, e que receberam cursos extras de aperfeiçoamento como: Transfiguração, Poções, etc.. E alguns até recebiam instruções para viver entre os trouxas, e sempre tinha um ou dois, que viviam entres os mesmos, apenas para ver se as coisas não estavam fora do normal. Outros ainda faziam cursos entre os trouxas, os quais eram muito úteis como: identificar impressões digitais, tiro, direito trouxa, etc..
Os Aurores que trabalhavam como espiões propriamente dito, sim porque tinha a "equipe de apoio"que ficava nos bastidores, que era responsável pelo suporte da equipe de campo, eram divididos por grupo. Ou times, como alguns preferiam chamar. Eles recebiam letras, como A, B,C, D...A Equipe A, ou "A Time" era subdividida em dois. O A-1, e o A-2. Harry era um A-1. O Time do mais alto escalão do departamento. Quem era desse setor tinha muitos privilégios, como por exemplo: o direito de Veto, ou seja, eles podiam escolher em que "missões" eles iriam ou não. Tinha a equipe de apoio toda para a sua disposição assim que precisassem, e podiam escolher com quem queriam trabalhar, das outras equipes.
Além de ser um A-1, Auror, Harry também era formado em Direito Trouxa. Caso precisasse se camuflar, por exemplo, trabalhando entre eles, Harry se passava como um advogado. Porém, ele não morava entre os bruxos, Ele morava entre os trouxas. Afinal, morara quase sua vida toda entre eles, e era uma forma de "fugir" do trabalho. Chegar em casa e fazer coisas que os trouxas fazem, como assistir televisão, ouvir música, fazer ginástica, um bom hábito que criara. Harry sempre gostou de Tv trouxa, filmes, os programas, seriados... Mas infelizmente, enquanto morava com os Dursleys, não podia assistir, por causa do seu primo Duda.
Harry estava sentado e bebendo a pelo menos uns 30 minutos. Lembrava-se de seu padrinho, chefe do departamento, lhe chamando, aparentemente para entregar as informações com sua nova "missão".
-Harry, tenho um novo trabalho para você. No entanto, infelizmente, esse aqui eu não permitirei que você vete - Sirius estava mortalmente sério.
- E por que não?- Harry também estava sério, porém, um pouco curioso.
- Porque você é um dos meus melhores homens, e você se encaixa perfeitamente para esse trabalho, e claro você é formado em...
-Corta o papo furado Sirius. Não adianta você querer me enrolar, me elogiando, eu não caio nessa de "Por favor, massageie meu ego, e eu aceito o trabalho". Por que eu não poderei vetar?-Harry estava mais sério do que antes, porém, agora, bravo também.
Sirius apenas olhou para o homem que estava sentado em sua frente, como se estivesse o analisando. Ele sabia exatamente qual seria a reação que Harry teria. Logo depois, com uma expressão vencida, empurra em direção ao afilhado uma pasta.
Harry precisou apenas olhar o nome que esta pasta continha para levantar-se bruscamente da cadeira.
-Esqueça! Nem pensar, eu não aceitarei esse trabalho.-Disse muito bravo, seguindo em direção da porta.
Mas Sirius correu até a porta, parando seu afilhado. Harry tivera exatamente a reação que ele imaginava.
- Harry! Harry.... Espere... Por que não vai aceitar?
-Ora, pergunta como se não soubesse-A voz de Harry agora era fria.
-Harry, você mais do que ninguém sabe que é perfeito para esse trabalho. Eu acho que você poderia deixar o passado para trás...Apenas... Apenas esqueça o passado - Sirius falou, com uma voz amena.
-Você esqueceu o passado?-Harry pergunta maldosamente.
-Desde quando você se tornou essa pessoa fria, séria e maldosa em Harry? Eu não esqueci o passado, mas eu tento viver sem me lembrar dele...-Sirius fala num murmúrio.
Harry se arrependera amargamente da pergunta que fizera para seu padrinho. Ele era a única pessoa que ainda se importava com ele. Claro, ainda tinha os Weasleys, que mesmo com tudo que acontecera ainda o estimavam muito. Mas com seu padrinho era diferente. Ele era praticamente a única família que ele tinha. Ele era como um pai, ele foi o "pai" que ele nunca tivera. Harry apenas disse aquilo ao padrinho por pura reflexão. Há muito tempo, mais precisamente quando a guerra terminara, ele começara a ser maldoso com os outros. Na verdade nem ele entendia muito bem o porquê desses ataques maléficos...
-Desculpe Sirius... Eu não quis dizer aquilo.... Mas a questão é que eu não irei aceitar mesmo. Escolha outro tem pessoas aqui dentro tão boas quanto eu para o trabalho...-E vira-se para a porta, se preparando para sair.
-Eu disse que não permitiria que você vetasse, Harry...
-Sim, você disse... Me mande embora então. Mas eu não vou aceitar.-E virando-se para a porta sai, deixando o padrinho para trás.
Mas claro que Sirius não iria mandar o afilhado embora. Seria uma coisa insana a se fazer, afinal, Harry era um dos seus melhores homens. Ele era um A-1. Entretanto, Sirius tentou o dia todo fazer o afilhado mudar de idéia. Até que no final do dia, ele lhe fez uma proposta irrecusável, a qual Harry estava esperando a pelo menos dois anos.
- Ok, Harry. Vamos fazer o seguinte... Se aceitar o trabalho, eu dou férias a você. Sei que faz tempo que está esperando por elas...-Sirius diz, entrando no escritório do afilhado.
-Férias? Como as últimas que eu tive? Hum... Deixe-me ver se lembro... Ah! Sim! Eu TRABALHEI TAMBÉM nas minhas férias...-Harry diz com sarcasmo
-Mas a situação era completamente diferente. Nós precisávamos de alguém na França, e já que você estava lá... Não custava ajudar.- Sirius diz, irritado com o sarcasmo do afilhado.
-Ajudar?Engraçado, se era só para "ajudar", por que eu trabalhei minhas férias quase que inteiras?-Harry matinha o mesmo tom da outra frase.
-Tá, tudo bem, você trabalhou nas férias, mas e daí? Muitas pessoas fazem isso.-Sirus fala como se esse fato não tivesse importância alguma, fosse apenas um mero detalhe.
-Muitas pessoas realmente Sirius... Agora me diz, por que é que quando VOCÊ viaja, ninguém te acha?-O tom de Harry era inquisidor.
-Ah! Isso é muito simples... Ninguém me encontra, porque senão eu terei que trabalhar nas minhas férias...-Sirius diz com um ar debochado.-Ah! Vamos lá Harry... Prometo que nessas férias ninguém irá te incomodar... Aceite o trabalho... Um trabalho por férias tranqüilas... Hum?Que tal?Um.. Um paraíso tropical por exemplo... Hawai? Caribe? É uma boa troca...
E Harry acabou aceitando a troca. Trabalhara quase dois anos seguido, e pensar que teria alguns dias de descanso, era realmente muito reconfortante. Talvez fosse realmente a um paraíso tropical. Sempre quisera conhecer o Caribe.
Mas o que preocupava Harry, era trabalho que iria ter que realizar. Iria se passar por um advogado trouxa, num importante escritório de advocacia de Londres. Ele iria trabalhar em um caso de assassinato com...
"Chega de pensar sobre isso, e no passado", Harry pensou.
Pegou seu casaco, a pasta com as informações e saiu de seu escritório. Ele pensou em aparatar para em casa, mas lembrou-se que teria muito o que explicar ao porteiro do seu prédio, afinal, como ele estava em casa, se nem ao menos passou pela entrada do prédio? Além disso, Harry tinha um carro. Era praticamente o único do departamento que tinha um. Era um carro trouxa, sem nenhum tipo de magia, o qual ele gostava tanto. Ainda podia se lembrar de seu padrinho falando quando o viu."Harry... Um carro trouxa? O que você vai fazer com um carro sem magia? E por que ele custou tão caro?" Bem... Harry gostava de dirigir. Como um trouxa. Apenas pegar o carro e vagar pelas ruas de Londres. Ele achava a cidade muito bonita, principalmente à noite. Quando tinha suas noites de insônia, que não eram poucas, ele pegava o carro e ficava vagando pelas ruas até o dia amanhecer. Harry gostava tanto de dirigir como trouxa, que se dependesse dele o carro ficaria sem magia por um bom tempo. E ele custara tão caro, pelo simples fato que Harry não tinha aonde gastar todo dinheiro que ganhava no departamento. E que não era pouco. Não que ele fosse um homem de extravagâncias. Sim, ele tinha um bom apartamento, e bem decorado, mas nada com muito luxo. Apenas o carro que custara uma significativa quantia em dinheiro.
Naquela noite, Harry demorara mais do que o normal para chegar em casa. Estava uma noite tão bonita, e ele não tinha motivo nenhum para chegar cedo em seu apartamento. Não tinha ninguém o esperando. Ninguém esperando... Quando pensava nisso, ele se entristecia. Harry gostaria de ter, realmente, um lugar para voltar, assim que saísse de um dia estressante no trabalho. Um lugar que tivesse alguém esperando. Quem sabe uma família...
Entrou no apartamento, largou o casaco de qualquer maneira no sofá, e jogou a pasta em cima da mesa. Foi diretamente pegar mais uma dose de Vodka. Mas quando pegou a garrafa, viu que a mesma se encontrava vazia."Que ótimo!" Pensou Harry, "Bem... não tem problema, eu já bebi demais mesmo..."
Voltou para a sala e ligou o som, deixou-se afundar no sofá apenas ouvindo a melodia que entrava em seus ouvidos. Tirou os óculos e colocou as mãos no rosto, num gesto cansado. Sentado daquele jeito, ouvindo a música, particularmente triste, ele se entregou novamente aos seus devaneios... "Ah! Quer saber..." Harry pensou novamente, "Eu preciso parar de me preocupar. Eu termino meu trabalho, e ganho minhas tão esperadas férias...".
Levantou-se, foi até o quarto, tomou um gole da poção para sono, e se preparou para dormir. "Uma boa noite de sono vai me ajudar a não ficar pensando no passado, e nesse novo trabalho.."
Na Sala, em cima da mesa, na capa da pasta que Harry trouxe, podia-se ler claramente em letras vermelhas grafadas: HERMIONE ANNE GRANGER.
Continua =