Chegamos ao ultimo capitulo :(
Devo dizer que adorei essa experiencia de mostrar o que minha mente doida tem para oferecer kkkk, juntamente com os seus incentivos. Entao muito obrigada por me acompanhar ate aqui. Não sou boa com discursos, bom vamos ao capitulo.
Epilogo
Ela se encontrava olhando para o espelho, verificando a maquiagem na testa. Tinha se tornado uma mestre com os cosméticos pelo simples fato de não conseguir uma explicação melhor em relação a marca de losango no meio da testa e para as pessoas não considerá-la louca o bastante para fazer uma tatuagem, essa desculpa estava fora de cogitação de qualquer maneira. Por isso que a maquiagem e os fios negros que caiam acima dos olhos se tornaram seus grandes amigos. Mas a anormalidade dos olhos foi um caso a parte, usara a desculpa de ser uma consequência de tantas doenças que tivera ao longo de sua adolescência. O que de fato, pessoas pareciam acreditar nos longos dois anos desde que finalmente voltara para casa de vez
Era inacreditável que tinha terminado o ensino médio, claro que repetiu um ano, pois havia sido difícil assimilar as matérias dos outros anos já que faltara tanto e havia coisas que tinha esquecido completamente. Felizmente Sesshoumaru e Shippou a ajudaram muito, quase estudando na madrugada para ela poder entender a matéria, principalmente, quando se tratava do seu terrível inimigo, a matemática. Não conseguia explicar o ódio que sentia pela matéria e ao olhar uma fórmula na sua frente tinha uma vontade absoluta de jogar o livro, caderno ou a folha o mais longe possível e fizera isso algumas vezes.
Mas o que lhe importava naquele momento era ter conseguido se formar com notas altas, até mesmo em matemática, e era por isso que estava terminando de se arrumar, era o dia de receber o diploma.
Deu um puxão do laço da gravata azul só para garantir assim que escutou o seu irmão a chamando pela terceira vez.
- Acha que está bom? - perguntou para a gata que estava deitada em sua cama.
Ela passou a ser dona de Kirara quando retornou para casa, adorava a gata e também era uma forma de ter alguma conexão com o passado, uma conexão com Sango, a falta que sentia de todos havia se tornado bastante suportável e algumas vezes no dia até esquecia disso, mas sabia que nunca se esqueceria deles por completo.
Recebeu um miado como resposta e fez um carinho abaixo das orelhas. Kirara ronronou preguiçosamente, era uma pena que o seu gato gordo e preguiçoso estava a ensinando ser como ele, prova disso foi Buyo apenas se virou de costas para ela, a ignorando Seriamente estava pensando em deixá-lo de castigo, só precisava encontrar um que se adequasse a ele. Uma batida impaciente na porta soou no quarto antes de ser aberta, era o momento de ir.
- Por que a pressa? Não é você que está se formando.
- Acha mesmo que vão esperar até você estar pronta?
- Deveria. Não é todo dia que me formo no ensino médio. - disse bagunçando o cabelo dele ao passar pela porta, Kagome riu como ele ficou emburrado, sabia que ele odiava quando mexia o seu cabelo. Afinal passara "horas" arrumando, coisa de adolescente.
Desceu a escada e encontrou todos na sala de estar a sua espera, até mesmo Satori que estava brincando de boneca com Rin, a youkai realmente pulara de cabeça no papel de avó, a mimava como Nara fazia quando tinha oportunidade já que a pequena morava na enorme mansão de Sesshoumaru, mas Kagome a via todos os dias depois da escola e nos finais de semana quando passava na mansão. O lorde lhe providenciou um quarto no casarão para que ela pudesse passar a noite quando ela queria passar mais tempo com Rin e Shippou.
Falando no tal youkai, estranhou por ele não estar ali, espalhou sua energia em sua procura e nada.
- Meu filho nos encontrará lá. - disse Satori ao reparar a dúvida silenciosa de Kagome.
Kagome assentiu em frustração. De fato o queria por perto, apreciava bastante os momentos quando ficavam juntos por vários motivos. Estavam namorando, oficialmente, perante todos e com direito a tudo que ia de jantares formais à encontros caseiro, ainda ficava surpresa ao encontrar uma foto sua numa revistas de fofoca quando fazia algo completamente normal, isso quando conseguia despistar o guarda-costas que ganhara com o namoro.
Para ela ser sincera, adorava a companhia e as longas conversas mirabolantes com Tsuki, mas isso significava que a miko não tinha a liberdade de sempre em ir e vim sem precisar algum tipo de autorização de alguém, além de sua mãe, e isso começou a lhe dava nos nervos. Sem contar que achava injusto, Tsuki havia sido o general de confiança de Sesshoumaru e tinha sido rebaixado para ser o seu guarda costas, embora soubesse que não existia mais os dias de "glórias" como antigamente e que Tsuki achava divertido passar o dia seguindo e protegendo a sacerdotisa que colocava terror nos youkais de pequeno porte que era namorada do magnata do império da informática. Sesshoumaru tinha usado as informações que Kagome lhe dera sobre o futuro para se tornar um dos homens mais ricos.
Para Kagome, ele não dominou o mundo como queria, apenas o comprou e como não lhe dava muita atenção, ela escapava da vigia constante. Em questão de meia hora, Sesshoumaru parecia para buscá-la com cara de poucos amigos. Já esperava por isso, pelo menos, não escutava sermão e tinha um tempo com ele. Não podia negar que adorava provocá-lo, sendo que era a única que podia fazer isso sem retaliação, prova disso foi ter conseguido persuadi-lo a usar uma peruca que lembrava as longas madeixas prateada no último halloween, tanto ela quanto a Rin passaram o dia inventando vários penteados. Realmente o tinha feito o seu modelo capilar e mal podia esperar pela próxima oportunidade.
Numa algazarra, todos saíram da casa e foram para a escada do templo. Kagome olhou de relance para Árvore Sagrada e depois olhou para o poço, sempre se pegava olhando para o portal.
Depois que chegara de vez, Sesshoumaru lhe contara do casamento de Sango e Miroku, dos herdeiros deles e sobre a construção do templo perto do poço para protegê-lo junto com sua katana até o clã Higurashi parecer em Edo, lhe contara sobre a vida de InuYasha e Kikyou que se casaram após conseguir o tratado de paz entre os youkais e humanos nas terra do Norte, Leste e Oeste. Entretanto, ocultara a morte de Kikyou por causa de uma doença e a vontade de InuYasha em acompanhá-la, com esse desejo o hanyou entrara na luta do Oeste contra o Sul sem pensar duas vezes, lutara sem descanso ao lado de Sesshoumaru. Na última batalha fora morto pelo Senhor do Sul por ter se precipitado e então Sesshoumaru usou Bakussaiga numa retaliação. O Oeste não fizera comemoração pelo fim da guerra, apenas tiveram cerimônias pelos que perderam a vida no campo de batalha, principalmente para InuYasha que nomeado como o príncipe do Oeste pelo Sesshoumaru. Foi o que Shippou contara.
Claro que havia ficado triste em saber como foi a morte de seu amigo e do porque ele que fora a guerra, mas pelo o que seu filho disse, que ele havia sido feliz com a família, lhe trouxe uma paz.
- Está ficando tarde, mamãe. - disse Rin tomando sua mão para puxá-la, a despertando assim de seus pensamentos. Não podia mais fazê-los esperar.
❆.
Qualquer sentimento de felicidade que deveria existir ao segurar o diploma não era existente em Kagome e o tal papel estava sofrendo em suas mãos. A miko estava frustrada, furiosa e louca para tirar satisfação com o inuyoukai e todos ao seu redor percebiam isso, não só pela expressão de matar dela como também pelo reiki elevado e hostil. Ninguém comentou deste que entraram nos carros por não querem ser o seu alvo, só sua família e Satori tiveram coragem de estar no mesmo veículo que ela, os outros foram no carro mais a frente, quando Kagome queria, ela se tornava uma ser assustadora.
Claro que tinha sentido o seu youki de Sesshoumaru próximo à escola antes de simplesmente desaparecer. Havia ficado emburrada a cerimônia inteira e pouco lhe importava o que ota outros presente estariam pensando sobre ela ou se alguns youkais mantiveram distância, prova disso era Shippou, Tsuki e a Aika, filha do kitsune. Sabia que teria um pouco de remorso em relação a ela depois de tudo, a youkai já tinha medo dela mesmo demonstrando que não precisava, mas ao mostrar o quanto era poderosa quando estava com raiva, isso contando que ela não possuía tanto poder quanto antes, seria um pouco complicado em se aproximara dela. Resolveu pensar nisso num outro momento, assim que falasse com o dono da mansão que estavam já a vista. Seria uma discussão bastante calorosa por parte dela.
O carro estacionou em frente da entrada e Kagome espalhou o reiki pelo terreno para localizá-lo e para mostrá-lo que não estava nem um pouco feliz, era como se estivesse o caçando e ele não estava nem um pouco de vontade de se esconder dela, pois facilmente o achou.
Empurrou o papel ameaçado e amassado para a mãe e saiu do carro.
- Hoje eu adestro aquele cachorro ou o toso com os meus poderes.
Tsuki reprimiu o riso diante da ameaça enquanto via a miko invadindo a mansão, sugeriu a todos que o acompanhasse para a pequena comemoração que Sesshoumaru providenciara, assim deixaria o lorde lidar com a fúria da sacerdotisa. Sabia que logo eles juntariam a festa.
Kagome deixou que a sua raiva tomasse conta de todo o seu ser e lhe levasse, a cada passo era um xingamento novo que criara e selecionava somente para Sesshoumaru, era nessas horas que possuía criatividade que dava inveja a qualquer um. Com certeza, estava mais do que disposta a fazê-lo se explicar e escutar várias coisas.
Rapidamente entrou no seu quarto e foi para o jardim secreto que ligava aos quartos de Rin e de Sesshoumaru. O encontrou diante da minúscula árvore de ameixa que mandara plantar alguns meses, só pelo o simples fato de ter escutado que ela gostava o perfume da flor. Sempre foi assim, ele lhe dava tudo que necessitava ou queria, sendo capricho ou não, e sequer adiantava argumentar contra.
Embora desta vez ela não estava ali para argumentar contra, na única vez que queria algo dele, que era vê-lo lá para celebrar como a família e amigos que ela tinha conseguido se formar, ele não estava lá. Rapidamente se lembrou do motivo de sua raiva e a sentiu vibrar em todo o seu ser, pronta para explodir a qualquer instante e sabia que iria ser impossível de controlar por estar com a intenção de distribuir violência gratuita e ser imprudente como foi na Era Feudal. Mas os anos que passara ao lado de Sesshoumaru a ensinou muitas coisas e uma dela era: para vencê-lo em algo tinha que ser diplomata ou com honra, ter argumentação certa e provar.
Algo que considerava impossível. Até aquele momento.
- Explique-se - disse numa forma contida ao cruzar os braços e com um pé batendo rapidamente na grama, mas o veneno da raiva a denunciou tanto quanto a aura que exalava. Se sentiu ainda mais furiosa quando Sesshoumaru apenas se virou para encara-la e nada falou. Como estava com vontade de mandar tudo para o espaço e ser a pessoa irresponsável que ela adorava ser. Por que não fazer isso? - Onde você estava?! De todos que foram você é o que deveria estar lá! Já que teve o seu precioso tempo desperdiçado para que eu conseguisse a porra do diploma! Mas não, você estava sei lá onde, fazendo sei lá o que!... Espero que tenha sido causa de vida ou morte, Sesshoumaru ou... - se segurou, sabia que falaria besteira caso continuasse.
Respirou fundo numa tentativa de se acalmar, mas percebeu que não iria conseguir, pois a vontade de voar no pescoço dele era muito forte.
- Eu estive lá, mas o que encomendei ficou pronto depois do previsto...
- Então eu fui trocada por uma droga encomenda?! - o grito dela o interrompeu liberando um pouco do seu poder.
Sesshoumaru reprimiu um suspiro e repensou seriamente no que iria fazer se valeria a pena, mas já não conseguia viver nos 500 anos sem, nem queria imaginar no futuro. Num movimento, ele jogou algo na direção dela que por puro reflexo ela pegou. Era uma caixa pequena e vermelha com desenhos de flor de ameixeira, sentiu um poder dentro. Ficou um pouco curiosa momentaneamente.
- Antes de fazer a idiotice de jogar, verifique o que tem dentro. Será de seu interesse. - recebeu um olhar de desdém, pois ela certamente estava penando em fazer isso. Era nesses momentos que odiava o fato de Sesshoumaru a conhecer tão bem. Por fim, decidiu esperar que ele se explicasse enquanto o via se aproximar. - O tempo que passei lhe esperando não foi gasto em dominar o mundo como você gosta de falar...
- Mas você fez. - Kagome o interrompeu.
- Quando ficará em silêncio?
Ela bufou e retornou a fechar o semblante antes de cruzar os braços novamente ainda segurando a tal caixa. Tentou de todas as formas ignorar a energia que continha e curiosidade só aumentava.
- Procurei em todas as culturas um feitiço que estar contido no pequeno objeto. - Sesshoumaru tomou a caixa dela e de lá tirou um pequeno objeto sem tirar os olhos de Kagome, viu a raiva desaparecer instantaneamente para deixar a surpresa no lugar. Já esperava por aquela reação, foi fácil em ganhar a discussão. - Lamento por não estar lá, mas a ideia de tê-la comigo na eternidade é mais importante do que um pedaço de papel.
Kagome desviou o olhar para Sesshoumaru, estava sem palavras. No que poderia dizer, tinha se preparado para qualquer desculpas, qualquer coisas, mas não por aquilo. Logo a sua mente ficou em branco.
- Terá que colocar seus poderes junto com o meu para completar o feitiço.
Foi numa ordem básica que sua mente começou a concentrar o reiki na palma da mão. Não tirou os olhos de Sesshoumaru, procurando se era mesmo aquilo que queria, já tinha até pensado nisso uma ou duas vezes. Mas ela precisava da certeza que só poderia ver nos olhos dourados dele, lá estava a típica indiferença e frieza, embora tinha reparado algum tempo era mais relaxado do que no tempo que se conheceram, embora daquela vez era sufocada pela ansiedade do que Kagome iria fazer, mesmo que o rosto não demonstrasse isso. Olhou novamente para aliança de ouro branco com uma joia rosa encravada no formato de uma lua crescente, emblema do Ocidente. Sabia no que aquilo significava.
- Tem certeza disso? É caminho sem volta. Vai ter me aturar até o fim de sua vida.
- Não temo nada.
- Acho lindo esse seu jeito estranho de demostrar que me ama.
Riu de nervosa, afinal era um passo e tanto. Sabia que ele a amava, só não usava palavras, mas ele demonstrava em todas as maneiras possíveis e Kagome sentia o mesmo. Então, por que pensar na proposta? Apenas colocou a mão sobre a aliança, sentiu seu reiki chocar no youki e numa energia que podia imaginar ser o feitiço. Não permitiu que seu poder sagrado fosse hostil e assim as energias começaram a se misturar e se tornar única. Quando achou que foi o bastante, fez um movimento para se afastar, mas foi impedida. Sesshoumaru segurou sua mão e colocou aliança no seu dedo. Kagome sentiu a magia formigar sob sua pele e se espalhar pelo corpo antes de desaparecer por completo.
- Casará comigo.
- Sabe, quando eu pensei como alguém iria fazer um pedido de casamento, achei que estaria de joelhos e realmente iria fazer um pedido, como um romântico nato. Não um ultimato. E se eu disse não?
- A conheço bem para saber a sua resposta.
Bufou ao fato de se lembrar que ele gostava de provocá-la também. Onde estava aquela raiva de antes? E por que estava feliz mesmo que o lorde não fazia as como diz a tradição?
- Estou pensando em não estudar mais medicina. Se eu vou me casar com um fóssil, devo estudar arqueologia. - provocou. Riu da expressão fechada que ele deu, como adorava.
- Devolva o diploma. Não é tão esperta.
Riu ainda mais da ironia, e se jogou nele para dar um beijo longo. Estava mais do que feliz, afinal Sesshoumaru estava garantindo os "felizes para sempre" dos contos de fadas na vida deles e a parte do fim.
Fim