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My Beautiful Compulsion

Autor: Frida Cullen

Shipper: Edward & Bella

Gênero: Romance, Drama, UA.

Censura: +18

Sinopse:

Quando se tem Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) você não consegue realmente ter um momento de quietude em sua mente. E era exatamente por isso que Edward estava completamente em estase e confuso quando ele pousou os olhos em Isabella e tudo em sua mente pareceu parar imediatamente.

Disclaimer: Os personagens de Twilight não me pertencem, são todos da autoria de Stephenie Meyer, mas aqui nesta fanfic, eles fazem o que eu quero, como eu quero e quando eu quero.

Não seja um leitor BBB, comente!

O enredo da fanfic é meu, e está proibida a cópia e/ou postagem em quaisquer outros sites.

A fanfic foi inspirada no poema "OCD(TOC)" de Neil Hilborn.


Yey! Fic nova chegando :D Já tenho essa bem adiantada, então não se preocupem com atrasos! (:

Espero que gostem, boa leitura!


Capítulo Um

Edward POV.

Quando se tem transtorno obsessivo compulsivo, você não tem realmente momento de quietude em sua mente. Nunca. Até mesmo quando eu estou relaxando na minha banheira antes de ir para a cama, eu estou pensando freneticamente: eu tranquei a porta? Sim. Eu apaguei a luz da sala? Sim. Tranquei meu carro? Sim. Eu tranquei a porta? Sim. Mas será que eu apaguei a luz? Sim. Mas e se a porta tiver ficado aberta? Não ficou. Será que eu tranquei? Trancou. Meus tiques e manias estavam sempre ali, prontos para me deixar completamente louco. Nada em minha vida terminava em números ímpares, eu não conseguia ficar em paz quando isso acontecesse. Era por isso que duas vezes na semana eu corria por quatro quilômetros pelo parque, assim como tinha dois carros na garagem e dois cachorros correndo pelo quintal. Era por isso também que minha casa tinha dois andares, oito cômodos e ficava no número 22 da sexta rua do bairro. Minha cozinha era toda preta de branca, eu também amava repetições. Por isso a sala de televisão seguia o mesmo padrão, assim como o quarto de visitas, o banheiro e meu escritório.

Viver uma vida de TOC não era fácil, nem todos conseguiam entender ou aceitar o que se passava na cabeça de alguém como eu. Uns achavam engraçadinho, outros achavam que era mania boba e alguns pensavam que eu era simplesmente louco. Mas eles realmente não conseguiam entender como minha mente ficava a cada segundo criando novas imagens e reparando em detalhes que eu sequer deveria estar reparando. Como o fio de cabelo que havia caído e estava preso no suéter da moça do café do escritório e minha vontade louca de tirá-lo dali, ou como alguém tinha estacionado o carro um pouco mais para direita no estacionamento do supermercado ou então como eu estremecia toda vez que via alguém pisar nas linhas da calçada e por isso andava duas vezes mais lentamente do que uma outra pessoa qualquer ou, por fim, como eu ficava contando os azulejos do chão do banheiro ou da cozinha (e rezando para que o resultado final fosse um número par ou então eu enlouqueceria). Não entendiam também minha compulsão em estar sempre lavando as mãos e meu repúdio por banheiros públicos, ou a minha necessidade constante de checar pelo menos duas vezes se tinha deixado o gás do fogão ligado antes de sair de casa, só para então checar mais duas vezes se havia mesmo trancado a porta.

Ter a mente tão confusa assim poderia ser um inferno para uns, mas a maioria não sabia exatamente como se era ter uma mente de fato quieta, então não sabiam o que estavam perdendo. Infelizmente, eu não me encaixava nesse grupo. Por vinte e sete anos tudo o que eu conhecia era uma mente bagunçada, cheia de tiques, manias e preocupações, mas então, na primeira vez em que eu a vi, tudo de repente ficou em silêncio. Toda a confusão da minha cabeça se calou e eu só conseguia prestar atenção em como seu cabelo cor de mogno tinha curvas maravilhosas que caíam pelos ombros finos dela, ou como seus olhos castanhos e redondos estavam alheios àquilo que a cercava no salão de festas e seus lábios bem desenhados e vermelhos estavam entreabertos mostrando um pouco dos seus dentes perfeitamente brancos. Tudo o que eu conseguia ver era como sua pele perfeita de porcelana estava marcada por um cílio que havia caído em sua bochecha e tudo o que eu mais queria era esticar meu dedo até seu rosto maravilhoso e tirar o cílio da bochecha dela. O maldito cílio da bochecha dela! E naquele momento raro de quietude mental, tudo o que eu conseguia pensar é que, de alguma forma, eu tinha que ir falar com ela.

Eu me apresentei duas vezes em menos de dez segundos e ela abriu o sorriso mais lindo do mundo em minha direção; seus lábios perfeitos curvando-se para cima e formando uma pequena covinha no canto da sua bochecha direita. A bochecha com o cílio.

- Eu sou Isabella Swan, você é parente de Jasper? - ela havia respondido na voz mais doce e angelical que meus pobres ouvidos já tinham escutado antes.

- Ele é meu melhor amigo - respondi rapidamente. - Jasper e eu somos melhores amigos - repeti e ela soltou mais uma daquelas risadinhas. Eu queria continuar ouvindo ela falar ou ela rir, ela aquietava minha mente, porém, tudo o que eu conseguia pensar era no cílio que ainda estava preso na bochecha dela.

- Está tudo bem? - ela perguntou quando viu que eu a olhava fixamente.

Ao contrário de uma resposta verbal, eu simplesmente estiquei minha mão e toquei a bochecha dela com a ponta do meu dedo indicador, rapidamente retirando o cílio dali e finalmente podendo suspirar aliviado. Surpreendentemente eu não me importei com germes ou com sujeira ou com desconforto quando afastei minha mão dali, na minha cabeça eu só conseguia pensar em como ela era linda e em como sua pele era macia. Muito macia. Era quase como se eu estivesse tocando algodão ou veludo. Eu queria mover aponta dos dedos em uma só direção por sua pele apenas para poder apreciar mais da maciez. A maciez da sua pele maravilhosa.

- Oh, obrigada - sorriu docemente, quando eu indiquei o pequeno cílio que ainda estava na ponta do meu indicador. Eu não queria ter que lavar minhas mãos apenas para ter um pedacinho dela tocando meu corpo por mais alguns segundos.

- Está tudo bem - sorri desajeitado.

Nós conversamos por mais vinte minutos, na verdade eu basicamente só ficava observando seus lábios se moverem enquanto ela falava e falava e falava e falava. Eu podia ficar ali o dia todo, mas eu sabia que não podia ficar ali pra sempre, pois logo a festa acabaria e todos iriam embora… Inclusive ela. Então eu tinha que me arriscar e foi isso que eu fiz. Nos próximos quarenta segundos eu a chamei para sair comigo pelo menos seis vezes seguidas, ela havia aceitado na terceira, mas eu não consegui parar.

- Você é engraçado - ela constatou soltando uma risadinha e eu ri meio desajeitado, não estando acostumado com aquela atenção. - Gosto do seu jeito.

Pela primeira vez, eu senti como se alguém estivesse rindo comigo e não de mim.


TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade. A principal característica do TOC é a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões (chamados de tiques e manias). O TOC é algo sério e dependendo do nível é necessário de tratamento e acompanhamento psiquiátrico.


N/A: Eu devia estar trabalhando nas outras fics que quero postar há mais tempo, mas a Leili tame pedindo um Edward com TOC desde o final do mês passado e depois de ela tanto pedir, montei um plot e escrevi algo. Essa fic vai ser curtinha, vai ter amorzinho e uma pitadinha de drama. Os capítulos vão ser curtos e quando eu terminar de escrever ela (já escrevi metade) eu começo a postar mais de uma vez por semana. Espero que gostem! Não deixem de comentar e me dizer o que acharam do meu Tocward! ;)

N/B: Eu to tão feliz que essa fic linda está saindo porque eu perturbei a Brenda pra fazer isso, e deu certo! Viu, sou uma boa beta! Eu já amo esse Edward com todos os seus toc, da vontade de colocar ele num pote de amor. Espero que vocês gostem também, e comentem porque tem muito mais por vir. Beijos xx Leili Pattz