Gente, não sei nem como pedir desculpas pela demora. Mas realmente ficou muito complicado ano passado e eu não soube administrar meu tempo direito pra continuar. Não irei fazer promessas de postar rápido, mas irei postar, no meu ritmo. O próximo cap ja esta em andamento. É extremamente difícil traduzir, vocês não tem noção xD Muita coisa só faz sentido em inglês, então leva tempo pra eu bolar algo que seja próximo.
Aproveitem o cap, tá super gostosinho de ler, tem SasuSaku aeeeee hahaha a partir de agora fica mais frequente
Beijos
Incomplete
By The Terrorist
Capitulo Quatro
Uma fonte inesperada de conforto
Ele sabia que algo estava errado a partir do momento em que ela desviou os olhos dos dele e hesitou em responder - ela nunca fez isso; argumentos eram algo que surgiam com ela imediatamente, como se ela estivesse pensando em suas próximas palavras por um longo tempo, e aqueles olhos verdes sempre olharam para ele nestas situações, sempre olhando através dele. Mas, mesmo assim, nada o preparou para isso.
Viu-a levantar a mão para esfregar a testa, o movimento lento e fraco, como se o braço pesasse muito mais do que deveria; ela oscilou ligeiramente sob seus pés, e ele resistiu ao desejo de estender a mão e estabilizá-la, forçá-la a olhar para ele e perguntar-lhe o que estava errado. Ele lutou contra a onda de preocupação que o atingiu durante o tempo que podia, tentando dizer a si mesmo que era estúpido, que ela estava bem, e que ele não deveria se preocupar, em primeiro lugar. No entanto, assim que ela entrou em colapso em seus braços, isso se tornou uma tarefa impossível para ele.
Ele chamou o seu nome de forma quase desesperada e, mesmo isso sendo muito fora do comum, ele não teve tempo para pensar sobre isso, ou até mesmo prestar atenção o suficiente nisso por mais do que 2 segundos. Ele entrou em pânico - não havia como negar isso. Tudo parecia acontecer em câmera lenta; como se a cena mais horrível de um filme estivesse acontecendo bem diante de seus olhos: ela, inconsciente, fraca, vulnerável.
"Sakura!" ele chamou quando abaixou-se de joelhos, ainda segurando-a com força contra ele. Ele balançou-a um pouco e a chamou novamente, esperando com toda a força que ela abrisse os olhos, que ela gritasse com ele por estar tão perto dela, que ela se levantasse e jogasse um de seus olhares mortais, que ela fizesse qualquer coisa para mostrar-lhe que ela estava bem. Por um momento, ele desejou que isso fosse um sonho, um pesadelo, mas a realidade desabou sobre ele antes que ele tivesse a chance de começar a rezar para ele acordar.
Isso estava realmente acontecendo. Ela estava aqui, em seus braços, inconsciente, e ele estava ali, segurando-a, sem saber o que fazer, mas consciente de que ele precisava fazer alguma coisa. Ele não podia simplesmente dizer que não se importava - isso era grave, ele não podia brincar. Ela precisava dele agora - ela precisava se sentir segura, protegida; ela precisava dele para cuidar dela, se preocupar com ela, para se certificar de que ela estava perfeitamente bem. Ela precisava dele, ponto.
Por que ele sabia de tudo isso? E por que foi que, de repente, se sentia mais do que pronto para dar-lhe tudo o que tinha e ainda mais?
Ele não sabia a resposta para essa pergunta e provavelmente nunca saberia.
Seu corpo era muito menor e mais frágil do que ele imaginou- ele se sentia como se qualquer movimento, não importa quão pequeno e delicado, iria machucá-la, quebrá-la. Debaixo daquele casaco que o fez reagir mal, suas roupas estavam encharcadas, grudadas ao seu corpo como uma segunda pele; suas mãos estavam frias, o rosto estava pálido, seus cabelos rosas estavam molhados.
Ela não parecia bem - ele não gostou.
Era óbvio que ela estava andando embaixo da chuva. Mas, a pergunta era: por quê? Ela tinha um carro e ele sabia que ela gostava de usá-lo - ela nunca tinha visto ela sair de casa sem as chaves do carro. Sempre que ela saia, seu carro sumia da garagem.
E talvez ela queria dar um passeio, mas por que na chuva? Ela não tinha notado as nuvens escuras que se formavam no céu? Ela não tinha ... não tinha se importado? Todos os tipos de perguntas rondavam sua mente a uma velocidade absurda, confundindo-o, fazendo-o ficar quase desesperado por respostas, mas tudo pareceu se acalmar assim que seus olhos baixaram sobre sua pequena figura novamente. Ele não tinha tempo pra isso.
Sua principal preocupação era ela.
~•~
Quando voltou a si, ela não conseguiu juntar exatamente tudo o que tinha acontecido. Sua mente estava confusa, faltavam partes de sua memória, e sua cabeça doía como o inferno, pior do que ela se lembrava. Seus olhos estavam tão pesados que ela mal conseguia abri-los, e seu corpo parecia que não estava em seu controle mais. Ela não sabia onde estava, ou como ela chegou lá - com cada pensamento, a cabeça parecia pulsar ainda mais, e, logo, ela desistiu de tentar encontrar respostas.
Mas ela não estava com frio, ou se sentindo terrível. Na verdade, sentia-se confortável, à vontade. Ela estava deitada em algo macio e confortável; seu corpo foi coberto com algum tipo de material que ela conhecia muito bem, mas que não podia encostar; em qualquer caso, era suave e fresco, mas ainda quente. Era maravilhoso - de alguma forma, a acalmou.
Tinha alguma sobre o lugar que lhe dava uma sensação de segurança. Por uma razão ou outra, ela sentiu como se nada pudesse dar errado ali - ela se sentia como se nada pudesse alcançá-la, muito menos machucá-la. E ela gostou muito, que não queria que acabasse - o que quer que fosse.
Enquanto ela lentamente recuperava a consciência, percebeu que não estava sozinha naquele lugar. Havia vozes ao seu redor, as pessoas falando sobre algo que ela não conseguia ouvir direito. Ela só conseguiu pegar pedaços da conversa, mas não o suficiente para entender o que estava acontecendo, mas mais do que suficiente para atiçar sua curiosidade.
"... Ela ... ok ...?"
"Ela ... esposa é ... é apenas ... frio ... muito descanso ... medicamentos ... ser ..."
Mais algumas palavras foram trocadas entre as duas pessoas, palavras que ela não conseguiu entender, não importa o quanto ela se esforçou para ouvi-los. Ela ouviu passos, e então nada - o silêncio a envolveu de uma maneira que ela fez questão de saber se estava sozinha, ou tinha caído no sono novamente. Foi apenas um pouco mais tarde - e ela não tinha ideia de quanto tempo isso significava - que ela se tornou consciente do que a rodeava novamente.
Seus ouvidos captaram o mesmo clique suave, seguido de passos silenciosos e, felizmente, desta vez ela encontrou o poder para abrir os olhos. Ela estava desorientada, a princípio, pois não reconheceu onde estava, mas, tão logo seus olhos caíram sobre ele, tudo desabou sobre si. Lembrou-se da briga com seu pai, o jeito que ela tinha corrido para fora da casa, a maneira como ela colidiu com Naruto. Lembrou-se de como ele havia conseguido, mais uma vez, fazê-la se sentir melhor; ela se lembrava de como ela subiu em seu carro e foi para casa.
Ela se lembrou de como Sasuke havia gritado com ela. E então tudo ficou escuro.
Olhando em volta, ela tentou seu melhor para encontrar algo familiar, algo que iria fazê-la descobrir onde estava, mas, logo depois, desistiu. Seus olhos caíram de volta para ele, e ela abriu a boca para falar, sabendo que, se houvesse alguém que pudesse responder a todas as suas perguntas, essa pessoa seria ele. "Onde estou?" Sua voz estava rouca e fraca, como se tivesse dormido por uma semana e não tivesse comido nada nesse meio tempo.
A resposta veio imediatamente, mas definitivamente foi a mais inesperada possível. "No meu quarto", ele falou calmamente, sua voz vazia de qualquer emoção.
'O quê?' ela pensou, franzindo a testa, 'Que diabos estou fazendo no quarto dele?'. Definitivamente, ela não tinha ideia de como chegou ali, ou o que ela estava fazendo ali, pra falar a verdade, agora que pensou sobre isso - e agora que ela sabia onde estava - se tivesse se concentrado mais, ela poderia ter percebido de quem era o quarto. Era exatamente como ela tinha imaginado: escuro, simples, mas sofisticado, arrumado, e ... parecido com ele.
Uma parte dela amou as janelas que iam do chão ao teto mais do que qualquer coisa. Outra parte dela, no entanto, amou a cama - grande e confortável, com lençóis de cetim azul escuro que roçavam contra a suavidade de sua pele cada vez que ela se movia um pou- espere um minuto. Suavidade de sua pele? Com certeza ela se lembrava de estar vestida.
Ofegante, ela se sentou rapidamente na cama, as mãos imediatamente agarrando os lençóis em direção ao tronco quase nu. "O que você fez comigo, seu pervertido ?!" ela gritou, de repente, sentindo-se mais do que pronta pra chutar a bunda dele. No entanto, em menos de um segundo, ela pode sentir os efeitos de seu movimento repentino e do tom que ela tinha falado - visão turva, a cabeça começou a doer de novo, e ela teve muita força de vontade para simplesmente manter-se sentada na posição vertical.
Embora ele tenha achado a reação dela bastante divertida - e não havia como negar isso- a mente de Sasuke parecia se concentrar mais em seu bem-estar do que em qualquer outra coisa. "Devagar", ele murmurou enquanto rapidamente se adiantou e sentou-se na cama, as mãos imediatamente segurando seus antebraços para estabilizá-la. "Você desmaiou, "explicou, "e suas roupas estavam molhadas - eu tive que tirá-las." Sua voz era baixa e suave, soando como se ele estivesse assegurando-lhe que ele não tinha feito nada com ela.
Obviamente ela sabia que ele não tinha feito nada. Sua reação tinha sido apenas ... resultado de sua mente sonolenta, provavelmente.
Com um suspiro, ela fechou os olhos e se encostou na cabeceira da cama, seu cérebro trabalhando pra juntar tudo. Ele tinha cuidado dela - de todas as pessoas que poderiam ter feito isso, foi ele. Ninguém - e, quando digo ninguém, eu realmente quero dizer absolutamente ninguém - tinha tomado conta dela de tal maneira. Claro, havia seu irmão, que sempre cuidou dela quando estava doente ou simplesmente não se sentia bem, mas isso era diferente.
Ela era feliz naquela época; agora, no entanto, sentia-se mais emocionalmente exausta do que qualquer coisa. Naquela época, ela sabia que tinha algumas pessoas que se importavam com ela, que a amavam; agora, ela não tinha tanta certeza, sendo isso um dos motivos que a levaram a estar assim. Seu pai a odiava, sua mãe certamente não se preocupa com ela nem um pouco, ela não tinha amigos - que, excluindo Naruto - e seu marido provavelmente nem sabia que ela existia.
Pelo menos era o que ela pensava. Não é necessário dizer que ela não esperava que ele fizesse isso. Agora que ela pensou sobre o assunto, se soubesse que isso iria acontecer algum dia, ela esperaria que ele a levasse a um hospital, ou chamaria uma das empregadas ou algo assim; nunca teria imaginado que ele mesmo iria cuidar dela.
Mas foi ele quem a levou para o andar de cima, foi ele quem deu atenção para um - aparentemente - detalhe insignificante, como a roupa molhada, foi ele quem as tirou, foi ele quem chamou o médico - porque agora ela percebeu a quem a segunda voz pertencia- e era ele quem estava aqui agora.
Ele estava aqui agora.
E pensar que ele fez tudo isso depois de ter gritado com ela, depois de ter deixado muito claro - mais uma vez - que não se importava com ela. Como isso era possível? Por que ele estava fazendo tudo isso, se ele realmente não se importava?
'Porque você é a esposa dele,' uma parte sua se lembrou. 'Imagine o que iria parecer se ele tivesse deixado você ficar doente'. Muito provavelmente, a sua parte racional estava certa: que outro motivo ele poderia ter tido? Nenhum, ela acreditava. Não era como se algo importava mais pra ele do que a sua imagem, seu trabalho, sua empresa. No que lhe dizia respeito, o resto podia ir para o inferno. Todo o resto, incluindo ela.
Mas isso não vem ao caso. Ela tinha aprendido, há muito tempo, a parar de pensar sobre esse tipo de coisa, parar de tentar encontrar uma razão, uma explicação para tudo o que ele faz. Ela não conseguia entender, ela só conseguia, de uma forma ou de outra, se machucar mais, e, certamente, não era da sua conta. Desta vez, o ponto era que ele tinha tomado conta dela - os motivos não importavam.
"Obrigada", ela sussurrou, abrindo os olhos e olhando para ele.
"Você está bem?" Ele perguntou em sua única resposta, não gostando de todas as coisas que viu em seus olhos. Dor, tristeza, confusão, cansaço ... tudo era demais, até mesmo para ele. Sasuke estava tão acostumado a vê-la irritada, brava e, na maioria das vezes, fria e indiferente, que parecia tão estranho para ele vê-la ... assim.
E não era um estranho bom; não, certamente, não era. Por alguma razão, isso o aterrorizava; que o fez querer fazer algo sobre, fez querer esmagá-la contra seu peito e arrancar essas emoções de seus olhos. Fez com que ele quisesse, pela primeira vez, fazê-la feliz.
Fazê-la feliz. O que isso queria dizer? Ele não sabia. Tudo o que sabia era que, embora fosse a coisa mais estranha do mundo, tão fora do personagem e tão, tão irritante, ele não conseguia se preocupar com isso, ele não podia prestar atenção suficiente ao problema, para examina-lo. Não, ele simplesmente queria prestar atenção nela, para se certificar de que ela estava bem, para fazê-la perceber que ela foi cuidada; o resto podia esperar. Sua fachada fria, sua atitude cotidiana, seu comportamento normal - todo o resto que podia esperar, iria esperar.
A rosada estava, mais uma vez, surpresa com suas palavras, e ela olhou para ele desconfiada, não sabendo como essa pergunta podia se misturar com a sua personalidade, ou como respondê-la. Por um momento, ocorreu-lhe que ela estava sonhando, porque essa pessoa que estava em pé na sua frente não podia ser seu marido. Definitivamente não podia, ela decidiu, balançando a cabeça. No entanto, suas palavras chamaram sua atenção antes que ela pudesse beliscar o braço na esperança de acordar.
"O que aconteceu com você?" Ela não percebeu imediatamente sobre o que ele estava falando; foi só quando ela sentiu ele roçar a mão com ternura contra- provavelmente roxo, no momento- seu rosto, que ela percebeu o ele queria dizer.
E, por mais que ela quisesse ter dito que não tinha sido nada, que não era problema dele e que ele não deveria se preocupar, pra falar a verdade, logo descobriu que era simplesmente impossível. Suas memórias a atingiram como uma tonelada de tijolos, tornando quase impossível segurar suas lágrimas.
"Meu pai ..." ela sussurrou, sua voz suave e tremula.
Os olhos de Sasuke ficaram escuros. "Satoru?" ele perguntou, incrédulo. 'Que tipo de pai faria algo assim?' Um sentimento estranho formou-se na boca do estômago, que ele nunca tinha sentido antes, mas que foi rapidamente capaz de reconhecer, no entanto: instinto protetor. O motivo de Satoru ter batido nela estava além dos seus conhecimentos, mas eles não importavam mais do que sua ação - quem diabos ele pensava que era, que direito ele pensava que tinha para fazer o que tinha feito? Não importava que ele era seu pai - ninguém, absolutamente ninguém, tinha o direito de tocá-la, feri-la.
Mas antes que ele pudesse pedir mais detalhes, ela começou a chorar, incapaz de se conter mais; tinha sido demais, muito para ela lidar. "Eu estou cansada disso ...!" ela sussurrou enquanto escondeu o rosto entre as mãos, não percebendo a maneira como seu corpo, inconscientemente, se inclinou em direção a ele. "Eu estou realmente cansada de tudo isso..."
Ele não sabia o que fazer - realmente não sabia. Ninguém jamais havia desmoronado na frente dele desse jeito, muito menos Sakura; a rosada sempre pareceu tão forte, como se nada jamais poderia afetá-la, como se nada pudesse fazê-la tomar menos cuidado. E talvez ela fosse assim só quando ele estava por perto, mas isso não importava - que ela era a única que ele tinha chegado a conhecer. Pra ser sincero, ele nunca pensou que se encontraria em uma situação dessas.
Mas seu corpo parecia saber exatamente o que seu cérebro não sabia, e seus braços agiram quase em seu próprio ritmo enquanto, hesitante, os envolvia em torno de seu pequeno corpo, puxando-a para ele.
Ela engasgou em meio às lágrimas, não esperando que ele fizesse isso, mas não disse nada - sua necessidade de conforto, de proteção era muito maior do que qualquer outra coisa, e ela decidiu que, só por um momento, ela poderia baixar a guarda perto dele. As mãos se se fecharam em sua camisa e ela empurrou-se ainda mais pra perto dele, enterrando o rosto na curva do seu pescoço.
Embrulhada em seus braços, ela parecia muito menor e mais frágil do que antes, e o desejo de protegê-la cresceu, tornando seu abraço apertado. Lentamente, ele passou a mão para cima e para baixo em suas costas nuas, e plantou beijos suaves em seu cabelo, tentando tranquiliza-la, para fazê-la se acalmar. As palavras não eram necessárias - ele sabia disso e, pela forma como ela estava agarrada a ele, parecia que ele estava certo.
Ele odiava vê-la chorar, percebeu. Era como se ele estivesse sentindo a sua dor, como se ... o que aconteceu tinha o mesmo efeito sobre ele, como tinha sobre ela. Ela estava tão vulnerável, que baixou a guarda na frente dele. E ele não gostava disso- de certa forma, sabia que não merecia isso. Afinal, tudo o que ele fez foi feri-la - ele sempre a tratou com o mesmo interesse que você trata um cão de rua. Ele nunca lhe perguntou o que estava errado quando ela parecia triste, ele nunca tinha dito a ela uma coisa que não tinha sido para magoa-la, ele nunca tinha sequer se preocupado em dizer 'oi'.
Em outras palavras, ele tinha sido o pior marido que provavelmente existiu. E, embora muitas pessoas culpariam seu pai - porque tinha sido ele quem organizou este casamento - Sasuke sabia que não podia. Porque ela tinha tentado fazer funcionar. Ela não queria o casamento, também - era óbvio que tinha destruído todos os planos que ela poderia ter tido - mas ela, ao contrário dele, tinha tentado fazer tudo certo, para tirar o melhor proveito da situação.
Mas Sasuke nem sequer prestava atenção a suas lutas, e, quando o fez, suas palavras só serviam para machucá-la - no final, foram suas palavras que a fizeram desistir, que a fizeram agir da maneira que ela agia. Vocês todos poderiam estar se perguntando por que exatamente ele a rejeitou. Bem, até hoje, ele não tinha ideia do motivo - ele nunca tinha tido uma razão, na verdade. Ela era bonita, inteligente e gentil e tão, tão diferente dele, e ainda, possivelmente, tudo o que ele poderia querer em uma mulher. E era tão frustrante que ele a tenha conhecido nestas circunstâncias, que a sua relação tinha começado daquele jeito. Foi tão frustrante que agiu da maneira que ele agia, que ele a tinha machucado a esse nível.
Mas, acima de tudo - e de repente – era frustrante que seus pensamentos e sentimentos não faziam mais sentido. Desde quando ele começou a pensar assim? Desde quando ele se arrepende das coisas? Desde quando ele admitiu ser um idiota para ela? 'Isso não está certo ', disse a si mesmo.
Estar tão próximo a ela provavelmente estava bagunçando tudo. Mas, assim que ele começou a se afastar, ela gemeu e empurrou-se pra mais perto dele. "Não vá." Seu sussurro foi o suficiente para quebrar a sua determinação. "Por favor ..."
Ela sabia que era errado. Ela sabia que era muito, muito errado. Ela sabia que ela ia se arrepender. Mas ela não conseguia se preocupar com isso. Naquele momento, sua mente, seu corpo, seu coração, seu tudo, não queria nada mais do que a proteção e o conforto que ele lhe ofereceu, simplesmente segurando-a em seus braços. De certa forma, aqueles poucos minutos valeram a pena a dor que ela certamente sentiria depois - valiam muito mais do que isso.
Sasuke podia jurar que nunca tinha tido tantas emoções conflitantes antes - na verdade, ele duvidava que ele já tenha sentido algo parecido. Uma parte dele queria sair e repetir para si mesmo várias e várias vezes que ela estava o confundindo, que estava bagunçando tudo, e que ela definitivamente não valia a pena - não valia a pena sacrificar a fachada que ele tinha, não valia a pena estar tão confuso, não valia nada. Outra parte dele – a parte que estava ganhando - disse-lhe para ficar com ela, para confortá-la, protegê-la, para se certificar de que ela estava bem. Disse para não a deixar assim - disse para fazer, de vez, o que ela havia pedido.
De certa forma, não foi surpresa quando essa parte venceu. Porque nem mesmo ele poderia tê-la deixado sozinha nesta situação - ou talvez era só ele que simplesmente ... não podia.
A partir daquele momento, Sasuke não pensou. Ele simplesmente agiu.
Com um suspiro, ele se moveu um pouco para ficar deitado na cama, nunca a soltando no processo; sua reação foi imediata - seu corpo se curvou com o dele, com o rosto enterrado na curva do seu pescoço, enquanto um de seus braços a envolveu em torno de sua cintura.
"Você quer falar sobre isso?" Ele perguntou a ela, seus lábios roçando sua testa, em um esforço para aliviar a confusão que sentia. Algo no fundo de sua mente lhe disse que era porque ele esperava que ela se sentisse melhor se desabafasse; ele também ficou ciente do fato de que, agora, ele era capaz de socar até não poder mais Satoru, mesmo nem sabendo o que tinha acontecido. Ignorou o primeiro pensamento, mas não o segundo.
Obteve apenas um leve balançar de cabeça, indicando que ele não iria receber respostas - não dela, não tão rapidamente. E, agora que ele pensou nisso, era muito normal que ela não queria dizer a ele o que tinha acontecido - o que quer que fosse, era óbvio que isso a machucava até mesmo para pensar sobre. Falar iria levá-la a um nível totalmente novo.
E, embora ele soubesse que a situação não estava certa, Sasuke não pode se conter - por uma razão ou outra – a não ser se sentir um pouco melhor ao perceber que ela tinha outro motivo pelo qual optou por não falar. Ela não se recusou a falar porque ele ser quem ele era, e porque ele tinha a tratado como lixo desde o primeiro dia em que a havia conhecido - não, ela se recusou a falar, porque simplesmente a machucava muito.
Não fazia sentido, ele sabia. Ele tinha acabado de descobrir que vê-la sentir dor não era bom para ele, para sua sanidade, e, no entanto, parecia que ele se sentia melhor, de alguma forma.
Não importava o que, no entanto, ele preferia que ela não falasse com ele, porque ela o odiava mil vezes mais do que ele queria vê-la chorar, do que vê-la sofrendo assim. Obviamente, tudo isso aconteceu sem ele saber a razão pela qual ele se sentiu, pensou e fez todas essas ... coisas estúpidas.
Mas, assim que outro soluço saiu rasgado de sua garganta, ele percebeu que ele realmente não poderia se importar menos com isso. Ele teria tempo para pensar sobre isso mais tarde, porque, assim como no início do dia - assim como, mesmo ele não percebendo, sempre tinha sido - ela era sua principal prioridade, ela era a única que precisava dos cuidados dele.
Ele não soube quanto tempo tinha passado até que as lágrimas diminuíram, seus soluços se transformando em um suspiro ocasional; ele continuou a segurá-la firmemente contra si, seus dedos correndo através de seu cabelo, brincando com seus fios cor de rosa, mesmo depois que a exaustão e tudo o que tinha acontecido naquele dia finalmente tinham apanhado ela.
Pela primeira vez, ele a abraçou enquanto ela dormia. Ele passou os braços em volta dela. Ele olhou para ela. Ele deixou-a se aconchegar perto dele. Ele foi capaz de brincar com o cabelo dela, acariciar sua bochecha. E a maneira simples que seu pequeno corpo se moldava contra o seu, o calor simples que lhe dava, o fez querer nunca mais deixá-la ir.
Ele poderia jurar que tê-la assim foi a melhor sensação do mundo.
~•~
Quando ela acordou, ele não estava mais lá. Seu calor, juntamente com a proteção e conforto que ele tinha oferecido a ela, tinham ido embora. Foi apenas o seu perfume que ficou, impregnado nos travesseiros e em tudo ao redor dela. Com um suspiro, ela abriu os olhos e olhou em volta, gostando do fato de que sua visão não borrava a cada vez que ela fazia um movimento mais brusco. Ela estava certa antes - chorar realmente ajudou. Embora ela não estivesse com tanta certeza agora, nesta situação em particular, que tinha sido o fato dela ter chorado, ou a presença dele que causou um efeito positivo nela.
Ela acreditava, porém, que era uma combinação dos dois.
Um pequeno, silencioso bocejo escapou de seus lábios e ela virou de lado, esticando um pouco, antes de pressionar o rosto no travesseiro e recolher os lençóis ao seu redor. Deus, como ela gostaria de acordar nesta cama todos os dias. Não importava se ele não estava lá -
Ela tinha muitas perguntas que precisavam ser respondidas, e não havia dúvida de que suas ações a tinham confundido a uma extensão considerável, mas ela nem sequer se preocupou em tentar encontrar respostas - ela sabia que não iria encontrá-las. E, realmente, nesse momento, ela nem precisava delas. Nem mesmo as suas razões ou o fato de que ela nunca poderia ver esse lado dele novamente a incomodavam. Não mais. Porque, naquele momento, ela estava mais do que contente de ter realmente vivido tal experiência.
Sakura se perguntou brevemente se o que ela tinha visto mais cedo naquele dia, tinha sido algum tipo de espírito que havia possuído o corpo de Sasuke, mas ela descartou o pensamento. Seja lá o que tinha sido, tinha sido ótimo.
Reviver tudo era pedir muito - ela sabia disso - e ela não iria fazê-lo. Ela queria, sim, mas ela não iria.
Sasuke era uma pessoa fria, e ela sabia que o que ele tinha feito ao cuidar dela era totalmente o oposto de quem ele era. Ela também sabia que ele sabia disso também, e que ele provavelmente não iria querer que isso se repetisse, que fingiria que nunca tinha acontecido, a propósito. Era estranho, sentir que o conhecia tão bem, tendo certeza, de certa forma, de quais seriam suas próximas ações, mas ela não deu muita atenção ao assunto. Afinal, depois de ter vivido com ele por tanto tempo, tinha que ter algum efeito sobre ela, sobre eles, por essa... coisa entre eles.
Com um suspiro, ela lentamente sentou-se, sem deixar de notar os lençóis escorregando pelo seu corpo - ela sabia que não estava coberta por eles quando começou a chorar, quando ele a abraçou e levou consigo para deitar na cama ao lado dele. Ao olhar ao redor, seus olhos caíram sobre um objeto familiar que pairava sobre o braço de uma cadeira próxima. Era um robe curto, feito de seda rosa - definitivamente, não era Sasuke.
Embora surpresa e confusa, ela não conseguia parar o sorriso de se espalhar em seu rosto. O fato de que ele tinha tomado conta dela e que ele a havia consolado era uma coisa; o fato de que ele tinha realmente pensado e se preocupado o suficiente para ir até seu quarto e trazer-lhe algo para vestir era outra. Saindo da cama, ela ignorou o seu estado - digamos quase - despida e caminhou suavemente em direção à cadeira. O material veio macio e fresco contra sua pele quando ela puxou em direção a seu corpo, então calmamente atravessou o quarto, a fim de alcançar a porta. Ela não tinha certeza se ele ainda estava em casa, ou não, mas achou que ele deveria estar - era sábado, afinal de contas.
Ela se provou certa apenas alguns momentos mais tarde; quando estava descendo as escadas, viu-o na sala de estar, de pé, de costas para ela. Ele deve ter sentido sua presença, porque virou-se quase imediatamente, seus olhos frios e a fachada em seu lugar, mais uma vez.
Sakura não percebeu, a princípio, por que ele estava olhando pra ela com aquele olhar frio - sua mente não conseguia processar o fato de que este homem era o mesmo de apenas algumas horas antes - mas, assim que ela viu o casaco em suas mãos, ela entendeu tudo.
"Você estava tão triste, que foi dormir com outro?"
Então, o que acharam? hahah Sasuke foi extremamente fofo em quase todo o cap xD Mas oooooh homem ciumento kkkkkkk Não deixem de deixar reviews, e podem brigar cmg, eu mereço :c Me digam se tem algum erro de português, ou se está tudo coeso, foi bem complicado de traduzir algumas partes rs
Beijos, até o próximo ^^