Notas da Autora: Eu não possuo qualquer personagens dessa fanfic e me basearei numa musica ou duas da minha banda favorita. Evanescence, cada capitulo.
Ultimo Suspiro
Assim que abriu os olhos azuis reconheceu de imediato aquele cômodo fedorento, o mesmo foi o seu quarto há cinco dias, era escuro tendo somente uma pequena abertura no alto da parede com a única chance de saber que ainda existia um mundo lá fora.
Desta vez não conseguiu se mexer, seu agressor e sequestrador usou todas as suas forças e ferramentas para tortura-la, principalmente, com cordas do qual as pontas tinham garras de ferro que foi usado nas suas costas já nuas arrancando pedaço ainda existentes em sua pele. Sua roupa estava em farrapos, quando conseguia se mexer fazia o melhor que podia para estar apresentável.
Desta vez teve que fingir desmaiar de tanta dor como havia acontecido no primeiro dia quando ele torceu o seu tornozelo acabando com qualquer esperança que poderia ter de fugir. Ele a torturava tanto fisicamente como mentalmente todos os dias.
No mundo fora daquele lugar ela contava que os seus amigos a estivessem procurando, era o que ainda a mantia firme e lúcida para aguentar. Mas isso não queria dizer que os esperaria. Seu sequestrador, um hanyou frio a procura do restante dos fragmentos da joia de quatro almas.
Tentara usar todas as artimanhas para usar os seus olhos, mas os seus poderes purificavam qualquer tentativa de corrompe-la. Daquele dia não foi diferente, tentou controlar a sua mente e como não conseguiu, decidiu marcar suas costas por frustração. De novo.
Com o corpo trêmulo conseguiu pelo menos se arrastar para a parede próxima se sentando encostado a única parte do seu corpo que não tinha hematomas dolorosos ou corte profundo ao lado da porta, tentaria fugir naquele momento. Usou aqueles dias de cativeiro como um meio para estudar as presenças malignas que aquele lugar poderia ter, 10 presenças, a mais preocupante era de seu sequestrador, as outras poderia derrubar facilmente, era o que tinha em mente.
Por isso manteve a sua presença oculta desde que a trouxera para aquele lugar, estava esperando uma oportunidade perfeita para escapar, e o momento chegou, quando fingiu desmaiar ele teve que parar, que graça tem quando o seu brinquedo está sem força para continuar? Ao ser jogada no chão aproveitou a oportunidade de pegar um molho de chaves de um dos servos.
Notou a poucos dias, quando a vinha buscar sempre era em dois e que cada um tinha a cópia da chave, achou estranho, até poderia ser uma armadilha. Teria que pagar para ver.
Girou a chave devagar na fechadura e com o maior cuidado a abriu sem fazer nenhum ruído para não chamar atenção. Ficou aliviada quando a primeira ideia deu certo. Com muita força se levantou e passou pela pequena abertura foi o bastante para a sua adrenalina disparar a distraindo de qualquer reclamação de seu corpo. Viu uma escada no corredor, localizou uma grande quantidade de presenças no fundo da casa e um no segundo andar. Correu para a escada e subiu rapidamente, parou no alto dos degraus quando escutou algo pesado cair no andar de cima.
Seu coração disparou, se fosse pega não tinha certeza se sairia ilesa, percorreu pelo grande corredor passando pelos quartos vazios negros para a porta de entrada. Pela primeira vez nos seus dias naquele cativeiro deu um sorriso, finalmente liberdade.
Correu usando toda a sua força que ainda possuía para mata adentro ignorando a dor dilacerante de sua perna machucada e costas em carne viva. Era uma noite fria que a neve caia vagarosamente, sem a presença da luz fraca do luar ou das estrelas, as nuvens escuras e grossas com o vento gelado que castigava o seu corpo anunciavam uma terrível tempestade iria se intensificar logo. Todas as vidas selvagens já estavam em seus abrigos aguardando o fim da chuva de neve forte passar, isso era bom para ela.
Passou tanto tempo correndo que o frio da neve que caia fortemente algum tempo estava começando a incomodar, seus pulmões já secos queimando por dentro anunciava que não possuía forças para continuar. Parou encostada numa árvore e sentou entre as raízes levantadas, permitindo que descansasse pelo menos um momento, a sensação de que fizera uma má escolha estando ali e o frio rigoroso foram embora quando o sono alcançou.
O sol já havia passado do ponto alto do céu cinza já prenunciava os dias que viriam. Um de seus amigos andavam incansavelmente, era disso que o líder fazia, já os restantes estavam bastante cansados pelo longo dia de caminhada, suas barrigas roncavam alto reclamando por algum alimento.
InuYasha se encontrava naqueles seus dias de que a paciência era bem pouquinha, do que mais queria era encontrar logo de uma vez o restante dos fragmentos da joia de quatro almas utilizando a capacidade de sua amiga para detectá-los. Quando Kagome iria começar a reclamar para descansar sentiu presenças obscuras se aproximando deixando todos em alerta. Uma árdua batalha se começou e não havia hora de acabar. Com muito custo conseguiram derrotar todos os demônios que apareceram.
Embora a vitória tenha sido ganha InuYasha fez questão de passar na cara da morena de olhos azuis por não saber se defender sozinha e que sempre precisava de alguém para estar perto dela para lhe proteger. Usou todas palavras duras sem se importar de magoa-la.
Todos que ficaram observando com muito pesar daquela situação injusta, esperando que a raiva da morena surgisse e falasse "senta" com altos níveis de altura a ponto de deixa-lo desmaiado numa profunda cratera, mas se surpreenderam quando a viu se afastar dele e continuar com a caminhada de cabeça baixa. Eles a seguiu sem dizer uma palavra, além de um olhar feio que deram para InuYasha que foi o suficiente para entender que fez a coisa errada.
- Baka! - gritou Shippou antes de pular para o ombro de Kagome.
Foi uma caminhada silenciosa ninguém ousou falar algo, ficaram assim até chegarem a uma clareira próxima de um rio assim que os primeiros sinais de que o sol desapareceria entre as árvores. Kagome parou e entregou a enorme mochila amarela para Sango pedindo que fizesse o jantar já que a mesma não tinha fome e caso tivesse alguns ferimentos utilizasse o kit de primeiros socorros.
- Kagome? Se... - disse amiga assim que a viu se afastar.
- Conversarei com você amanhã, Sango. Tudo que eu quero nesse momento é descansar e pensar um pouco. - falou a morena com a voz embarcada.
Caminhou até uma árvore próxima, colocou o saco de dormir e se acomodou olhando para a escuridão na floresta que se aproximava. Os amigos sabiam que ela precisava daquele tempo, sempre esperavam que ela desse conta que InuYasha, mesmo sendo seu amigo, não fazia bem para Kagome.
- Não deveria ter falado com ela assim! - exaltou Sango dirigindo ao hanyou que estava em cima de um galho.
- Porque não?! Ela não faz nada nas batalhas além de lançar flechas fracas que não acerta nenhuma criatura, ela é inútil de proteger a si mesma! Temos sempre que lutar por ela!
- Não é verdade, InuYasha, e sabe muito bem disso. - defendeu Miroku calmamente tentando amenizar os ânimos. - Kagome nos ajuda na nossa batalha, tem que entender, ela não nasceu nessa época, ainda está aprendendo...
- Eu vou embora, sei quando a minha opinião não é bem-vinda!
- Aonde pensa que vai? - indagou Sango ao vê-lo saltar para um galho próximo.
- Ficar com quem me entende!
Não precisa ser um gênio para saber de quem ele estava se referindo, Kikyou. A conversa toda havia machucado Kagome, ficou surpresa por saber que a mais machucou foram as suas palavras do que ele ter ido para Kikyou, ela já estava anestesiada a essa ferida.
Seus amigos ficaram triste por ela, então decidiram apenas montar o acampamento e já não tinham a vontade de se alimentarem. Fizeram uma fogueira próxima a Kagome e se deitaram ao redor do fogo, pois a noite fria informava que o inverno está se aproximando.
No início da madrugada todos já estavam dormindo, com exceção de Kagome que ficou acordada observando as poucas estrelas que as nuvens escuras permitiam ser vista enquanto afagava os cabelos ruivos de Shippou que foi dormir com ela.
É claro que ainda estava magoada com as palavras de InuYasha, então decidiu pedir ajuda aos seus amigos aprender a lutar tanto física e espiritual, sem deixar que InuYasha saiba. Achou melhor ir dormir e ao acordar falaria com Sango e Miroku.
De repente Kagome se senta ao sentir várias energias malignas se aproximando por todos os lados, levantou-se acordando Shippou e seus amigos pela correria que fizera para chegar ao arco e as flechas. Se preparou para atirar no primeiro Youkai que aparecesse. Sango se prontificou junto com a sua gatinha já transformada num tigre de fogo subindo ao céu e Miroku estava em guarda de costas para Kagome, um dando cobertura a outro.
- É uma boa hora para InuYasha aparecer - disse Shippou se escondendo atrás das pernas de Kagome.
- Não deixarei que nada aconteça com você. - disse Kagome com o olhar determinado.
Queria entrar e sair daquela batalha sem ajuda de ninguém, não deixaria que ele lhe proteger nunca mais.
- Nesse momento não é ele que estou querendo, doce Kagome. - uma voz sedutora ecoou na clareira dando arrepios em todos.
Um homem moreno de olhos vermelhos saiu dentre a densa floresta com um sorriso sádico no rosto. Kagome resistiu à vontade de atirar, pois precisava ganhar tempo para ter certeza se era mesmo Naraku ou um fantoche, com isso foi concentrando seus poderes na ponta da flecha, embora não conseguiu sentir se a jóia de quatro almas estava com ele.
- O que quer comigo? - perguntou Kagome esticando ainda mais a flecha no arco.
- Seus olhos, corromper o seu coração ou tirar você do meu caminho. Pode escolher. - soou sarcástico.
O riso diabólico surgiu ao ver o quanto o grupo ficou espantado com a quantidade de youkai apareceram ao redor próximo do Naraku. Podiam serem fracos, mas ganhavam em quantidade.
Então uma enorme aranha caiu na clareira assustando todos, por reflexo Kagome soltou sua poderosa flecha furando a cabeça do inseto que o purificou instantaneamente no local, um som estranho de dor saiu da grande aranha enquanto se afastava para dentro da floresta.
- Não sou tão inútil o quanto pensa. - sussurrou para si mesma com um sorriso no rosto. Naquele instante queria que InuYasha estivesse ali para ver.
Os menores youkai saíram da sombra atacando o pequeno grupo por todos lados que teve se separar para proteger dos ataques. Sango cuidava das criaturas horrendas do céu e Miroku destruía as da terra com selo ou com a "haste", Kagome os auxiliavam atirando flechas para afastá-los de seus amigos com o melhor que podia enquanto Shippou a protegia com os seus truques afastando quem se aproximasse. Quando ia atirar uma flecha no Youkai de uma forma grotesca de um morcego que iria atacar Sango por trás a aranha apareceu novamente na frente dela, mais alto e mais gordo, Naraku se encontrava em cima do animal.
- Agora você é minha.
A boca da aranha se abriu e uma nuvem de miasma saiu de lá cobrindo Kagome, sua energia saiu de seu corpo e tentou purificar ao seu redor com uma barreira rosa, mas sabia que logo o seu poder cederia e o miasma atingiria o seu corpo.
- Shippou vá para Miroku, fique com ele. Assim que terminar aqui vou te encontrar. - ordenou ela.
- Mas...
- Nada de mais, vá! - se as palavras de Naraku fosse verdadeira, ele não a mataria, mas isso não o impediria de tirar a vida de Shippou. Queria salvá-lo pelo menos desse trágico destino. - Talvez InuYasha esteja certo, sou uma completa inútil que não consegue se salvar sozinha. - sussurrou para si mesma enquanto concentrava sua energia no Youkai raposa que se afastava.
A barreira vacilou permitindo que a escuridão a cobrisse, em segundos perdeu a consciência, mas não antes de escutar o riso único de seu adversário.
Quando acordou sentiu o formigamento em seus braços, pela luz fraca que vinha de uma janela no alto se viu suspensa por um metal frio apertado nos seus pulsos no local escuro e bastante fedorento de uma mistura única de sangue e corpos em decomposição. Imediatamente o medo surgiu, se debateu tentando escapar da sua prisão.
- Se continuar assim, me faz pensar que não gosta de minha hospedagem.
A voz de Naraku ecoou pela escuridão, ficou apavorada, com ele ali seria impossível de escapar. Por não saber onde ele estava se sentia ainda mais vulnerável.
- Deste que a trouxe estive ansioso para poder começar a nossa brincadeira. - murmurou ele próximo à orelha dela, a mesma puxou o corpo para o lado oposto querendo ficar o mais longe possível.
Kagome não estava ansiosa com o que ele sugeriu, de repente sentiu uma dor dilacerante ir do ombro à sua cintura, ela gritou o mais alto que brotou em sua garganta.
No mesmo instante entendeu o que ele queria. Tortura-la a ponto de não ter força para fugir.
Acordou assustada de seu pesadelo, lembrar daquilo tudo não lhe fazia bem, mas lhe dizia que estava longe de sua tortura e que estava livre.
Ainda sonolenta tentou trazer as pernas para junto do corpo, se sentiu rígida. Não tinha sensibilidade do corpo, estava fraca e fizera um enorme esforço até ali. Dúvidava que iria conseguir se mexer para pelo menos se aquecer.
Essa dúvida foi colocada à prova, pois sentiu energias malignas se aproximarem. Seu sequestrador descobriu sobre sua fuga. Forçou o seu corpo a obedecer, adrenalina apareceu de novo a fazendo ignorar suas dores e a queimação da neve na pele exporta. Devagar foi se levantando e se pôs a correr para o lado oposto sempre olhando para trás.
De repente se viu indo para um penhasco, foi até ele viu que possuía em torno de 10 metros de altura. Não tinha mais como voltar com as presenças próximas. Não queria morrer, mas também não iria voltar para o seu cativeiro disso tinha certeza. Então se começou a descer pelas rochas frias e escorregadias. Num passo em falso ela se encontrou pendurada se segurando com uma mão, e tinha apenas descido alguns metros.
A realidade de sua morte a atingiu igual a força da gravidade quando a esmagou contra o chão branco perto à uma árvore oca. Saiu mais sangue de seus ferimentos tingindo de vermelho a neve ao seu redor, sua respiração ficou cada vez mais difícil. Não aguentava mais lutar pela sua sobrevivência, não tinha força para continuar, liberou o seu poder, permitiria que Naraku a encontrasse e ficaria surpreso com o que visse.
Por um tempo ficou semiconsciente. Esperando, esperando a morte. Não importava de onde vinha, se iria vir por hemorragia ou na mão de Naraku, só esperava.
De repente sentiu uma aura familiar à poucos metros, não entendeu o porquê ele ficou escondido entre as sombras.
- Eu sei... que está aí... - disse com dificuldade.
Então o Youkai de cabelo prateado e olhos da cor do sol que fazia o contraste à sua expressão fria e indiferente, ele tinha meia lua na testa e duas tiras vermelhas em cada lado do rosto. Sesshoumaru saiu da escuridão e ficou próximo à Kagome, ajoelhando se ao seu lado.
- O que aconteceu com você, Miko?
Claro que ficou curioso, estava em uma caverna para que sua pequena protegida não sofresse com a rigorosa tempestade de neve. Rin já estava dormindo perto de Ah-Uh e Jaken tentava não cair no sono. Seu Mestre simplesmente estava sentado encostado na parede de rochas com os olhos fechados, vigiava as auras a sua volta. Sabia que ninguém era louco o suficiente para aparecer, a não ser que quisesse uma morte instantânea, mas ficou intrigado ao sentir a presença da sacerdotisa nas redondezas, saiu sem dar explicações e foi o mais rápido que pode para chegar até ela ocultando sua presença.
Então a encontrou estirada numa poça de sangue congelado, seu corpo estava coberto de hematomas e feridas de diferentes tamanhos, suas vestimentas, ou o que sobraram delas, estavam amarradas de qualquer jeito no corpo desidratado mais pálido que estava acostumado. Sua aura foi liberada pela enorme raiva que sentiu, onde estava o seu meio irmão idiota por ter permitido aquilo?
Kagome estranhou a curiosidade e o rosnado por trás de suas palavras, mas deixou esse enigma de lado já não poderia dar ao luxo de se importar. Até iria dizer sobre a tortura que sofrera, mas desistiu quando viu os coletores de alma circulando à distância entre os flocos que caiam.
- Kikyou sabe que estou morrendo, não tenho muito tempo para histórias. - usou todas suas forças para sussurrar, ele poderia lhe escutar muito bem. - Queria poder me despedir de meus amigos e família, é uma pena eu não poder ir até eles... Sesshoumaru, poderia fazer algo por mim?
Sesshoumaru permaneceu calado olhando diretamente para os olhos azuis já sem brilho do qual caia pequenas fileiras de lágrimas, estava atento às batidas fracas do coração e a respiração ofegante dela. Para Kagome, aquela permanência seria uma afirmação de seu pedido.
- Poderia dizer ao Shippou que onde eu estiver... ficarei de olho nele e que eu o amo como... se fosse um filho... A Sango e Miroku que sentirei falta deles e... quero que sejam felizes... Não sei se vai sobreviver até lá, mas... A quinhentos anos, no templo Higurashi, é onde a minha família mora... Diga que eu sinto muito por não voltar e que eu os am...
A voz fraca desapareceu de sua boca roxa, junto com o seu último suspiro, Kagome parecia com um anjo adormecido sobre a neve. Sesshoumaru levantou com a ira o dominando, mataria qualquer Youkai que estivesse no seu caminho, se virou para ir embora então viu os coletores de almas descer para o corpo da Miko e pegarem a alma brilhante dela.
Usou o seu chicote de veneno neles. Fizera isso só por serem Youkai, de pequeno porte, entretanto diminuiria a sua raiva repentina. Era disso que tentou se convencer. Depois sentiu uma vibração forte vindo de Tenseiga, antes de ser usada para reviveu Rin a espada não agiu dessa forma. Ela queria salva-la, a queria viva.
- Por quê esse Sesshoumaru faria isso? A Miko é responsabilidade do InuYasha e não desse Sesshoumaru.
Tenseiga vibrou novamente em teimosia, pedia para ser usada. Desembainhou a espada e viu os mensageiros do outro mundo acorrentando a alma da humana. Num movimento rápido os partiu ao meio. Não entendeu o motivo de ter feito aquilo, ele poderia ignorar o desejo de Tenseiga ou até a vontade, então o único motivo que parecia ser o certo seria a honra de quando ela cuidou da segurança de sua protegida e por Rin a considerar quase uma mãe. Se ela soubesse da morte da Miko ela ficaria muito triste.
Decidiu que a Rin era o motivo.
- Entregue você mesmo suas mensagens...
Parou de pronunciar quando viu a alma dela entrar no corpo, mas não surgiu nenhum efeito.
Ajoelhou-se perto dela novamente e a trouxe para o braço, não havia nenhum sinal de vida vindo da garota mesmo com os ferimentos já desaparecendo junto com os hematomas. Os lábios começaram a ter novamente a leve cor avermelhada substituindo o roxo e a pele não estava tão pálida como havia encontrado. Mas nenhum sinal veio dela.
- Acorda, Miko. - ordenou a balançando firmemente em seu braço. - Acorda!
Tenseiga nunca falhou, como ela não poderia ter voltado a vida?
- Kagome, acorda!
Os olhos azuis cheios de brilho abriram, ela começou a tossir violentamente fazendo os seus pulmões a acostumarem a encherem de ar. O coração batendo forte e rápido foi uma sinfonia para os ouvidos apurado do Youkai.
- Você disse o meu nome.
Constatou ela com um sorriso fraco depois de tanto tossir. Se sentiu hipnotizada ao perceber uma fraca chama nos olhos dourados, o tom avermelhado atingiu seu rosto quando se deu conta que o estava encarando. Sesshoumaru a envolveu com a manta felpuda cobrindo a sua nudez e a protegendo do frio
- Apoiar-se em mim, vamos para um lugar seguro. - disse indiferente.
Sem jeito Kagome colocou os braços em volta do pescoço dele enquanto Sesshoumaru a segurava firme contra o seu corpo, nesse instante amaldiçoou o seu meio irmão por ter cortado o seu braço esquerdo. Levantou e se pôs a caminhar calmamente com a Kagome descansando a cabeça entre a curva de seu pescoço, o perfume dela fazia carinho ao seu olfato. Tentou se concentrar no mundo ao seu redor, queria ignorar o ser frágil que lhe abraçava.
- Sesshoumaru-sama? - perguntou ela tímida.
- Hum?
- Obrigada por me tirar das trevas, se não fosse sua voz me chamando, eu não saberia como sair.
- Descanse Kagome. - não era ordem e não havia indiferença na voz dele.
Kagome sorriu ao escutar ele pronunciar seu nome, ficou feliz. Fechou ainda mais os braços em volta dele e se permitiu a dormir, pois podia sentia calor e proteção vinda dele. Deixaria que ele seja o seu porto seguro, enquanto o sono agradável a puxava.